Quem tiver oportunidade e tempo, veja a história contada por D. Adelaide, lá no site do Amores no Velho Chico. Aqui está o link: http://www.amoresnovelhochico.com.br/2011/08/11/e-tres-marias-inundou-o-sertao/
Esta comovente história me fez pensar novamente no abuso de poder nas mãos dos que pensam apenas em si e não percebem os seus limites e os de outros. Aqui vão flores simbolizando meus respeitos à D. Adelaide...e meu desabafo.
Na maior parte das vezes, governantes deveriam poder experimentar do próprio remédio para compreender o peso de suas ações.
Sou obrigada a reconhecer que nós, seres humanos somos imperfeitos e
portanto, tudo isto é algo a se esperar,
mas que é importante darmos voz aos que tem histórias para contar, para que, com alguma esperança possamos crer que isto nos fará desejar evoluir.
Esta comovente história me fez pensar novamente no abuso de poder nas mãos dos que pensam apenas em si e não percebem os seus limites e os de outros. Aqui vão flores simbolizando meus respeitos à D. Adelaide...e meu desabafo.
Na maior parte das vezes, governantes deveriam poder experimentar do próprio remédio para compreender o peso de suas ações.
Sou obrigada a reconhecer que nós, seres humanos somos imperfeitos e
portanto, tudo isto é algo a se esperar,
mas que é importante darmos voz aos que tem histórias para contar, para que, com alguma esperança possamos crer que isto nos fará desejar evoluir.
Por que quem tem poder sobre as decisões que afetam outros, não consegue perceber
seus limites? Para alguns, conseguir o que querem mesmo ao custo de outros é o
que importa!
Sempre foi assim, no mundo, entre os governantes, nas
comunidades, dentro das casas...Por isto é preciso podermos ouvir histórias
como as de D. Adelaide, para lembrar de não nos acostumar com as justificativas
e inversão de valores.
Há muitas maneiras de se viver histórias assim. Os detalhes
e o número de pessoas atingidas pode ser diferente, mas tem algo em comum. Tudo
começa quando alguém, ou uns poucos,não tem consciência do próprio limite e de
sua imperfeição e então, não podem também reconhecer os limites do outro e seus
direitos.
Então, com o poder nas mãos,seja ele de que forma for, impõe
o que decidiram que para si é o melhor. Por levar em conta só o que
querem,embora não lhes satisfaça nunca, minam a resistência do(s) outro(s) com
diferentes táticas, acabam com sua auto estima, destroem o outro que, quanto
mais tiver consciência de si e de princípios humanitários, mais sofrerá e
acabará por ser considerado como alguém inapropriado ou incapaz. Que valores
são estes que estão tão invertidos? As vítimas que tanto tem que suportar são
consideradas como "fracos e loucos"!
E por que estas vítimas se calam? Por que tanta gente
deslumbrada hoje pelas palavras fáceis, pensam que as vítimas é que são sempre
culpadas pelos abusos que sofrem? Por que tanta gente ainda sonha com a
ilusória crença de que a felicidade é algo que a gente sempre pode construir
pra si ? A gente pode tentar mas felicidade é também a tranquilidade de
sentir-se respeitado. Em parte sim, claro que a gente diante de abusos, ainda
tenta transcender!! mas há que se levar em conta que, quando alguém vem e não
leva em conta sua opinião e suas necessidades, esta historinha bonita de que
tudo depende de nós mesmos, fica meio relativa, não é? Quanta facilidade ao
julgar-se que vítimas são sempre vítimas de si mesmas! Nem sempre é assim,
nestes termos. Pelo menos não pra mim. E nem sempre ter fé resolve tudo, embora
concorde que, ter fé nos ajuda a seguir, a transcender, a tentar nos convencer
de que não dependemos apenas de quem abusa do poder, e de que há de ter um
destino melhor para nós em algum lugar...então podemos sonhar.
Claro que todos tentamos reagir, dentro de nossos limites,
com nossas próprias forças, mas numa competição nunca ganharemos de quem não vê
limites porque se julga perfeito e senhor de todas as decisões. Estes serão
sempre incapazes de transcender os limites porque não os reconhece,nem as
necessidades de outro ser humano comum,nem de si mesmos. Estão perdidos dentro
de uma urgência por conseguir possuir mais que tudo, a qualquer preço!
Difícil lutar quando não tivermos as mesmas armas e, por
vezes nem queremos tê-las. Então, parabéns a D. Adelaide, que soube esperar e
lutar a seu modo, falar, contar, testemunhar, da maneira como pode. Ela sim
está transcendendo os limites impostos a ela, tentando reagir na medida de suas
forças, mostrando-se vítima sim, chorando suas perdas e nos lembrando que o
mundo real e as pessoas reais merecem nosso respeito! e de que vítimas, nem
sempre o são porque querem ser.
Parabéns ao blog Amores no velho Chico por dar voz a ela
também.
Meu sincero carinho a todos.
Fui lá para conferir a história da senhora Adelaide e confesso que saí emocionada.
ResponderExcluirDeixei meu comentário lá e agradeço a partilha.
Abraços
Oi Malu!
ResponderExcluirEstamos num tempo em que parece que se misturam o pensamento positivo, a vontade de incentivar o outro a vencer seus limites ou os impostos a ele, com a facilidade de se dizer que tudo é possível e sempre somos responsáveis pelo que nos acontece. Isto resulta,na minha opinião, de uma desvalorização do ser humano, pois em nossa humanidade temos limites sim, e nem sempre podemos viver num mar de rosas só porque decidimos isto. Claro que há o que podemos decidir depois que a tormenta nos pega desprevenidos,mas se decidirmos por manter a felicidade a qualquer preço, estaremos nos enganando ou nos tornando anestesiados. Na minha opinião, é muito importante respeitar a dor do alheio e dar voz a histórias que as pessoas tem a contar a respeito do que sofreram. Respeitando-as estaremos lhes devolvendo sua fé em si mesmas.Eu mesma vejo o lado bom de tudomas, ao recomendarmos ao outro precisamos antes compreender que sua dor é real.
Beijos