Numa palestra, Nancy Etcoff, da área de
psicologia, diz que hoje em dia, ao contrário do que Freud pensava: “A
felicidade não é somente a ausência de tristeza”.
E ela continua explicando- somos muito sensíveis ao negativo. O
ser humano sofre mais com a perda do que fica feliz com a experiência de um
desejo realizado. Uma interação negativa, pelos estudos feitos, demonstra ser
mais poderosa do que uma positiva. Em especial as expressões de desrespeito
e rejeição tem bastante poder! É mais ou menos assim..por ex., em um
relacionamento/casamento : “é necessário 5 comentários ou interações positivas
para compensar cada interação negativa”. Uau!
Se entendi bem então, sofro mais com a perda
de um sonho ou pessoa, do que ficaria feliz com a realização deste sonho ou o
sucesso em ter comigo a tal pessoa. Eu não costumava ter dificuldades em descobrir formas de sentir prazer com o que tenho, mas entendo o que o texto diz. É preciso nos "anestesiar", nos"desligar" um pouco de nossa sensibilidade para sofrermos menos com a perda, e então isto pode ser uma faca de dois gumes!
Bem, evidentemente, se tivermos a pessoa ao
lado e pudermos conviver com ela por longo tempo, teremos novamente muitas oportunidades
de nos encontrar nesta alternância entre o realizar desejos e sonhos com ela sentindo prazer em nossa vida juntos ou o de enfrentar os desafios escolhendo a
proporção de nossa reação negativa diante das frustrações.
Nossa vida é como um pêndulo que alterna em diferentes graus de importância, entre a felicidade e seu oposto, não é? De todo modo, é sempre bom aprender a controlar, se já não aprendemos, nossas expressões negativas ou a forma como as demonstramos, evitando ao máximo aquelas que desprezam ou desrespeitam. Porque podemos nos esquecer ou nos arrepender delas, mas o peso sobre o outro é maior. Nancy Etcoff não fala de proporções, nem do nível limite a que cada um pode chegar mas é evidente que cada um de nós, com certeza sabe seus próprios limites. E mesmo que façamos de conta que não percebemos o limite do outro, a gente deve refletir sobre, para controlar nossas expressões negativas.
Nossa vida é como um pêndulo que alterna em diferentes graus de importância, entre a felicidade e seu oposto, não é? De todo modo, é sempre bom aprender a controlar, se já não aprendemos, nossas expressões negativas ou a forma como as demonstramos, evitando ao máximo aquelas que desprezam ou desrespeitam. Porque podemos nos esquecer ou nos arrepender delas, mas o peso sobre o outro é maior. Nancy Etcoff não fala de proporções, nem do nível limite a que cada um pode chegar mas é evidente que cada um de nós, com certeza sabe seus próprios limites. E mesmo que façamos de conta que não percebemos o limite do outro, a gente deve refletir sobre, para controlar nossas expressões negativas.
Parece tão óbvio, mas para alguns não é
fácil! É preciso lembrar que, controlando nosso “gênio” estaremos não só nos
tornando melhores como pessoa e mantendo o relacionamento mais confortável para
nós e para o outro, mas atraindo para nós muito provavelmente e de modo geral,
sentimentos, lembranças e pensamentos naturalmente positivos. Para os mais egoístas, se outros motivos não
forem o suficiente, parece interessante então lembrar que o controle sobre si
mesmos é também uma forma de assegurar maior prazer na vida em comum.
Evidentemente, que aqueles que não são exageradamente egocêntricos aprenderam
mais cedo a respeitar e por outras razões, não apenas em interesse próprio,
habituaram-se a ponderar suas atitudes. Algumas vezes até se acostumaram mais
naturalmente a fazer isto, porque viver em paz ou levar o outro que lhe é
próximo e íntimo em consideração, lhes é fundamental para sentirem-se felizes. Ou
porque a isto estava acostumados. De
qualquer modo, hoje os estudos provam que todos nós queremos ser felizes.
Ela diz que emoções não são apenas sentimentos
mas também alertas que modificam o modo como percebemos as coisas e até nossas
lembranças( o que queremos ou não lembrar). Não devemos nos esquecer que todos
desejamos ser felizes. Ninguém está dizendo aqui que devamos viver para dar
prazer apenas ao outro, um erro que muitos de nós cometemos porque a felicidade
do outro nos leva também à nossa felicidade, em parte. Algo assim unilateral
não poderia durar, nem alimentar o relacionamento com o qual sonhamos e gostaríamos
de viver por toda a poética e real eternidade! E se queremos ser lembrados, se
ficamos felizes quando alguém sente prazer com nossa presença ou ao pensar em
nós, é importante proporcionar maior
oportunidades de prazer do que dor. Parece tão óbvio mesmo, não é? Então por
que esquecemos tantas vezes disto? Por que muitos de nós ainda pensam que o
elogio e incentivo fazem um menor papel do que a crítica? Por que evitamos o prazer de nossa presença na vida de algumas pessoas para as quais sabemos que apenas nossa presença já é importante? Por que este medo de nos relacionar com quem nos valoriza, esta mania de achar que ficaremos vazios de nós se dermos prazer ao outro? Talvez por medo de passarmos a sentir um pouco mais a vida sem a proteção anestésica que nos proporciona aquela posição na qual tentamos por vezes nos manter...ali no meio, quase em neutralidade?
Pensando bem...estas pessoas de fato estão
de acordo com o que Nancy disse em sua palestra sobre estudos que há algum
tempo se fazem sobre a Felicidade. Estas pessoas de reação negativa sobre os
que lhe são próximos e até os que amam, talvez saibam que estas suas reações tem mais poder! E se buscam o poder, seja por auto defesa, insegurança ou "vocação", podem repetir estas reações constantemente. Em contrapartida, quem conviva com estas pessoas pode acabar por ir para o lado oposto e cada vez sinta que precisa controlar-se mais, ser mais dócil ou adaptável para compensar o outro. Ou ainda se habituará a "desligar-se" da situação ou negar as próprias emoções como forma de passar mais ileso ao desrespeito. O ser humano quer ser feliz e portanto tenta sobreviver da melhor maneira a tudo. Se isto se tornar um modo de vida ou sobrevivência, aos olhos de outros, ambos estarão visivelmente nos extremos, um parecerá " o tal do genio forte" enquanto o outro poderá ser visto como "o fraco ou excessivamente permissivo". Ao mesmo tempo, pelo menos com certeza aquele que não se conforme com o papel que passou a ter de desempenhar para compensar a grosseria do outro, se sentirá em posição desconfortável porque não consegue voltar ao centro, ao que se aproximaria do chamado equilíbrio. Ora ninguém consegue ser bom o tempo todo quando é constantemente desrespeitado,e ainda que se esforce o preço pode ser alto quando e decidimos ultrapassar limites para conviver de modo positivo com aquele que precisa manter-se sempre no poder. Ora, ora, nunca tinha
pensado nisto desta maneira!
Então talvez seja uma questão de escolhermos que tipo de poder queremos exercer sobre o outro... e no final das contas, sobre nossa vida e nossa Felicidade. Que tipo de poder podemos deixar que o outro exerça sobre nós, sem que nos tire a dignidade que por nossa essência divina, temos. Aliás, melhor seria perguntar se queremos exercer poder sobre quem amamos ou queremos, de fato, amar?
Então talvez seja uma questão de escolhermos que tipo de poder queremos exercer sobre o outro... e no final das contas, sobre nossa vida e nossa Felicidade. Que tipo de poder podemos deixar que o outro exerça sobre nós, sem que nos tire a dignidade que por nossa essência divina, temos. Aliás, melhor seria perguntar se queremos exercer poder sobre quem amamos ou queremos, de fato, amar?
Foto e texto: Vera Alvarenga
Vera,
ResponderExcluirapós ler, resolvi salvar este seu texto, porque ele é importante para não esquecer que somos responsáveis pela propria felicidade. A dois, com certeza, se não controlar o "genio" fica dificil manter o amor, especialmente a admiração.
Acredito sim que o desrespeito e rejeição tem bastante poder e isso é o que destrói toda a imagem construída ao longo de uma vida.
Bjs
É verdade querida Sissy! Quantas vezes nos sentimos culpados por não conseguir encontrar em nós aquela mesma terna disposição a respeito do outro e que fazia parte intrínseca ao nosso jeito de amar...e sentimos que não estamos completos, quase nos esquecemos que a capacidade de amar está sim, ainda dentro de nós, e que não é uma fraqueza ou história da carochinha e não tem nada a ver com aquela coisa de fazermos do outro "um principe idealizado" que, é claro ele não teria possibilidade de ser! Não é disto que estamos falando aqui, não é mesmo? Nem que falou Nancy Etcoff após pesquisar vários estudos rigorosamente feitos. Estamos falando de coisa séria!!! Desrespeito e desprezar o que o outro sente como se não fosse relevante pode acontecer em diferentes relacionamentos no trabalho, entre pais e filhos, é claro, mas nos atendo ao de um casal, quer queiramos ou não, isto acaba cobrando um alto preço para aqueles que acreditavam e viviam um amor mais sereno e feliz. Claro que o amor pode permanecer por outras razões, mas muda de cara, não é mesmo? Isto, quando não se transforma em autonegação, depressão, raiva,ou não morre pelo caminho. É triste ouvir isto de estudiosos no assunto porque nos mostra que muitos sofrem do mesmo mal, contudo, por outro lado, nos mostra que somos humanos e nos sentir mal quando destratados é normal, não uma falha de nossa capacidade de amar, não é mesmo? Beijos.
ExcluirHoje em dia sinto o desrespeito em mínimos detalhes e atitudes.
ExcluirCoisas que transformam o simples no complicado, a alegria na decepção.
Bjs
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