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sábado, 29 de agosto de 2015

Palais Garnier...

 Para viajar, sem dúvida é importante ter um roteiro, pelo menos das coisas que a gente "não quer esquecer de experimentar ou visitar" e ter anotados os dias e horários de cada lugar que possa ter alguma restrição.

 Como já comentei, meu roteiro foi alterado graças a um convite maravilhoso de um casal de amigos franceses, para irmos a um passeio de "Bateaux-Mouches" no final de semana. Então, simplesmente mudei os dias de algumas visitas.
Acontece que, estando na fila e ao chegar nossa vez de entrar na Opera Garnier,o segurança nos barrou dizendo que meu "convite do Paris Pass" não valia para aquele dia. Estava eu tentando me fazer compreender e pedi que me explicasse, o que ele, apesar de sério, começou a fazer.
Contudo meu marido que nada havia compreendido além do fato de ter sido "barrado", demonstrou aborrecimento.
Para resumir, o segurança perdeu a paciência e pediu que nos retirássemos da fila ( havia apenas algumas pessoas logo depois de nós).


 Na verdade ele explicou-me que, com aquele passe teríamos o direito a uma visita guiada e que só seria possível para o dia seguinte, ou teríamos de pagar para entrarmos naquele momento e visitar por conta própria.
  Meu marido não queria pagar e decidi sair logo dali e voltar no dia seguinte, o que foi realmente muito melhor.
  Na visita guiada ( em Ingles), pude ver muitas coisas que certamente, andando com pressa e por conta própria, não teria visto!
  No dia seguinte, logo após entrarmos, eu ainda estava um pouco tensa com receio de meu marido encontrar-se com o outro segurança.
 Para surpresa minha, um outro segurança me chamou de lado e, muito gentilmente explicou-me o comportamento de seu colega, desculpando-se pelo mal entendido e dizendo que, como meu marido gesticulava e reclamava, o outro tomou aquela atitude um pouco rude. Desculpou-se comigo, mais uma vez. Esta gentileza me surpreendeu e foi como  um bálsamo... relaxei e de fato, a partir daquele momento, pensei apenas em aproveitar ao máximo! E fui em busca do Grupo com a guia ( algo que eu já estava por desistir)...rsrs......
Também me desculpei, agradeci a gentileza e fomos à visita.
Como eu disse, vi lugares que não veria por conta, inclusive a biblioteca, e a parte de dentro do teatro onde estava acontecendo um ensaio ( por isto a foto está escura).

O Palais Garnier é muito bonito! Vale muito a visita, guiada ou não!
O Hall de entrada com as escadarias é magnífico!
A parte do restaurante também.


 Quando revejo as fotos desta viagem, como agora no momento que faço este post, me recordo de como foi rápida e maravilhosa esta oportunidade que tivemos, graças ao presente que ganhamos.



 A vida nos apresenta momentos que são presentes preciosos da própria vida, de nossos esforços por vezes depois de anos de persistência para a realização de um projeto ou sonho, ou das pessoas com as quais temos a sorte de conviver. É maravilhoso quando, ao lembrar, temos a consciência de termos aproveitado, reconhecido o valor daquele momento!
Porque o tempo não pára nem volta para trás!












texto e fotos: vera alvarenga

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ainda estás aí?


 Era uma noite silenciosa. Eu me demorava a dormir. Então, o som me envolveu. Não sabia de onde vinha porque até aquele momento o silêncio, o teu silêncio, era de morte. Havia uma ausência tão palpável que se podia até ouvir o pulsar daquelas paredes como se tivessem vida apesar do vazio. E no escuro daquela noite em que não consegui entregar-me ao sono, a respiração curta impedia o ar de preencher todo o espaço que ali havia para ser preenchido.
   E eu respirava como se tivesse preguiça de viver. Aquele espaço vazio e negro me assustou por momentos. Onde eu estava? Meus olhos, tanto quanto eu, estavam fechados. Lentamente os abri, por um segundo. Apenas por um rápido instante. Voltei a sentir o pulsar daquelas paredes. E naquele quarto, convenci a mim mesma que estava segura. Todo vazio assusta, pensei. Nada demais. É preciso apenas coragem para continuar a respirar e crer que tudo vai passar. Porque tudo passa.
   A saudade, a falta, o desejo daquilo que não podia mais ser sentido, culpa da ausência e do tempo,  passariam, não iriam mais atormentar meu sono. E eu recordaria tudo e esta noite, como vaga lembrança de algo que, um dia e por muito tempo, pareceu eterno. Tudo se transforma. Nada permanece como foi um dia. Nem eu! Seria mesmo verdade que tudo passa, mesmo as mais raras e valiosas presenças? Não estariam para sempre marcadas em nós? Ah! estes tesouros a ornamentar nosso aposento mais íntimo. Nem todos igualmente preciosos, mas cada um com inestimável valor. Talvez naquele mesmo aposento em que me encontrava agora, houvesse uma vida escondida dos olhares, e que pulsava, tão eterna quanto posso ser, e enquanto eu for.
   Então, tudo passa... mesmo a mais indispensável de nossas inspirações. Porque um dia, talvez deixemos de crer em nossa capacidade de amar ingenuamente e para sempre.
   Passa sim, pensei, tudo passa, nem que para isto tenhamos de perder a memória que nos faz ser o que somos. Nem que um dia, acordemos no meio de um quarto que não nos diga respeito, onde não possamos nos reconhecer, esquecidos de tudo e assustados, ou por tão esquecidos, talvez sossegados, para sempre ingênuos, eternas crianças.
   Tudo passa também ao olhar consciente mas superficial, embora muito fique escondido, quase silencioso, camuflado em nossa pele. Como de pele era aquele quarto. Aquele em que me encontrei naquela noite, incrivelmente consciente de uma ausência.   
   E ele, que pouco tempo antes tinha voltado a pulsar descompassado, quente, úmido e ansioso diante das promessas da vida, agora, a despeito de mim e do tempo, ainda batia, mais lento porém ritmado. E eu o ouvia, no silêncio da noite. Então, ainda estás aí, no meu peito?! Agora, eu o sabia ainda vivo e calmo, a despeito de tudo e do vazio. Porque o vazio é talvez um espaço necessário ou, por vezes, inevitável.
   De olhos fechados, a languidez foi tomando conta do meu corpo, embalado pelo som que vinha do pulsar daquelas paredes, que jamais foram frias e onde eu sempre podia me resguardar. Eu não sabia mais se estava nele ou ele em mim....
Texto: Vera Alvarenga
Foto retirada do Google
  

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

" Segurança tem preço! "

Bastava deixar-se ir livre e solta para onde o desejo e o olhar alcançasse...podia ser ali, do outro lado da rua, pegar amoras, ou atravessar limites.

Então, a realidade pedia uma escolha e optou-se pela segurança... que impediria que algo de valor fosse roubado, ou que uma criança mais afoita se machucasse no tombo provocado pelas asas que não tinha!
Segurança, algo que buscamos quando não temos, quando sentimos medo, quando outros nos ameaçam,
ou quando somos avarentos com nossos valores.

    Nossa, que triste! Novamente as grades de uma prisão! Não, as grades da segurança!
   Quantos de nós precisamos viver assim? Mas não adianta resmungar, é assim e tá acabado!
   Então, uma surpresa: ela veio sozinha, uma sabiá.
Que prazer me deu esta sua primeira visita, nunca tinha vindo antes! 
   E logo vieram os dois Sanhaços... engraçado, pousaram na grade, atravessaram por ela sem cerimônia! Fora os 3 pequeninos Cambacicas, que já são de casa.
   Em seguida os beija-flores, que, de início estranharam aqueles duros e frios limites, mas depois já estavam a atravessá-lo facilmente. 
   Após alguns minutos, voltou a sabiá com seu companheiro. Nunca tive tantos visitantes em tão pouco tempo,a provar do que ofereço e, a me dar tanto prazer com sua "conversa filosófica".
Todos parece que vieram em solidariedade a mim. E ela me olhou bem nos olhos e me lembrou que o ninho, é melhor seguro; o coração precisa limites para sentir-se tranquilo e não se machucar... mas o pensamento te leva sempre livre para voar! E, se tivermos sorte, podemos ter companhia em nossos vôos e em busca do que nos alimenta. E se este companheiro nos quiser abraçar e proteger, nós cuidaremos dele e ficaremos em paz!  Acho que encontrei uma nova amiga! rs.................

Texto e fotos : Vera Alvarenga

   
                                                                              

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