segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sentimentos...

 
 Ingenuidade é algo que me faz assustar-me, quando olho no espelho!
  É algo que não combina com o passar dos anos, mas sim, com o jeito de ser de cada um. Melhor seria talvez pensar que é apenas um modo de sentir que me arrebata e tem força, e preenche tudo por dentro e transborda, e ao mesmo tempo tem a simplicidade da crença...apenas é assim.
  Se a ingenuidade não é realidade do mundo, é  realidade do ser. É um modo de sentir. E porque a conheço, respeito aquele que é uma incógnita. Não vejo apenas o que está na sua cara! Como em minhas terras, ele pode ter aquelas flores que nasceram à beira do lago e quisemos que permanecessem ali. Por isto penso que só sei de mim. De meus momentos de alegria, de meus momentos de saudade, de meus desejos, minhas vontades. E estes, para mim mesma não traduzo em palavras, porque basta sentí-los. Já são fortes o suficiente. Tão forte, que às vezes penso que não vou aguentar, que seria melhor não sentir a vida assim com tanta sensibilidade. Mas aguento.
  De uma forma ou outra, a gente sempre acha um jeito de controlar isto tudo que está apenas ao alcance de nosso olhar, porque pertence a uma terra só nossa, é água em uma represa que desce em cachoeira até se transformar em uma corredeira mansa, lá onde outros a podem ver. Posso ver minha imagem refletida nela. Apenas imagino a sua. E, se a gente se afasta, ainda ouve o suave barulhinho que nos faz enfim, relaxar... aquele som é um sinal de que há vida naquele que não se transformou, ainda, em deserto.

  E, por isto, gosto das palavras, porque elas quando trocadas, sussurradas ou confessadas, são o único modo de se saber dos sentimentos de uma pessoa, quando não considerarmos os gestos.
  Quanto sentimento tem por trás de cada rosto, ou de cada gesto e cada olhar teu? Não sei, a menos que me digas.
  Por isto gosto das palavras. E as tuas? bebo-as, por vezes, para matar minha sede, imaginando que tem a mesma simplicidade dos sentimentos genuínos...como são os meus, que nasceram como aquela flor à beira do lago... e eu as deixo ficar...
Texto e foto: Vera Alvarenga

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