sábado, 28 de abril de 2012

Sôbre voos e liberdades...

 Somos seres sociais. Alguns mais, outros menos,mas todos dependemos uns dos outros e de nossa possível convivência.
Vivemos entre tantos.Como bandos, caminhamos ao lado de muitos, por vezes na mesma loucura em meio à corrida contra o tempo.
Contudo, somos solitários na dor e nos sonhos.
Evidentemente podemos ser solidários, na dor. E os sonhos, podemos tentar compartilhar, tentar levar conosco alguém que ansiamos possa ver a mesma beleza que vemos nas cores daquele arco-íris, ou ter as mesmas visões que tivemos em nossa meditação.
- Então, você pode vislumbrar como será maravilhoso?! Dizemos ingenuamente, quando encantados.
Algumas vezes encontramos resposta de quem  entra em sintonia conosco. Nos acompanham, alguns,outros seguem paralelamente, porque seus sonhos se assemelham aos nossos ou porque se encantam com a luz que brilhou em nosso olhar.
Aquela visão, porém, aquelas cores, são o nosso sonho, é o nosso desejo, estão ligadas à nossa experiência individual e única de meditar em meio ao burburinho da vida em sociedade, no meio em que estamos inseridos.
 Sim, para diminuir expectativas é preciso compreender que o sonho é de cada um! Contudo, não devíamos esperar de nós mesmos que apenas deixemos que cada um "fique na sua", porque, para quem voa ou sonha, ou tem uma visão, é quase impossível não desejar compartilhar... a menos, é claro, quando, como muitas vezes acontece,a alegria por experimentar tal liberdade ou talvez desejo, se apaguem vencidos  pelo insistente desejo contrário de manter tudo da forma que está. E esta é uma tendência do bando, e de nós todos. Sonhar, refletir, e então meditar para depois ir em busca da realização, ou mesmo somente buscar manter a ligação que possamos ter com o que somos no íntimo, requer fé, dá trabalho, exige disciplina, compromisso, dedicação e perseverança. Eu me acovardo, muitas vezes, mas a despeito de tudo, resisto.
Há vôos especiais, destes nos quais quase podemos tocar estrelas! Quando os tivemos, nosso corpo e alma pedem que se repitam. Por isto, mesmo quando a vida muda os cenários e quebra uma de nossas asas, ainda esperamos a cura para transformar o que temos, num novo plano de vôo.
Como seria bom termos sempre companhia!
Seria ideal diminuirmos nossa expectativa, sem contudo apagar o brilho dos nossos gestos espontâneos. Como fazer isto? No mais, compreendendo assim este aspecto da vida, finalmente não me sinto mais em  solidão, como tantas vezes antes. Eu a recebo e reconheço como pano de fundo numa cena em que ela é mais estrela do que eu, faz parte de mim, e se torna fundamental num e outro ato, no palco da minha vida.
Já não me assusto por gostar tanto de voar neste cenário, embora reconheça minha dependência total do convívio com meus pares. Sei que posso ir e voltar, sentir o vento e pisar na terra, rir e chorar, aceitar meu direito e meu avesso.
Fotos e texto: Vera Alvarenga

8 comentários:

  1. Vera, eu sempre adorei ver gaivotas voando .... é tão belo... como Deus fez a vida tão perfeita!

    Bjs e otimo domingo!

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    1. Acho que tenho certa fascinação por algumas aves..rs... e fotografá-las em seus voos me deixa feliz e leve... Será porque somos de um signo de ar e também voamos em nossas vassouras, Sissy?
      tive um bom domingo.Obrigada.
      Beijos

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  2. olá minha rica

    bem minha rica nada pode impedir nosso voo

    nem desmanchar nossos sonhos

    precisamos sempre de alguem q nos impulsone

    e alimente nossos sonhos

    alguem que nos traga a realidade mas no leve a fantasia tbm

    então ficar na sua é uma lamentavel opção


    bjim minha rica
    lindas imagens

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    1. Tem razão: "ficar na sua" ou deixar que o outro "fique na dele" pode ser uma lamentável escolha e, se torna difícil principalmente para os apaixonados pela Vida ou por alguém, porque então é quase impossível não compartilhar a visão que temos do que poderia ser o coexistir...Por isto os apaixonados são tão tolos!
      Bjs. Vera Alvarenga

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  3. Adorei a sua postagem, porque sem demagogia é realmente assim: Nós e o mundo que vivemos, e para haver harmonia precisamos nos sintonizar com ele.Parabens

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    1. Obrigada, Maria de Lourdes. Parabéns também a você que tem um trabalho muito importante lá com um dos seus blogs - como é difícil e importante este relacionamento de uma família com sua empregada doméstica, não é mesmo? E você dá boas dicas lá.
      Abraço,Vera.

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  4. Vera... mais uma vez se aprofundando nos mistério do coexistir... precisamos a todo custo preservar nosso direito de voar em meio ao turbilhão da vida...Mas como fazer isto?! Só mesmo a sabedoria que chega com o tempo é capaz de nos dar estas respostas!
    Espero consegui-las um dia.
    Beijo no coração

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    1. Querida Valéria. Sinto que fazemos um voo interno antes de qualquer outro. Dependendo de como somos,para alguns queremos companhia,pois então seriam perfeitos, seria estarmos na grande aventura da vida colocando o sonho em prática. Do contrário, o sonho é algo apenas nosso mas ainda assim, sem ele, me sinto um robô. O mais gostoso sem dúvida é quando sentimos que ele pode ou está a um passo de realizar-se e então nos enchemos de fé e disposição. Quando ficamos mais velhos, sinto que estes momentos são muito raros, por isto, insisto em abrir meu coração para que sonhe, seja um sonho de paz, seja de um dia melhor para o mundo ou para alguém que eu amo, ou um simples sonho de um momento de alegria.
      Quanto às respostas...acho que mudam um pouco a cada fase da vida.Bjo no teu coração também.
      Vera.

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