Hoje eu queria poder ser como o vento de primavera que leva consigo o perfume das flores, e passando por teu rosto, o faria levantar-se. Te distrairias, por curiosidade, do que te mantinha dentro do espaço cujos portões de ferro são pesados demais para minhas mãos abrirem e sairias para sentir o vento. E ele seria, em teu rosto, o meu beijo.
Feliz e forte, como ventania, aos teus olhos incrédulos, varreria folhas secas e rugosas que o inverno teima em mostrar-te para te fazer sofrer. Num segundo me tornaria cálida e terna como brisa de verão para aquecer teu coração. Como brisa fresca, traria leve frescor para nossos corpos e libertaria nosso espírito.
Eu me sentiria bela e te faria belo, e juntos, sem pressa dançaríamos a nossa dança. E eu iria envolver-te inteira, varrer do teu tempo e do meu, tudo o que fosse mau. E em nós e nossas lembranças traríamos todo amor que aprendemos e já pudemos sentir por alguém, o mesmo amor que já nos alimentou, ele que nos alimentaria ainda e através de nós e de outros, alimentará o mundo, sempre e sempre.
E antes que tivesses medo e te fechasses pra mim, ou que tua face se tornasse de novo séria e dura, ou triste, e que em sua fronte se fizessem as marcas de um olhar novamente descrente e distante, e que por isto minha alegria se dissolvesse, eu me afastaria de ti. Porque tenho medo de ficar novamente do lado de fora de qualquer fortaleza, porque sei que não sou perfeição nem solução, mas apenas amor que precisa se dar e receber, então, por este meu próprio medo e minha fraqueza, eu me afastaria, mesmo que longe de ti me sentisse morrer de um amor que não se fez por inteiro.
E, no fundo do meu coração, prisioneira, esperaria que um dia tua mão viesse me buscar...
Texto: Vera Alvarenga
Fotos: retiradas do Google images-não estava citada a autoria.
Feliz e forte, como ventania, aos teus olhos incrédulos, varreria folhas secas e rugosas que o inverno teima em mostrar-te para te fazer sofrer. Num segundo me tornaria cálida e terna como brisa de verão para aquecer teu coração. Como brisa fresca, traria leve frescor para nossos corpos e libertaria nosso espírito.
Eu me sentiria bela e te faria belo, e juntos, sem pressa dançaríamos a nossa dança. E eu iria envolver-te inteira, varrer do teu tempo e do meu, tudo o que fosse mau. E em nós e nossas lembranças traríamos todo amor que aprendemos e já pudemos sentir por alguém, o mesmo amor que já nos alimentou, ele que nos alimentaria ainda e através de nós e de outros, alimentará o mundo, sempre e sempre.
E antes que tivesses medo e te fechasses pra mim, ou que tua face se tornasse de novo séria e dura, ou triste, e que em sua fronte se fizessem as marcas de um olhar novamente descrente e distante, e que por isto minha alegria se dissolvesse, eu me afastaria de ti. Porque tenho medo de ficar novamente do lado de fora de qualquer fortaleza, porque sei que não sou perfeição nem solução, mas apenas amor que precisa se dar e receber, então, por este meu próprio medo e minha fraqueza, eu me afastaria, mesmo que longe de ti me sentisse morrer de um amor que não se fez por inteiro.
E, no fundo do meu coração, prisioneira, esperaria que um dia tua mão viesse me buscar...
Texto: Vera Alvarenga
Fotos: retiradas do Google images-não estava citada a autoria.
lindo... lindo
ResponderExcluirObrigada,amigo.
ResponderExcluirVera, como me fez bem ler este texto delicioso... alias, o título já é um convite à leitura.
ResponderExcluirSabe, eu tinha me permitido ficar prisioneira de um amor que não tinha futuro, mas eu deixei por tempo limitado. Então, quando a brisa chegou, eu tratei de pegar carona para partir...
BEIJOS
Sissy! Foi sábia a sua decisão, afinal deste modo é que pode manter sua alegria, e isto é fundamental para vivermos bem.
ResponderExcluirBeijos.
Vera amiga vim desejar-lhe um bom fim de semana.Bj
ResponderExcluirIrene
Belo depoimento.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Seu poste é tudo bom uma vez que diz assim: "Queria ser brisa para beijar-te..."E, no fundo do meu coração, prisioneira, esperaria que um dia tua mão viesse me buscar...
ResponderExcluirTexto: Vera Alvarenga
Fotos: retiradas do Google images-não estava citada a autoria." E que também além de grande autora de belíssima crônica nos um exemplo de preservar os direitos autorais citando a fonte
Olá amigo Charles, como vai?
ResponderExcluirObrigada por seu comentário e que bom que gostou da crônica! Fico feliz.
Geralmente uso fotos que eu mesma tiro, mas algumas vezes tenho de colocar algumas que acho lindas e combinam mais com o texto. Só que quase nunca vejo o nome dos autores, o que acho uma pena! Mas coloco assim porque se o dono da foto aparecer eu ficaria feliz de colocar sua autoria.
Um grande abraço a você e boa tarde!