terça-feira, 22 de outubro de 2013

..e por falar em cheiros e músicas de nossa infância...

...e por falar em cheiros e na música que penetrou em nossa alma quando ainda crianças...

Fui buscar naquela caixa fechada desde a última mudança, algumas fitas K7. Coisa antiga estas fitas, mas eu queria lembrar...
Foi há muitos anos atrás quando fui trabalhar em casa de uma amiga de minha mãe e minha, a fim de organizar sua biblioteca. Eu estava atravessando uma baita crise pessoal e financeira, e fui chamada por ela para prestar-lhe este serviço. E adorei, por todos os motivos, inclusive porque, além de tocar em livros, encontrei lá uma coleção de fitas com as orquestras famosas e os clássicos. Eu devo ter ficado encantada e ela, pessoa sensível e delicada, ao notar me emprestou algumas.
Foi então que eu, levando-as para casa, em meio ao um turbilhão de problemas, fui ouvir os clássicos.
  E, ao ouvir, aproveitei para gravar as que mais gostei. E assim, fiz uma seleção, porque nem todas me agradavam, mas algumas me emocionavam.
Naquela ocasião, as que escolhi foram as que relaciono abaixo. A partir de hoje vou ouvi-las de novo. Será que gostarei das mesmas? E agora com os vídeos do youtube, se tiver tempo, vou ouvi-las, aos poucos, numa nova versão. Um dia vou aprender a baixar as músicas e gravá-las em um CD, o que combina mais com o nosso tempo agora que temos tanta tecnologia e inovações como a internet, a nos possibilitar um encontro com coisas do mundo que tínhamos sede de conhecer, mas que sem a internet, não nos seria possível! Que bom.
   Pena que eu tenha tanta sede e tão pouco tempo de vida...kkk... para conhecer tanto quanto gostaria... deveríamos poder ganhar mais 25 anos junto com a aposentadoria, só para curtirmos o bom das coisas e do mundo, em boa companhia, não é mesmo? (falo em companhia porque, sou do tipo de pessoa que me emociono um pouco mais quando posso compartilhar, ou pelo menos comentar...acho que só assim tudo faz mais sentido). Talvez por isto, vendo todo o potencial de beleza no mundo que ia criar, Deus tenha decidido criar também o ser humano, que evoluindo iria compartilhar também com Ele, o que é belo!
- Debussy : Prelúdio à sesta de um fauno
- Camille Saint Saens : O carnaval dos animais - o Cisne
- Ottorino Respighi : Fontes de Roma
- Lizt: Jogos de água
-Maurice Ravel: Jogos de água
- Tchaikovsky: Suite Quebra nozes e Valsa das Flores
- Jacques Offenbach: Os contos de Hoffman
-Bedrich Swetana: O moldava
- Gustav Holst : Os planetas (Marte)
- Dvorák: Sinfonia nº 9 - Do novo mundo e 4º movimento
- Johan Pachelbel - Canon
-Ludwig Beethoven - Sinfonia nº 5( 1ª, 3ª e 4ª parte), Egmont, e 9ª sinfonia
-De Falla: Dança Ritual do fogo
- Edvard Grieg : Peer Gynt - Suite nº 1 - Manhã
- Lizt : Sonho de Amor
- Pietro Mascagni Cavalleria Rusticana
- R. Strauss: Assim falou Zarathustra,
- Johann Strauss Jr.: Valsa do Imperador, Danúbio Azul( porque minha mãe amava esta música)
   contos dos bosques de Viena( meu pai gostava desta música), Marcha Egípcia, Folhas da manhã, Sangue vienense.

E Mozart???? Preciso ouvir, recordar e escolher as minhas preferidas. Além do romântico Chopin,claro!
Sem falar no TESTAMENTO de Beethoven, traduzido por Érico Veríssimo e narração de Paulo Autran. É maravilhoso e triste.

Foto: retirada do Facebook - texto: Vera Alvarenga




 

domingo, 20 de outubro de 2013

Penso que te conheço...

   
  Penso que te conheço, começava assim aquela carta, mas me engano.
    E ficou olhando para fora, olhar distante, procurando em algum lugar, ao longe, encontrar finalmente o que ela procurava, em pensamento. Mas ele parecia não estar mais em lugar algum, a não ser, apenas em seu coração e na lembrança. Ela sabia que era assim que devia ser, uma lembrança de um sonho que ninguém arriscara ver se daria certo. Ninguém?
    Ela sabia, que já nada mais sabia dele.
   O ímpeto, o impulso, se acomodavam agora, nas malhas da realidade, e permaneciam quietos como os leões velhos, feridos e cansados depois da luta pela sobrevivência, e que se acomodam sob a sombra porque precisam dormir. Talvez para sempre...talvez até amanhã....
    Quem és, que somente me prometias dar-te a conhecer e não o fizeste, de fato?  ainda preciso adivinhar-te? Quem és, que te escondes, que silencias, e, de repente, vem me beijar?
    Qual o tempo de tua vida? Sonhas comigo? Desejarias me abraçar, me tomar em teus braços, me conhecer, me tocar e com tuas mãos acordar de novo cada parte do meu corpo, já quase todo adormecido? Tudo porque o desejo era maior do que o sonho e cansara de idealizações! Alguma vez, como eu, acreditaste que tudo era possível, e que serias para mim, o suficiente, o desejo finalmente realizado, para depois, logo depois, duvidares de ti e sentires que este teu sonho não era mais do que simples pretensão?
   Tinhas o mesmo desejo que eu, de novamente pertencer? O mesmo sonho de paz? A mesma canseira e indisposição quanto às coisas que permanecem sempre as mesmas, e se repetem como viciadas, como se não quisessem melhorar, porque não há mais tempo ou porque não querem se dar ao trabalho?
   Alguma vez durante este tempo, durante o tempo nosso, pelo menos uma vez fizeste como eu, quase deixaste tudo que era conhecido, unicamente pelo desejo de conhecer a possibilidade de realizar este teu sonho? Alguma vez te faltou coragem e, mesmo sentindo que parecias perdido, foi a fé em mim e naquele sentimento que te impulsionou a fazer o que, de outro modo não farias? Alguma única vez a saudade parecia doer no peito, e tanto, e de um modo tão incompreensível porque não tinha cheiro, nem cor, nem som, que a única saída era engrossar tua pele e negar os teus sentidos, para esquecer o quanto ainda és sensível?
   Por algum tempo eu permaneci contigo, em teu pensamento, e tantas vezes quantas imaginavas que poderíamos estar rindo e compartilhando algo, que nos faria transcender qualquer das limitações que afastam aqueles que vivem de aparências? Quantas vezes tu imaginaste que poderíamos estar saciados, mesmo no silêncio, de todas as juras, promessas e palavras? Ou que todo dinheiro ou coisas juntadas só teriam significado por estarmos juntos? e que aquele vinho tomado numa noite em Paris ou em qualquer outro lugar teria o sabor do que é conquistado? Alguma vez, ao imaginar estar comigo, sentias que o tempo não passaria para nós e tudo valeria a pena? Por quanto tempo desejastes  partilhar comigo o melhor de ti, e me ver sorrir, e me abraçar se eu sentisse vontade de chorar? E acabar com a nossa solidão, sem culpa?Quando pensaste que eu era insubstituível, desejaste pelo menos tentar descobrir se este sentimento era recíproco e se poderia vir a ser uma vivência real de amor?
   Acho que nada sei de ti, pois teu coração estava fechado para mim. Pois se assim não fora, terias, como eu, atravessado aquela ponte! Eu fui, até um pouco mais da metade do caminho, rompi barreiras e laços, mas voltei, porque tu não estavas lá, porque aquela ponte ainda estava lá, e eu... já não sei mais viver sozinha.

   Quando ela terminou de escrever a carta, olhou novamente pela janela. Já estava escuro. Respirou fundo. Apagou o endereço do email e devagar, apagou tudo o mais que ele continha. E jamais enviou.
    Este era um daqueles dias em que a saudade daquele sonho apertava o coração. E ela ficava assim, quase com raiva, quase muito triste... Mas era um bom sonho, e ela preferia pensar em como ele lhe trazia sorrisos e a inspirava até mesmo para sentir a alegria de estar viva. Levantou-se e foi buscar uma taça de vinho....

Foto retirada do Google
Texto: Vera Alvarenga


   

sábado, 19 de outubro de 2013

Doando livros...e enfrentando a tentação...

 Hoje, antes do almoço estávamos dando umas voltas de carro nas ruazinhas do bairro à procura de um serralheiro e eu estava entediada. Queria voltar logo pra casa, para curtir meu escritório. Então, eis que vejo uma Biblioteca Volante do SESC, estacionada em frente a Casa de Cultura Cora Coralina.
- Olha só! Pára, pára! Vamos ver!
- Vamos doar uns livros aí?
- Claro, vamos. E fomos. E levamos 3 livros que andam agora em nosso carro para doarmos sempre que houver chance. Meu marido perguntou como faríamos para doar, e a resposta me trouxe um problema. Era coisa simples, disse o funcionário gentil, só deixar os três livros ali sobre a mesa redonda logo na entrada, para que as pessoas pudessem levar para casa o que lhes interessasse.Aproximei-me, como mosca sobre um pingo de mel...
  Eu estava com os livros. Difícil demais para mim, apenas deixar os três livros ali.
- Não acredito, olha só, um livro de José Mauro de Vasconcelos! Esse não li! E olha aqui que interessante este de Reinaldo Pimenta - a Casa de mãe Joana.
- Vera. Viemos aqui para doar! Falou meu marido, sério.
Ele tinha razão. Comecei a me afastar da mesa como criança que a mãe ensina a dizer -não, obrigada - quando lhe oferecem uma bandeja de doces na casa de alguém que ainda é estranho. Ao meu lado, um pouco mais à frente, sentou-se no chão, indiferente, uma gata preta. E o funcionário às minhas costas, chamava-a para comer, enquanto ela, indiferente parecia alheia, cega e surda.
Eu a chamei. Ela me olhou com lindos olhos verdes e mostrei a ela, apontando, o seu provável dono que já balançava a vasilha com a ração da bichana. Falei com ela incentivando-a a olhar pra ele - que oferecia algo tentador. Sou boazinha, sempre incentivo outros a aproveitar o que a vida lhes oferece. Ela parece que acordou então, e não resistindo à tentação, foi correndo em direção a ele.
Eu pensei - meu marido diz isto porque não gosta de ler e ao mesmo tempo ouvi o funcionário que dizia:
- Pode pegar! E eu e a gata pegamos.
Ah! como ela, também não resisti à tentação. Corri para a mesa. O marido já saía pela porta mas eu ainda tive tempo de pegar também um de Crônicas! Tentação demais! Tudo acabou sendo apenas como uma troca. Elas por elas....rs...

Claro, passamos por lá na próxima semana e levamos mais 3, assim meu marido ficará contente, afinal estará "realmente" doando. Eu já fiquei contente no ato. E isto me fez pensar que talvez a troca, de um modo ou outro seja mais a minha praia, porque acredito que a gente sempre acaba dando e recebendo, como é na vida, nos gestos, no sexo, independente da intenção, não costumo crer que a gente apenas dê alguma coisa, e saia de mãos vazias. De um jeito ou outro, trocamos fluídos, energia, presentes ou saímos pelo menos com algum aprendizado a cada vez que "doamos" algo de nós.
- Tá bem, tá bom, pode ser até que devolva um deles, depois de ler. ( esta sou eu, respondendo ao meu grilo falante)....rs....
Foto retirada do Google
Texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Levo-te comigo...


A mesma história pode sempre ter mais de uma versão... eu prefiro esta:
- Amor, não posso levar-te....
- Que pena.
- Mas você sabe que te levarei em meu coração.
- Sim, eu sei.
.....................................................
- Ora, amiga, e como sabes que é verdade? O que ele fez neste momento para convencer-te que te leva no coração?
- Nada. Não foi neste momento que me convenceu!

O sentimento quando é sincero é como um cavaleiro nobre, que se fortalece com sua armadura à prova do tempo, e é coerente com o gesto. E não é preciso ficar pedindo, e pedindo.... ou tentando explicar...

Foto e texto: Vera Alvarenga

Leva-me contigo..

Por vezes vivemos esta versão da história...
- Então, vou me arrumar.
- Não , não posso levar-te desta vez.
- Outra vez? ( "Leva-me contigo para onde fores"... pensou ela, quase pedindo).
- Há lugares que você não pode ir. Você não iria gostar. Compreende, não é?
...........................................
- Então, leva-me em teu coração. ( "Só se me levares contigo em teu coração sentirás que tens liberdade pois meu amor não te aprisionará em momento algum. E só se me levares contigo em teu coração posso tocar-te em alguns momentos, e me sentirei livre ainda que fazendo parte de tua vida. E de algum modo o amor não morrerá. Porque amor é livre opção, mas precisa de contato e cabe em qualquer lugar"....
 -pensou ela, sem dizer porque não adiantava explicar).

foto e texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos professores, meu carinho.

 Minha irmã falou no Face, sobre a responsabilidade do professor por "despertar e lapidar o talento latente em cada aluno" e junto com os pais, moldar "o ser humano para que ele contribua para uma sociedade melhor". Falou de sua gratidão a eles e do desejo de que continuem a "fazer a diferença a todos que estiverem sob o seu cuidado".
E ela tem razão...é uma nobre missão quando levada com responsabilidade e comprometimento e, neste caso, o sentimento mais apropriado que podemos lhes dedicar é a gratidão.
  Lembrei-me então, imediatamente, dos que fizeram a "diferença" por motivos diferentes. Desde minha professorinha do 3º ano, Maria Lúcia, que tinha o único cabelo crespo que eu achava bonito - ela usava um rabo de cavalo cheio de cachos...rs. Depois dona Zeca, a prof. do 4º ano e admissão ao ginásio. Entrei na sala dela porque não queria ficar na sala da irmã "Ediviges" e esta então me levou até a D. Zeca, me contando pelo caminho que ela costumava jogar borracha e régua nos alunos...Fiquei com medo, mas fui assim mesmo. E esta D. Zeca, hehehe, um dia, quando eu estava no hospital depois de ter meu 1º filho, foi me visitar. Sinal de que nos demos muito bem, o que não ocorreria por certo, com a irmã, aquela outra.      Lembro-me também da irmã Maria Aparecida que me fez detestar o Frances, embora eu gostasse do som deste idioma, mas que me pareceu dificílimo de aprender com as aulas dela.
  Depois, no Ginásio noturno, prof. Zacarias, uma figura! Meio surdo e portanto um pouco desconfiado dos alunos porque sabia que faziam caçoada dele pelas costas. Eu achava isto de extremo mau gosto. Uma vez passou para a classe, 100 exercícios de álgebra. E era muito exigente. Eu tirei 10 !! Nunca fiz questão de seguir a maioria, mas de aprender o que eu decidia que queria saber. E ser boa aluna, pra mim, era melhor escolha do que ser baderneira...isto me dava mais prazer. Neste mesmo ano, o prof. de desenho que, no momento não me lembro o nome, suspendeu uma aula pedindo-me para cantar e tocar violão. Ajudou-me a vencer um pouco meu jeito mais tímido. E profª Ilka Brunilde, prof. de Portugues, que me incentivou a escrever, elogiando minhas redações. A partir daí, minhas redações fluíam facilmente...rs...
  Mais tarde, no colegial, o prof. Cácio Machado, que apesar de ser prof. de contabilidade nos aplicou um teste psicológico, mas a mim disse que o resultado do meu o deixou um pouco confuso, ou que eu estava entre uma coisa e outra...kkk...não me lembro com detalhes. Contudo, ficamos amigos. O prof. Aldo que era de Geografia, um homem que me comovia de alguma forma, que as meninas achavam feio fisicamente e que eu fazia questão de tratar bem. Ele me fez aguentar as aulas de Geografia que antes eram terríveis porque eu não conseguia decorar nomes,  e até gostar delas, pois "decorar" não era uma exigência dele. E a prof. de latim e portugues que me disse uma vez ter planos de me encontrar na Academia Brasileira de Letras, para incentivar-me a fazer Letras e seguir como escritora.
   Infelizmente não segui o conselho dela, porque no Cursinho ( CIOP) desviei do caminho que parecia natural pra mim. Me lembro do prof. de Física Décio, um cara divertidíssimo que me fez compreender para sempre a idéia de "Inércia". O prof. Arnoni, de Literatura por quem eu e minha amiga tínhamos uma "queda". E o prof. Bandeira de Mello, prof. de História, que me fez gostar desta matéria e dava uma aula tão legal que eu decidi colocá-la como 2ª opção para o vestibular da USP. Não porque gostasse da matéria, mas porque eu admirava o fato de haver um modo de ensinar história sem forçar os alunos a decorar ( já contei que tinha dificuldades para isto), e sim, fazendo-os compreender as implicações dos fatos.
Bem, minha primeira opção era Psicologia, claro, porque eu queria compreender emoções, motivações, etc., mas entrei mesmo em História e, logo após 1 ano e meio vi que meu negócio não era mesmo esta matéria, muito menos a política, o poder e seus líderes e o que ocorria com o povo, ou com as minorias - algo que sempre tive dificuldade de compreender como se repete, se repete, algumas vezes com rituais violentos, ou com requintes sádicos, desumanos, que não se justificam. Bem, foi meio triste lembrar disto agora, mas foi legal lembrar destes professores em particular.
  Com minha memória, me surpreendi que eles vieram tão prontamente à lembrança. A eles, e àqueles que permitiram aos meus filhos o direito de fazer perguntas em aula, ou mesmo de duvidarem que somente uma resposta haveria para toda e qualquer pergunta, minha eterna gratidão.
  E digo isto porque há alguns poucos professores que meus filhos e alguns de meus sobrinhos tiveram de encarar na Faculdade que, em não sabendo como direcionar sua curiosidade, ou até suas dúvidas e desejo de aprender ou mesmo contribuir, mostraram-se fechados e incapazes de incentivar os melhores alunos, exatamente aqueles que tem melhor potencial, só porque estes alunos divergiam um pouco da atitude descompromissada que parece nortear a maioria em relação a estudo hoje em dia, ou em nossa sociedade ocidental. O aluno que realmente se interessa, se compromete, interrompe aula para discutir novas possibilidades, evidentemente dá mais trabalho, contudo é o que deveria ser valorizado no ambiente acadêmico, o que nem sempre ocorre. Há alguns poucos professores que colocam sua vaidade acima dos interesses nobres de sua profissão. Mas com certeza, estes jamais serão lembrados com gratidão.
  Parabéns a todos os prof. que reconhecerem que não precisam saber tudo e que mesmo que o quisessem, não saberiam, e que souberem incentivar seus alunos para ser melhores seres humanos.

Sabedoria não é algo de que se possa tomar posse e deixar estagnada...é algo que está em constante movimento, como a própria vida e com ela deve fluir livre para espalhar seus frutos, ou de nada valerá!

Texto e foto: Vera Alvarenga

sábado, 12 de outubro de 2013

Dia das crianças! Que bom, ele lembra!

 Dia das Crianças...
Todo mundo brincando no Face de colocar fotos de criança, ou dos filhos.
  Então fui nos arquivos do computador e peguei algumas. Amigos trocando comentários, foi legal.
Então veio um comentário de um de meus filhos, o Roberto, o menorzinho ( mas que hoje é o mais alto) o que está à minha direita, ou à esquerda na foto...rs... e que está lá longe, na França :
- " Mãe, que linda!!! Que maravilhoso poder crescer com uma visão tão linda como essa... um olhar como este... nos olhando nos olhos... expressando tanto carinho e amor... todos os dias... ao longo de toda uma infância..."

Bem, fiquei emocionada e feliz, porque eu bem me lembro que, mesmo na adolescência de meus filhos, eu gostava de sentar-me perto deles, olhar nos olhos e perguntar : E aí, filho, como você está?


Eu queria demonstrar a eles que estava disponível pra ouvir, mesmo que não soubesse como resolver todos os problemas. Quando eram crianças era fácil, depois que ficaram adolescentes, eu reconhecia que não sabia muito bem o que seria melhor dizer a eles...rs..e isto me deixava meio aflita, às vezes. Eu sabia disto, do meu desejo de demonstrar estar presente, mas e eles, se lembrariam?

Surpresa, vi que sim. Que bom! Porque meu amor foi a melhor coisa e a única que eu tinha segurança real de ser algo bom que eu podia dar a eles. Eu não tinha muita experiência de vida, não sabia muitas respostas, na ocasião desta foto já não trabalhava fora mais, portanto não podia ser a "provedora" de tantas coisas necessárias ( este papel era do meu marido), mas minha atenção e carinho pude dar. Que bom! Sou feliz por ter certeza que proporcionamos uma infância calma e sem grandes traumas para nossos filhos. Isto é bom, compensa por tantas vezes que eu me lembro que desejei ter algo importante e mais interessante pra lhes dizer, mas que não vinha à minha mente!...rs... 


  Texto e foto: Vera Alvarenga

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