E, embora seja deste modo idealista e firme
em alguns princípios,...quando te ausentas assim por tanto tempo que até mesmo
duvido que um dia estiveste tão perto, quando demoras para vir,
quando não sinto que, de algum modo tu estás comigo por momentos e o que tu
representas transborda do meu coração, não posso evitar entristecer porque
parece que a luz do mundo se apagou um pouco... de tão forte, extremamente
forte que tu és, quando se traduz em sentimento que promove a vida – a minha
vida.
E
antes, experimentei o contrário. A luz do sol brilhava em meu dia quando o sentia, quando o sabia perto, quando recebia tuas palavras, porque sem que
estivesse isto em minhas mãos ou em meu poder, o amor vibrava então, e por tua
presença, também em meu
coração. E em presença do sentimento de amor que se esparrama
como um rio dourado e fértil, o que se banha nele se torna melhor, e tudo que
não é, nos parece por demais grosseiro.
Sim, sou feliz com tanto que tenho, quando
olho ao redor e vejo que tenho mais do que tantos. Tenho diferentes coisas do
que já tive. Sou grata. Hoje, a consciência que antes procurava e me fugia, está a impregnar-se em meus momentos, embora ao mesmo tempo me sinta desapegar-me de tudo. Tenho uma tranqüilidade que
antes não tinha, e tempo para mim... mas isto não impede que perceba que a inevitabilidade das coisas me faz sentir medo, algo que antes não sentia. A maturidade não impede que sinta falta de tua presença... amor.
Meu amor ... néctar, bebida doce que faz esquecer como somos
limitados, nós, os seres humanos, e me permitia relaxar e descansar de meus
cuidados em almofadas de cetim...
Deixa-me sentir teu olhar amoroso de novo e o bater de tuas asas douradas em meu coração de pedra... e serei leve e livre novamente...
foto e texto: Vera Alvarenga.
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