Somos seres sociais. Alguns mais, outros menos,mas todos dependemos uns dos outros e de nossa possível convivência.
Vivemos entre tantos.Como bandos, caminhamos ao lado de muitos, por vezes na mesma loucura em meio à corrida contra o tempo.
Contudo, somos solitários na dor e nos sonhos.
Evidentemente podemos ser solidários, na dor. E os sonhos, podemos tentar compartilhar, tentar levar conosco alguém que ansiamos possa ver a mesma beleza que vemos nas cores daquele arco-íris, ou ter as mesmas visões que tivemos em nossa meditação.
- Então, você pode vislumbrar como será maravilhoso?! Dizemos ingenuamente, quando encantados.
Algumas vezes encontramos resposta de quem entra em sintonia conosco. Nos acompanham, alguns,outros seguem paralelamente, porque seus sonhos se assemelham aos nossos ou porque se encantam com a luz que brilhou em nosso olhar.
Aquela visão, porém, aquelas cores, são o nosso sonho, é o nosso desejo, estão ligadas à nossa experiência individual e única de meditar em meio ao burburinho da vida em sociedade, no meio em que estamos inseridos.
Sim, para diminuir expectativas é preciso compreender que o sonho é de cada um! Contudo, não devíamos esperar de nós mesmos que apenas deixemos que cada um "fique na sua", porque, para quem voa ou sonha, ou tem uma visão, é quase impossível não desejar compartilhar... a menos, é claro, quando, como muitas vezes acontece,a alegria por experimentar tal liberdade ou talvez desejo, se apaguem vencidos pelo insistente desejo contrário de manter tudo da forma que está. E esta é uma tendência do bando, e de nós todos. Sonhar, refletir, e então meditar para depois ir em busca da realização, ou mesmo somente buscar manter a ligação que possamos ter com o que somos no íntimo, requer fé, dá trabalho, exige disciplina, compromisso, dedicação e perseverança. Eu me acovardo, muitas vezes, mas a despeito de tudo, resisto.
Há vôos especiais, destes nos quais quase podemos tocar estrelas! Quando os tivemos, nosso corpo e alma pedem que se repitam. Por isto, mesmo quando a vida muda os cenários e quebra uma de nossas asas, ainda esperamos a cura para transformar o que temos, num novo plano de vôo.
Como seria bom termos sempre companhia!
Seria ideal diminuirmos nossa expectativa, sem contudo apagar o brilho dos nossos gestos espontâneos. Como fazer isto? No mais, compreendendo assim este aspecto da vida, finalmente não me sinto mais em solidão, como tantas vezes antes. Eu a recebo e reconheço como pano de fundo numa cena em que ela é mais estrela do que eu, faz parte de mim, e se torna fundamental num e outro ato, no palco da minha vida.
Já não me assusto por gostar tanto de voar neste cenário, embora reconheça minha dependência total do convívio com meus pares. Sei que posso ir e voltar, sentir o vento e pisar na terra, rir e chorar, aceitar meu direito e meu avesso.
Fotos e texto: Vera Alvarenga
Vivemos entre tantos.Como bandos, caminhamos ao lado de muitos, por vezes na mesma loucura em meio à corrida contra o tempo.
Contudo, somos solitários na dor e nos sonhos.
Evidentemente podemos ser solidários, na dor. E os sonhos, podemos tentar compartilhar, tentar levar conosco alguém que ansiamos possa ver a mesma beleza que vemos nas cores daquele arco-íris, ou ter as mesmas visões que tivemos em nossa meditação.
- Então, você pode vislumbrar como será maravilhoso?! Dizemos ingenuamente, quando encantados.
Algumas vezes encontramos resposta de quem entra em sintonia conosco. Nos acompanham, alguns,outros seguem paralelamente, porque seus sonhos se assemelham aos nossos ou porque se encantam com a luz que brilhou em nosso olhar.
Aquela visão, porém, aquelas cores, são o nosso sonho, é o nosso desejo, estão ligadas à nossa experiência individual e única de meditar em meio ao burburinho da vida em sociedade, no meio em que estamos inseridos.
Sim, para diminuir expectativas é preciso compreender que o sonho é de cada um! Contudo, não devíamos esperar de nós mesmos que apenas deixemos que cada um "fique na sua", porque, para quem voa ou sonha, ou tem uma visão, é quase impossível não desejar compartilhar... a menos, é claro, quando, como muitas vezes acontece,a alegria por experimentar tal liberdade ou talvez desejo, se apaguem vencidos pelo insistente desejo contrário de manter tudo da forma que está. E esta é uma tendência do bando, e de nós todos. Sonhar, refletir, e então meditar para depois ir em busca da realização, ou mesmo somente buscar manter a ligação que possamos ter com o que somos no íntimo, requer fé, dá trabalho, exige disciplina, compromisso, dedicação e perseverança. Eu me acovardo, muitas vezes, mas a despeito de tudo, resisto.
Há vôos especiais, destes nos quais quase podemos tocar estrelas! Quando os tivemos, nosso corpo e alma pedem que se repitam. Por isto, mesmo quando a vida muda os cenários e quebra uma de nossas asas, ainda esperamos a cura para transformar o que temos, num novo plano de vôo.
Como seria bom termos sempre companhia!
Seria ideal diminuirmos nossa expectativa, sem contudo apagar o brilho dos nossos gestos espontâneos. Como fazer isto? No mais, compreendendo assim este aspecto da vida, finalmente não me sinto mais em solidão, como tantas vezes antes. Eu a recebo e reconheço como pano de fundo numa cena em que ela é mais estrela do que eu, faz parte de mim, e se torna fundamental num e outro ato, no palco da minha vida.
Já não me assusto por gostar tanto de voar neste cenário, embora reconheça minha dependência total do convívio com meus pares. Sei que posso ir e voltar, sentir o vento e pisar na terra, rir e chorar, aceitar meu direito e meu avesso.
Fotos e texto: Vera Alvarenga