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terça-feira, 22 de março de 2011

Feliz aniversário a você!

   Aos 67 anos, você é como um por de sol rubro!
   Tirei esta foto ontem e a paisagem me lembra você- sem flores mas com árvores cujos galhos não se curvaram e vão em direção a um objetivo, sempre com enérgica vida em si, e a cor é aquela da coragem, das lutas e da garra que acompanharam sua vida. A cor de marte e áries.
   Um menino que, de uma vida carente em recursos e possibilidades de estudo, foi se direcionando sempre aos objetivos de crescer, liderar, competir, vencer seus próprios limites,sempre orgulhoso de dar, com sua ação, exemplos de honestidade e trabalho.
  Quando digo crescer rs...não falo em altura, claro! rs... pois se orgulha mesmo de ser "um baixinho porreta!" Crítico ferrenho da desonestidade na política, este baixinho chegou, com coragem e confiança em si, o que parecia até presunção e vaidade extremas, a candidatar-se a governador de Santa Catarina. Não duvido que teria chegado lá, se tivesse mais estudo e preparo para não se deixar levar pela exacerbada espontaneidade sincera e, às vezes, "inadequada" neste meio. Mesmo assim, naquela ocasião, conseguiu ocupar seu tempo e espaço na TV e mídia, com questionamentos necessários na intenção de mostrar que acreditava na mudança da política para melhor.
   Contudo, não é do que mais me orgulho em lembrar de tudo que eu, sua companheira leal e presente, presenciei. Você sempre fez questão de "ser melhor do que o exemplo que seu pai deu em casa" e, por isto o admiro muito, seu pai teria orgulho de você, como eu e os nossos meninos temos! O que me deixou emocionada nos últimos anos, foi ver o quanto você tem mudado em relação a própria motivação emocional, e sou obrigada a rir junto com você, ao ver sua "resistência" no reconhecer..rs....que VOCÊ não é perfeito, nós não somos perfeitos, que temos sempre o que aprender. Eu e nossos filhos devemos muito a você, por tantos momentos em que nos ensinou a ver a vida com sua disciplina e determinação.
   Fui, durante uma vida toda (quase de 40 anos), sua verdadeira amiga, defensora, companheira leal e amante em todos os sentidos e sempre admirei sua coragem. Gostava sim, que você, meu herói, "tomasse conta de mim" (em alguns sentidos), como eu "tomava conta de você" (em outros). Foi com você que vivenciei e aprendi a amar, a ultrapassar meus limites, a perceber o tamanho de minha capacidade de amor e desprendimento, a reconhecer minhas fraquezas. Em nossa experiência de vida juntos, apesar de brigarmos pelo que eu também achava necessário e prioritário, apesar das diferenças, sempre fui (e serei) eternamente grata a você por todos os momentos que nos dedicou de seu tempo e trabalho  para nos fornecer estruturas que você mesmo não teve na vida.
   Parabéns pelo seu aniversário, hoje 22 de março! Desejo-lhe saúde, energia, disposição para a vida e para receber e dar amor, muitos momentos de tranquilidade ( se sua paciência permitir..rs....) e muitos momentos de alegria, junto às pessoas que você ama! Que você tenha da vida o que lhe faça feliz! você merece.
   Beijos a você, meu marido Cesar Alvarenga, a quem respeito ainda muito, e amo de uma forma que jamais poderia amar outro homem, mesmo que tivéssemos ainda mais 60 anos para viver.
    Texto e foto: Vera Alvarenga

   

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Homenagem a você mãe,mulher aquariana...

  Hoje,quero falar de uma mulher que conheci. Uma mulher aquariana.
  Nasceu no interior de São Paulo, há tanto tempo, (1923) no tempo em que as meninas, geralmente, quando queriam estudar depois do ginásio, faziam o curso "Normal", para serem professoras.
  Isto já era lá por 1940!! Tudo bem, mas ela não queria ser professora,não! E começou a fazer seus planos.
  Queria ir para São Paulo. Queria ser secretária... e logo que pode ir morar com uma irmã já casada, foi o que ela fez - foi para a cidade grande e moderna,que se parecia com o jeito dela,  prestou concurso, fez curso de datilografia e se tornou uma das mais rápidas secretárias que o serviço público já teve. Como ela contava e os amigos dela também, datilografafa ...humm...não sei quantas palavras por minuto!!( não me lembro, desculpe, mãe. Estou aqui a falar da "senhora" e não me lembro de detalhes! rs.....) Mas ela não precisava que alguém falasse por ela. Não mandava recado, era franca, não tinha esta coisa de falsa modéstia, tinha muitos amigos e amigas que a queriam bem, era respeitada no ambiente de trabalho. Bem, eu me lembro que era vaidosa. Se vestia bem, embora simplesmente. Sempre de salto alto e batom vermelho, lá ia todos os dias, andando 7 quadras a pé até a Av. Santo Amaro, onde tomava o ônibus até o centro. Morávamos em Moema, na época. Enquanto esteve apaixonada era também uma mulher apaixonada pela vida e era social. Quando se aposentou, os colegas lhe deram um anel de brilhante - era muito querida.
   Quase na mesma época que se aposentou,separou-se do homem que amava. Sofreu muito, mas levou a vida ativamente pois mantinha amizade com amigas leais que se encontravam para jogar baralho e conversar por telefone. Dizia que a gente tem de cultivar amizades.
   Era uma mulher independente, orgulhosa, com seu próprio salário, sempre querendo repartir despesas, ou pagar as suas,nunca tendo sido um fardo financeiro para qualquer um dos 4 filhos, mesmo quando nos últimos 2 anos de vida foi morar com uma das filhas ( eu!),por estar com câncer. Bem, o que mais me lembro que me fazia orgulhar-me dela, eram duas coisas: seu caráter honesto e seu desejo de viver! Namorou algumas vezes e apaixonou-se sériamente aos 72 anos! rs..........me confidenciou na ocasião:
  - Filha, estou me sentindo tola, como uma adolescente! Eu adorei vê-la assim feliz e a incentivei, claro!
  Bem, era minha mãe, uma mulher corajosa, trabalhadeira, moderna, honesta, forte, independente, que valorizava suas amizades, sendo leal com elas, e que, para o seu tempo, estava um pouco à frente... Hoje seria seu aniversário se estivesse viva. Aprendi muito em meu convívio com ela, principalmente nos últimos 2 anos de sua doença, enquanto esteve em casa e já lhe apareciam os primeiros sinais de alzheimer. Eu a amei e quando ela morreu, eu estava ao seu lado, junto com minha irmã. Ela não suportava depender de alguém. Após sua morte, senti que estava comigo mais do que antes, como amiga então, e que poderia compreender melhor o que me motivou a cuidar dela do modo como fiz (ela não sabia de sua doença,pensava que tinha apenas a diabete).
   Assim, hoje me deu vontade de tomar um cafezinho com ela, como fazíamos, mas depois, me lembrei que estamos melhor assim, sem limites que nos impeçam de compreender uma a outra. Beijos, mãe. Meus respeitos.
  Imagino como ela seria rápida aqui no teclado deste computador!!kkk.......

Foto retirado do blog: imotion.com.br e google
Texto: Vera Alvarenga
 

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