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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

As luzes de Natal refletem em mim...

O Natal está chegando e com ele as luzinhas de Natal !

Adoro luzes de Natal. Estas pequenas luzinhas sempre me encantaram. Desde criança ficava hipnotizada por elas, como se estivesse no colo de nuvens, ao olhá-las...
Hoje, elas simbolizam, para mim, as pequenas alegrias, os pequenos milagres, pequenas gentilezas e gestos de amor que iluminam nossa alma! 






É um pequeno e doce milagre estar hoje morando próximo a tantas luzinhas de Natal.


Para a maioria das pessoas, isto pode parecer bobagem, mas para mim não é. Porque o mundo tem coisas muito ruins, a vida não é fácil e , para muitos, luzes são aquelas das bombas, do fogo, da guerra, da lenha queimada no fogão para esquentar o frio e que, muitas vezes, esquenta alimento insuficiente para matar a fome do corpo.





 Há anos atrás, eu desejava tanto ver de perto estas luzes quando, na TV, os jornalistas mostravam a cidade de São Paulo por exemplo, toda enfeitada...
De longe e do silêncio onde eu morava, abençoado mas sem as luzes alegres do Natal, eu as imaginava. Ou ficava a olhar as que eu mesma comprava quando era possível, e colocava na porta de casa.







Pois agora eu as tenho, bem perto, a poucos passos de onde moro...rs..... é incrível!!

..alguns desejos se realizam, não é? 






 Andando aqui por perto, posso vê-las.
 Para mim, é um destes pequenos milagres. Como um presente de Deus. Ás vezes eu penso que Ele não pode nos ouvir, ou não daria a mínima importância para desejos singelos ou tolos... Às vezes eu penso que estamos sós e por nossa conta...
Um dia eu pensei que Ele estava finalmente me trazendo um presente que eu mal ousara pedir! Pelo menos não tinha pedido daquela forma. Mas era o que eu desejava ardentemente!! E tudo parecia estar acontecendo como se o próprio Deus estivesse torcendo por mim, colocando as coisas nos devidos lugares, dando-me oportunidades. Depois percebi que estava enganada... aquele presente nunca chegou, de fato! E eu me senti mais tola do que nunca!
 MAS.... então estas luzinhas acenderam-se perto de mim e, invariavelmente elas me lembram dos pequenos milagres que recebemos, dos pequenos gestos de ternura ou gentileza, dos momentos de amor que podemos oferecer e receber e que alegram nossa alma... estas luzinhas me lembram de pequenas alegrias ou mesmo de raras lágrimas que trazem escondido nelas um pouco daquilo de melhor que somos capazes de sentir.. e entre ser ingênua e crer num Amor Maior ( um amor maior que eu, como diz aquela música) eu sou aquele tipo de pessoa que, se precisa escolher, fica sempre com a esperança...
 Então, minha alma se ilumina também com estas luzinhas.
 Seria capaz de ficar horas olhando para elas e me sentindo flutuar nas nuvens... ou mesmo sentindo alguma melancólica tristeza por perceber que os sonhos são mais bonitos que a realidade, que os desejos são mais belos que nossos gestos, que nosso sonho de amar é algo que nossa alma é mais capaz de fazer do que nós mesmos, pois para agir concretamente temos de conviver com os limites do corpo, da mente e do outro e, de tantos modos diferentes...
 De qualquer modo, sou como este carro da foto... estas luzinhas ou qualquer gesto de carinho ou amor compartilhado reflete em minha alma e, de certo modo me deixa mais bonita, mesmo que apenas em pensamento...mesmo que em segredo! O meu sonho maior sempre foi o de poder amar de um tal modo que, poderia servir de inspiração para os meus. Contudo, nossos desejos são, por vezes, maiores que nós. Ainda assim, as luzes nunca se apagam para mim.
 Sou apaixonada pelo Amor... e por estas luzinhas de Natal! Preciso delas para me sentir mais bonita.
Preciso de amor para brilhar. E sou grata porque, apesar de tantas "ameaças" deste mundo, tenho tantas pequenas luzinhas a iluminar as noites, tantas coisas boas para agradecer.

Texto/fotos:vera alvarenga

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Encontro em Lisboa, a 360º...

Então ali estava eu, em Lisboa. Não digo na minha ou na velha  Lisboa, porque não é minha mas dos meus irmãos portugueses, e não tenho intimidade para chamá-la de velha, sem que ela se ofenda. Aliás, como eu, ela não é velha mas cheia de histórias.
Por falar em histórias, vou contar uma pessoal, que vivenciamos eu e ela, no coração da cidade, entre o Rocio e a Praça da Figueira. Bem ali existe uma confeitaria maravilhosa, a Pastelaria Suíça. Possuindo quatro entradas, duas em cada praça, permite a seus clientes ir de uma a outra com facilidade. No meu caso, contudo, poder entrar de um lado e sair de outro, foi um pesadelo por alguns minutos. Vamos à história, mas do inicio, para que eu também não me perca aqui novamente.
Nesta confeitaria  vivi alguns momentos de apreensão testemunhados por duas mulheres , a balconista e a senhora do caixa, esta última por sinal muito simpática e solidária. Simpática porque, logo que cheguei fui pagar adiantado o café e deliciosos pasteis doces  para o lanche especial de final de tarde, e tivemos uma conversa animada sobre a vida em Portugal e no Brasil. Solidária, conto o motivo daqui a pouco. Ao pagar, eu lhe disse que o lanche era para mim e o marido que havia ido “rapidinho” até o outro lado da praça, comprar um sapato. Logo voltaria e queria fazer-lhe uma surpresa com os doces e não só a “bica”. Após vinte minutos de conversa eu a deixei e fui para a porta, local onde marcamos o encontro, bem em frente a D. João I em seu cavalo.
 Fui à porta e esperei, uma vez que marcamos do  lado de fora. Olhei para um lado e outro. O marido não vinha. Ah, como estava precisando sentar-me! Descansar de tudo que andei, mas fiquei com receio porque a praça era grande e havia barracas de artesanatos, que nos impediam a visão dela toda. Era melhor esperar bem em frente à porta. Meu marido havia tido um AVC um ano antes e, embora estivesse muito bem, sua memória o enganava muitas vezes, como fazia quase sempre, a minha, comigo. Minha bússola nunca fora mesmo exata. Facilmente eu me distraía com alguma imagem interessante, por isto criei o habito de salvar na memória um ou outro detalhe de referência, se não quisesse me perder. A dele, no entanto, antes do AVC  era  exatíssima, e a memória também. Aliás, quando teve o acidente vascular, eu percebi porque ele esqueceu-se do nome de pessoas. E isto não tinha sido um bom sinal.
Ele costumava ser objetivo e rápido em suas compras . Agora, com exceção da memória para certos detalhes, estava bem de saúde,  mas muito atrasado.  E isto podia não ser um bom sinal. Foi só então que percebi que a porta onde eu estava, não era a única que servia de entrada para a confeitaria. Havia outra! Alguém entrando por essa outra porta, poderia passar por outro ambiente, por trás do balcão onde eu estivera com aquela senhora do caixa, sem que eu visse ou sem me ver . E poderia sair na outra praça! A partir deste momento,  tentando manter a calma e disfarçar a agonia, fiz e repeti um circuito entre uma porta e outra, da Figueira ao Rocio. De d. João I a D. Pedro IV. E fui até a loja do outro lado da praça. E voltei. E aí aquela senhora simpática tornou-se solidária com minha apreensão. Já havia passado cinquenta minutos. Ela avisou-me que seria melhor falar com a polícia pois logo algumas lojas iam fechar, ia escurecer...  ele bem podia ter saído pela outra praça. De fato, como é um pouco impaciente poderia ter saído a minha procura. Poderia ter esquecido do ponto em que marcamos o encontro, afinal, tudo é muito parecido quando não conhecemos o lugar!
Meu coração ficou pequenino imaginando se ele estaria aflito caso tivesse esquecido do local do encontro ou coisa pior. Foi então que pensei que tinha perdido uma pessoa, exatamente no momento em que eu esperava que ela me encontrasse, ou ainda melhor, esperava me encontrar dentro do seu olhar. Seria como aquele encontro de alma, romântico como me agrada, que faz com que pessoas voltem a se aproximar de um jeito amoroso como se o tempo não tivesse passado e por algum motivo as distanciado um pouco. Este era um desejo meu, escondidinho. E agora acontece isto?! Ao invés de me encontrar ele teria me perdido?! Não, não era possível! Tentava me manter calma.
Olhei para as quatro portas, a Confeitaria me pareceu bem maior. E se ele tivesse ido mesmo para a praça onde D. Pedro IV, aquela estátua que não é equestre porque foi aqui no Brasil, como Pedro I que ele, em seu cavalo, veio gritar pela liberdade? Escolhi uma e fui novamente para a calçada. E lentamente, fiz um giro de 360 graus. Lá pelos 180 graus me imaginei telefonando aos filhos para dizer: - Perdi seu pai! Aos 270  minha índole positiva já tinha afastado este pensamento, eu não estava gritando como D. Pedro,  estava aflita por ele, eu estava orando:
- Ah! Não devia tê-lo deixado ir sozinho. Deus, proteja-o! Não deixa ele ficar aflito, coitadinho, pensei eu, tomada por uma onda de cuidado e carinho. Não deixe que nada lhe aconteça,  proteja-o e....
E então, aos 55 minutos e 360 graus de uma não tão remota intenção, o meu olhar aflito e o olhar despreocupado dele se encontraram.
- Eu demorei um pouco porque  fui ali na outra loja ver se encontrava meu sapato, disse-me ele. Eu poderia socá-lo se não fosse por aquela onda de cuidado e carinho, que me fez sorrir de alívio por ver que estava bem, sensação que muitos de vocês talvez já tenham sentido.

E fomos juntos, finalmente, tomar o nosso café.........
foto e texto: vera alvarenga

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Meu aniversário...

 Ontem foi meu aniversário!
 Por isto quero oferecer flores aos meus amigos, amigos/as virtuais presentes através de seus recados carinhosos e também ao meu especial amigo que está ausente, e aos familiares presentes e ausentes que fizeram do meu dia de aniversário, um dia especial. Obrigada!
  E quero contar como foi o meu dia ontem. Foi um dia feliz. Apesar do susto e da correria...
   Estava frio. Fui a pé encomendar o bolo e depois ao supermercado comprar flores para a nora que amanhã comemora aniversário de casamento.
É uma ladeira até lá e como caiu uma inesperada chuvinha, fomos mais depressa, o que afinal, serviu pra esquentar. Ao chegar em casa já era tarde, quase 16 hs., não tínhamos almoçado. Precisava telefonar, pedir o almoço e atender o celular que tocou ao mesmo momento. E tinha outras providências a tomar antes do jantar a convite da nora, para comemorar o meu aniversário e o deles.  Logo mais, no quarto, ao trocar as bolsas...Céus!... não consegui encontrar minha carteirinha com meus cartões de crédito.. Onde deixei? Onde está? ONDE?? No supermercado, com certeza! Lembra Vera, quando você pegou o cartão pela última vez? eu me dizia... Ah, já sei! no balcão bem quando levei as flores para embalar.
- Você tem de ter mais cuidado, mais atenção! É muito desligada...
- Mas você tava com pressa... Quem já se deu conta algum dia de ter esquecido documentos e cartões de crédito em algum lugar público, deve saber como me senti. É uma sensação de urgência que nos faz agir por impulso e em direção a qualquer coisa que possa reverter os aborrecimentos que viriam caso se confirmasse a perda.
 No caminho fui orando para que Jesus me ajudasse a encontrar a carteira e pensei:
- Poxa, no dia do aniversário perder documentos... e crédito?! ... não era bom sinal!!
   Estava cansada mas voltei, a pé, ladeira acima em busca de encontrar a carteirinha, meu único tesouro mesmo que os baús no banco estivessem quase vazios.... sabe-se lá o que faria quem encontrasse meus cartões! Ainda que não pudesse sacar, sei lá, há gente tão "esperta" hoje em dia que está tão acostumada a ver corrupção e roubos impunes, que se aperfeiçoou em extrair dinheiro até mesmo de poços sem fundo!
  Cheguei ao supermercado quase sem fôlego, mas me controlei e falei calmamente como é meu hábito. Por dentro havia a certeza que eu teria a sorte de reaver o que quase perdera. Para minha aflição, disseram que não encontraram nada. Fiquei mais aflita. Sugeri afastarmos um pouco o balcão afinal, não sou de desistir. Fui até o caixa. Logo em seguida, para meu alívio, uma senhora que me ouviu perguntar à moça do caixa, foi logo se apresentando. Ela havia encontrado a carteira! Ah, que bom! Foi comigo ao balcão de atendimento afirmando que a entregou lá. Mas, infelizmente a moça do caixa perguntou-me: - É uma roxa, deste tamanho? Não! então tive de dizer - não era a minha.
   Saí do mercado desanimada e o cansaço só não me abateu mais porque estava preocupada com o trabalho e providências que teria de tomar, ligar aos Bancos etc .... Hei, espere aí! Me deixa ligar pra casa novamente e ver se o marido não a encontrou na sacola do supermercado..Não sou de perder as coisas! Ao contrário, sempre fui boa para ajudar a encontrar coisas perdidas, como iria desistir e me entregar à decepção.... Alô, então, você...Ah! Pois ele a tinha encontrado! Estava lá. Que alívio!
  Estava já para atravessar a rua a caminho de casa, mas voltei ao Pão de Açucar para agradecer e contar aos funcionários que me atenderam, muito bem por sinal, que o que fora encontrado, nem tinha se perdido! Ou vice versa.  Cheguei em casa às 17 hs. muito cansada, com dor nas costas e frio, pois tinha tomado mais chuva. Contudo, o alívio era grande e, de qualquer modo, meu coração provou ser resistente! O marido perguntou se eu queria descansar, suspender o jantar.
  De jeito nenhum! Afinal, se a gente encontra forças para correr na chuva, embora o coração quase saia pela boca, andar de cá pra lá e de lá pra cá por conta de uma preocupação, por que não encontraria forças para ir comemorar meu aniversário com ele, os filhos, netos e nora??? Se a correria me fez esquecer que tinha deixado a carteirinha no lugar errado,e o medo me fez correr atrás do que não estava realmente perdido, a aflição acabara no momento em que tive a boa notícia.
- Graças a Deus! meu "pequeno tesouro" estava seguro em casa, e "eu ainda tinha crédito" ! Era isto que importava. A lição que tive de aprender? Bem, tenho de reconhecer que estou numa fase em que é necessário respeitar meu ritmo, muito mais tranquilo agora. Não estou mais no tempo em que eu conversava com um filho, mexia a mamadeira com uma das mãos, enquanto segurava um dos outros bebês no colo e ao mesmo tempo era capaz de pegar algo pequeno que houvesse caído no chão, com um dos pés. Hoje em dia, ser apressada em fazer muitas coisas ao mesmo tempo, dispersa minha atenção. Uma coisa de cada vez é melhor...rs...
   O tempo passou muito depressa! Já tenho sessenta e tres anos!
   A comemoração? Foi ótima! O jantar maravilhoso! Vinho harmonizando com a entrada, vinho harmonizando com a carne... e outro com a sobremesa. Tudo para a norinha treinar o que estivemos aprendendo na noite anterior, num jantar com degustação de vinhos ao qual fomos com eles, a convite da nora. Mas isto é uma outra história...
  - Huummm... Tudo muito bom...e tudo regado a bom humor, carinho e tranquilidade.

Foto e texto:Vera Alvarenga


domingo, 21 de julho de 2013

Eu e meus cachos...

   
 
 "Espelho, espelho meu, existe alguém (na minha idade) mais..."
 - Sim, sim, claro! Todas as que tem cabelos lisos! ..kkk...
 
  Não estou querendo me vangloriar (não tenho motivo), nem dizer que não enxergo a realidade. Bem sei como meu cabelo está quando acordo(uau! corro para o banheiro), bem sei que não é de qualquer ângulo que fico bem em fotos, bem sei que se tivesse 8 kgs. a menos estaria melhor, que nesta idade não é todo dia que estamos bem..rs...bem sei... CHEGA!

Saimos 6ª f. à noite com filho e nora. Eles elogiaram meu cabelo ( também concordo..mesmo miojo...rs... está mais bonito assim mais curto e depois que vi 2 vídeos). Eu tinha assumido meus cabelos brancos e cachos, mas não cuidava deles..Se não era vaidosa antes, pra que vaidade com esta idade?? pensava eu.

Hoje estou me sentindo bonita, e pronto! Com meus cachinhos, que na verdade gostava mas não sabia como lidar com eles!! E agora sei.
Sou como qualquer outra mulher..quando a gente se arruma e se acredita bonita ( ou sente estar mais bonita naquele momento do que no anterior...rs...), a gente fica mesmo!
  Não sou uma velha deslumbrada! Sei de meus 62 anos e tudo o que vem com ele, mas quero falar de algo mais sério - muito sério - auto estima.
  Quando você tem auto estima muito baixa e nem percebe isto, não acredita nas suas boas qualidades e capacidades, e não as aproveita! Pior que isto! você tem uma expectativa baixa também em relação ao que pensa que merece da vida ou pode conquistar!

  SE VOCÊ É MÃE de uma garotinha com cabelos cacheados, que podem até ser rebeldes ou difíceis de vez em quando, VEJA O VÍDEO.Eu o coloquei aqui porque me encantei com o carinho que esta mãe fala do cabelo da filha!
  Se você tem cabelos lisos lembrem-se de que não somos todos iguais e que não existe beleza padronizada.
Ajude sua "princesa" ( ou filho) a ver em você o primeiro exemplo de amizade, cuidado e tolerância junto com a valorização e aceitação daquele que é diferente de você mesma. Minha mãe certamente não teve acesso aos vídeos e a educação, naquele tempo, era outra. Mas meu marido e minha mãe que me perdoem, na minha opinião, elogiar também as qualidades e o belo que cada um tem em si, constrói mais do que apenas criticar sempre que necessário!

  Certamente beleza física não é fundamental,  MAS... sentir-se belo e capaz, e aprender como sentir-se melhor, é!! Enfim, bem vindos os elogios que colocam em evidência algo que cada um de nós tem de bonito, seja no visual ou nos gestos ou capacidades! Bem vindos o cuidado e carinho com que tratamos aqueles que a gente diz que gosta!


Texto e fotos: Vera Alvarenga
Vídeo: Amanda Gil

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Palavras...

 
 Ah...estou pensando nas palavras...novamente as palavras...
  Elas me perseguem ou eu a elas? Não sei. Já gostei tanto delas e hoje as esqueço tão facilmente. E já não as compreendo como antes. Para mim, hoje, não fazem o sentido do que é apenas verdade, como quando eu acreditava nelas sem desconfiar que um dia, modernamente, seriam usadas apenas como figuras. Figuras socializadas, de linguagem, modo de falar, não foi o que se quis dizer... Mas a verdade, não pode mesmo ser dita apenas em palavras, é preciso o gesto! Então, tudo bem.
  Ah... mas elas tem peso. As que me chegaram agora são como plumas, como uma pena que alguém passou suavemente em meu rosto para me acariciar, para brincar comigo. Então, era quase um gesto! E quase não acreditei nelas, porque não tenho o hábito de vê-las daquele modo, ajuntadas talvez até sem nenhuma grande intenção, eu sei, mas arrumadas daquela maneira e dirigidas só para mim, num pedaço branco do que antigamente seria uma folha de papel para um bilhete.
  Há palavras pesadas. Estas eram leves. Ah...Se pudéssemos nos construir por muito mais palavras assim leves e claras e cheias de boa semente... seria tão melhor! Nenhuma flor jamais murcharia triste por ter um fim. Todos, nós e elas, saberíamos nosso valor e apenas cumpriríamos nossa missão, nosso plano de vida e simplesmente deixaríamos lugar para o que viria depois. Há olhares que ferem, mesmo sem palavras. Há olhares que já feriram por falta de compromisso e agora já não ferem mais porque se acomodaram na grande verdade da vida e sabem finalmente, que não deveriam ter sido tão duros.
  E há olhares que não nos tocam verdadeiramente "só" porque não estão ali. Apenas os intuímos, imaginamos, quase podemos senti-los. Eles vem com palavras que nos fazem bem e precisamos aprender a recebê-los, sem cerimônia, sem modéstia, sem nos preocuparmos muito com a intenção. Apenas recebê-los como o carinho que são. E como fazem bem!
Texto Vera Alvarenga
Foto retirada do Google imagens 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Entregando a alma a Deus ou ao diabo...


Estava relendo um post antigo e me lembrei de uma mulher que conheço.
Ela, certamente, venderia sua alma ao diabo se ele, olhando nos olhos dela e colocando o som que ela imaginava nas palavras, lhe dissesse: - " Minha querida!...." E se ele a tomasse em seus braços e ela sentisse que estava em paz, então...
Isto me fez lembrar de outra que, ao contrário,tudo imaginaria ser obra de Deus, todos os sinais, as coincidências da vida, a redescoberta do prazer de se estar vivo, e os sorrisos brotando deliciosamente no jardim de seus lábios mesmo que já quase ressecados, tudo seria provavelmente uma benção, o mundo conspirando a seu favor...

Também vi um casal de velhos( um só entre muitos),ambos de cabelos prateados, mas estes se olhavam com carinho e brincavam como se entre eles não houvesse nenhum motivo para mágoa. Queria poder envelhecer assim, como quem aproveita os últimos dias de férias...

Evidentemente conheci homens que também venderiam sua alma ao Diabo ou a entregariam às mãos de Deus se, qualquer um deles lhes mandasse, por exemplo, um enviado que lhes satisfizesse a vaidade. Talvez alguns queiram ser de fato amados e outras mulheres, bajuladas. Bem sei eu que há muitas possibilidades.

Ah! os necessitados! Os que buscam o que sentiram falta, os que não querem viver sem o que já provaram, os que procuram, os que se inquietam, os que ainda se surpreendem e puros de alma ainda querem se deslumbrar, os cansados de tentar, os que não se conformam ainda que se adaptem...Ah! os que ainda sonham, desejam e tem pena de desperdícios... 
Estes se entregam mais facilmente, ao diabo ou a Deus, pelo castigo ou pela benção, tudo por suas necessidades...tudo para não desperdiçar algo que julgam precioso...brindar à vida.

Evidentemente muitos há que estão numa fase que pode durar muitos anos até, sei como é, em que pensam que jamais necessitarão mais do que tem, não por presunção, mas porque estão amando e se sentem completos. E aqueles que fingem uma humildade que não possuem. E outros que se orgulham de nunca precisarem de nada, porque acreditam que se bastam a si mesmos, ainda que façam de conta que não contam com quem os ama e está ao lado. Estarão escondendo aí alguma coisa, olhando sem ver, sem reconhecer de si mesmos a própria humanidade? Sem reconhecer os presentes que alguém lhes oferece com alegria, que estão ao alcance das mãos. Mas tomam posse mesmo assim, fazendo de conta que nada tomaram para si. Claro, há aqueles que se dizem completos porque já aprenderam todo o saber e, então, gabam-se de nada precisar. Talvez não precisem mesmo e não devêssemos nos preocupar com eles. 
Neste grupo, evidentemente, não estou incluída. E alguns outros tipos há de haver, pois que do mundo conheço apenas o pouco que me rodeia.
E eu, é claro, sou daquelas sensíveis, e como não sou a mesma coisa o tempo todo, espio de longe o diabo, mas prefiro colocar tudo em melhores mãos. Se observo com olhos de quem não consegue ou não quer "amadurecer" totalmente, vejo que os melhores que eu, também não compreendem muita coisa. Somos todos necessitados de uma compreensão melhor. Depois de velha, fiquei malcriada. Chego a questionar os enganos que Ele pareceu cometer comigo ultimamente. Logo me calo, com medo do castigo. E imediatamente me lembro que não o temo mais como no colégio das freiras e volto a confiar n´Ele, embora não o compreenda. Por compreender-me, talvez ele saiba o quanto preciso de palavras assim carinhosas e as envia, de vez em quando. Sorrio ao pensar nisto. Ou talvez Ele não queira que eu esqueça o sabor de certas coisas, para que eu não pense que não existem. Para que eu possa aprender que há diferentes tipos de amor. E é bem aí  que não compreendo mesmo. Queria continuar burra! Por que me fazer saber disto? Minha mãe vivia dizendo: "o que os olhos não vêem, o coração não sente"!!
   Ui! me lembrei de como sou grata de poder ver e sentir o mundo, e não fingir. Pois é, reconheço, tenho uma grande qualidade, sou grata. E a gratidão me adoça, tanto quanto ouvir alguém que me chama :
 - " minha querida" - com verdadeiro sentimento de carinho. Palavras sem som, tem os significados que colocamos nelas. E quando pensava que tudo estava em paz e acomodado, eis que vejo palavras e coloco nelas os sons que imagino. E são apenas o que são, no momento em que foram ditas, mas são fortes, e doces, e me embalam, e é bom, e eu não finjo, me fazem sorrir e colocar a música que gosto... e me fazem cantar mesmo que depois chore ( porque são apenas palavras que não se repetem). Mas canto, como a natureza canta diante de tudo que se move em direção à vida querendo refletir a luz, ou o que é belo. E se fico feliz com pouco, é porque para mim, a vida é feita do pouco/muito que cabe em cada momento, é porque sou mulher simples e acomodada demais para buscar sonhos grandiosos. Gosto das pequenas coisas ( e das grandiosas também mas só quando são belas),  pena que não se repitam como numa rotina deliciosa de bem viver. Muitos há que conseguem plantar uma nova rotina para viver melhor e com mais valor, os dias restantes. Não posso reclamar. De tanto que sou persistente, consegui manter pequenas rotinas que são como gotas doces. E isto é sempre bom.
   Que maravilha que por vezes e por alguns instantes nossas almas tocam e se deixam tocar, sem medo, por aqueles por quem sentimos especial carinho. Com pequenos momentos de ternura que recebemos e oferecemos, os filhos que nos observam e são a humanidade que segue em frente, carregam consigo não a amargura mas a esperança como herança eterna a transmitir, se não como um exemplo vivo do amor ( o que seria muito melhor se nos vissem a exercitar com plenitude a vivência do amor), pelo menos como notícia de que nem todos desistimos de desejar, sonhar, esperar... por uma verdadeira capacidade de amar e demonstrar carinho pelo companheiro (a), e por que não? até por um antigo vizinho ou um amigo muito, muito querido que está distante.

foto retirada do Google imagens.
Texto: Vera Alvarenga. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dia dos Avós...

Dia 26 de julho foi o Dia dos Avós! Um dia especial.
Eu me sinto muito feliz por ser avó dos meus 3 netos: Pedro de 15 anos, Guilherme de 6 e Larissa de 4.

Para comemorar esta alegria, fiz um vídeo com algumas fotos de uma tarde com os netinhos, um dia especial com a netinha e uma foto do neto mais velho, que por ser adolescente não gosta de tirar fotos, mas cá pra nós,é  bonito!
Parabéns a todos os que tem a alegria de poder renovar momentos em sua vida, em companhia dos netos.
Que todas as crianças pudessem ser uma luz na vida dos familiares e que pudessem ter carinho dos avós,
seria o melhor... que possamos respeitar seus direitos à saúde, educação e liberdade para brincar e viver uma infância feliz, e que possamos ensinar-lhes com exemplo, carinho, disciplina e amor, a viver com responsabilidade
e alegria, incentivando suas potencialidades e criatividade.

Vídeo e texto :Vera Alvarenga
Música: Aquarela - Toquinho. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meu aniversário e um encontro especial!

Ocupei-me nesta semana planejando algo que me deixou muito feliz. Lembram-se que algumas vezes convidei os amigos virtuais do coração para virem até a praça aqui em Sorocaba, para nos conhecer, mostrar a vocês este projeto Cultural que acontece aqui aos domingos, para conversarmos e depois tomarmos um cafezinho lá em casa?
Pois há alguns dias,Valéria Mello de Buritizeiro, me disse que viria me abraçar no meu aniversário..."de qualquer maneira" ! Estávamos guardando este abraço, há tempo!
Então convidei para uma pequena reunião mais íntima, alguns amigos/as especiais. Os que puderam vir, inclusive um casal de São Paulo, cuja amizade de 42 anos já virou parentesco, vieram. Semana passada convidei os amigos do dihitt também, para nos encontrarmos no domingo na praça,  almoçarmos juntos, enfim, os que não puderam vir,sabemos que foi por motivo importante.
Na minha pequena festinha e neste final de semana, desde 6ª f. à noite, eu e o Cesar estivemos recepcionando 4 amigas que se tornaram mais íntimas agora : Valéria kit mell, Maria Marçal, vovó Lili e Carla Castro Maia ( uma amiga que há muito queria conhecer). Nas vésperas, pedi a meu marido que recebesse bem meus amigos virtuais, algo que,vocês sabem, nem sempre combina com o humor dos maridos...mas Cesar foi ótimo, e para gostar destas amigas não é preciso se esforçar,ainda mais para ele que é falante e adorou ficar no meio das "meninas!" hehehe....
   Este final de semana foi especial e me fez feliz! Fomos buscar Valeria já na 5ª à noite na Rodoviária, na 6ª f.,um encontro em casa com todas, depois um jantar delicioso numa ótima Pizzaria daqui; as "meninas" passeando no shopping enquanto arrumávamos a festinha para a noite do sábado. Na hora do bolo, eram 2! Lilian trouxe um também. Ah, pena que não tirei fotos da mesa de frios e dos patês maravilhosos que fiz!
 A fantástica Banda de Mairinque com 70 componentes tocando para nós no Domingo..rs....! Depois, mais uma refeição juntos, no Restaurante Bar do Alemão, e sobremesa lá em casa. Muito shopp, cervejinha, cafezinho e conversa animada entre nós todos, durante estes dias e noites. Meu filho,norinha e netos e o casal de compadres estavam no sábado. Outros 2 filhos e alguns amigos que não puderam vir por motivos alheios à sua vontade, estavam conosco em pensamento. Alegria e carinho foi o que pudemos trocar entre nós.Isto não faltou nem por um instante. Sidney mandou-me 2 DVDs com muitas músicas..adorei. Aliás, recebi presentes lindos de todos e um,que Maria mandou fazer, muito interessante que depois vou mostrar em foto.
Tudo foi maravilhoso! Ah, meninas, foi uma delícia este nosso encontro!
Quero lhes agradecer!
Gostei de todas. Cada uma com algo que me agrada particularmente, me completa,me faz refletir ou me ensina. Todas ofereceram sua amizade e levaram meu carinho e o convite para virem ao meu quintal tomarmos um chá, ou um cafezinho na copa, ou uma cervejinha no terraço lá fora, ou pelo email,enfim, quando quiserem, serão sempre bem vindas ao meu coração,esteja eu na casa onde estiver.
Valéria, se adaptou na primeira noite até quase em baixo da mesa do meu escritório!! hehehe...
Até Maria sentiu frio no inverno que chegou em Sorocaba! Contudo,apesar do inverno,nos sentiremos no quentinho de nossos corações,pois é assim, de hoje em diante.
Nos aproximamos por algumas semelhanças...Nossos defeitos? Alguns, se somarmos o de todas! hahaha... quem não os tem? Graças a Deus não somos perfeitas ou nada teríamos a aprender, e seríamos metidas, teríamos perdido a nossa humildade e capacidade de gratidão, que é o que nos faz mais humanas. Nosso encontro foi perfeito!! É O QUE ACREDITO DE VERDADE!! 
 
Por falar em verdade, já sabem agora, como sou :- Se me perguntarem de um amigo/a ficarei algo reticente, pois sei que não posso descrevê-lo tão bem como o/a  próprio/a  o faria, mas a meu respeito? sabem que serei sincera ( se achar que não as magoarei, rs....) e de mim mesma, serei verdadeira sempre!
Vocês, cuidem com o que me falam até em suas brincadeiras, pois sou "meio desligada", aceito e acredito em tudo!! hahahaha....Se for segredo, esqueço! Valéria que o diga! kkkk.......Brincamos muito,nós duas- que assim a vida fica leve e alegre! Temos um jeito meio parecido de sentir emoções com certa intensidade.
Vovó Lili, que de vovó não tem nada, animada,disposta como todas as outras, ajudou-me imensamente com as meninas, como "motorista"; Carla que tanto de semelhanças percebi que tem com meu modo de pensar e em sua procura por uma "nova consciência", tem até o cabelo igual, podíamos ser irmãs..hehe!... e Maria, que também se assemelha a mim em algumas coisas do comportamento... E as diferenças de experiências de vida entre nós todas? sabemos aceitar e enriqueceram o encontro. Foi muito bom nosso encontro!
 
Àqueles que não puderam vir (recebi emails de 2 casais se desculpando, um deles chegou de viagem ontem!!!), o convite permanece para nos encontrarmos num domingo qualquer... 
AGORA,MENINAS, VOU TRABALHAR, organizar minha vida de mulher SEX (sex...agenária..rs..) Assim que tiver feito um pequeno vídeo com fotos do nosso encontro vou postar e enviar pra vocês!!
 
Beijos e obrigada a cada uma por este encontro. Cada uma, é especial pra mim.
Boa semana!
foto e texto: Vera Alvarenga 

sábado, 7 de maio de 2011

Dia das Mães, não é só comércio!

Tem gente que não gosta de datas como esta comemorativas...Eu gosto!
Concordo que o comércio às vezes abusa um pouco,mas faz o que lhe é próprio fazer! E ainda oferece algumas promoções, o que nos traz uma vantagem : se pudermos e realmente precisarmos, podemos comprar algo que nos falta, em melhor preço!
Ou pensar em dar à mãe ( ou sogra..rs.... algo que a gente sabe muitas vezes que ela gosta mas não pode comprar, ou algo que precise).
  Então, o comércio é algo bom quando a gente não se escraviza a ele.
Agora e nós, como filhos, fazemos o que nos é próprio fazer?
Fico pensando que muita gente fala de boca cheia contra este Dia de Comemoração Especial às Mães, dizendo que "mãe é todo dia!" Sim, como mães sabemos, mãe é todo dia...mas há tantas mães que aguardam ansiosas este dia para receber um carinho ou visita rara do filho/a, ou uma alegria a mais.
Então, por minha parte eu já deixei desta lenga-lenga e não critico mais o comércio, e gosto muito da data, como já disse. Nada cobro nem nunca cobrei de meus filhos a não ser, bom humor e disponibilidade para fazermos deste dia ou de aniversários, por exemplo, um motivo a mais para sorrisos, abraços e carinhos ( com presentes ou não! e mesmo quando não podemos estar juntos). Não há cobrança nem da presença física, mas o carinho é muito bem vindo e este Dia é mais uma motivação para isto. Gosto de tudo que possa inspirar-nos a demonstrar nosso carinho, porque há uma troca, recebemos e também damos e todos ficam com os corações alegres.
  Mas uma lembrança, honestamente hoje penso que é bem vinda, seja uma flor, um bilhete, um cartão, um perfume, um livro, uma blusa que não compraríamos mas que nos deixará mais bonita...um simples telefonema, ou um email com um beijo!  Não é o material que vale, claro! A "lembrança" será recebida como uma demonstração de carinho por mim, algo a mais. E adoro demonstrações de carinho - é esta a nossa parte, que podemos fazer enquanto nossas mães ( e os queridos) estiverem vivos - demonstrar nosso carinho!
   FELIZ DIA das MÃES, para todas as mamães e para todos os filhos!
   E Feliz Dia também para os PAIS que valorizam a mãe perante seus filhos,ou aqueles PAIS que, na ausência das mães, tentam encaminhar seus filhos com amor e um pouco mais da atenção que ela daria, para compensar filhos desta perda!
   Meu beijo carinhoso a todos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

" Se sou importante pra você,deixe seu coração falar comigo!..."

Que as palavras não sejam grades, a nos aprisionar. Que possamos olhar ao redor e ver as outras alternativas para livres voar, acompanhados bem de perto pela pessoa que escolhemos,e também nos escolhe para desfrutar da visão do mundo! Duas pessoas que se gostam muito,sempre descobrem um lindo modo de amar.
Um amigo virtual em seu post contava sentir-se incompetente, para definir em palavras, a mulher. Mesmo assim, nos dirigiu carinhosas palavras.
Realmente nós, mulheres, gostamos que "palavras" venham nos contar dos sentimentos que o nosso amado tem por nós. É fato. Contudo, não é algo que deva preocupar ou limitar. Eu, como mulher, venho lhe dizer:
   ... se você pensa que está complicado encontrar modos de me compreender e dizer isto em palavras, não se preocupe. Na verdade, não quero definições...rs.... Basta que deixe seu coração falar e mostrar-se, pois só então poderei saber o que sente de verdade. Eu disse deixar o coração falar, e não a mente, pois o coração não mentirá! Pergunte ao seu coração!
   Às vezes, posso estar cansada de tentar adivinhar/interpretar seus sentimentos e sinais,com medo de fazê-lo erradamente; então tentarei me afastar e você me conta que faço falta. Nós, mulheres, pedimos a vocês que nos dêem o presente de um gesto e uma palavra coerente com ele, que demonstre com todas as letras,seu carinho por nós e que diga que você nos quer em sua vida!
    Sim, eu quero isto, porque esta atitude me alimenta, me diz que posso continuar te querendo carinhar, é como cuidar bem de um vaso, colocar vitaminas... nos faz "florir", pisar em nuvens, nos torna mais doces e macias. Bastam poucas palavras...mas atenção! Coloque junto o mesmo significado no olhar, no sorriso quando chego até você com meu jeito simples querendo contar algo que talvez traga mais luz ao seu dia,nas atitudes em frente aos amigos comuns, e então, garanto, ninguém notará que o homem não sabe descrever em palavras, o que somos!! Aliás, alguns escritores até o fazem, e muito bem! Você não precisa ser meu escritor predileto, mas o meu amor...aquele que ilumina o meu dia e que me deixa iluminar o seu! 
    E se eu não for até você, venha me buscar, talvez eu esteja precisando de sua mão firme a me dar um impulso, talvez eu tenha medo de não ser correspondida. Se você for o homem que quero espontâneamente amar, nenhuma definição de mim mesma seria melhor do que algumas poucas palavras, acompanhadas de um gesto ou sorriso no olhar, como:
    -"Minha querida, como gosto de estar com você! Vem comigo...(me escuta, quero te contar uma coisa"...) Estarei com você sempre, se puder acreditar que a coerência existe. E tudo na vida de ambos poderia receber um significado maior, como uma plantinha que cresce protegida e recebendo luz do sol!
    - "Você sabe que eu te amo? ( te gosto muito, te adoro")..qualquer destes sinônimos,acompanhados do gesto real de buscar nossa presença ou recebê-la com disponibilidade verdadeira, bastaria. 
Qualquer palavra amorosa que demonstre, junto com o olhar ou gesto, que sou importante para você de um modo especial, único,é o que importa! Poucas palavras e gestos claros, que não deixem dúvidas! Isto você homem, que é por natureza objetivo, sabe fazer quando quer! Deixe claro, como se fosse numa reunião de negócios, em que sua empresa e futuro estivessem em jogo, como você está empenhado em fazer dar certo isto, que entre nós existe e é tão fundamental! Simples assim! ( ou você acha que viver a alegria de termos um coração a nos aconchegar, não é importante?) Fazer parte de seus sonhos..ouvindo-o dizer: -"quando puder, nós vamos.." Quando você quiser dizer palavras, pergunte-se o significado de "nós" ou da frase  "quero você na minha vida, ao meu lado,tanto quanto quero estar também na sua". Ou ainda: -"se eu a quero comigo, sei que não sou mais "apenas eu e meus interesses somente"... e pronto, tudo o mais virá, naturalmente!
    Homens e mulheres, caminhando de mãos dadas, e se cuidando, e se carinhando mutuamente, de verdade, sem pudores, sem deixar para amanhã ( pode ser tarde, pode ser triste), curando suas feridas, acalentando seus sonhos, mesmo que tenham de esperar para realizar alguns deles, mas sabendo estar juntos, aí está o segredo para plantar e manter florescendo para sempre, o amor verdadeiro, o que trará alegria ao coração de ambos, o resto ? São palavras, palavras apenas... até que um dia você decida transformá-las em algo mais do que isto!


Fotos e texto: Vera Alvarenga
Texto do amigo virtual ao que me referi está em : http://www.dihitt.com.br/usuario/belcrei2010                                                                                          http://www.dihitt.com.br/usuario/belcrei2010

sábado, 9 de outubro de 2010

" Reflexos da alma ? "...

Li uma vez: " As pessoas à sua volta são "espelhos" que refletem seus pensamentos." (Masaharu Taniguchi.) .Ele comentava então que no mundo " a pessoa vê o reflexo de sua mente, pensando que aquela imagem é o mundo exterior,mas que ao seu redor só estão surgindo consequências de seus próprios pensamentos".

Acho maravilhoso este pensamento. Confesso que tenho dificuldade para aceitá-lo quando penso nas  crianças que nascem em um ambiente carente de amor e paz, no qual não tiveram nenhuma interferência(como as que nascem no meio de uma guerra, por ex. ou em situações em que pouco terão de opção para melhorar seu meio).
   Contudo reconheço que temos sim, capacidade para mudar o meio em que vivemos, ou pelo menos o efeito

que nos causa e podemos nos aproximar mais dos que são iguais a nós. Podemos, sempre que possível, numa escolha madura e consciente, manter ao nosso lado aqueles que atraímos por uma natural seleção; conviver com aqueles que pensam como nós, que tem amor para dar, que querem compreender o mundo como tentamos fazer...então é fundamental mantermos em nós a confiança de que merecemos ser amados e estar disponível para dar e receber amor, é algo de que não devemos desistir.
     Sou grata e serei sempre a todos aqueles que me ajudaram a não desistir de confiar em meus instintos, aos que me apoiaram, aos que me ensinaram e principalmente aos que, de alguma forma, me deram amor, porque  sinceramente  acredito que o ser humano precisa de amor e que é ele o que mais pode construir! Sou grata a Deus, por ter me dado apoios em meu caminho.
   Meu carinho especial aos familiares e aos amigos do coração que estarão sempre marcados em mim.

Texto e fotos : Vera Alvarenga

  

sexta-feira, 2 de julho de 2010

-" Cuidado ao tocá-la...Hoje ela é uma Gueixa!"....

Cuidado! Frágil!...
Ela nunca sabia a que horas ele ia chegar, mas tinha lhe reservado uma surpresa.
Como uma gueixa, que se prepara lentamente num ritual para receber aquele a quem iria agradar, ela olhava ao redor para confirmar que tudo estava em ordem. A bacia, o sabonete, a toalha, os chinelos... O necessário para a cerimônia que havia imaginado.. A almofada onde sentaria próxima do seu homem para lavar seus pés cansados;  o creme para a relaxante massagem a fim de que seu herói pudesse despir-se completamente de sua armadura. O quimono de seda preto tinha delicadas flores de cerejeira bordadas. Tudo estava em ordem.
A música tocava um ritmo agradável, suave e baixinho, pois ele não era muito ligado a estas coisas e ela não queria forçar muito a barra. Apenas seu coração batia descompassado. Será que ele iria gostar?   Claro que sim... só não poderia demorar muito nos rituais, afinal, ela também era fruto de um clima tropical.
Agora, era esperar que ele chegasse.
Para estes momentos raros e envolventes, há comportamentos intuitivos que  todos sabem, seria preciso respeitar, se alguém quisesse vivenciar este presente. No ar, parecia haver um aviso : " Cuidado ao tocá-la ! Frágil, delicada!"
Quando ela se vestia assim, de gueixa, se despia de tudo o mais. Forte, se mostraria frágil, e ainda que firme em seu propósito de agradá-lo, seria delicada como uma beija-flor! Portanto, era preciso ser cuidadoso ao tocá-la, embora ela pudesse resistir a tudo.
Quando  uma mulher dá  este  presente,  é  necessário ser paciente  ao desfazer o laço, com  gestos seguros e calmos, para  enfim descobrir  seu  segredo. Não  é  como receber  uma caixa de bombons quando se  adora chocolate, ou  uma  lata  de  cerveja  geladíssima, quando se está sedento! Nada havia ali para ser devorado ou sofregamente bebido.
Um  presente especial requer alguma sensibilidade ao abrí-lo, para não  assustar  a beija-flor que  lá pode estar contida, ou quebrar a jóia rara escondida na pedra de aparência comum. Há, na intenção do presente, o desejo secreto de oferecer um diamante. Dependendo de  quem  o  receba,  prolonga-se um momento de raro prazer.
Ela sabia de tudo o que representava o ritual ao qual se entregara. E precisava disto.
Se ele se entregasse ao encanto que o presente trazia em si, e olhasse também com encantamento para os olhos daquela gueixa, compreenderia todo o sentido. Ela queria  acender a chama do apaixonamento por ele, tanto quanto sempre estivera apaixonada pelo amor. Até o tempo iria parar por alguns instantes, conivente com o viver de um sonho, cuja lembrança ficaria no corpo e na memória, para ser resgatada nos tempos mais difíceis e menos férteis de um inverno futuro. 
Se ele se entregasse ao encanto... mais que tudo, permitiria que a gueixa vivesse nela, para sempre, com toda a sua disciplina e os seus dons.
Lá fora, o barulho do carro. Logo depois, a porta se abriu.
Trêmula de amor e medo, desejou que ele compreendesse o presente que estava para receber, que sentisse o aroma da flor de cerejeira e que percebesse o aviso que pairava no ar, leve como uma beija-flor... “Cuidado ao tocá-la, hoje ela é uma gueixa...”

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Texto : Vera Alvarenga
Foto : retirada de email da internet. Pode ter direitos autorais.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

- " Uma grande Mudança!... parte I"

  
  Na Páscoa, finalmente mudamos!
   E vou compartilhar com vocês. Venham, sentem-se, vou lhe contar...Mudei! de casa,de cidade,de clima! Uma grande mudança!
   Deixei objetos,móveis,roupas que não iam servir mais, para trás. A convivência agradável com jovens, no trabalho,também ficou lá, em Birigui.Contudo,boas lembranças ficam no coração,para sempre.
   Mudar cansa muito! todas as minhas articulações doem, mas comemorei com vinho!
   Dei todos os meus discos! Abandonei a intenção de continuar como ceramista- o pesado forno para queima da cerâmica,caixas de esmaltes, peças por pintar - objetos de um atelier, ferramentas que me acompanharam por muitos anos. Não havia espaço para o que nós dois queríamos manter a fim de resguardar alguma sensação de segurança quanto ao futuro.Eu precisava arriscar,sem garantias, dar o passo, subir no trem e não olhar para trás.
   A cerâmica? eu a conhecia bem! e me trazia a possibilidade de dar aulas.Não saberia o que fazer além disto, se precisasse de outro "emprego"! De quebra, me permitiria continuar com meu projeto de Mosaico com crianças na comunidade desta nova cidade. Eram idéias que me apaixonavam, alimentavam um pouco meu ego,confesso, quando eu via o resultado. Contudo, era uma atividade solitária.Alguém tinha que deixar coisas para trás...e decidi ser eu a sair como a lagarta, sem um caracol nas costas, pois já arrastei por muito tempo, toda tralha de dois ateliers. Assim,mais leve, quem sabe um dia ganhe asas como as borboletas! Mesmo não as tendo ainda,posso voar com meus pensamentos,criar e transformar outros materiais,e de outras formas...afinal, o que a gente precisa além do material a transformar...é a idéia!
   Embora sentindo pena,dei as coisas que podiam me ligar a esta paixão - " a arte cerâmica e a escultura". Na realidade, já não podia ficar horas mexendo com argila fria, nem adianta criar peças bonitas se não tenho o dom de saber vendê-las. É um grande esforço também que demanda muito tempo, o vender o que se faz.    Arte e artesanato são um pouco de talento,inspiração e criatividade,mas muito de solidão e transpiração e, como dizia minha mãe ainda que com um tom crítico do qual não posso culpá-la, eu sabia transformar materiais numa verdadeira alquimia que me encantava, mas "nunca soube transformar arte em dinheiro"!
   Se vendia minhas esculturas e peças em Raku (minha grande paixão!),era graças a intermediários que as mostravam, pois  não domino a difícil arte de "vender" e "fazer dinheiro". E precisamos dele, é claro! Há 3 anos, meu filho me ofereceu outro trabalho e, se este pudesse continuar, a cerâmica seria só para o meu prazer,no futuro. Dá até um aperto na barriga agora, ao pensar nisto, pois acabei com esta possibilidade, e sei que vivemos em um mundo onde tantos, tem necessidades tão atrozes, que jamais poderiam pensar em trabalhar por prazer! Eu tive a sorte de fazer isto e sempre acreditei que tenho que valorizar as oportunidades que chegam a mim (costumo chamá-las de bençãos), por isto,aproveitei muito o que pude. Mas sei que há muito mais para fazer.
   Não costumo sofrer de tédio! apenas preciso me apaixonar... e vou!
   Vou voltar a escrever, tentar terminar mais um livro infantil,batalhar para encontrar uma editora que publique outros já escritos. Ou,talvez,decida apenas viver! e trabalhar com a oportunidade que surgir. Continuarei a me apaixonar por pessoas e tentarei me aproximar mais de algumas que sei que valem a pena, apesar do receio de não ser o que elas poderiam preferir que eu fosse. Vou tentar cultivar,mais que nunca, os verdadeiros amigos, pois não quero mais perde-los sem saber o que gostariam de me dizer ou me pedir. Eles são os que se importam,que compreendem que temos em nós um fervilhar de emoções, que sabem que precisamos encontrar no mundo algo que nos alimente de vez em quando, com a mesma substância que nossos sonhos idealísticos costumam nos encantar e atrair,como moscas no mel. Gestos de amizade e ternura são como anjos que nos conseguem tirar de nosso vício da abstração no criar, idealizar,sonhar,transformar letras,sons,barro,tinta,cacos,caos,visões, em outros significados...
   Vou tentar não me deixar envolver pela magia do meu cantinho solitário,agradável e seguro que costumo criar ao redor de mim, mas que rouba minha atenção do convívio com outros, neste mundo ao qual chamamos de realidade. Vou me convencer que tenho coisas a dar e que outros a querem receber, assim, do modo como posso ser e,quem sabe, consiga driblar meu medo do "grupo",já que tenho preferência pelo que é mais íntimo. É a intimidade, ou seja, o estar a dois ou entre poucos, numa atitude de maior confiança e proximidade, seja com uma amiga,amigo ou companheiro, estar olho no olho, que me deixa segura, confortável.
   Embora alguns achem o relacionamento íntimo mais difícil, porque mais verdadeiro, é quando me encanta, porque penso que poderíamos ser o que somos, deveríamos poder nos mostrar ao outro. Talvez eu tente criar coragem para "sair" da toca, um pouco mais ao "social"... ou não...
   Para alguns de nós,beleza é fundamental para encontrar significado para a vida. E eu a vejo em diferentes formas... no abraço firme, no sentimento ou palavra carinhosa, mesmo virtual mas não ilusória, ou no gesto verdadeiro, concreto e que se quer fazer presente, que nos toca de perto. É isto que nos resgata de nosso vôo ( talvez fuga) em busca do etéreo para nos trazer com mão firme, de volta a nossa limitada, mas real humanidade. Assim, deixo o que sabia de cor, para aprender e me entregar a outro tipo de comunicação, que permitirei que me toque.
   Mostrar o belo através de fotos, comunicar-me com amigos na rede social, incentivar porque acredito no ser humano próximo, dividir o que me emociona e as agonias de lidar com sentimentos conflitantes... estas, quem sabe sejam uma melhor forma de me expressar, para a nova fase. Além disto, se a cada mudança, quiséssemos carregar toda a tralha e hábitos antigos conosco, não mudaríamos muita coisa,não é mesmo?
   E esta foi realmente, uma grande mudança! Foi assim, minha Páscoa, minha Fênix...
   E vocês, que mudanças se permitiram ou foram obrigados a encarar?

autoria: Vera Alvarenga
foto: Vera.

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