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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Homenagem a você mãe,mulher aquariana...

  Hoje,quero falar de uma mulher que conheci. Uma mulher aquariana.
  Nasceu no interior de São Paulo, há tanto tempo, (1923) no tempo em que as meninas, geralmente, quando queriam estudar depois do ginásio, faziam o curso "Normal", para serem professoras.
  Isto já era lá por 1940!! Tudo bem, mas ela não queria ser professora,não! E começou a fazer seus planos.
  Queria ir para São Paulo. Queria ser secretária... e logo que pode ir morar com uma irmã já casada, foi o que ela fez - foi para a cidade grande e moderna,que se parecia com o jeito dela,  prestou concurso, fez curso de datilografia e se tornou uma das mais rápidas secretárias que o serviço público já teve. Como ela contava e os amigos dela também, datilografafa ...humm...não sei quantas palavras por minuto!!( não me lembro, desculpe, mãe. Estou aqui a falar da "senhora" e não me lembro de detalhes! rs.....) Mas ela não precisava que alguém falasse por ela. Não mandava recado, era franca, não tinha esta coisa de falsa modéstia, tinha muitos amigos e amigas que a queriam bem, era respeitada no ambiente de trabalho. Bem, eu me lembro que era vaidosa. Se vestia bem, embora simplesmente. Sempre de salto alto e batom vermelho, lá ia todos os dias, andando 7 quadras a pé até a Av. Santo Amaro, onde tomava o ônibus até o centro. Morávamos em Moema, na época. Enquanto esteve apaixonada era também uma mulher apaixonada pela vida e era social. Quando se aposentou, os colegas lhe deram um anel de brilhante - era muito querida.
   Quase na mesma época que se aposentou,separou-se do homem que amava. Sofreu muito, mas levou a vida ativamente pois mantinha amizade com amigas leais que se encontravam para jogar baralho e conversar por telefone. Dizia que a gente tem de cultivar amizades.
   Era uma mulher independente, orgulhosa, com seu próprio salário, sempre querendo repartir despesas, ou pagar as suas,nunca tendo sido um fardo financeiro para qualquer um dos 4 filhos, mesmo quando nos últimos 2 anos de vida foi morar com uma das filhas ( eu!),por estar com câncer. Bem, o que mais me lembro que me fazia orgulhar-me dela, eram duas coisas: seu caráter honesto e seu desejo de viver! Namorou algumas vezes e apaixonou-se sériamente aos 72 anos! rs..........me confidenciou na ocasião:
  - Filha, estou me sentindo tola, como uma adolescente! Eu adorei vê-la assim feliz e a incentivei, claro!
  Bem, era minha mãe, uma mulher corajosa, trabalhadeira, moderna, honesta, forte, independente, que valorizava suas amizades, sendo leal com elas, e que, para o seu tempo, estava um pouco à frente... Hoje seria seu aniversário se estivesse viva. Aprendi muito em meu convívio com ela, principalmente nos últimos 2 anos de sua doença, enquanto esteve em casa e já lhe apareciam os primeiros sinais de alzheimer. Eu a amei e quando ela morreu, eu estava ao seu lado, junto com minha irmã. Ela não suportava depender de alguém. Após sua morte, senti que estava comigo mais do que antes, como amiga então, e que poderia compreender melhor o que me motivou a cuidar dela do modo como fiz (ela não sabia de sua doença,pensava que tinha apenas a diabete).
   Assim, hoje me deu vontade de tomar um cafezinho com ela, como fazíamos, mas depois, me lembrei que estamos melhor assim, sem limites que nos impeçam de compreender uma a outra. Beijos, mãe. Meus respeitos.
  Imagino como ela seria rápida aqui no teclado deste computador!!kkk.......

Foto retirado do blog: imotion.com.br e google
Texto: Vera Alvarenga
 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Desejo..sinal de nossa humanidade..."

Fim de ano - fiz meu balanço geral!
Nunca penso que a vida tenha de ser "suportada"!
Tem de ser vivida com alegria e responsabilidade e, nos momentos difíceis, com coragem e disposição.
Disposição é determinação interna,que nos ajuda a nos manter dentro do padrão que a gente acha que é verdadeiro e bom, sem esquecer de ser justo.
Espiritualmente falando,seria ideal se não nos apegássemos nem aos momentos de alegria junto a quem a gente ama, nem aos que foram ruins.Seria ideal nos mantermos em atitude de desligada neutralidade, aceitação e de fé, para evitarmos agir indo em busca, ou "forçando" ou ainda "criando ilusões" sôbre aquilo que gostaríamos de receber "espontâneamente". É o que se chama manter a "independência interna"!
   Com certeza, este foi um ano muito difícil na minha vida;está finalizando ainda mais complicado, pois no momento em que percebo a necessidade de mantermos independência financeira, a fim de mantermos nossos padrões do que é bom, ao mesmo tempo, os meios para esta segurança estão ameaçados! As pessoas que nada sabem, repetem frases feitas, como se nosso corpo também não tivesse necessidade de comer e dormir em segurança, pelo menos ao lado de quem a gente conhece,como se não tivéssemos direito ao medo, como se os psicologismos fossem todos aplicáveis igualmente em todas as situações, como se fraqueza fosse a daqueles que ousaram acreditar e se manter em paz, e não ,daqueles que não conseguem aceitar sem raiva que o mundo não lhes obedeça.  Foi um período em que escrevi muito sôbre mim, olhei para mim mesma como se fosse hábito meu! (quem me conhece sabe que não!). Foi um tempo de aprendizado dolorido sôbre minhas próprias limitações, sôbre o que eu consigo "suportar" ainda tentando manter equilíbrio e boas qualidades. Além disto, percebi o quanto todo meu esforço para evoluir espiritualmente, pareceu quase nulo, quando me deparei com o desejo de ser abraçada, num relacionamento verdadeiro, onde o outro realmente se importasse comigo.
   Este desejo quase incontrolável de que Deus, tendo ouvido minhas orações, me enviasse a oportunidade de amor, de um recomeçar de forma mais madura com a pessoa que esperasse o mesmo da vida,caminhando com gratidão, alegria e responsabilidade, tanto quanto eu... este desejo de fazer as coisas de maneira correta... me fez ver que ainda estou longe de um desenvolvimento espiritual a ponto de amar apenas incondicionalmente ( a não ser filhos e netos), ou apenas confiar. É porque desejamos compartilhar, que nos decepcionamos ou criamos ilusões! Não porque queremos demais, mas porque temos pouco! A ilusão talvez esteja também em pensar que podemos ficar sozinhos, pois no meu modo de sentir a vida, se eu devesse ficar só, teria vindo com os dois sexos e, em sentimentos seria completa em mim mesma!
   Pois termino o ano, com a clareza de sentimentos de que seria muito mais fácil e produtivo,até para o desenvolvimento espiritual, se pudéssemos enfrentar todo e qualquer desafio material, tendo a chance de olhar para os olhos do companheiro e ver que, apesar das diferenças, o mesmo carinho ( desejo de cuidar) se refletiria, como num espelho,mostrando a similaridade de disposição para o querer bem . Sou um ser humano comum, uma mulher que desejaria receber carinho e cuidados tão espontâneos,como os que sou capaz de dar, quando digo que amo. Quero ser respeitada como aprendi a respeitar.
  Que possamos todos, começar um ano renovados em energia, e ainda com muita fé no amor, que embora humano, é o que podemos ter, uma vez que não somos ainda apenas espirituais...e que esta experiência não seja apenas de aprendizado, mas de alegria e realizações até porque devemos ter o devido respeito ao ser espiritual e divino que trazemos dentro do humano que somos! E, se creio que Deus nos criou, não foi por certo para nos ver infeliz, mas para vivermos felizes ao lado do nosso companheiro que descobriremos ( ou não), que está ao nosso lado porque deseja desenvolver e exercitar o melhor que há em si.

Texto e foto; Vera. Alvarenga

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