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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

" Onde está o meu renovado amor?"

     A gente tem tanta pena de ver morrer o amor assim... “Como viver sem a capacidade de amar, de dedicar tempo para o outro, sonhar e tentar fazê-lo sorrir, apoiá-lo nas batalhas?  Por que a vida não me dá um outro amor, que venha me salvar deste lugar nenhum vazio sem sonhos, para que possamos juntos rir de nós mesmos, e caminhar com mais ternura, preguiça, e menos desgaste?”
     A gente quer pegar nas mãos o próprio coração, olhar para ele, chacoalhá-lo e dizer:
     - “Acorda! Não vou agüentar muito tempo, com você morto dentro de mim! Por favor, quero viver!”
     Mas ele continua inerte.Está partido porque deixei que o amor morresse. Tudo se transforma em dor física. Porque tudo que a gente sente, emoções e pensamentos, estão dentro do que é o mais concreto e real, em nossa vida – o nosso corpo! Até nossos sonhos mais espiritualizados, estão nele! E ele sofre também, e a gente intui que é uma pena, que nosso amor e a gente, vá morrer assim, de tristeza, mesmo que disfarçando perante outros, porque não quer fazer sofrer pessoas que nos rodeiam. A gente sabe que está morrendo...e o corpo, e a vida que era espontânea em nós, não quer reagir! É como se a gente tivesse presenciado a morte de um ente amado! É o luto... de nós mesmos...
     O amor que estava em nós, a capacidade de amar, a “alma” da nossa existência, como leve pluma, fica solta no ar. Pensando que não vamos agüentar encarar este sentimento, nos afastamos dele, embora ele esteja em nós, e parecemos um robô. Como tal, não sobreviveremos se quisermos encarar a nossa vida e continuar a“sentir” nossos sentimentos, sem anestesia. Então, acontece um pequeno milagre!
     É tanta pena que sentimos, que olhamos para nosso umbigo, nossa barriga, o centro de nosso corpo, e desejamos sentir vida novamente em nossas entranhas. Respiramos fundo, e um vento, soprado por algum mago, trás de volta a parte importante de nós – a pluma, a“pena”, compaixão,o amor e ele pousa, desta vez, em nosso próprio coração! Quando a gente olha pra dentro de si,como numa meditação, e fica presente inteiramente em nosso próprio corpo, algo acontece. Como eu pude me esquecer disto?! Quando a gente pensou que desistiu de tudo e que só nos restou amar a nós mesmas, do jeito que a gente é, porque sentiu que merecia este nosso olhar, não sei como, nem porque, mas parece que uma pequena luz nos iluminou um pouquinho. Mais milagrosamente, parece iluminar também o coração do outro, daquele que estava ali ao lado, esquecido de como era demonstrar amor. E ele se aproxima...e parece que te vê com outros olhos, e demonstra seu desejo... e te fala com ternura como fazia tempo que não falava...( “Meu Deus, será que este homem, fica feliz ou me acha mais sedutora quando estou meio morta? O que está acontecendo? Outra vez não encontro resposta! Estarei perdendo a fé nas pessoas e nas palavras? Onde está a fé que me habita?”)
     -“E onde está o meu novo amor? Aquele com quem ia recomeçar um relacionamento  maduro, onde me sentiria mais inteira e ele ia gostar disto? Onde está o homem que, mesmo que se julgasse um pouco rude, me bastaria que fosse bom, e simples, e terno, como sei que seria? Onde está o que, ao me dizer que sou insubstituível, estaria querendo dizer também, que me queria em sua vida para sempre, como companheira? Esta ilusão era minha e, se ele existisse, por certo, teria outra vida para cuidar. Uma pluma solta no ar, pode ser levada pelo vento da ilusão, criada por nosso único desejo”.
     Então, você se pergunta, se não seria um bom momento para relaxar, já que vive sentimentos tão intensos, deixar de  tantos questionamentos,aceitar da vida o presente real do amor que se oferece ao lado, daquele que já foi o amado...e, sem grandes cobranças, para exercitar o que você estava procurando afinal... descansa na paz do tempo que é o agora... simplesmente para viver momentos de amor. Entrega o futuro nas mãos do Tempo...toma posse lentamente do seu corpo de novo, porque ele é nossa primeira realidade...e deixa entrar o amor... o amor que vier... pois se trouxer o respeito e afeto real.., trará sorrisos para a alma e tudo ficará em paz. 
Texto : Vera Alvarenga
Foto: retirada de email da internet. Pode ter direitos autorais.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

- "Reflexões sôbre um olhar ao espelho"...


  Cada um de nós, em criança, desenvolveu seu caráter e respostas à vida, de acordo com o ambiente e circunstâncias;a forma como absorvemos nossas experiências, depende do que temos como características específicas e mais essenciais.
     Não fui criança mimada, mas era feliz. Tenho como forte característica a sensibilidade e talvez tenha aprendido, por diferentes motivos que, ter uma pessoa para amar (o meu homem/companheiro) e merecer o seu amor, era o que dava significado à minha existência. Filhas de pais separados, podem aprender com o exemplo da mãe, diferentes valores, dependendo de sua sensibilidade. Para uma, talvez fique clara a idéia de que, para ser feliz e sobreviver, a mulher precisa ser independente e de certa forma, desapegada. Para outra, que viu a infelicidade e amargura permeando tudo o que a mãe tentava fazer, embora com seu nobre esforço de afirmar-se como independente e auto suficiente, talvez somado às características específicas da qual falei, a independência não conseguiu convencer como característica a trazer felicidade. Aprendi, não com palavras ou com o esforço, mas com o que vi, que sem amor, nada importa.
     Não me importa mais, a esta altura, julgar ou saber todos os por quês, para que eu possa me transformar em uma nova pessoa; mesmo sem isto, tenho me transformado(como minha escultura Fênix), e às vezes, apesar de minha veia dramática achar que morro, me reencontro no dia seguinte, ainda ali.
     Eu tentava fazer desta frase, a minha crença particular:
- “Não importa o que pensem, sei o que sou( como sou forte e resistente) e nada abala minha capacidade de amar a vida e as pessoas às quais sou ligada.”
     Eu e minha irmã,diferentes em tantas coisas, percebemos recentemente,que temos algo em comum : ambas estamos cansadas de tanto produzir! Como se não tivéssemos valia, se não produzirmos algo de valor ( ela, em suas atividades fora de casa,eu, no meu trabalho em casa,e na casa, no computador ou nas artes), mas não só neste campo, e sim, também no que dizia respeito às pessoas ou familiares – estávamos sempre tentando agradar outros, e nos sobrecarregando,muitas vezes, dificilmente pedindo ajuda para nós mesmas.Moramos em cidades distantes, cada uma com sua vida, ambas “mulheres de fibra!” ( como dizia nossa avó, e que nos foi dada como exemplo), e como tantas, acostumadas a “se virar por si”. Ela, menos sozinha que eu, porque trabalha “fora”,fez amigos e os conserva, além de que, recebeu mais elogios por ter escolhido uma profissão, ao invés, de como eu, ter abandonado a sua. Contudo, como muitas pessoas, na nossa faixa de idade, nos sentimos cansadas e sem saber como diminuir a produção por algum tempo, sem nos sentirmos desvalorizadas. Até financeiramente, isto é impossível, mas é no campo pessoal que “pega mais”.
     Voltando a falar de mim, “fazer por merecer” um amor, achar que a gente tem sempre que se superar, ser o melhor, é um desafio interessante, mas, se for constante, consome muita energia, embora nos faça feliz por algum tempo ( e aos que estão ao nosso redor,claro, pois tem o melhor que a gente pode e fica feliz em dar).
     Mas, um belo dia você descobre que está totalmente sem energia, principalmente se não conseguiu se recarregar porque seu/sua  companheiro/a  de vida, esqueceu por um bom tempo, de retribuir ( o que proporcionaria certo equilíbrio).
     Então, acostumada que estava a “fazer por merecer”, mas cansada e sem forças para esta ação, você olha para si mesma e se desespera pensando:
     - “Meu Deus, não sou nada!” Mas, o que a gente sente, de verdade, é : “ Não mereço amor!”
     E a gente se encolhe, e por medo se afasta de quem talvez ainda pudesse nos amar, porque esta crença parece maior do que tudo, e a gente está perdida, porque não encontra mais dentro de si, aquilo tudo que nos apoiava....Acredito que isto pode acontecer com homens também.
     Quando a gente se olha assim, não vê nenhuma imagem refletida no espelho, porque a gente se perdeu de si mesma/o! 
     É preciso urgentemente parar! Não podemos arrastar este sentimento, que nos leva à depressão! É imprescindível nos dar um tempo para reencontrar nossa imagem.... para podermos resgatá-la, olhando-a com amor.
texto: Vera Alvarenga
foto: Espelho Mosaico de Vera Alvarenga
     

sábado, 12 de junho de 2010

- " Sôbre estar apaixonado e amar..."

 Acabo de ler um texto que fala sôbre a diferença entre o que um homem sente quando ama e quando está apaixonado. Me fez refletir bastante.      
Concordo que quando a gente ama é algo que depende mais do que temos em nós, do que daquilo que o outro nos está oferecendo, no momento. E acho que o amor vem com a maturidade do relacionamento. E é imenso,sim, mas não tão aparente..é mais discreto, do que a paixão!
Só que, estamos falando da CAPACIDADE DE AMAR, de cada um, claro. O apaixonar-se pode nos levar ao amor. E, que maravilha quando isto ocorre e pode ser vivenciado a dois!Porque, quando pensamos no amor entre um casal, e no sentimento que os une, então, este precisa ser alimentado por ambos e cultivado, sim, e até por ser "entre os dois", precisa de ambos,não pode existir só pra um. O texto comenta que "Quem ama, continua a amar, mesmo em presença da traição". Sei disto, quem ama, perdoa.E foi assim que "eu" sabia amar. Contudo, aqui está onde discordo em relação à repetição desta atitude, pois traição pode ocorrer de várias formas.O sentimento de uma pessoa que é traída pela outra, de diferentes formas, não pode perdurar como amor incondicional,pra sempre... O amor existe, mas o sentimento muda e não é mais tão nobre, leve e belo.
  Na minha história de amor, eu sinto que meu sentimento por ele vai perdurar para sempre,de uma forma ou outra, mais do que os 40 anos de nosso relacionamento, mas, o sentimento que nos une, o que caracteriza o relacionamento "entre dois", infelizmente não é tão bonito, altruístico e não conseguiu ser cúmplice. Meu companheiro diz que me ama e acredita nisto...mas, em minha opinião, como o texto tambem afirma, o amor é algo que, quando existe, é, está lá , brota do coração naturalmente, em atitudes nas quais nem se cogita mais em traição no momento de se escolher entre a pessoa amada e outro objeto qualquer de desejo egoístico. E esta é uma decisão intrínseca que traz a tranquilidade de nunca se estar "sacrificando" por amor, pois não é sacrifício fazer uma escolha natural.
  E, neste caso, uma pessoa pode não saber o que fazer com sua capacidade de amar, então pode direcionar este sentimento para outras formas de amor e de se apaixonar, até que encontre a cumplicidade e comprometimento que pode valorizar imensamente a vida. E este sentimento pode ser oferecido a uma pessoa, muitas ou a uma ação, onde o amor possa florescer.
  Quem ama de verdade, quem tem a capacidade de amar, pode ter este sentimento de amor às vezes, ameaçado por uma atitude egoística,oposta e constante do outro. E, quando isto se dá, o sentimento "entre os dois", pode perder sua força, e a pessoa que realmente amava, pode desejar sim, amar outra pessoa, que perceba que este sentimento poderá trazer a cumplicidade e uma vida imensamente mais significativa, para os dois. Então, apaixonar-se pode ser este caminho, na tentativa de realização deste "amor entre dois" que não se realizou da primeira tentativa..
  Porque, penso que o amor, aquele que vive em nosso coração, se não é alimentado pelo outro, só pode perdurar apenas dentro do coração, e não no relacionamento. Amor totalmente incondicional, na minha opinião, é algo que o ser humano só alcança sentir, mas não consegue vivenciar dentro de seu relacionamento com o seu companheiro(a), porque mesmo que não queira, vai desejar ver-se refletido no outro. O amor, em presença do persistente egoísmo se retrai, ou vira em outra direção para poder brilhar e distribuir suas bençãos.

texto: Vera Alvarenga
foto : que tirei da foto lindíssima, que ficou em 2º lugar no Concurso (Re) Tratando o Rio Sorocaba.
 A foto é de Carlos Alberto Muzzili.

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