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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

" O segredo dos seus olhos".

 O segredo dos seus olhos... Sim, é um filme daqueles que a gente assiste na TV por assinatura.
Estava procurando um filme para assistirmos e a sinopse deste chamou minha atenção:
- " Após se aposentar, o oficial de justiça Benjamin Espósito se dedica a escrever um livro."

E, enquanto lia um livro, fiquei meia hora na sala esperando o filme começar. Foi o sobrenome de Benjamin que me prendeu ali, curiosa, afinal, este é também o "meu" sobrenome!
Para minha surpresa, o filme é argentino, mas não sei de quem é. Só fiquei curiosa e decidida a assistir pelo menos o começo.
A história é de fato, envolvente. O final, surpreendente!

Entre outras cenas também interessantes, foram duas as que mais me chamaram a atenção:
  Uma, que era de fato a dúvida que acompanhou o personagem principal durante boa parte de sua vida após aquele crime e que se resumia na pergunta que ele fez para o homem que tinha perdido a mulher, assassinada por outro : - Como é que se faz para viver uma vida tão cheia de nada?"

A outra, quando ele conversa com um amigo a procura de pistas de como encontrar o assassino, e o amigo lhe diz que a gente pode mudar de emprego, de cidade, de aparência, etc.., mas há uma coisa que não muda em nós e sempre estaremos lá onde a encontramos - é a paixão! Dificilmente conseguimos nos afastar do que nos apaixona! Seja alguém ou alguma coisa, não deixamos nossa paixão... diz o amigo dele. Aliás, há uma parte que emociona a respeito desta amizade deles.

Este é um filme que, embora tenha um ritmo quase constante não é monótono. Há momentos como a cena em que a juíza se arrisca frente a um possível psicopata, ou quando ela está na estação de trem vendo alguém partir,que nos emocionam, outros que desafiam aquele lado detetive que temos ou nos faz lembrar, refletir.
  Este é um filme daqueles que a gente recomenda aos amigos.

Texto : Vera alvarenga - sobre o filme premiado : O segredo dos seus olhos.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O lobo solitário...


Ele tinha a impulsividade e ousadia dos líderes e dos grandes de sua raça, filho que era de um lobo enorme e pesado, porém a natureza o fez pequeno como sua mãe. E como ela, era corajoso. Com seu tamanho, força e poder desta forma restritos, precisava conformar-se, muitas vezes, com limites a ele impostos desde pequeno. Cresceu assim nesta contradição, onde grandeza de impetuosidade e coragem estavam contidas numa pele que não conseguia esticar ao dobro do tamanho, o que lhe seria, por certo, mais conveniente.Talvez por isto, desenvolveu-se nele o desejo de poder nem sempre adequado à sua realidade.Superou os desafios possíveis e acostumou-se a afastar-se daquilo que não podia conseguir, após várias tentativas mal sucedidas.
  Em sua índole havia um quê de docilidade escondida em segredo, herdada ou adquirida não se sabe exatamente de quem,que aparecia algumas vezes, quando seguro na intimidade de sua caverna. Apesar disto, o espírito brincalhão e galhofeiro era a característica mais visível, além da total falta de tato para uma convivência diplomática mais bem sucedida, mesmo entre os que pretenderia liderar. Embora seu espírito livre e individualista combinasse mais com uma vida sem comprometimentos emocionais, encantou-se com uma fêmea de terras distantes e com ela, a partir daí formou sua matilha, na qual ela cuidava para que tivessem como base padrões um pouco diferentes daqueles que ele viveu na infância. Permitia que ela o fizesse porque o resultado parecia-lhe bom. Contudo, se orgulhava mesmo era de ser o provedor dos seus, oferecendo-lhes o conforto, alimento e segurança possíveis.
  Tudo corria normalmente bem, até que começou a ter de enfrentar sério problema - os seus instintos, por vezes incontroláveis. Sua fêmea, alegre, curiosa e dedicada, era também quieta, sensual e demonstrava certa insegurança que, ao mesmo tempo que lhe agradava bastante,  por outro lado, o lembrava da aparência dócil e frágil das ovelhas. Aí estava o problema! Assim, ele vivia com sua loba, tendo que lutar batalhas consigo mesmo, pois seus olhos a confundiam com ovelhas, seu instinto predador acostumado a atacar o que fosse vulnerável precisava ser contido e ele, não gostava disto. Atacar e vencer o fazia sentir-se poderoso ao mesmo tempo que o forçava reconhecer que seu instinto incontrolável lhe trazia problemas - sua fêmea, aquela que ele amava, tinha agora no olhar certa desconfiança e aprendera a atacar, o que a tornava menos singular, mais semelhante aquelas que ele conhecera em sua vida em outras alcatéias. Ele precisava ser seu próprio caçador, precisava controlar seu próprio instinto predador, ou se fecharia em si mesmo, na pele de lobo solitário...
Texto:  Vera Alvarenga
foto: retirada do imagens.com (no Google imagens) 

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