domingo, 17 de julho de 2011

Para me redimir...borboletas.

     Eu queria matá-las. Eram duas que ainda ousaram me aparecer ali no jardim, bem em baixo da minha palmeira pelada! Duas noites antes, uma porção delas, no escondido do escuro e enquanto dormíamos, comeram quase todas as folhas da nossa palmeira. No dia seguinte, o susto! Uma folha caiu e estava cheia delas.
   E as matamos a pisadas. Eu e os meninos. E eu, que gostava de ser e parecer boa, não fiz nada para impedir a matança... até ajudei, porque elas quase mataram nossa palmeira!



   No dia seguinte, estas duas apareceram.
   Será que não tinham fim? Era um ataque, destes como o dos gafanhotos, que quando acontece, não deixam nada por onde passam?

   Mas, desta vez não tive coragem.
   Eram só duas. Não pareciam, como as anteriores, uma ameaça. Isto porque, o número delas é muito importante para definirmos se estamos diante de uma invasão ameaçadora, ou apenas uma visita .
   Por mais que eu tente respeitar a vida, tudo para mim, tem um limite,confesso. Animais para fora de casa e os que não me ameaçam, viverão eternamente, se depender de mim.
 
   Ora, é como receber alguém para um lanche que você nem convidou. Uma ou duas pessoas, você ainda dá um jeito , mas dezenas! E, daquele tipo que vem sem avisar
e comem tudo o que você tem? No caso, eram quase todas as folhas da palmeirinha do jardim!




   Então, ao olhar para as duas, decidi poupá-las. E não só isto, alimentá-las também. Fiz uma caixa com uma tela, chamei os 3 meninos, colocamos alimento...exatamente os pedaços de folhas da pobre palmeirinha. Alí estava então um Lagartil, ou Borboletário!

   Como se não bastasse, a idéia me animou e levei os meninos a uma caça à lagarta, no Parque Morumbi.
   Eles brincaram bastante e eu, consegui uma outra linda lagarta e um casulo.

   Foi uma aventura e também um modo de me redimir do  meu pecado (?). Foi bom para os meninos aprenderem como os casulos se formam e que devemos ter paciência com a natureza, pois quando a borboleta estava saindo do casulo, o meu menor queria ajudar...aprendeu que não era possível. A borboleta era linda e inofensiva. Eu também aprendi...que algumas bondades da gente, das borboletas e das lagartas, dependem muito das circunstâncias.

Fotos e texto: Vera Alvarenga

9 comentários:

  1. Olá querida Vera !!!!

    Entendo sua atitude inicial, imagino que o ímpeto de ver a palmeirinha invadida e maltratada tenha lhes impulsionado a fazer isso, mas como tem bom coração, logo arrumou um jeito de ver a situação de outra forma e ainda deu carinho e alimento as danadinhas !!
    A natureza é assim mesmo, tem suas crueldades, mas é tão natural e espontâneo que acabamos nos rendendo a esta beleza e até aprendendo lições !!
    Lindas fotos !!

    Um beijãooooooooo e boa semana !

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  2. Pois isso é transformar limões azedos em doces limonadas! E a natureza agradece!
    Bjos

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  3. Passo por aqui, com alguns minutos de antecedência para desejar um Feliz Dia do Amigo, amiga blogueira!
    bjs e parabéns pelo texto
    Sandra
    http://projetandopessoas.blogspot.com//

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  4. Eu estudei num colegio que era um castelo (foi um castelo de verdade). Havia muito verde, passaros e borboletas. Eu amava admirar as cores, tamanhos e formatos delas.

    Querida amiga sensível e bela:

    Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
    Amyr Klink

    BEIJOS

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  5. Olá Sam! você é uma geminiana que gostei muito de "conhecer"...um dia encontro tempo para ir tomar um cafezinho com você mais uma vez.
    Beijos.

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  6. Olá Marcela!
    Por mais que nos pareça estranho, a natureza tem seu ritmo, mas, como uma praga de gafanhotos nos assusta,às vezes. Fazer uma liminada é mesmo uma boa idéia..rs....
    Um bom dia pra você!

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  7. Oi Sandra!
    Obrigada. E, que seus amigos sejam uma razão a mais para momentos de alegria e relaxamento.
    Beijos.

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  8. Sissym, então desde pequenina você já andava em jardins de castelos, não é?
    Devo ter encontrado você em algum, não sei não, acho que me lembro, enquanto estava fazendo minhas poções...rs..de uma fadinha voando em torno da minha cabeça...kkkk.....
    Amyr sabe o que diz, não é?
    Beijos e um ótimo dia!

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  9. É da natureza humana Vera!
    Pensamos primeiro em nós e nos próximos a nós, depois nos outros.
    Aliás, se me permite, com a natureza é só em nós.
    Se não fosse assim, as catástrofes naturais não estariam aí, não é?
    Fique tranquila, seu pecado está reparado, não por deixar as outras duas viverem, mas por ter aberto a sua mente (ou coração como entenda) e ter repartido seu espaço com essas criaturinhas!
    Abração!

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