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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reforma em Votorantim prevê solucionar problema de poluição do rio.

Semana passada participei pelo MSN do programa Debate dos Fatos da TV Votorantim, fazendo 1 pergunta que me foi respondida no ar, pelo que agradeço.
Perguntei: - " Se a reforma que a Prefeitura de Votorantim está fazendo na Praça de Eventos onde acontece a Festa Junina, prevê a canalização também da água suja que entra direto no Rio Sorocaba por um cano de esgoto que passa por baixo da avenida ( nem sei se vindo apenas da Festa)."
  Isto me preocupava desde o dia que fui fotografar o rio que adoro, e me surpreendi com a sujeira que vinha deste cano e entrava direto no rio, durante as Festas Juninas de Votorantim. Me surpreendeu porque deveria estar acontecendo há anos e é um problema sério que precisava ser urgentemente resolvido. Sei do esforço da Prefeitura de Sorocaba em seu Projeto de  despoluição do rio, portanto Votorantim, sua cidade irmã e vizinha, deve cooperar. Cheguei a colocar as fotos no meu blog e falar do assunto também por email a jornalistas da TV, pedindo-lhes apoio, porque isto havia me entristecido.
Foi feita reportagem muito boa a  respeito da poluição, convocando a população a se conscientizar da importância da qualidade da água do rio, e cidadãos entrevistados falaram de seu desejo de continuar a pescar no rio, como sempre fizeram. Mas,parece que não tinha sido citado o problema dos canos levando sujeira. Por isto, aproveitei a oportunidade do programa para mais uma vez, tentar saber se na reforma, foi pensada uma solução.
Então, fiquei contente com a resposta da Luciana que apresenta junto com o Werinton o programa de TV que mencionei, dizendo que o Prefeito citou em outra reportagem, que sua intenção com a reforma também é sanar este problema. Que bom!
Então, vamos esperar que tudo se resolva. Que o rio possa continuar a ser o símbolo de um relacionamento de amor e respeito à natureza, por parte da população de suas margens. Assim evitaremos o que ocorre com o rio Tietê por exemplo, que sofre pela irresponsabilidade dos homens.
A Festa Junina é um evento maravilhoso que traz turistas à cidade.
O Rio Sorocaba é lindo, tem recantos que, em Votorantim, poderiam ser transformados em belos locais para a comunidade e turistas poderem usufruir, como já foi feito na cidade de Sorocaba. Espero que assim seja. Que em suas margens possamos ver árvores floridas e que suas águas se mantenham isentas de despejos indesejáveis. Que a vida que ali existe se multiplique. A cidade de Votorantim pode ficar muito bonita e valorizada se este aspecto for cuidado.
 E, evidentemente, isto não se trata só de educação voltada à ecologia, ou de um serviço de valorização ao meio ambiente com o respeito devido à flora e fauna, mas inclui respeito aos cidadãos e moradores da região, que merecem lazer às suas margens... e também precisam responsabilizar-se por mantê-lo limpo. A água é do planeta.
  Que bom, parece que vamos ter uma atitude de coerência e cooperação que trará benefícios a todos, com certeza! Estas 2 cidades bem poderiam servir de exemplo a tantas outras! E eu continuarei feliz a fotografar as belezas deste rio!
Texto e fotos: Vera Alvarenga



sábado, 2 de julho de 2011

Uma ponte para nós...

 Caminhamos nas margens
      de um mesmo rio.
 Em lados opostos estamos.
Quando de longe nos olhamos
      não nos sentimos sós.  
   Nos trechos do caminho
   onde a distância é menor,
 semelhanças nos aproximam,
quase por magia nos tocamos.
Haverá em algum tempo e lugar
      uma ponte para nós?

Poema:: Vera Alvarenga
Foto: Ponte de Sant´Angelo in Roma -
retirada do site planetware.com

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

" O velho do rio..."

    Estavam indo para casa.
    - Estaciona aqui, por favor! Só um minuto, prometo.
   O marido estacionou o carro ali mesmo, na avenida, à beira do rio que passava dentro da cidade. Ela pegou a máquina fotográfica e caminhou uns poucos passos.Tinha visto patos na água. Duas ou três fotos, era do que precisava. Estava descobrindo o prazer de fotografar aves na água, com seus reflexos e cores que se ondulavam formando desenhos incríveis. A buzina a chamou, mas as fotos já estavam ali. Podia voltar ao carro.
   De repente o viu.
   E foi chegando mais perto. Tirou apenas uma foto, pois lhe veio a mente um cuidado..
   - Até que ponto poderia tirar fotos de uma pessoa, sem pedir-lhe licença? Mas ele estava recostado ali na árvore, cochilando. O lugar era público e ela não o exporia ao ridículo, não estava lhe fotografando para expor sua pobreza, mas simplesmente porque ele era belo. Ali naquela luz, naquele lugar, naquele exato segundo, ele era belo.
   A buzina tocou novamente. E ela se foi,querendo ficar. Entrou no carro perguntando ao marido:
  - Você viu que lindo?! O marido a olhou espantado.Ela completou - A figura dele, é interessante, não acha?
  Decidiu que iria pesquisar sôbre a ética na fotografia e que procuraria saber sôbre o homem. Na tarde seguinte, o marido disse que perguntou por ali e lhe contaram algo que parecia mais um boato. O homem, disseram, falava alguns idiomas e tinha sido importante profissional projetista, até que a mulher o deixou e.... Que história! Se ela fosse jornalista,seria uma história e tanto,mas ela não queria saber de sua vida, queria apenas fotografá-lo.O marido contou mais, que perguntou a uma assistente social, na Prefeitura, e que ela dissera que ele era "maluco", que tentaram ajudá-lo, tirá-lo da rua, mas ele era agressivo, dizia besteiras e não aceitava ajuda. Não havia para quem pedir licença para fotografá-lo, a não ser para o pobre louco.
   Outra tarde, estavam voltando do almoço e lá estava ele novamente. Ela desceu do carro e, com sua câmera se aproximou. Tirou uma foto. Ele estava desenhando! Desenhava num papelão. Chegou mais perto e assustou-se! O cão que estava deitado ao lado dele,levantou-se e latiu, como para avisá-la que ela não poderia se aproximar mais. Havia um limite a ser respeitado. Mesmo assim, ela arriscou perguntar a ele, se podia fotografá-lo. Sem olhar para ela, o homem ouviu, continuou desenhando e fez um gesto com os ombros, como para consentir. Seria mesmo maluco ou apenas um pobre homem, pobre? Ela quis conversar um pouco e ele respondeu, a maneira dele, com palavras que pareciam desconexas e que ela não podia compreender, por mais que se esforçasse. Então, ele disse algo como "homem nu" e ficou um pouco agitado.
    Ela o deixou em paz, com pena de ter de se afastar por medo e por não conseguir se comunicar com ele.
Afinal, disseram que era louco e podia ficar agressivo e ela não queria ser ferida, mas também não queria ferí-lo, nem invadir sua vida...pois talvez, ali debaixo daquela árvore,aquele cantinho fosse o seu espaço íntimo e, aquele momento que ele dividiu um pouco com ela, fosse seu momento de entrega a si, a suas lembranças ou a sua loucura.
   - Adeus, senhor. Obrigada.
   Só então ele olhou pra ela, levantou o papelão mostrando o desenho e, num instante,voltou ao seu mundo tão particular, como se nada mais existisse ali, além de seu cão amigo,sua arte e sua história.


 Texto e fotos: Vera Alvarenga                                                                        

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