domingo, 8 de junho de 2014

Copa no Brasil...Sinto vergonha?

Como fico triste ao ler os comentários no FACE sobre a Copa no Brasil, sobre o futebol que antes era um orgulho nacional, paixão do povo brasileiro e agora....
  Há uma parte das pessoas, aliás haverá sempre infelizmente, que culpa a pessoa estuprada ou violentada de ter dado um motivo, de ter se mostrado confiante demais ou até por ser mais frágil, ou ignorante naquele assunto, não tendo sido educada para saber se defender, etc...
  Acho que isto é um grande erro, pois deste modo se diminue a culpa, desvia-se a atenção do verdadeiro criminoso que seduz sua vítima para depois violentá-la.
  É o que penso a respeito das eleições, da Copa, do Futebol e de nosso povo. Será que deveríamos desde crianças ser educados para não confiar, para não termos infância, nem esperança, nem ingenuidades. Devíamos voltar ao tempo em que não houvesse governo, nem administração, e cada um cuidasse de sua família e a defendesse com armas, unhas e dentes, não havendo a cooperação, obediência às leis nas quais se deveria confiar, nem nos nossos representantes que deveriam estar representando nossos interesses e cuidando de sua realização de forma ordenada e adequada?
  Não ,não sinto vergonha do povo brasileiro honesto e trabalhador, sinto vergonha dos artistas que acreditam ainda no PT, dos estudantes inteligentes que parecem ainda acreditar numa fantasia, sinto vergonha do governo dos últimos anos, que alimentou e incentivou a corrupção que ocorre entre os grandes interesses, pela impunidade que demonstrou para tratar com políticos corruptos em seu próprio meio.
  O povo trabalhador não é corrupto! Paga impostos e muitos, vive uma vida difícil, não tem acesso aos benefícios aos quais teriam direito, enfrentam as greves e o trânsito para ir trabalhar pois não tem motoristas nem helicópteros a disposição para ir e vir. O povo simples, a classe média, é enganado por falsas promessas antes das eleições e tudo foi muito bem escondido até vir a julgamento. Aqueles que teriam capacidade de  devolver a dignidade ao país são ameaçados, não encontram apoio suficiente para enfrentar tal missão. Para pagar os projetos absurdos e  mal concluídos do governo e empresas por ele protegidas, o dinheiro do povo honesto e trabalhador é desviado da Saúde, Educação e Segurança.
  O esporte, não só o futebol, que deveria ser patrocinado o tempo todo pelo governo como meio de educar e proporcionar oportunidades e ambiente sadio aos nossos jovens, só recebeu em vésperas da Copa a atenção devida. E todos sabem que o esporte também é um excelente meio para se educar um povo em vários sentidos inclusive de disciplina, flexibilidade, criatividade e esforço cooperativo.
   Sinto vergonha sim de termos tido por tanto tempo governantes que retiraram de nosso verde a seiva, os nutrientes da terra, a pureza das águas, o brilho do amarelo de nosso sol tropical, os sonhos das nossas noites estreladas. Somos um povo pacífico, simples, trabalhador que, por causa do poder de poucos passamos a ser vistos e tratados sem dignidade. Isto é muito triste. É como ver um parasita e ervas daninhas acabando com o mais belo dos jardins, com a mais bela floresta, ou células cancerosas a danificar o corpo de quem amamos...Partidos políticos é que deviam se envergonhar, e finalmente apresentar um candidato digno em quem possamos votar para acabar com esta pouca vergonha!
  Quando você entrega um filho nas mãos de um cirurgião, você não tem de ser também um médico, mas precisa confiar em que aquele profissional se preparou e vai fazer o melhor possível em seu trabalho e para honrar sua promessa!! Não podemos culpar o povo pela corrupção dos políticos, por sua ingenuidade e esperança, ou por deixar aqueles que se dizem seus representantes preparados para representá-lo fazer seu trabalho. Não podemos culpar o povo simplório que vive nos rincões, vai votar e acredita nas promessas porque nem tem acesso à realidade dos fatos, não podemos culpar ........... a menos que sejam estudantes esclarecidos, pessoas que tem acesso aos noticiários e compreendem o que está havendo... estes sim podem ser acusados de não usarem bem seu voto se continuarem a votar para que esta vergonha continue.
   Quem se candidata para devolver a dignidade ao povo brasileiro?? E devolver ao futebol, não apenas "o ouro do bom negócio" mas a verdadeira paixão que era antes celebrada pacíficamente em alegria nacional???

terça-feira, 3 de junho de 2014

Coisas pra dizer enquanto é tempo...

Eu já tive muita coisa para dizer, e dizia, as vezes.
Já tive muita coisa que queria escrever, mas não tinha tempo.
Veio o tempo em que eu encontrava tempo para escrever, e precisava fazê-lo porque os sentimentos estavam efervescendo. E eu escrevi, e escrevi, e escrevi por vezes como quem estivesse falando para alguém em quem confiava, e que compreenderia. Contudo,  pessoas são desconfiadas e nem sempre compreendem quando a gente abre o coração e desnuda a alma, como criança feliz quando não tem medo de nada.
A maioria das pessoas inteligentes são também muito desconfiadas. Pensam que se derem ouvidos aos corações eles vão querer mais do que elas podem dar. Isto é um pouco triste, ou pelo menos deixa saudades. Porque algumas pessoas as vezes se afastam, com medo, como se lhes fosse faltar um pedaço se nos mandassem o mesmo abraço de volta. Mas eu também sou assim, as vezes me afasto das pessoas porque penso que não posso dar nada de importante a elas, então dou meu coração em pensamento e pretensiosamente tento enviar a algumas, uma energia boa, em forma de luz... é uma luz que esquenta mas é invisível.
Agora tenho todo o tempo do mundo, mas não estou mais tão ligada ao mundo, eu acho. Estou com preguiça. E, apesar de algumas vezes sentir saudades de alguma coisa, estou em paz.
  É tanta paz que não preciso escrever tanto. Mas isto me assustou por algum tempo, porque nem queria mais ler. É como se meus sentimentos estivessem dormentes ou talvez ao contrário, tenha voltado meu coração em direção a algo que não pode me abandonar, se eu não quiser - um amor que temos incondicionalmente porque depende unicamente de nós mesmos, em certo sentido. Depende da fé. Aliás eu sempre tive fé nas pessoas, mas nós somos complicados.
De qualquer modo, meu coração queria tanto sentir uma outra forma de amor que ao me dirigir para ele, talvez minha capacidade de amar a vida como ela é tenha me trazido de volta um bocado de carinho que não me passa desapercebido, de jeito nenhum, é claro.
Ainda sonho, mas não como quem deseja e sim, como quem lembra.
Então, quem é o filho do amor? O próprio amor. Quem seria a mãe do Amor? A vontade de amar e ser amado. Ou a fé...ou a auto ilusão, diriam alguns mais desconfiados.
Mas tudo está tão tranquilo, que  quase me assusto, mas acho bom. Tudo está tão tranquilo que até esqueço que estou envelhecendo e desta vez, é pra valer! Tudo está tão tranquilo que as vezes tenho de afastar o medo com meus bons pensamentos. Então lembro de alguém ou alguma coisa que me faça sorrir.
   Será que as pessoas sentem isto que sinto quando estão envelhecendo e pisando nas folhas do outono?
Tudo está tão tranquilo que até me esqueço que sinto saudade...Penso que as transformei em lembranças.   E lembranças eu não esqueço. Sei que há buracos pelo caminho cujo fundo nem mesmo consigo ver e que parece que nunca serão preenchidos. São assim os caminhos. Nem tudo é apenas encantadora paisagem. Não estou mais triste. Digamos que só fico triste porque acho que não é bom sentir saudades porque alguém foi embora. A gente devia poder abraçar, de vez em quando, as pessoas de quem sente saudades. Mas, desconfio que mais uma vez, adocei meu caminho, e mesmo no silêncio parece que estou encontrando favos de mel. Quando era menina, comia uma parte de uma flor porque sabia que era doce. Ainda bem que meu olhar não se amargou. Que bom!
Não quero ficar eternamente no silêncio ou hibernando como uma mamãe ursa. Quero deixar aquele meu beija flor sair do meu peito em direção ao sol. E quero ter fé, porque só assim se recebe aquele tipo de amor que não nos abandona. E se o amor preencher nosso coração, como uma coisa leva a outra, a gente recebe mais amor de quem ainda não quiser nos deixar apenas saudades...
Foto e texto: Vera Alvarenga

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Para quem vou torcer na Copa?

COPA DE 2014 – BRASIL
Não tive tempo de ler todos os comentários de um post que está no FACE. Não costumo adotar um dos lados dos extremos, mas nossa política chegou ao extremo da vergonha e corrupção nestes últimos anos. Se eu assistir a alguns jogos vou torcer pelo Brasil, é claro! mas pelo Brasil dos brasileiros, pelo time que deveria trazer sim, por que não? a alegria aos que amam o futebol e os esportes. O esporte é algo que pode servir também para educar as crianças, os jovens e tem o poder de ser usado para trazer melhorias, é claro! E deveria ser patrocinado por nosso governo não só na Copa, embora em vésperas dela seja providência correta em todos os países sede.
 Só não posso torcer ou aceitar o Brasil dos Políticos que estiveram nos enganando e agindo por seus únicos interesses, esquecendo a melhoria nos hospitais, serviços, educação, segurança e salários. Embolsando nosso dinheiro prejudicaram por demais todos os outros setores dos quais deveriam cuidar. Contudo, como protestar nas eleições??? Pergunto... COMO?? Não tenho certeza de que algum dos candidatos prováveis tenha, como diriam os homens, culhões de fazer as mudanças honestamente necessárias e MORRO DE MEDO do PT ser reeleito graças aos recursos que usa para enganar a população...fiquei impressionada com o comentário de Carmem Lúcia, você leu? Ela tem razão...lavar roupa suja em casa, penso eu, é coisa que só tinha honra antigamente, em alguns raros casos, porque na verdade como ela diz, é algo extremamente confortável para quem está violentando e abusando do direito dos que estão sob seu poder! Muito triste isto...

Vergonhoso que os políticos tenham conseguido silenciosamente e aos poucos como células doentes, espalhar seu mal por toda a nação, prejudicando o povo em todos os sentidos para se auto alimentar. Como podemos protestar nas eleições? Haverá realmente esperança? Sempre fui e sou contra a Ditadura!! mas ultimamente chego a pensar - talvez se houvesse alguns responsáveis honestos e honrados no exército, que não se deixassem comprar pelos poderosos petistas e outros da mesma laia, talvez o exército tomar conta de nosso amado Brasil para restituir segurança e respeito ao povo, talvez fosse realmente uma provávelmente boa solução para o momento. Ou, quem sabe se o ministro Joaquim Barbosa se candidatasse, com apoio do exercito e outros que sejam honestos e firmes como ele parece ser, talvez tivéssemos um bom governo. Na ocasião do julgamento do Mensalão cheguei a pensar que ele parecia um pouco "vaidoso". Quem sabe o que me pareceu nele, vaidade, seja apenas o orgulho de estar lutando com honra pelo que acha verdadeiro e correto. Ele parece ser um homem íntegro e, realmente nestes tempos de hoje, homens assim tem o direito de sentirem orgulho pelo que defendem, que é a Justiça. Contudo sabemos que homens assim sofrem pressões e por vezes ameaças, não só para si mas para seus familiares. Peço a Deus que o proteja ! É um momento difícil para nós, o povo brasileiro, e temo pela segurança de muitos, por nossos filhos e netos, pois sempre há aqueles arruaceiros bandidos mandados ou não, que se aproveitam dos protestos pacíficos para fazerem sua perniciosa bagunça. Sempre tive orgulho de ser brasileira, de viver num país em tempo de paz, com um povo trabalhador sim, alegre e de bom coração, e que tinha esperança de ir crescendo e resolvendo suas falhas internas como sinal de um progresso crescente. Hoje, o povo honesto precisa conviver com a criminalidade que se instalou, por conta da corrupção e descaso das autoridades do pais, em todos os cantos. Temos mais medo. Os que não trabalham e os que estão presos recebem, por vezes, mais atenção do governo do que todo o resto da população pobre mas que se sacrifica e trabalha honestamente. E estamos indignados ao saber que outros países possam pensar e dizer que somos um povo de "palhaços", desonestos e vagabundos!!!
Esta crise que traz indignação e revolta realmente mostra a que ponto vergonhoso chegou a corrupção e desmandos neste país.

Link do texto que aqui comento:
http://tiagoalbuquerque.jusbrasil.com.br/noticias/120902479/lei-da-copa-comeca-a-valer-veja-o-que-muda-pelo-brasil?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter  

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Meu aniversário...

 Ontem foi meu aniversário!
 Por isto quero oferecer flores aos meus amigos, amigos/as virtuais presentes através de seus recados carinhosos e também ao meu especial amigo que está ausente, e aos familiares presentes e ausentes que fizeram do meu dia de aniversário, um dia especial. Obrigada!
  E quero contar como foi o meu dia ontem. Foi um dia feliz. Apesar do susto e da correria...
   Estava frio. Fui a pé encomendar o bolo e depois ao supermercado comprar flores para a nora que amanhã comemora aniversário de casamento.
É uma ladeira até lá e como caiu uma inesperada chuvinha, fomos mais depressa, o que afinal, serviu pra esquentar. Ao chegar em casa já era tarde, quase 16 hs., não tínhamos almoçado. Precisava telefonar, pedir o almoço e atender o celular que tocou ao mesmo momento. E tinha outras providências a tomar antes do jantar a convite da nora, para comemorar o meu aniversário e o deles.  Logo mais, no quarto, ao trocar as bolsas...Céus!... não consegui encontrar minha carteirinha com meus cartões de crédito.. Onde deixei? Onde está? ONDE?? No supermercado, com certeza! Lembra Vera, quando você pegou o cartão pela última vez? eu me dizia... Ah, já sei! no balcão bem quando levei as flores para embalar.
- Você tem de ter mais cuidado, mais atenção! É muito desligada...
- Mas você tava com pressa... Quem já se deu conta algum dia de ter esquecido documentos e cartões de crédito em algum lugar público, deve saber como me senti. É uma sensação de urgência que nos faz agir por impulso e em direção a qualquer coisa que possa reverter os aborrecimentos que viriam caso se confirmasse a perda.
 No caminho fui orando para que Jesus me ajudasse a encontrar a carteira e pensei:
- Poxa, no dia do aniversário perder documentos... e crédito?! ... não era bom sinal!!
   Estava cansada mas voltei, a pé, ladeira acima em busca de encontrar a carteirinha, meu único tesouro mesmo que os baús no banco estivessem quase vazios.... sabe-se lá o que faria quem encontrasse meus cartões! Ainda que não pudesse sacar, sei lá, há gente tão "esperta" hoje em dia que está tão acostumada a ver corrupção e roubos impunes, que se aperfeiçoou em extrair dinheiro até mesmo de poços sem fundo!
  Cheguei ao supermercado quase sem fôlego, mas me controlei e falei calmamente como é meu hábito. Por dentro havia a certeza que eu teria a sorte de reaver o que quase perdera. Para minha aflição, disseram que não encontraram nada. Fiquei mais aflita. Sugeri afastarmos um pouco o balcão afinal, não sou de desistir. Fui até o caixa. Logo em seguida, para meu alívio, uma senhora que me ouviu perguntar à moça do caixa, foi logo se apresentando. Ela havia encontrado a carteira! Ah, que bom! Foi comigo ao balcão de atendimento afirmando que a entregou lá. Mas, infelizmente a moça do caixa perguntou-me: - É uma roxa, deste tamanho? Não! então tive de dizer - não era a minha.
   Saí do mercado desanimada e o cansaço só não me abateu mais porque estava preocupada com o trabalho e providências que teria de tomar, ligar aos Bancos etc .... Hei, espere aí! Me deixa ligar pra casa novamente e ver se o marido não a encontrou na sacola do supermercado..Não sou de perder as coisas! Ao contrário, sempre fui boa para ajudar a encontrar coisas perdidas, como iria desistir e me entregar à decepção.... Alô, então, você...Ah! Pois ele a tinha encontrado! Estava lá. Que alívio!
  Estava já para atravessar a rua a caminho de casa, mas voltei ao Pão de Açucar para agradecer e contar aos funcionários que me atenderam, muito bem por sinal, que o que fora encontrado, nem tinha se perdido! Ou vice versa.  Cheguei em casa às 17 hs. muito cansada, com dor nas costas e frio, pois tinha tomado mais chuva. Contudo, o alívio era grande e, de qualquer modo, meu coração provou ser resistente! O marido perguntou se eu queria descansar, suspender o jantar.
  De jeito nenhum! Afinal, se a gente encontra forças para correr na chuva, embora o coração quase saia pela boca, andar de cá pra lá e de lá pra cá por conta de uma preocupação, por que não encontraria forças para ir comemorar meu aniversário com ele, os filhos, netos e nora??? Se a correria me fez esquecer que tinha deixado a carteirinha no lugar errado,e o medo me fez correr atrás do que não estava realmente perdido, a aflição acabara no momento em que tive a boa notícia.
- Graças a Deus! meu "pequeno tesouro" estava seguro em casa, e "eu ainda tinha crédito" ! Era isto que importava. A lição que tive de aprender? Bem, tenho de reconhecer que estou numa fase em que é necessário respeitar meu ritmo, muito mais tranquilo agora. Não estou mais no tempo em que eu conversava com um filho, mexia a mamadeira com uma das mãos, enquanto segurava um dos outros bebês no colo e ao mesmo tempo era capaz de pegar algo pequeno que houvesse caído no chão, com um dos pés. Hoje em dia, ser apressada em fazer muitas coisas ao mesmo tempo, dispersa minha atenção. Uma coisa de cada vez é melhor...rs...
   O tempo passou muito depressa! Já tenho sessenta e tres anos!
   A comemoração? Foi ótima! O jantar maravilhoso! Vinho harmonizando com a entrada, vinho harmonizando com a carne... e outro com a sobremesa. Tudo para a norinha treinar o que estivemos aprendendo na noite anterior, num jantar com degustação de vinhos ao qual fomos com eles, a convite da nora. Mas isto é uma outra história...
  - Huummm... Tudo muito bom...e tudo regado a bom humor, carinho e tranquilidade.

Foto e texto:Vera Alvarenga


segunda-feira, 19 de maio de 2014

sábado, 17 de maio de 2014

A viagem da sua vida...


 Finalmente ela se via no reflexo da porta de vidro e constatava - estava, de fato, no aeroporto.
  O filho trazia a mala com rodinhas que ela havia comprado há muito tempo para uma ocasião assim. A nora, alegre como sempre, segurava seu braço e máquina fotográfica com a qual já havia tirado a foto que para sempre marcaria em sua memória, que aquele dia era real. Seria mesmo? Ela trazia a bolsa a tira colo, um frio na barriga e nas mãos, a passagem e o passaporte.
  Ninguém poderia imaginar o quanto lhe custara chegar até ali, não propriamente em relação ao custo da passagem e excursão, pois tinha algumas reservas e toda a viagem fora presente daquele mesmo filho e nora, mas quanto a outros valores.
   Quantas noites ela dormira excitada por aquela perspectiva de conhecer Paris! E Viena ou Amsterdam em plena Primavera naquela terra distante, no mes de seu aniversário! E sonhara estar à tarde em um café na calçada, conversando alegremente e observando as pessoas e tudo ao redor. Ela e o companheiro de viagem decidindo calmamente o que fariam no dia seguinte. Mas...que companheiro de viagem?
  O marido não pode aceitar o presente. Não se sentia à vontade após um problema de saúde. E ela, ainda que tivesse tentado fazê-lo entender que estavam bem, que o tempo passava depressa e a vida se ia embora se não quisessem aproveitar a oportunidade, talvez não tivessem outra, ainda assim, decidira parar de insistir. Foi quando pensou que talvez pela primeira vez, ele estivesse inseguro. E ela, que tinha seus medos, precisava respeitar isto. Seu marido comentara :
- Nunca fui muito animado, você sabe. Não tenho a vontade que você tem de conhecer estes lugares, não seria um bom companheiro. Arrume uma outra companhia e vá. Aproveite você.
   Como ela iria sem ele? O filho tinha sugerido a excursão com guia brasileiro. Era uma boa solução e a vida era uma só, por que não fazer esta viagem, a que seria a viagem de sua vida?! Como deixá-lo sozinho? Não! ela não conseguiria. Mas ele estava bem e não costumava mudar seus planos ou sair de seu ponto de conforto, mesmo em favor de algo mais abrangente.
   Não gostava de ser assim covarde e solitária, mas assim era. Para outras coisas não fora covarde, mas para viajar sozinha...Ou será que era apenas coerente com seu jeito de escolher de que forma as coisas teriam valor? Poucas vezes tinha viajado sozinha. Não se imaginava a ver lugares bonitos sem ter com quem compartilhar. Ah, a excursão era um ponto a favor da segurança, mas dividir o quarto com uma pessoa totalmente estranha, por quem não sentisse nada? Ser talvez a única em meio a outros casais. Não era pessoa de traquejo social. Valorizava uma boa companhia em primeiro lugar, alguém com quem se sentisse à vontade na intimidade, e então tudo o mais seria uma consequência feliz.
   Então, o que a levara a aceitar o presente, e depois a todos os preparativos e expectativas até aquele instante em que se via no aeroporto?
   Ah! foi ele. Aquele que se tornara seu amigo secreto, com quem muitas vezes ela imaginava estar conversando, ou em um teatro, ou ouvindo uma orquestra, ou bebendo um café e comentando sobre as pessoas, sobre o mundo. Era um amigo invisível como são aqueles das crianças, que a aceitava com todos os seus receios e toda a sua coragem. E mesmo assim a admirava e desejava o seu bem. Ela amava seu amigo quase sem rosto e seria a companhia perfeita, sabia disto. Não precisaria nem ao menos planejar nada, bastaria estar com ele, dar-lhe a mão e ir. Então poderia ir ou ficar em qualquer lugar. Bastaria estarem juntos. Seu coração ora batia descompassado, ora parecia que levava um susto.
  - Hei! você está tremendo? perguntou a nora, rindo. Você merece, aproveita! a vida é uma só!
  Respirou fundo. Sentiu medo. Devia estar maluca de ter se metido nesta aventura! Teve vontade de sair correndo para não sentir mais aquele frio na barriga. O que ela estava fazendo ali? Olhou ao redor e então ela o viu! Ele estava no meio daquela gente estranha que se juntava em volta do guia da excursão. E ela suspeitou que aquele sorriso dele, era para ela. Estaria doida ou o melhor de todos os companheiros de viagem estava mesmo ali, esperando por ela? Seria um sonho? Só assim para criar coragem para sua última viagem! Então beijou os parentes e com as pernas trêmulas e um sorriso tímido, se despediu.
  E foi....

No aeroporto talvez estivesse tocando naquele dia, aquela música...


foto retirada do Google
texto:Vera Alvarenga

   

domingo, 11 de maio de 2014

O meu Dia das Mães.


 Meu dia das Mães foi maravilhoso!
 Lembrei de você mãe, como lembro em muitos outros dias e tive vontade de tomar um cafezinho daqueles que tomava em sua casa, quando conversávamos então sobre algumas coisas e depois eu voltava para meus afazeres e filhos.

 Você ia ficar orgulhosa de seus netos, mãe!
  E de suas noras! E de seus bisnetos!


Eu bem queria que você estivesse aqui hoje participando de meu dia.
Tive um dia maravilhoso! Um almoço delicioso feito com amor pelo Robson, as palavras generosas ditas por amor pelo Rodrigo que mora em outro Estado, e o Roberto que está num outro país, eu também tenho certeza que me traz sempre em seu coração! Tomara que você tenha se sentido abençoada por seus filhos como eu me sinto por ter os meus em minha vida!
 Sou grata a Deus pelos filhos que tive, 3 filhos homens,que trouxeram tanta mudança, aprendizado e amor para minha vida. Filhos são bençãos, e os netos...rs....ah! são um presente que nos dá a oportunidade e a delícia de revivermos os bons momentos em seus sorrisos. Tenho sorte de ter noras também que trouxeram para minha vida uma outra visão sobre as coisas. Acima de tudo olhar para elas com generosidade e o desejo de me aproximar com sinceridade, confiar nelas e acompanhar alguns de seus passos sob o ponto de vista do feminino, da coragem que demonstram e também da maternidade ( no caso de 2 delas), me deu a oportunidade de olhar para mim mesma e relembrar o que eu fui. E assim, aprender a olhar com um olhar mais amoroso não só para os homens da minha vida, mas para as mulheres também. Isto me deu ainda mais a certeza de que homens e mulheres quando pretendem se amar, devem procurar se completar, reconhecendo um no outro as virtudes que tem usando-as em benefício de um relacionamento fértil de amor e alegria.
  E me deu a certeza de que, enquanto mães, temos de ter pulso forte muitas vezes sim, mas jamais economizar os gestos amorosos, porque tudo vale a pena!
fotos e texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Em pele de lobas.....


 Não importa como sejamos, baixas ou altas, aparência forte ou frágil, recém chegadas à fase adulta ou ainda mais velhas e é evidente que a experiência solidifica um pouco mais o fato, mas por assim dizer, em todas nós há uma "loba"...
   Que caminha e enxerga no escuro, que tem faro para encontrar e descobrir as coisas antes mesmo de ser apenas surpreendida por elas, que age por instinto e pelo coração mas que desta vez permanece em foco quando é necessário para defender a matilha, o que e quem amamos, inclusive um outro membro do grupo a quem antes aceitamos como um de nós.
   E por vezes é por instinto de preservar estes que são "nossos" que somos capazes de nos tornar fortes, vencer distâncias em segundos e saltar quando necessário para ficar à frente. Evidentemente estou comparando com o instinto das lobas, esta força que vem de nosso interior, colocada lá, penso eu, por Deus, à nossa disposição para dela fazermos uso quando necessário. Dizem que é mesmo por amor ou paixão que conseguimos nos flexibilizar para agir nem sempre apenas dentro dos padrões confortáveis do que estamos acostumadas, mas por um objetivo maior do que nosso conforto.
   Em algumas ocasiões, nós mulheres enquanto lobas reconhecemos outras e com elas vamos a um passeio pela mata, ou lambemos uma igual que está ferida, ou trocamos sabedorias ou apenas caminhamos juntas para não nos esquecer que temos esta força em nós. É quando a vida nos ensina também através dos nossos limites a ser compassivas e que, ter auto estima é importante para passarmos confiança à matilha e para a própria sobrevivência.
   Por vezes ouvimos o rosnar de alguma loba... o rosnar rouco e tão próximo vem daquela que se postou à frente de algo em atitude de defesa ou ataque se preciso e, de repente de entre os dentes dela caem umas gotas da saliva e enquanto a gente ouve o som percebe que as gotas molham nossa própria boca.... que são nossos os pelos da nuca arrepiados e que desta vez, somos nós que estamos ali ...

Foto retirada do Google images
Texto:Vera Alvarenga

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Conversa entre duas amigas inseparáveis...

 - Como foi seu dia hoje?
- Ãhn? ah, é você? Bem, teve uma parte dificil, quando tive de explicar tres vezes porque precisava levá-lo ao médico, e depois quando precisei explicar que não era longe mas estávamos quase atrasados, e ainda quando tive de dizer mais tres vezes onde era o lugar apesar dele me dizer que eu não queria dizer o endereço a cada vez que me perguntava. E quando tive de vestir a pele de loba, rosnar, mostrar-me forte ao invés de companheira amigável e dizer que ele devia parar de me ameaçar descer do taxi no meio do caminho porque precisávamos da orientação do médico.
- E aí, deu certo?
- Parece que sim, mas é uma pena... ao enfrentá-lo tantas vezes, minha mão vai ficando forte e peluda eu acho...vai perdendo o toque macio que queria continuar a ter... e preciso ser maior que a teimosia dele e preciso ser grande, maior do que sou! Nunca me senti bem nesta pele de loba, a não ser, é claro, quando precisava defender algum dos meninos numa situação necessária onde achasse que eles por si mesmos não teriam condições de fazê-lo. Mas você me conhece, eu não precisava ser agressiva, só forte ou corajosa, e só. Agora preciso ser brava!
- Já pensou que pode ser a mesma situação agora?
- Já! E por isto era tão importante a consulta. Contudo tenho medo de não reconhecer o limite que separa o que já era natural dele, do que agora é uma exacerbação, um sintoma. Isto me deixa sem energia, mas depois quando tudo volta ao normal, fico orgulhosa de mim por ter vestido minha pele de...
- E agora, como está?
- Com esperança visto que conversei com o médico e ele compreendeu que os assim chamados sintomas já estavam acontecendo antes de...
- E o dr. disse o que?
- Deu uma receita para evitar maiores problemas, talvez algo que o ajude a relaxar um pouco, espero. É preciso agora ver se consigo fazer o que o médico pediu: que é dar-lhe o remédio. Você o conhece. Ele disse ao médico que não precisa de nada, que tem a saúde perfeita...Bem, fora isto, e descontando as discussões por bobagens, em casa tudo acaba ficando em paz. Você sabe como adoro meu cantinho!.......
- ........... Hei, não ouviu o que eu disse? estou falando sozinha aqui? estava pensando em que?
- Ah! é que estou cansada de lembrar destas infindáveis discussões e então me desliguei... estava imaginando quando dei a mão a ele, e me senti bem, pequena, amada, feminina.
- Huummm... quando deu aquela mesma mão peluda?
- Peluda?? Não! Quando minha pele era tão macia que eu podia sentir a pulsação dele. E saímos juntos a caminhar e eu sorria, ele também... a gente teria um mundo a ver juntos... E eu me sentia leve sem o peso da pele de ...
- Ué...??? É do mesmo homem ou momento que estamos falando?
- Ah... bem, era só um sonho que tenho, às vezes, de uns tempos para cá.
- Tem nome?
-Não, não tem nome, nem mais palavras, nem sorrisos, nem concretude, nem cheiro, nem pele, nem nada mais... apenas um sonho que me vem visitar quando preciso sorrir e descansar meu coração. Um sonho que ainda tem rosto mas que o tempo vai certamente apagar. E assim, ele nunca mais me deixará sozinha, e seremos amigos mesmo que não estejamos juntos todos os dias, e saberei que não preciso lhe pedir que venha, mesmo porque, se precisasse pedir seria sinal de que ele não compreendia o bem que sua presença me fazia. Deste modo, quando nada mais sobrar ainda será apenas um sonho, mas que me tocará vindo lá do meu coração quando eu precisar sorrir tranquilamente e com bom humor para a vida...é como se, além do presente...ainda houvesse um futuro onde um dia aconteceriam tais momentos não só de serena alegria, mas de alegria certamente e esta nos traria a tal "leveza do ser"...
- Bem, talvez este homem do sonho tenha se transformado num lobo, mas nem quero perder meu tempo com estas conjecturas "hilárias", palavra que você iria ouvir do homem objetivo e realista que escutasse sua história, minha cara... O que lhe quero lembrar, de fato e mais uma vez, é que você sabe que a única coisa que temos é o presente, sua tola!
- Eu sei!...rs... mas se não fossem os vislumbres, os flashes, os insigts, as visões de bons momentos, as boas lembranças que queremos de vez em quando resgatar, os filmes românticos onde tudo acaba dando certo, a fé no Deus que nunca vimos, as imagens do belo que existe no mundo e nos gestos de amor e companheirismo, a crença nos princípios, a recordação dos melhores sonhos que quase realizamos...estaríamos todos afundados numa depressão dificil de se conseguir sair, não acha, ( com o perdão da palavra...) sua velha rabugenta? ...kkkk.... Vem, vamos tomar um chá, sem o vinho porque hoje estou com uma gripe danada! Vem! Hum..você está cheirando a pêlo molhado...rs... Sabe o que acabo de perceber? Que quando penso que estou cansada, acabada, lá me vem você e... no final das contas acabo constatando que serei sempre a mais jovem entre nós, pois não sou eu a que ainda sonha?


quarta-feira, 26 de março de 2014

Ah! a minha nuvem negra...

Foto
No Face hoje alguém colocou esta imagem e eu logo pensei:
Quem acumula inveja,preconceito ou raiva também...olha só a tal nuvenzinha que eu contava para os meus meninos que a gente atraía quando ficava nutrindo pensamentos ruins ou julgando os outros...olha só...kkk.
 Lá em casa a gente era tranquilo mas tinha de ter bom humor com a própria vida e deixar a vida dos outros em paz...é sim...ainda creio nisso..rs...
    Tanto tempo passou e esta nuvenzinha ainda existe! Olha só! e pode ser a escolha consciente ou não de cada um. Que raios ou trovões venham junto com uma nuvem de raiva que a gente não queria ter ou não sabia que estava lá porque tentava esconder da gente mesmo, ou simplesmente porque não tem afinidade com este sentimento, vá lá. A gente às vezes demora quase uma vida inteira para entrar em contato com esta emoção, e na verdade não é apenas ou unicamente por "negação" como diriam os psicólogos de plantão, mas porque realmente não tem muito a ver com tal emoção e não quis ficar ali dando brilho, curtindo e polindo, fazendo frutificar ou se espalhar feito bolor. Algumas pessoas são um tanto desligadas de certos detalhes e, a raiva requer uma especial atenção a eles, uma vontade forte para julgar e firmeza para chegar a um veredito. Além de memória, é claro! Daquele tipo de memória "que não esquece"! Eu certamente sou muito desligada de algumas coisas e raiva nunca foi uma emoção motivadora ou objeto de importância que me desse o trabalho de trancafiar lá no sótão.
   Que sapos e lagartos saiam de nossa boca de vez em quando, ou do sótão quando fazemos uma limpeza por lá, tudo bem. Porque em todas as casas há um sótão, ou porão. Eu prefiro sotão, dá uma sensação de estar a um nível mais acima da umidade excessiva do porão, mas de qualquer modo, um deles está lá em nossa casa. É onde guardamos as antiguidades, relíquias e os "escondidos". As fotografias, os porta retratos vazios ou com fotos amareladas, quando não rasgadas pela metade, como se pudéssemos tirar de nossas vidas a lembrança de alguém, só porque rasgamos a foto. Aliás, este tipo de foto, na verdade, nem as tenho! Contudo, já presenciei pessoas que tentavam matar pessoas, rasgando fotos. É uma dor muito grande que as consome.
   Inveja...ah! a inveja... quantas vezes desejei algo que não tinha e por isto senti minha felicidade abalada?
   Pelo que me lembre, só depois de velha isto me aconteceu. E não foi nunca por inveja de alguém que tivesse o que eu não tinha, mas unicamente quando desejei ter o que havia nos meus próprios sonhos. E um sonho tardio pode ser tão inoportuno quanto inesperado, mas ao mesmo tempo pode ser o que nos salva da nossa nuvem particular de mágoa e tristeza, que poderia sugar nossa energia como a parasita suga a seiva de uma árvore madura até secá-la de vez. A menos que possa considerar que invejo meus próprios sonhos, não sofro da inveja.     Contudo a raiva, aquela que não guardava no sótão mas chegou como uma nuvem trazida pelo vento que varreu o pó e deixou as superfícies mais reconhecíveis, a raiva que caiu feito tempestade e lavou a alma que não compreendia mais nada e pensava estar perdendo o laço que a ligava à razão, a raiva que nos faz agir e tirar o que amamos do caminho do tornado e nos colocar em lugar mais seguro, esta sim eu senti. Como se sente a chuva... E depois a nuvem se desfez... penso que quase totalmente.
   Assim, resta-me lidar com aquela nuvenzinha que teima em vir de vez em quando para cima de minha cabeça e quer tirar minha atenção das coisas que amo. Uma nuvenzinha acinzentada e sombria com a qual eu até já me acostumei a conviver, já conheço seus sinais e sei para ela um bom antídoto. Ela se enfraquece toda vez que consigo obter, de meu sonho, um tequinho de realidade, toda vez que meu sonho me toca se transmutando em um gesto real, toda vez que me lembro que foi através de um sonho, mesmo tardio, que eu vi que minha nuvenzinha de mágoa tem de ser colocada no seu lugar, e lá é infinitamente menor que eu, menor que minha capacidade de amar e que, portanto jamais irá me engolir.... se eu não permitir. 
Foto retirada do Facebook
texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 11 de março de 2014

Quem não bebeu desta água ?


Quando a gente já viveu alguns anos, muitas experiências, criou filhos, andou por muitos caminhos, carregou muitas mudanças nas costas e tantas vezes que chegou a pensar que até ficou lá nos ombros, afinal de contas, um caracol feito ninho portátil...
Quando a gente já teve muito medo, mas mesmo assim continuou, e andou, e andou, pensando estar quase sozinho só para então lembrar que o mundo tem muito mais gente como nós, e que mais além há muito mais do que nosso próprio umbigo, mas mesmo assim, ainda teve coragem de assumir a própria fraqueza, penalizar-se das próprias mazelas e rir-se de nós mesmos no final...
Quando a gente já perdeu um amigo e pessoas que amava, e sonhos, e já sentiu saudades, e já lutou por princípios, e já lutou para conquistar bens não só por nós, mas também...
Claro que a gente sabe que não é perfeito!!

  Mas...chega mais perto...quero lhe perguntar uma coisa... - Sabe aquele momento na vida, não importa onde estejamos ou com que idade e é sempre depois que amadureceu,em que a gente mesmo com toda a tal experiência, começa a ver o mundo com outros olhos, e mesmo estando cansado tem a incrível idéia de recomeçar? E então começa a sonhar de olhos abertos, mas pensamos que desta vez muito realísticamente porque afinal, já somos maduros, e sente que mesmo não sendo perfeitos ao encontrar a pessoa certa a gente até pode vir a ser? Tudo porque parecemos encontrar, ou talvez reencontrar, a pessoa que nos permite ser, e por consequência nos inspira a ser o melhor da gente mesmo, e retribui o que sentimos, aquela pessoa que desejamos tocar, com quem desejamos conversar, namorar, beijar, fazer e viver o amor de tantas maneiras quantas ainda nos for possível ...
  Ah! então é porque o amor voltou a nos tocar. E mesmo silencioso, não se sabe por que porta entrou, dá um tapinha nos nossos ombros já meio caídos, pega a nossa mão e com um sorriso deliciosamente sedutor nos diz:
- Nossa! Em que mundo você estava vivendo que não me percebeu?! Como resistiu? Vem!
E aí, não importa se ele nos apresenta suas credenciais ou se nos prova ser confiável, se a gente pode ter certeza de que realmente não é uma ilusão... mesmo com todo cuidado, é muito dificil  não lhe darmos a mão e não sairmos com ele por aí, nos sentindo leves e ridículos como adolescentes apaixonados pela vida!
Porque afinal... ele só veio atender ao chamado do fundo da nossa alma que ansiava por amar de novo!

foto e texto: Vera Alvarenga.  

domingo, 9 de março de 2014

sexta-feira, 7 de março de 2014

O silêncio...





Há uma coisa que existe que, quando a gente pensa nela, já não é.Não que não existam outras assim mas me refiro a algo realmente raro.
- Penso, logo existo! Ah! Mas para esta coisa, o pensamento é como intruso que vem às escondidas tirar-lhe a vida. Rubem Braga escreveu que no silêncio vive a última palavra ou o último gesto. Fiquei encantada quando li isto.
   Há o silêncio no mundo que nos cerca e que às vezes emudece, e o silêncio que está entre nós nos envolvendo ou nos separando, mas também há aquele particular que se esconde no interior de cada um. Penso que no silêncio, que era ao qual me referia desde o início, naquele que eu posso chamar de "meu" porque a ninguém mais pertence e dele posso fazer o que quero, habitam também sentimentos mais antigos impressos como tatuagem, que vem inesperados como pássaros em revoada ou como água do mar quando enche o buraco que uma criança cavou na areia. Quando a gente olha para ele é como se visse, num dia de sol, o brilho daquele anel antes de cair no mar, ou como o desejo de sentir o abraço do homem amado durante um sonho numa noite fria. A visão dura apenas um segundo... se a gente estende os braços, já não está mais lá.
   Em alguns momentos ele vale ouro, em outros incomoda ou é melancólico.
   Nos meus momentos de silêncio, já viveram gestos de amor, pela lembrança daquele sentimento vivido tantas e tantas vezes. Em alguns outros, a saudade veio doida como jamais tinha sentido antes, talvez porque jamais tenha tido antes uma visão como aquela. Talvez porque no silêncio viva o último sonho, precisei deixar o barulho de mil palavras e dos ventos e também dos gestos passarem sobre mim, como se eu fosse deserto varrido por tempestade de areia. Tudo para cobrir em mim aqueles sinais, que como cicatriz ardia ao sol  mas se acalma quando protegida, ainda que sempre esteja lá.
  Nos momentos do silêncio do mundo, sentia saudades do que ficou de você, em mim. Já nem sei se é você que ainda está lá, se o que há de você é mais meu que seu, mas ainda sinto saudades.
   E houve alguns raros instantes do silêncio ao qual eu mesma me entreguei, pelo qual me deixei absorver em meio a natureza ou pela meditação, nos quais, surpreendentemente experimentei paz... e nela, eu nada mais precisava, a não ser me deixar ficar ali sentindo aquela presença. E assim como o silêncio, também esta paz a mente não conseguia compreender, e o tempo desta indescritível visão durou apenas um piscar de olhos, como quando a gente vê o brilho do sol refletido naquela pequenina onda no meio do imenso oceano...

foto e texto:Vera Alvarenga

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Minha idade...



Deparei-me, como tu, nesta condição - minha idade também não é agora!
Minha idade é a do espanto e medo diante de um mundo tão grande que estava além dos portões da segurança de minha casa e eu entrava nele sozinha, aos poucos, levando uma lancheira que era uma malinha de couro, quase 1/3 do meu tamanho. Lembro-me das perguntas sem resposta, dos silêncios em oposição à minha mente curiosa mas que se acalmava porém, pois ao futuro cabia encontrar as respostas, e naquele presente me cabia apenas sentir-me livre para imaginar. Esta curiosidade, carrego ainda comigo.
  Minha memória me leva pelas águas de um rio calmo ao tempo em que finalmente conheci o amor e este me levou ao oceano e a mares distantes, a enfrentar tempestades e calmarias conforme a maré, e percebi que jamais teria de imaginar coisas porque meu mundo e minha vida estavam ali, vibrantes, e minha determinação era a de viver a vida como ela se apresentasse. E amando, o medo do mundo foi embora.      Mas minha idade está também naqueles dias em que o medo voltou, ainda que não temesse por mim mas por eles, os filhos,que me ensinaram a ser mais corajosa, pois que o amor por eles forjava em mim o desejo de cuidar e proteger. E quando cresceram, recebi de cada um palavras que não esperava, mas me caíram como um abraço de veludo.
  Minha idade ficou naqueles dias em que, já quase velha, pude ser por muito pouco tempo a cuidadora de minha mãe e desejei a vivência de um amor à toda prova. E pude sentir, até mais que compreender, aquela que foi a mãe. A idade que tenho agora foi marcada também nas vezes que pensei que ia perder para sempre o amor da minha vida, e quando me perdi de mim mesma. Sim, minha idade me faz viajar pelos momentos em que tive medo, porque jamais existi sem ele, e a cada vez tinha de superá-lo.
  Há um momento de minha vida, oportunidade que me foi oferecida, que me chegou como um presente de Deus. E eu o aceitei e o abri docemente e grata - era um outro tipo de amor - foi quando pude sentir as mãozinhas de pequeninas crianças amadas, os netos,em meu rosto e, através de seu sorriso viajar no tempo, e mergulhar num sentimento de ternura que nunca tinha sido jamais esquecido. Minha idade traz este sorriso indelevelmente marcado na minha alma. Junto com ele a experiência de amar outra mulher, e depois outras, e através deste amor, resgatar o amor por mim.
   E quando eu já estava ficando velha de fato, como mostram as marcas de minha idade, e pensava que não era mais capaz de sentir o amor pela vida, esta me levou por caminhos onde me julguei perdida. E, porque o amor renasceu em meu coração da forma mais inesperada, e o medo e o desejo me queimaram igualmente por dentro, como se fossem vida ainda vivendo em mim, como brilho de sol que entra pela floresta e deixa ver um pedacinho de uma fonte de água límpida, apenas para lembrar-me que ainda estou viva...naquele momento, bem ali, está a minha idade. E até mesmo quando percebi que a fonte era uma ilusão que imaginei e o barulho da água não lavou minha alma, é lá que minha idade ficou.
  Não sou a mulher de agora, nem sou apenas minha idade em meu rosto.
  Minha idade está no assombramento perpétuo diante da vida, no medo que era receio mas não me congelou, e nos momentos mais fortes em que eu pude, nitidamente conhecer o amor... ou sonhar com ele.

Texto:Vera Alvarenga
música do youtube - Enya-"A day without rain" 

I'm Your Angel (Tradução) Celine Dion - Mayrinha

Teu Sonho Não Acabou - Taiguara - Melhor Qualidade

Ainda tenho tempo...

 
 Não adianta a gente querer explicar porque se apaixonou...nem porque ainda ama apesar de tudo, ou mesmo porque de vez em quando desejaria não amar só pra não sofrer decepções.
 O amor é um desejo antigo, superior até mesmo àquela atração que a gente sente de início e nos arrebata. Amar é uma atitude que demonstra aquilo que temos como semente em nós e está ali para florescer, apesar das frustrações, ou do tempo, ou mesmo da ausência.
 Se Deus é amor, e está em nós, o desejo de sentir amor é como o de reencontrar com Ele, de alguma forma. É como se tivéssemos nostalgia de um sentimento tão puro e bom que um dia conhecemos e nos preenche.
  Hoje acordei pensando ... Deus quer que o amemos acima de todas as coisas, mas talvez não acima das pessoas pois que é através delas também que podemos amar a Deus, e conhecer um pouco do seu amor. Se desenvolvermos nossa capacidade de amar então, estaremos nos aproximando dele.
  Mas também penso que sorte temos por estarmos aqui a pensar sobre estas coisas... e me lembro das paisagens destruídas pelas guerras de todos os tipos, pelas vidas ceifadas por falta de amor, pelas pessoas que vivem numa realidade tão difícil na qual não escolheram viver, pelos que viram seus filhos morrerem como plantas cortadas antes de dar frutos... As guerras não afetam diretamente a minha pequena vidinha individual, embora me tragam um desconforto na alma, mas a falta de amor, seja como for, afeta a todos nós.
- Ah meu Deus! que estejas aí com seus braços de amor para todos nós, quer tenhamos a oportunidade de amar quer não, porque, na verdade, todos ansiamos por um Amor maior. Que venha então de ti ! Que seu amor seja mais belo que tudo o que podemos nomear como beleza no mundo que conhecemos. Que seja mais confortável do que o paraíso para receber aqueles que amamos... do contrário, a quem os entregaríamos, e para onde iríamos nós no fim do caminho?
 Mas ainda não é o fim do "meu" caminho... e ainda tenho tempo para amar sua criação...

Fotos e texto:Vera Alvarenga 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Até que ponto podemos ir?

Sabe de uma coisa? Por mais delicada ou elegante que eu possa ser, as vezes fico P... da vida!!

Meu marido acaba de receber alta depois de uma semana quase no hospital e na UTI. Teve um AVC !
Saímos para caminhar até o Supermercado...um bom trecho por sinal! Na ida, como é uma subidinha, pedi que fosse mais devagar porque me canso nas subidas. Na volta, vinha eu toda contente pela rua arborizada e vínhamos conversando. De repente ele pára e começa a tirar com o pé, uns galhos de árvore que estavam empilhados sobre a calçada.
Desequilibrou-se por 2 vezes e eu fiquei com medo que caísse e batesse a cabeça. Pedi que deixasse pra lá, a prefeitura mesmo deve ter cortado estes galhos, eu falei, e virá buscar certamente. Mas ele foi reclamar uma atitude do pessoal do condomínio em frente ao qual está a árvore. Não satisfeito, deixou as sacolas no chão e disse que ele mesmo ia tirar tudo dali e tomar uma providência, já que ninguém o fazia!
- Céus! quem é mãe ou esposa compreende como fiquei apavorada! Tentei dissuadí-lo, mas ele é do signo de áries! E foi. E ficou lá abaixando-se e pegando galho por galho dos maiores e levando pro meio da rua, como um protesto! Meu coração que estava feliz e tranquilo com a brisa da tarde naquela descida de rua toda arborizada disparou, claro! ficou pequeno de medo e susto, por ele, por sua saúde!
Será que vale a pena tanta briga e protesto, sem medir consequências para se defender o que se julga certo?    Aliás, sei que ele estava certo em pensar que aquele lixo não podia impedir as pessoas de passarem na calçada, não poderia ficar ali... mas então, qualquer risco vale a pena? E qualquer maneira de se protestar é eficiente? E a saúde que é uma benção que Deus nos dá, onde fica? E a responsabilidade para aqueles que estão aflitos ao nosso lado? e será que a atitude resolveu com aqueles carros todos que num instante formaram fila, buzinando com as mães e filhos que saiam da escola no final daquela rua?
 O homem desceu a rua pálido e quando toquei na mão dele estava gelado. Ele, nervoso falou sem fôlego que fez o que era correto fazer!
Sei não...cada um é livre para fazer o que quiser ( dizem os extremamente independentes) mas, da próxima vez acho que vou ter de deixar ele lá... porque sua saúde pode ser de ferro, mas meu coração tá mais cansado...Ele sempre fez as escolhas dele...eu estou fazendo as minhas - vou respeitar meus limites e até que ponto posso aguentar presenciar certas coisas ou permanecer ao seu lado e ainda manter minha elegância ou meu bem estar.
- Tô pensando... até que parte do caminho vai a nossa responsabilidade pelo bem estar do outro que está a nosso lado?! Sempre acreditei que amar significa também discordar, ou se intrometer quando necessário pois não podemos ficar totalmente frios e indiferentes quanto àqueles a quem amamos... mas, tem momentos que a gente faz o primeiro gesto e até o segundo...rs...para tentar ajudar ou evitar coisas ruins...depois...a gente tem de largar mão e deixar rolar, não é ? Será? Pensemos e escolhamos!...rs... e que Deus ilumine nossas escolhas e nos torne fortes para aguentar as consequências e a incompreensão de quem assistir a nossas atitudes mas não puder compreender...
Texto e foto: Vera Alvarenga
   

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Se eu quiser falar com Deus - Gilberto Gil (raridade) - TV Cultura - Sr....





Está tudo indo bem, ou calmo, tudo do jeito que a gente já sabe que vai continuar e então...pluft...ôpa..póf, e tudo muda, a gente escorrega ou alguém cai bem ali do nosso lado e tudo parece virar do avesso ou a gente perde o rumo e não sabe ou não lembra nem mais o nome das coisas, enquanto quem está do nosso lado pensa que não conhece mais o caminho.

Então, a mente quer entender, ou até quem sabe nem queira mais compreender mas apenas seguir seguindo, apenas encontrar uma luz pra adquirir confiança e a gente pensa em conversar com Deus.

- Deus, me dá uma luz, não me deixa emburrecer não! Não me deixa ficar como quem tá indo embora, mesmo que não queira, só porque uma preguiça esquisita parece que tomou conta da mente e do coração, como se houvesse um limbo cuja lembrança  penetra na química do corpo e que transforma quase tudo em quase nada. Qualquer bússola ali...dispirocaria!! ficaria endoidecida! E aí, em reação, tudo fica anestesiado.

Mas a gente ainda, e mesmo assim ,quer falar com Deus e indo pra um lugar se pergunta se não seria melhor ir para outro e ficar um pouco só... quem sabe ele me escute e fale comigo...

E então a gente liga o rádio e... está tocando esta música!!



É assim mesmo, a vida tem estes momentos. Algumas coisas são assim mesmo... algumas vezes só falando com Deus...e mesmo assim, podemos sair sem compreender tudo como gostaríamos, mas se sairmos com a sensação de que não falamos sozinhos, então já é um bom re-início do caminho...(vera)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sonhei que o mundo ia acabar e me coloquei em segurança...

  Esta madrugada tive um sonho...
Estávamos numa emergência! De alguma forma se sabia que o mundo, como conhecemos pelo menos, ia acabar!grandes mudanças iam ocorrer ou sei lá o que! Então, algumas pessoas, como eu, se viam de repente dentro de uma nave, um disco voador do tamanho de um enorme salão. Tinha piso mas desde a altura da cintura e toda a parte de cima era feita com uma película finíssima mas resistente, transparente como vidro, que nos permitiria ver tudo mas nos protegeria ao mesmo tempo que deixaria entrar o oxigênio purificado. Beleza de solução, apropriada para sonhos! para os meus sonhos, que nunca são totalmente catastróficos à primeira vista. Se parte do mundo ia acabar, ali estaríamos a salvo!
 Então eu soube que dentro dele ficaríamos até tudo estar seguro novamente e podermos voltar para nossas vidas. Só que, por uma fatalidade daquilo que, de sonho passa num instante a pesadelo, alguém apertou algum botão errado e sobre minha cabeça começou a fechar-se tudo. Eram 2 portas arredondadas como cabe a um disco voador, de pesado material, da cor verde e que fechou tudo impedindo a nossa visão. O fato de ser da cor verde trazia conforto, porém não resolvia tudo. E por instinto soubemos que, quando acabasse o nosso tempo de puro oxigênio ali dentro guardado, o nosso mundo iria acabar para nós, não importando mais o que ocorresse lá fora....Incrível, estávamos trancados naquilo que deveria ser nossa salvação! ìamos morrer sufocados!( bem realista meu sonho afinal de contas, porque o mundo acaba, de uma forma ou outra, para cada um de nós quando não pudermos mais respirar!)
 Meu sonho terminou no momento exato em que sentia tristeza e uma grande perplexidade diante de duas coisas que, para mim, significavam a maior perda real: - meu Deus! não poderei "ver" mais nada do mundo ao meu redor? e nunca mais fazer amor? nunca mais amar?
   Acho que se não acordasse naquele momento teria chegado à mesma conclusão que reforça o que norteou minha vida.... O que te dá a sensação de segurança e liberdade...é poder sentir o vento ao olhar pra longe e"ver" o que há adiante, seja nos horizontes ou ao redor e, acima de tudo, poder amar! Ou ainda...é poder amar e ainda olhar o mundo ao redor!
  Só nos sentimos realmente condenados a uma prisão que nos limita quando, não podendo olhar para longe nem sonhar o amanhã, também não tivermos junto a nós, o nosso objeto de amor, aquele que nos faz capazes de amar e de enfrentar tudo hoje!
  Contudo, sonhos sempre tem mais de uma interpretação...
Foto e texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Uma notícia que me chamou a atenção!

 Do seu escritório,meu marido me deu a notícia: morreu "o homem do rio!"
-Como sabe?
Saiu aqui no Face.É de um jornal de Votorantim.
-Compartilha comigo!
Quando morei lá em Votorantim, tirei umas fotos de quem chamei de "o homem do rio", porque mora na rua e, com o seu amigo inseparável, um cão preto, ficam sempre à beira do rio.
   Nossa! que notícia confusa! Demorei um pouco para compreender... A manchete era o que eu chamaria de "espetaculosa" (existe este adjetivo?) - "MORRE RONALDINHO DO PT"  e ao lado dela a foto do "homem do rio"...
Fui ler a notícia e fiquei sabendo... Então o homem que eu chamei de "o homem do rio" e que está na foto da notícia, NÃO É O RONALDINHO QUE MORREU! aH! Aí compreendi que este, o da foto, deve ser o que a notícia conta ser o Mané da sucata...(?) E, no final das contas e da notícia. afinal descobri que o tal Ronaldinho nem morreu! Foi só um mal entendido? Ou uma fofoca desmentida, ou uma mentira mal contada ou...sei lá, mas algo que rendeu esta notícia meio confusa à primeira vista!
Manchete, se não me engano é algo que se usa também no volei? Não me lembro ao certo. Contudo sei que é o título de notícias sensacionais e impresso geralmente em letras grandes... as manchetes servem para chamar a atenção do leitor para a notícia, mas podem confundir, enganar,dizer meias verdades ou completas mentiras...e no Face...vai saber!

A foto da manchete? Não consegui copiar para trazer pra cá... mas podem crer, era a foto do meu "homem do rio"!  Meu? não! Já faz tempo que ele pertence apenas a ele mesmo, se é que não se perdeu de si, como me disseram...mas não pude confirmar.


Texto: Vera Alvarenga

domingo, 26 de janeiro de 2014

Uma boa sugestão...

 Alguém compartilhou este texto no Facebook. Não costumo colocar aqui no meu blog textos que não sejam meus ou de minha responsabilidade,mas este simplesmente é ótimo, não artificialmente poético, mas verdadeiro e atual e acho que é mesmo nisto que está a poesia...Hoje eu também diria isto para uma filha, se eu tivesse uma - case com alguém que goste de curtir a vida com você, que goste de estar em sua companhia e lhe demonstre isto, fique com alguém que te faça sorrir e ria junto com você, pois a vida já nos traz responsabilidades e momentos difíceis demais que teremos de enfrentar sozinhos e, se estamos junto com alguém é para fazer esta pessoa feliz e sentir-se bem na maior parte do tempo em que estivermos juntos, e vice/versa não é mesmo?... Adorei.
E aqui vai o texto:
"Casamento: modo se usar. Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se. Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos. Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas. Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo. Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois. Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda. Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se." 

Se alguém souber quem é o autor, me avise e terei prazer de colocar aqui.

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