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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nova versão para a escolha amorosa de Páris..

 Na mitologia, o Julgamento de Páris representa o problema da escolha no amor, 1º grande desafio que a vida nos força a passar, e que representa nossos valores e o tipo de pessoa que queremos ser. Páris escolheu Afrodite seguindo mais seus instintos( de acordo com o livro que li),pois era jovem, e o apelo erótico e amoroso tinham grande peso, e não ponderou sobre a necessidade que teria dos dons que as outras escolhas lhe trariam.
  O mais importante nesta figura mitológica não é se ele cometeu um erro mas, que nos mostra que qualquer escolha que fazemos traz consequências para nosso "Destino". Pensando na escolha de Páris, cheguei à conclusão que, embora já não seja jovem como ele era da primeira vez, minha escolha continuaria a ser fundamentada no que mais acredito que necessito do outro e para mim como pessoa. Para brincar comigo mesma e com meus amigos, fiz uma nova versão de Páris, agora com idade madura..rs...tendo de fazer uma nova escolha entre 3 Deusas. Então é assim...
 - " No tempo em que deuses habitavam o monte Olimpo e os homens ainda apaixonavam-se por deusas, Páris, homem já maduro, foi chamado para escolher uma delas, desta vez já tendo conhecimento, por experiência, que as outras duas tentariam se vingar ( se ele se encontrasse desprevenido! ..rs...).
 A 1ª , numa grande bandeja de ouro, cravada de pedras valiosas, trouxe-lhe e lhe ofertou o Poder e a Influência no Mundo, ainda lhe prometendo deixá-lo ir e vir para usufruir disto, como bem quisesse. Páris encheu-se de júbilo ao imaginar com que prazer tiraria proveito desta oferenda.
A 2ª, numa bandeja igualmente grande de prata, forrada com valiosissimo brocado trazia um livro com inscrições de ouro. Ofertou-lhe o Conhecimento sem limites e garantiu-lhe que ela estaria à altura de sua Inteligência, podendo aconselhar-lhe para conseguir a realização de seus anseios políticos e de justiça, incluindo saber as respostas a todas as suas dúvidas existenciais. Agradou-o enormemente ao intelecto, tal proposta, o que lhe preocupou porque sentiu que seria difícil escolher e ficou apreensivo quanto ao dom da 3ª. Esta porém, o decepcionou de certa forma.
 Trazia uma pequena bandeja com uma taça dourada,onde apenas um diamante brilhava. Contudo, embora não fosse a mais exuberante e, para contrariar a história, nem a mais bela das três, vinha,mesmo assim, com um semblante calmo.
 Páris notou surpreso leve tremor em suas mãos, mas em seu olhar viu orgulho quando ela o dirigia a sua oferenda.
- Não lhe ofereço Poder, nem total Liberdade, pois ainda não os conquistei totalmente. Quanto ao Conhecimento, temo que terei de aprender muito contigo. Porém, não sou modesta! Prometo amar-te como se fosse o meu deus, embora saiba que não é, e oferecer-te a Felicidade numa taça a cada dia, nunca deixando de retribuir cada gesto teu que me surpreenda ou agrade, porque terei enorme prazer em amar-te. Te darei meu colo e irei aconchegar-me no teu. Através do ato de poder te amar, serei feliz e fiel ao próprio Amor, de quem sou cativa e sem o que, nada sou. Eu te farei feliz porque jamais rirei de teus sonhos e serei companheira em teus voos, com a única condição de participares comigo de um ritual uma vez por ano. Nele, nos olharemos nos olhos e, do que virmos dependerá o quanto poderei continuar a te fazer feliz.
Dizendo isto, afastou-se emocionada.
  Páris estranhou o fato da deusa, exatamente a que falava de amor, trazer velada em sua oferta certas condições. Desconfiou de sua idade, que não aparentava a beleza eterna das outras deusas. Virou-se e ao pé do ouvido de seu conselheiro Saturno, o também chamado Tempo, perguntou:
- Não achas estranho? Não te soa meio falso falar de amor e desafiar-me a merecê-lo?
- Tem razão, Páris. Quero alertá-lo de que, neste ritual a cada ano, notarás que ela estará envelhecendo um pouquinho e talvez também precise de ti.Contudo, posso garantir que não se trata de falsidade, mas de certa "condição" desta deusa.
- Conta-me, sem demora, então! Que segredo esconde esta deusa?
- Seu segredo e seu pecado foi uma vez ter deixado de amar, e então, renunciou a sua condição divina e tornou-se, para sempre, quase totalmente humana, com exceção dos momentos em que puder estar amando.

Foto e Crônica : Vera Alvarenga.


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