quarta-feira, 10 de julho de 2013

Palavras...

 
 Ah...estou pensando nas palavras...novamente as palavras...
  Elas me perseguem ou eu a elas? Não sei. Já gostei tanto delas e hoje as esqueço tão facilmente. E já não as compreendo como antes. Para mim, hoje, não fazem o sentido do que é apenas verdade, como quando eu acreditava nelas sem desconfiar que um dia, modernamente, seriam usadas apenas como figuras. Figuras socializadas, de linguagem, modo de falar, não foi o que se quis dizer... Mas a verdade, não pode mesmo ser dita apenas em palavras, é preciso o gesto! Então, tudo bem.
  Ah... mas elas tem peso. As que me chegaram agora são como plumas, como uma pena que alguém passou suavemente em meu rosto para me acariciar, para brincar comigo. Então, era quase um gesto! E quase não acreditei nelas, porque não tenho o hábito de vê-las daquele modo, ajuntadas talvez até sem nenhuma grande intenção, eu sei, mas arrumadas daquela maneira e dirigidas só para mim, num pedaço branco do que antigamente seria uma folha de papel para um bilhete.
  Há palavras pesadas. Estas eram leves. Ah...Se pudéssemos nos construir por muito mais palavras assim leves e claras e cheias de boa semente... seria tão melhor! Nenhuma flor jamais murcharia triste por ter um fim. Todos, nós e elas, saberíamos nosso valor e apenas cumpriríamos nossa missão, nosso plano de vida e simplesmente deixaríamos lugar para o que viria depois. Há olhares que ferem, mesmo sem palavras. Há olhares que já feriram por falta de compromisso e agora já não ferem mais porque se acomodaram na grande verdade da vida e sabem finalmente, que não deveriam ter sido tão duros.
  E há olhares que não nos tocam verdadeiramente "só" porque não estão ali. Apenas os intuímos, imaginamos, quase podemos senti-los. Eles vem com palavras que nos fazem bem e precisamos aprender a recebê-los, sem cerimônia, sem modéstia, sem nos preocuparmos muito com a intenção. Apenas recebê-los como o carinho que são. E como fazem bem!
Texto Vera Alvarenga
Foto retirada do Google imagens 

4 comentários:

  1. Vera,

    Eu vivo pensando nas palavras.
    É fantastico, podemos compor rimas, musicas, textos, filmes, tudo mentalmente. Assim como trocar olhares que vimos mas não estão frente-a-frente, apenas como um clique que ficou na mente.

    Bjs

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    1. É isso Sissy! Geminianas não viveriam sem os gestos e as palavras...rs...Quando estou bem à vontade com algumas pessoas, falo com as mãos também, não em gestos largos mas as mãos procuram completar as palavras que não descrevem tudo que vai em nossa mente...rs..Imagino que saiba como é isto!...kkk...Beijos.

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  2. Palavras sem os gestos podem ficar vazias, mas os gestos sem as palavras também não são de grande valia. O importante é compreender, sentir, apaixonar-se pelo quê ou por quem. Fico com a ideia de que sentimentos são como documentos, pessoais e intransferíveis.

    Muito bom!!!

    Um forte abraço!

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    1. Tenho de corrigir meu texto...faltou uma palavrinha...
      Há olhares que "só" não nos tocam verdadeiramente porque não estão ali, mas a gente os sente e como as palavras, chegam como um carinho. Sim o importante é compreender,sentir, e unindo com o que disse em seu último post, que me fez pensar...apaixonar-se por opção, não porque não se tem escolha...e ser a opção de alguém porque a ela fazemos bem...Bom isto!
      Forte abraço também, Sérgio!
      Feliz de ver sua carinha aqui novamente...

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