domingo, 11 de maio de 2014

O meu Dia das Mães.


 Meu dia das Mães foi maravilhoso!
 Lembrei de você mãe, como lembro em muitos outros dias e tive vontade de tomar um cafezinho daqueles que tomava em sua casa, quando conversávamos então sobre algumas coisas e depois eu voltava para meus afazeres e filhos.

 Você ia ficar orgulhosa de seus netos, mãe!
  E de suas noras! E de seus bisnetos!


Eu bem queria que você estivesse aqui hoje participando de meu dia.
Tive um dia maravilhoso! Um almoço delicioso feito com amor pelo Robson, as palavras generosas ditas por amor pelo Rodrigo que mora em outro Estado, e o Roberto que está num outro país, eu também tenho certeza que me traz sempre em seu coração! Tomara que você tenha se sentido abençoada por seus filhos como eu me sinto por ter os meus em minha vida!
 Sou grata a Deus pelos filhos que tive, 3 filhos homens,que trouxeram tanta mudança, aprendizado e amor para minha vida. Filhos são bençãos, e os netos...rs....ah! são um presente que nos dá a oportunidade e a delícia de revivermos os bons momentos em seus sorrisos. Tenho sorte de ter noras também que trouxeram para minha vida uma outra visão sobre as coisas. Acima de tudo olhar para elas com generosidade e o desejo de me aproximar com sinceridade, confiar nelas e acompanhar alguns de seus passos sob o ponto de vista do feminino, da coragem que demonstram e também da maternidade ( no caso de 2 delas), me deu a oportunidade de olhar para mim mesma e relembrar o que eu fui. E assim, aprender a olhar com um olhar mais amoroso não só para os homens da minha vida, mas para as mulheres também. Isto me deu ainda mais a certeza de que homens e mulheres quando pretendem se amar, devem procurar se completar, reconhecendo um no outro as virtudes que tem usando-as em benefício de um relacionamento fértil de amor e alegria.
  E me deu a certeza de que, enquanto mães, temos de ter pulso forte muitas vezes sim, mas jamais economizar os gestos amorosos, porque tudo vale a pena!
fotos e texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Em pele de lobas.....


 Não importa como sejamos, baixas ou altas, aparência forte ou frágil, recém chegadas à fase adulta ou ainda mais velhas e é evidente que a experiência solidifica um pouco mais o fato, mas por assim dizer, em todas nós há uma "loba"...
   Que caminha e enxerga no escuro, que tem faro para encontrar e descobrir as coisas antes mesmo de ser apenas surpreendida por elas, que age por instinto e pelo coração mas que desta vez permanece em foco quando é necessário para defender a matilha, o que e quem amamos, inclusive um outro membro do grupo a quem antes aceitamos como um de nós.
   E por vezes é por instinto de preservar estes que são "nossos" que somos capazes de nos tornar fortes, vencer distâncias em segundos e saltar quando necessário para ficar à frente. Evidentemente estou comparando com o instinto das lobas, esta força que vem de nosso interior, colocada lá, penso eu, por Deus, à nossa disposição para dela fazermos uso quando necessário. Dizem que é mesmo por amor ou paixão que conseguimos nos flexibilizar para agir nem sempre apenas dentro dos padrões confortáveis do que estamos acostumadas, mas por um objetivo maior do que nosso conforto.
   Em algumas ocasiões, nós mulheres enquanto lobas reconhecemos outras e com elas vamos a um passeio pela mata, ou lambemos uma igual que está ferida, ou trocamos sabedorias ou apenas caminhamos juntas para não nos esquecer que temos esta força em nós. É quando a vida nos ensina também através dos nossos limites a ser compassivas e que, ter auto estima é importante para passarmos confiança à matilha e para a própria sobrevivência.
   Por vezes ouvimos o rosnar de alguma loba... o rosnar rouco e tão próximo vem daquela que se postou à frente de algo em atitude de defesa ou ataque se preciso e, de repente de entre os dentes dela caem umas gotas da saliva e enquanto a gente ouve o som percebe que as gotas molham nossa própria boca.... que são nossos os pelos da nuca arrepiados e que desta vez, somos nós que estamos ali ...

Foto retirada do Google images
Texto:Vera Alvarenga

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Conversa entre duas amigas inseparáveis...

 - Como foi seu dia hoje?
- Ãhn? ah, é você? Bem, teve uma parte dificil, quando tive de explicar tres vezes porque precisava levá-lo ao médico, e depois quando precisei explicar que não era longe mas estávamos quase atrasados, e ainda quando tive de dizer mais tres vezes onde era o lugar apesar dele me dizer que eu não queria dizer o endereço a cada vez que me perguntava. E quando tive de vestir a pele de loba, rosnar, mostrar-me forte ao invés de companheira amigável e dizer que ele devia parar de me ameaçar descer do taxi no meio do caminho porque precisávamos da orientação do médico.
- E aí, deu certo?
- Parece que sim, mas é uma pena... ao enfrentá-lo tantas vezes, minha mão vai ficando forte e peluda eu acho...vai perdendo o toque macio que queria continuar a ter... e preciso ser maior que a teimosia dele e preciso ser grande, maior do que sou! Nunca me senti bem nesta pele de loba, a não ser, é claro, quando precisava defender algum dos meninos numa situação necessária onde achasse que eles por si mesmos não teriam condições de fazê-lo. Mas você me conhece, eu não precisava ser agressiva, só forte ou corajosa, e só. Agora preciso ser brava!
- Já pensou que pode ser a mesma situação agora?
- Já! E por isto era tão importante a consulta. Contudo tenho medo de não reconhecer o limite que separa o que já era natural dele, do que agora é uma exacerbação, um sintoma. Isto me deixa sem energia, mas depois quando tudo volta ao normal, fico orgulhosa de mim por ter vestido minha pele de...
- E agora, como está?
- Com esperança visto que conversei com o médico e ele compreendeu que os assim chamados sintomas já estavam acontecendo antes de...
- E o dr. disse o que?
- Deu uma receita para evitar maiores problemas, talvez algo que o ajude a relaxar um pouco, espero. É preciso agora ver se consigo fazer o que o médico pediu: que é dar-lhe o remédio. Você o conhece. Ele disse ao médico que não precisa de nada, que tem a saúde perfeita...Bem, fora isto, e descontando as discussões por bobagens, em casa tudo acaba ficando em paz. Você sabe como adoro meu cantinho!.......
- ........... Hei, não ouviu o que eu disse? estou falando sozinha aqui? estava pensando em que?
- Ah! é que estou cansada de lembrar destas infindáveis discussões e então me desliguei... estava imaginando quando dei a mão a ele, e me senti bem, pequena, amada, feminina.
- Huummm... quando deu aquela mesma mão peluda?
- Peluda?? Não! Quando minha pele era tão macia que eu podia sentir a pulsação dele. E saímos juntos a caminhar e eu sorria, ele também... a gente teria um mundo a ver juntos... E eu me sentia leve sem o peso da pele de ...
- Ué...??? É do mesmo homem ou momento que estamos falando?
- Ah... bem, era só um sonho que tenho, às vezes, de uns tempos para cá.
- Tem nome?
-Não, não tem nome, nem mais palavras, nem sorrisos, nem concretude, nem cheiro, nem pele, nem nada mais... apenas um sonho que me vem visitar quando preciso sorrir e descansar meu coração. Um sonho que ainda tem rosto mas que o tempo vai certamente apagar. E assim, ele nunca mais me deixará sozinha, e seremos amigos mesmo que não estejamos juntos todos os dias, e saberei que não preciso lhe pedir que venha, mesmo porque, se precisasse pedir seria sinal de que ele não compreendia o bem que sua presença me fazia. Deste modo, quando nada mais sobrar ainda será apenas um sonho, mas que me tocará vindo lá do meu coração quando eu precisar sorrir tranquilamente e com bom humor para a vida...é como se, além do presente...ainda houvesse um futuro onde um dia aconteceriam tais momentos não só de serena alegria, mas de alegria certamente e esta nos traria a tal "leveza do ser"...
- Bem, talvez este homem do sonho tenha se transformado num lobo, mas nem quero perder meu tempo com estas conjecturas "hilárias", palavra que você iria ouvir do homem objetivo e realista que escutasse sua história, minha cara... O que lhe quero lembrar, de fato e mais uma vez, é que você sabe que a única coisa que temos é o presente, sua tola!
- Eu sei!...rs... mas se não fossem os vislumbres, os flashes, os insigts, as visões de bons momentos, as boas lembranças que queremos de vez em quando resgatar, os filmes românticos onde tudo acaba dando certo, a fé no Deus que nunca vimos, as imagens do belo que existe no mundo e nos gestos de amor e companheirismo, a crença nos princípios, a recordação dos melhores sonhos que quase realizamos...estaríamos todos afundados numa depressão dificil de se conseguir sair, não acha, ( com o perdão da palavra...) sua velha rabugenta? ...kkkk.... Vem, vamos tomar um chá, sem o vinho porque hoje estou com uma gripe danada! Vem! Hum..você está cheirando a pêlo molhado...rs... Sabe o que acabo de perceber? Que quando penso que estou cansada, acabada, lá me vem você e... no final das contas acabo constatando que serei sempre a mais jovem entre nós, pois não sou eu a que ainda sonha?


quarta-feira, 26 de março de 2014

Ah! a minha nuvem negra...

Foto
No Face hoje alguém colocou esta imagem e eu logo pensei:
Quem acumula inveja,preconceito ou raiva também...olha só a tal nuvenzinha que eu contava para os meus meninos que a gente atraía quando ficava nutrindo pensamentos ruins ou julgando os outros...olha só...kkk.
 Lá em casa a gente era tranquilo mas tinha de ter bom humor com a própria vida e deixar a vida dos outros em paz...é sim...ainda creio nisso..rs...
    Tanto tempo passou e esta nuvenzinha ainda existe! Olha só! e pode ser a escolha consciente ou não de cada um. Que raios ou trovões venham junto com uma nuvem de raiva que a gente não queria ter ou não sabia que estava lá porque tentava esconder da gente mesmo, ou simplesmente porque não tem afinidade com este sentimento, vá lá. A gente às vezes demora quase uma vida inteira para entrar em contato com esta emoção, e na verdade não é apenas ou unicamente por "negação" como diriam os psicólogos de plantão, mas porque realmente não tem muito a ver com tal emoção e não quis ficar ali dando brilho, curtindo e polindo, fazendo frutificar ou se espalhar feito bolor. Algumas pessoas são um tanto desligadas de certos detalhes e, a raiva requer uma especial atenção a eles, uma vontade forte para julgar e firmeza para chegar a um veredito. Além de memória, é claro! Daquele tipo de memória "que não esquece"! Eu certamente sou muito desligada de algumas coisas e raiva nunca foi uma emoção motivadora ou objeto de importância que me desse o trabalho de trancafiar lá no sótão.
   Que sapos e lagartos saiam de nossa boca de vez em quando, ou do sótão quando fazemos uma limpeza por lá, tudo bem. Porque em todas as casas há um sótão, ou porão. Eu prefiro sotão, dá uma sensação de estar a um nível mais acima da umidade excessiva do porão, mas de qualquer modo, um deles está lá em nossa casa. É onde guardamos as antiguidades, relíquias e os "escondidos". As fotografias, os porta retratos vazios ou com fotos amareladas, quando não rasgadas pela metade, como se pudéssemos tirar de nossas vidas a lembrança de alguém, só porque rasgamos a foto. Aliás, este tipo de foto, na verdade, nem as tenho! Contudo, já presenciei pessoas que tentavam matar pessoas, rasgando fotos. É uma dor muito grande que as consome.
   Inveja...ah! a inveja... quantas vezes desejei algo que não tinha e por isto senti minha felicidade abalada?
   Pelo que me lembre, só depois de velha isto me aconteceu. E não foi nunca por inveja de alguém que tivesse o que eu não tinha, mas unicamente quando desejei ter o que havia nos meus próprios sonhos. E um sonho tardio pode ser tão inoportuno quanto inesperado, mas ao mesmo tempo pode ser o que nos salva da nossa nuvem particular de mágoa e tristeza, que poderia sugar nossa energia como a parasita suga a seiva de uma árvore madura até secá-la de vez. A menos que possa considerar que invejo meus próprios sonhos, não sofro da inveja.     Contudo a raiva, aquela que não guardava no sótão mas chegou como uma nuvem trazida pelo vento que varreu o pó e deixou as superfícies mais reconhecíveis, a raiva que caiu feito tempestade e lavou a alma que não compreendia mais nada e pensava estar perdendo o laço que a ligava à razão, a raiva que nos faz agir e tirar o que amamos do caminho do tornado e nos colocar em lugar mais seguro, esta sim eu senti. Como se sente a chuva... E depois a nuvem se desfez... penso que quase totalmente.
   Assim, resta-me lidar com aquela nuvenzinha que teima em vir de vez em quando para cima de minha cabeça e quer tirar minha atenção das coisas que amo. Uma nuvenzinha acinzentada e sombria com a qual eu até já me acostumei a conviver, já conheço seus sinais e sei para ela um bom antídoto. Ela se enfraquece toda vez que consigo obter, de meu sonho, um tequinho de realidade, toda vez que meu sonho me toca se transmutando em um gesto real, toda vez que me lembro que foi através de um sonho, mesmo tardio, que eu vi que minha nuvenzinha de mágoa tem de ser colocada no seu lugar, e lá é infinitamente menor que eu, menor que minha capacidade de amar e que, portanto jamais irá me engolir.... se eu não permitir. 
Foto retirada do Facebook
texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 11 de março de 2014

Quem não bebeu desta água ?


Quando a gente já viveu alguns anos, muitas experiências, criou filhos, andou por muitos caminhos, carregou muitas mudanças nas costas e tantas vezes que chegou a pensar que até ficou lá nos ombros, afinal de contas, um caracol feito ninho portátil...
Quando a gente já teve muito medo, mas mesmo assim continuou, e andou, e andou, pensando estar quase sozinho só para então lembrar que o mundo tem muito mais gente como nós, e que mais além há muito mais do que nosso próprio umbigo, mas mesmo assim, ainda teve coragem de assumir a própria fraqueza, penalizar-se das próprias mazelas e rir-se de nós mesmos no final...
Quando a gente já perdeu um amigo e pessoas que amava, e sonhos, e já sentiu saudades, e já lutou por princípios, e já lutou para conquistar bens não só por nós, mas também...
Claro que a gente sabe que não é perfeito!!

  Mas...chega mais perto...quero lhe perguntar uma coisa... - Sabe aquele momento na vida, não importa onde estejamos ou com que idade e é sempre depois que amadureceu,em que a gente mesmo com toda a tal experiência, começa a ver o mundo com outros olhos, e mesmo estando cansado tem a incrível idéia de recomeçar? E então começa a sonhar de olhos abertos, mas pensamos que desta vez muito realísticamente porque afinal, já somos maduros, e sente que mesmo não sendo perfeitos ao encontrar a pessoa certa a gente até pode vir a ser? Tudo porque parecemos encontrar, ou talvez reencontrar, a pessoa que nos permite ser, e por consequência nos inspira a ser o melhor da gente mesmo, e retribui o que sentimos, aquela pessoa que desejamos tocar, com quem desejamos conversar, namorar, beijar, fazer e viver o amor de tantas maneiras quantas ainda nos for possível ...
  Ah! então é porque o amor voltou a nos tocar. E mesmo silencioso, não se sabe por que porta entrou, dá um tapinha nos nossos ombros já meio caídos, pega a nossa mão e com um sorriso deliciosamente sedutor nos diz:
- Nossa! Em que mundo você estava vivendo que não me percebeu?! Como resistiu? Vem!
E aí, não importa se ele nos apresenta suas credenciais ou se nos prova ser confiável, se a gente pode ter certeza de que realmente não é uma ilusão... mesmo com todo cuidado, é muito dificil  não lhe darmos a mão e não sairmos com ele por aí, nos sentindo leves e ridículos como adolescentes apaixonados pela vida!
Porque afinal... ele só veio atender ao chamado do fundo da nossa alma que ansiava por amar de novo!

foto e texto: Vera Alvarenga.  

domingo, 9 de março de 2014

Clic para compartilhar com...

Compartilhe, mas mantenha minha autoria, não modifique,não uso comercial

 
BlogBlogs.Com.Br
diHITT - Notícias