quarta-feira, 30 de julho de 2014

Quem pode explicar ?

ah!
quem pode explicar? a vida que vivemos... e nela o tempo que passa, as marcas, os sinais,a terra, o fogo, o vento e a água que transformam a tudo e junto com toda a coisa viva, ela mesma ?
... e nisto tudo de certo modo um dia, agora mais amadurecida, penso que consegui aceitar o que não pude mudar, humildemente entregar-me a verdade de que sou como tudo, finita e envelheço, e morro a cada dia um pouco, e um sonho morre comigo, justo aquele que não consegui realizar, mais ousado que todos porque parecia fora do contexto de uma realidade ainda que eu também a moldasse e na qual interagia, ora adaptando-me ora transformando-a...
  ah! mas mesmo assim, eu dizia, apesar das voltas que o mundo dá, e as surpresas e os caminhos, a esta altura eu pensava estar absolutamente serena, e digo mesmo que estou surpreendentemente entregue ao que é, e em paz e ainda tenho o sorriso na alma e a mão de afagar, e uma paciência que me acompanha e um desejo de conviver fraternalmente com aquela que não sou mais eu concretamente, mas está em mim...
   então...por favor,diga-me! quem pode explicar ?
   ...que de repente, assim por conta de um momento grosseiro que me leva a sentir o cheiro da terra que exala de tudo o que se tornou a vida assim como ela é, ainda que considerando que ela é muito boa e me devia satisfazer inteiramente e satisfaz se me mantenho serena mas um pouco alheia...de repente, por conta de uma música e uma imagem que me levam a me sentir quase mais leve, me vem esta saudade, nostalgia, vontade de abraçar e amar e amar e satisfazer o sentimento que, a certo ponto me parece impossivel até de controlar??
  Por que? quem me poderia explicar? e em não tendo explicação nem razão ou lógica em que me possa apoiar, escrevo... único modo de compreender que na alma existe algo maior que esta vida em que simplesmente andamos, que para alguns não morre nem envelhece, que permanece desejo, forte e real, não pode ser sufocado, mas que ao fim do desabafo, e na escrita na falta do sonhado abraço, como tudo o mais passa... sossega... se enternece com as sutilizas da vida e enfim volta a serenar....

Foto e texto: Vera Alvarenga  

domingo, 27 de julho de 2014

Poesia-me...



 Uma de minhas noras, a Priscilla, compartilhou esta imagem e a frase ali é inspiradora!

Há coisas na vida que, ao primeiro olhar nos parece que não se pode poetizar... mas, se são duras e nos lembram da resistência podem também lembrar da flexibilidade que é necessária para a dança da vida. Se são secas, lembram-nos que a palha sobre a terra protege a semente em gestação no solo, e o que foi seivado já teve vida em si e ainda pode transformar-se. Há coisas que são poesia, e outras para as quais o olhar da alma deve descobrir a poesia que nelas existe, porque na verdade, a poesia também está nos olhos de quem vê... Bj e bom domingo! 

sábado, 26 de julho de 2014

Não deixe sua criança interior morrer...

Hoje, passando pelo Face, vi esta imagem...
então pensei...
- rs.... também tenho meus segredos, meu balanço, meu céu estrelado, os sonhos ousados, o sorriso no coração...uma disponibilidade incrível e parece infinita para ser feliz ou ver um bom ângulo das coisas...sim isto nos salva... só não podemos exagerar porque então, a gente periga se desligar e ficar numa vida paralela, apenas observando esta... vai ver que é assim que o pessoal mais velho, cansado ou sábio,passa a viver com aquele tal alemão... e se vai de braços dados com ele, pra sempre...rs....
Por isto, mais uma vez digo a você que me conhece um pouco e me compreende..."Minha criança interior saúda e dá um beijo estalado na face da que você tem aí, dentro de você"!
Texto:Vera Alvarenga
Foto retirada do Facebook

terça-feira, 15 de julho de 2014

Alma de gato...rs...


Há pouco tempo num blog, alguém perguntava com que animal, entre alguns, nos sentíamos mais conectados. Ah, um cavalo, correndo livre pelos campos... que linda visão posso até imaginar, mas não seria eu, pois que tenho a natureza mais caseira e não gosto de campos abertos, mas de cantos, árvores e natureza.
  Uma ave talvez, pensei eu, pois me agrada demais voar. Contudo, não tenho a tendência a voos longos para lugares distantes. Se resolvo voar, preferia ter companhia mas não em bandos, ou o faço nos momentos em que estou no meu canto sozinha, e é fácil perceber pois que se alguém de fato olhar para mim e me ver, reconhecerá aquele meu olhar calmo mas não frio e distante, uma vez que está observando e curtindo o que vê ou voltado para o interior de mim mesma ou de minha mente onde vislumbro claramente os sonhos, onde a imaginação, isto sim, voa livre por onde quiser! E por vezes estou orando, ou apenas olhando as coisas da natureza e tentando sentir a presença de Deus.
  Um animal selvagem? Nunca! Nada tenho de selvagem, embora viva de meus instintos e se não os sigo me sinto frágil. Não gosto de me esconder, embora tenha meus segredos. E não gosto da solidão da vida na selva pois que adoro ver a vida e as pessoas, porém de uma distancia segura. Aliás, já me chamaram de tímida, e por duas ou três vezes os que se tornaram amigos mais íntimos até me confessaram que de início me achavam antipática ou "fechada"antes de me conhecer, até que notaram em mim uma certa brandura e toque por demais macio. E minhas garras ou presas estão sempre guardadas, a menos que me encontre totalmente encurralada, ou veja ameaçados os meus filhotes!
  Quando era menina e adolescente, minha mãe me dizia que eu era independente! Logo eu, tão caseira? Mas certamente há um outro tipo de independência, talvez quando pensamos que temos dentro de nós o pensamento e nele a capacidade de sermos totalmente livres, independente das aparências. Eu gostava tanto da minha gatinha e ela de mim, que pensava que tinha alma de gato. Como ela, gostava de conviver, mas era mais quieta, e embora gostasse de observar as pessoas, escolhia algumas poucas com quem me tornava íntima e para quem oferecia a barriga em total abandono e relaxamento, porque delas era meu coração e nestas confiava totalmente. Não gostava de ficar no centro das atenções, mas de observar o movimento sim. E sempre fui muito sensível e intuitiva.
   Contudo, por um tempo há poucos anos atrás, tive uma experiência que me fez imaginar que bem parecia com um cachorrinho que fica sozinho em casa a espera do dono e por solidão até pode abanar o rabinho para qualquer um que passe pelo portão e lhe faça uma festa. Qual nada!! Sempre fui seletiva não por soberba mas por empatia e, por mais carente que possa ter ficado em algumas fases, percebo agora claramente que em toda a minha vida poucas foram as pessoas que escolhi e para elas me entreguei, embora possa conviver com muitas reconhecendo pacificamente que cada uma tem suas características.Não as quero mudar, senão, poder conviver com elas em paz, fazer meu dengo e saber que me aceitam como sou, para poder continuar sendo...Do cachorro tenho a alegria de pertencer, mas a fidelidade é mais a do gato. É o olhar nos olhos e o toque macio que o conquistam e sua alma anseia por se apegar irremediável e alegremente a este dono, quando ele também se dá. Os dois criam uma conexão silenciosa e quase imperceptível, mas forte e verdadeira. Existe uma raça de gatos que é assim e relaxa inteiramente nos braços daquele em quem confia totalmente.
   Há poucos dias estive lendo sobre gatos, pois estou, na maturidade, me reconhecendo cada vez mais parecida com eles. Talvez as crises tenham acontecido por eu ter me confundido com um cachorro que quer agradar ao dono e a todos e acaba por nem sempre conseguir, e por vezes sente-se solitário no quintal, esquecido de si ou de sua própria natureza, em crise existencial por descobrir que pode preferir a tranquilidade de alguns momentos de solidão ao cansaço que vem do rodopiar em torno dos donos, porque pertence a todos que ama. Vi um vídeo de uma raça em especial, e no caso era uma mãe com seus filhotes pequenos. E todo aquele meu instinto maternal e toque macio pareceu me envolver como se eu fosse ela mesma ao abraçar os filhotes com aquelas patas peludas e macias, e com gestos meigos. Fui assim com meus pequeninos. Hoje sei com certeza que, se eu fosse um dos animais como opção naquele blog, seria uma gata. Entretanto, pertenceria a esta tal raça que recentemente descobri, ou então, a uma SRD ( Sem Raça Definida), que escolheria seu dono e adoraria ficar muitas vezes em seu colo, eternamente tranquila e feliz por estar com ele. Mesmo que me acomodasse no seu colo e me tornasse caseira, mudaria sim de casa e o acompanharia onde fosse, desde que ele não quisesse prender minha alma ou me impedir de observar com alegria interior, a vida acontecendo e as pessoas em redor....rs....

texto: Vera Alvarenga
foto retirada do youtube:  

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Bolinho de Chuva

Tem certas coisas que lembram bons momentos de nossa infância.
Sei que minha avó fez algumas vezes...minha mãe também... mas bolinho de chuva me lembra mesmo quando eu ia passar alguns dias na casa da minha madrinha " Fiica"( era um apelido porque o nome dela era Joana, mas só descobri isto quando era adolescente!). Para todos era Fiíca.
  Então, minha madrinha Fiica fazia estes "Bolinhos" e a gente "avançava". Mas ela fazia em quantidade suficiente pra guardar numa lata e a gente ( eu e minha prima Stellinha) podermos comer no dia seguinte. Eram ainda mais gostosos no dia seguinte! ( Já notaram que algumas coisas são ainda mais gostosas quando a gente as repete, com calma para sentir ainda mais prazer, no dia seguinte?...rs...). Voltando à receita, antes que eu mude de assunto...rs...
  Eu andava com vontade pois já fazia anos que não comia estes bolinhos. Os que minha mãe fazia ficavam redondinhos e com uma pontinha bem no meio... ela os chamava também de bolinho de pingar...
   Bem, finalmente juntei uma receita com um segredinho para deixar mais crocante, aliás aumentei a receita e fiz. Dá uns 35 bolinhos...deliciosos! Para quem quiser, aqui vai a receita:
Misture:
-2 copos não cheios de far. de trigo
- 5 colheres de sopa rasas de açucar ( pode por um pouco de adoçante se quiser evitar muito açucar)
- 2 ovos + 1 colher sopa de margarina
- 1 pitada de sal ( minha madrinha colocava bicabornato)
- 1 colher de sobremesa rasa de fermento em pó
- Cerca de 1/2 copo de leite para dar o ponto na massa que deve ficar como um purê não muito mole.
- 1 colher de sopa de Vinagre ( para ficar mais crocante e sequinho)!!!

Modo de fazer:
Misture tudo numa vasilha. Aqueça o óleo em fogo médio e vá colocando as bolinhas uma a uma, com uma colher de sobremesa da massa  e empurrando com a outra. Depois de colocar umas 8 bolinhas no óleo ( bastante para os bolinhos nadarem nele...rs...), balance com cuidado a panela ou jogue óleo em cima dos bolinhos com uma escumadeira ( ou espumadeira tanto faz..rs...).
- Vire os bolinhos conforme vão ficando dourados. Retire-os e coloque sobre papel para absorver o óleo.
-  Em um saco plástico coloque um pouco de açucar e canela em pó. Coloque os bolinhos lá e misture os bolinhos para o açucar e a canela grudarem neles, sem fazer muita sujeira...rs...
- Depois é comer... quente ou frio...e guardar alguns depois de frios na lata para o dia seguinte.

Dá uns 35 bolinhos de bom tamanho. De..li..ci..óóó...sos... kkk
Fotos/texto: Vera Alvarenga

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