quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Reencontrando o filho perdido...

Feriado. Tomamos café bem tarde.
- Vamos ao Zoológico? Queria tirar umas fotos bonitas, de patos na água..faz mais de 25 anos que fui lá quando os meninos eram pequeninos..
- Programa de índio... disse meu marido, mas concordou. E fomos! Chegamos rápido perto de onde os carros começaram a tartarugar, em fila indiana. Demoramos o mesmo tempo para chegarmos até o portão e lá desistimos,sem nem sair do carro. Tinha fila para entrar!
Tive de reconhecer...programa de índio o meu!
Então fomos almoçar num restaurante que ele almoçava há 25 anos atrás, no Ipiranga.
- Vamos passar no Parque da Aclimação? Quem sabe tem um lindo lago lá.. com patos.. a gente caminha um pouquinho só e vamos pra casa!
Estava no caminho. Fomos. Logo, decepcionada,vi que não tinha fotos como eu gostaria para tirar, nem patos na água, o que estou fazendo aqui?
Então vimos um garotinho, andando devagar e cansado, cabeça baixa, chorando. Nós o paramos.
- Perdi minha mãe! (coitadinho! )
Conversamos um pouco, contamos que íamos ajudá-lo e que não deveríamos sair dali, pois a mãe logo chegaria. Um menino lindo, de 4 anos. Disse o nome da mãe, endereço. Estava com o irmão, o primo e se perdera de todos. A mãe demorava a chegar. Comecei a brincar com ele e meu marido chamou o 190. Dei-lhe água, coloquei-o de pé sobre um banco.
- Melhor pra sua mãe te enxergar. Ela já vai chegar, você vai ver.
Um homem com o filho da mesma idade comentou, indignado, ao saber que tinha se perdido da mãe:
- Como pode uma coisa destas? Que absurdo!
- Ah, pode sim! Quem já não perdeu um filho, por um segundo, no shopping, quando há mais filhos ali também? São uns serelepes, estes filhotes! ou dentro de uma loja, quando ele se enfia no meio das araras de roupas só enquanto você piscou? ou na praia ? Meu filho de 2 anos perdeu-se na praia, no meio de um mundaréu de gente, uma vez. Pensei que estava com o pai. Eu grávida, fui pra um lado, meu marido pra outro e o vi, no colo de uma mulher vestida não em traje de banho, que o levava em direção ao calçadão. Meus pêlos ficaram ouriçados. Eu lembro que corri e o peguei, não gostei da cara dela, mas agradeci muito feliz por encontrá-lo. Graças a Deus naquele dia fui na direção certa!
A polícia chegou. Logo perguntaram se ele sabia o celular da mãe. Não, não sabia. Então, ela chegou. Que linda mãe, de um lindo filho e que bom sermos testemunhas deste feliz reencontro!
Bem, valeu por este momento, por esta foto! Depois até tirei poucas de algumas árvores...mas, por este momento é que estávamos ali!
 Voltamos pra casa mais leves por presenciar um reencontro, algo sempre maravilhoso em se tratando de mães ( ou pais) e filhos, não é?

Deus abençõe você, mamãe Julie e você Lucas!( aliás a toda família!)
E, quem sabe devamos ensinar aos nossos pequeninos o número do celular da mãe, e também a pedirem ajuda, mas a não sair do lugar até que mamãe chegue, ou papai, ou polícia... ou quem sabe apenas podemos rezar para o anjo da guarda deles...
Texto e fotos: Vera Alvarenga.


3 comentários:

  1. Verinha, eu tambem fiz programa de indio, fui com um grupo, levando Laura, no Zoo e que calor! Mas todos nós adoramos! Andamos muito e curtimos!

    Que bom que mãe e filho se reencontraram rapidinho!

    Uma vez, minha sobrinha mais velha, linda, loirinha, parecia um anjinho e... sumiu dentro da antiga Mesbla (Rio Sul Shopping Center). Era mês de dezembro, loja lotada e minha irmã desesperada. Então, uma senhora, perguntou baixinho:
    - por acaso sua filhinha é loirinha de cabelos de cachinhos?! está ali, escondida naquela arara de roupas.
    Minha irmã, em panico, fez só abraçar Julia, nem brigou. Mais tarde conversou com ela.

    Cerca de 2 anos atras, no calçadão de Ipanema, perto do Arpoador, um garotinho de uns 7 anos se perdeu da mãe. Uma mulher bem vestida já estava se "oferecendo" a leva-lo só Deus sabe onde. Quando minha irmã intercedeu e disse que não. Perguntou se ele conhecia o numero da mãe, ele disse que sim. Era do avô. Este logo conseguiu uma maneira de alguem da familia pega-lo. Enquanto ninguem chegava, tal como um guardião, ficamos ao lado dele, para termos a certeza que não seria levado por ninguem que desconhecesse.

    E Dona Laura... aos 3 anos, sumiu em segundos dos meus olhos e de toda a familia dentro do Shopping da Gavea. Olhei para direção da porta e nada. Panico! Gritei seu nome e nada. Então o gerente da Casa de Pao de Queijo perguntou se era uma menininha... : - ah que ela pediu Coca-Cola e entrou aqui!

    kkkkkk Enfim, crianças aprontam, nos cegam, e são inocentes cor-de-rosa mesmo!

    Beijos

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    Respostas
    1. É bem isto Sissy!
      Acho que ficamos lá, feito guardiões mesmo. Afinal, já fomos chefes de escoteiros/as e sabemos que crianças são como você diz...cor-de-rosa..(gostei disto!).
      Hei, quase nos encontramos então no ZOO ?? você aí, eu aqui..kkk....Beijos

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