Mostrando postagens com marcador rotina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rotina. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Hoje, fui procurar você... amor...

 Hoje, fui procurar você....
Comecei a procura convidando-o para um cafezinho. Lá, para onde ele tinha de ir, havia também um capuccino delicioso! Eu sabia. Iríamos juntos, caminhando, então. É que eu estava tranquila, leve, sentindo aquela serenidade que abranda o coração e que nos ocorre quando acabamos de nos encontrar com familiares que amamos e nos receberam bem. Gestos amorosos são geralmente assim, dão frutos... e nos deixam com vontade de dividir sua doçura. Sempre penso que, ao dividirmos certas coisas boas, acabamos por multiplicá-las. Pelo menos as tornamos mais duradouras.
   Ultrapassei as pequenas pedras que muito desajeitadamente apareciam no caminho, com a mão firme em busca da dele e um sorriso no rosto.
   De fato, resisti por algum tempo. Me aproximei de duas outras coisas gostosas que me lembravam também do prazer, como era de prazer a sensação que fazia eco em mim. Eu queria comemorar a paz. Quanto mais eu sorria, mais surgiam empecilhos. É que, na vida, nem sempre os gestos encontram resposta igual. Para isto é preciso que no momento haja certa disponibilidade harmoniosa.
   O sorriso acabou por perder o brilho. Tornou-se um tanto forçado, na tentativa de compartilhar a alegria por tantas pequenas coisas que pareciam não estar presentes ali. Pergunto-me como, de vez em quando acontece, de morrer pelo caminho algo que surgiu como promessa tão promissora. Talvez a gente cometa um erro com esta mania de inventar alegria onde não exista, ou de tanto a desejar acredite que ela um dia passe a existir.
   Acabei por não resistir à teimosia de uma pedra maior que grosseiramente mostrou-me que a ocasião era mais um daqueles momentos em que eu devia desfazer minha expectativa. Ela era apenas minha ilusão.
  Quando, publicamente, ele me chamou de louca porque eu quis comprar um panetone recheado de delícias de chocolate, algo que não é meu hábito consumir, desisti. Sim, me faria engordar!  Sim, concordo que o preço era mais alto do que o bolo que ele está habituado a comprar a cada semana. E não! não era mesmo para ser habitual. Foi um deslize, uma gulodice, apenas uma coisa sem importância a não ser, por ser semelhante à sensação que eu trazia por dentro.
  Ando de fato a pensar que ao ficarmos velhos, parece que acabamos por deixar tantas gostosuras de lado que, se não cuidarmos de inventar outros momentos de prazer, vamos amargar sem nenhuma doçura. A rotina de envelhecer sem alegria causa dor, de um modo ou de outro. E não gosto de sentir dor. Por isto, meu espírito inventa....E eu sei que envelhecemos a cada dia, desde o tempo em que éramos mais jovens! Por isto invento alegrias desde há muito tempo.
  A tal grosseria sei que nenhuma outra mulher haveria de resistir. Pelo menos se tivesse brios, diria minha avó! Deixei-o seguir sozinho para a loja ao lado onde ele tinha de ir desde o inicio. Então, despedi-me, voltei. Sem mais pensar em nada. No entanto, ao lado, junto e misturada com a frustração, havia ainda aquela boa sensação.
   Ah! as coisas do amor sempre tiveram mais eco em mim!
   Ao chegar pensei ainda em tomar aquele cafezinho com prazer. Tenho este jeito imbecil, infantil ou tresloucado de insistir em não deixar a peteca cair. Então, coloquei ali na varanda um prato com uma fatia do bolo dele, pãezinhos de queijo para mim e, bem, desisti de comer naquela hora o panetone. Quem sabe escondido, em outro momento. Ali na mesa o doce ia me lembrar do momento desagradável quando ouvi por duas vezes, junto com as outras pessoas na fila do caixa, aquela grosseria. Eu sempre tive um jeito especial e criativo de fazer as coisas voltarem a ficar bem. Deste modo, logo que ele chegou,tomamos o nosso capuccino na varanda, olhando para o jardim, naquele final de tarde gostoso que vinha depois de um dia de muita chuva e 24 horas sem luz, devido aos estragos que os troncos de árvores fizeram por causa da ventania.
  A Natureza fica brava às vezes! Eu também! mas hoje, não fiquei.
  Eu estava serena, ainda. Só faltava um pouco de alegria. Daquela alegria quando duas pessoas olham para a mesma direção e percebem o quanto tem ainda para agradecer.
  O café e os pãezinhos de queijo, contudo, estavam deliciosos!
  Em pouco tempo cada um de nós foi fazer o que precisava, na nossa rotina do dia a dia.
  Eu? Senti de repente uma saudade...Reli bilhetes, alguns comentários...
  Fui procurar nas palavras... no sonho... fui procurar a voz me chamar - minha querida.
  Fui procurar você, amor... mas hoje, não encontrei!
  Temo que jamais o encontre de novo, como antes...
     

sábado, 24 de setembro de 2011

Um pequeno ritual mágico...


 É possível mudar uma rotina com a qual a gente não se sinta bem. De algum modo a gente pode mudar o que é possível mudar.
Não é como nadar contra a maré, não desgasta, ao contrário, suaviza.
Gosto de poder criar momentos diferentes dentro da rotina, não para desafiar estruturas. Não ligo a mínima pra esta história de desafiar padrões estabelecidos, mesmo porque, rotinas me deixam segura. Mas se faço isto é porque me dá prazer poder sentir-me relativamente livre para criar e, fazer diferente.Nem sempre é contestar, mas apreciar algo mais agradável.
 Assim, em minha casa hoje, uma 2ª feira não começa mais como aquele dia chato...não temos ninguém a trabalhar em casa neste dia, assim, meu marido não precisa levantar cedo para abrir a porta para a funcionária que não tocará a campainha pela manhã...rs....
Mesmo sendo 2ª feira, nós a tornamos mais agradável, como é uma manhã de feriado no meio da semana. Dá para acordar de manhã, com o canto dos passarinhos e, ao invés de levantar, fazer ainda um momento de preguiça...colocar a cabeça no ombro daquele que dorme em paz a seu lado. Dá pra sonhar acordada, sonhos de paz.
 Depois de alguns momentos,virar-se,puxar o braço preguiçoso e deixar-se abraçar, porque receber o que se deu é sempre bom. Em pouco tempo, torna-se um ritual - e rituais mágicos são sempre bem vindos até mesmo para os mais resistentes. Tudo para mudar na memória e aliviar o peso que antes tinha uma 2ª feira rançosa, ou que tenha qualquer rotina que nos desgasta sem que seja imprescindível!
 São estas pequenas coisas que a gente pode mudar, sem que dependa apenas do outro.Tudo pra começar o dia com bom humor e ouvir com mais prazer o canto dos passarinhos.
Tudo para proporcionar pequenos momentos de gostosura para a vida, e que podem se tornar rituais que chamo de mágicos, porque não são os necessários, mas fazem uma pequena e doce diferença, que os sensíveis notarão e os que não o forem, assim mesmo aproveitarão e sentirão seus efeitos, por mais que não queiram reconhecê-los..rs.....
 Isto de cuidar do ninho e proporcionar gostosuras, aconchego e suavidade, é mesmo coisa que mulher gosta de fazer e oferecer como um presente, não é mesmo? Mas, tanto homens como mulheres, podem criar seus rituais mágicos para uma vida melhor.
Texto e fotos: Vera Alvarenga

terça-feira, 1 de junho de 2010

- " Sexo com um gostinho de : quero mais"...

  Resolvi voltar a falar sôbre este assunto, porque, tenho achado incrível o movimento "pró-sexo quase toda noite" (que veio da TV americana, para o Brasil..) como se isto fosse o segredo da felicidade e saúde! Pra quem consegue, tudo bem, mas, daqui a pouco estaremos com a marca de "4X por semana" como um ideal a ser alcançado e isto me apavora!! Será mais um motivo para competição e frustração, como aconteceu com o modelo de beleza feminino esquelético, que virou exigência, padrão ideal e motivo para sofrimento de muitas mulheres! Não é mesmo?
 Fazer sexo pode ser  bom, gostoso, saudável...delicioso. Todo mundo sabe disto.
 No meu post anterior, falei de Motel e sugeri esta opção para os casais que entram na rotina, quando esta está prejudicando o casal, porque rotina é uma coisa boa, já que nos dá segurança, contudo pode ser uma ótima idéia variar o ambiente, para colocar mais sabor na brincadeira.
 Quando eu e meu marido vendíamos nossa cerâmica pelas lojas de várias cidades, muitas vezes, dormimos em motéis, alguns melhores e mais econômicos, do que os hotéis que ficavam no centro. A decoração é mais bonita e inspiradora. Tivemos algumas experiências não muito boas, também. Certa vez, tarde da noite, exaustos e sem conhecer a região, resolvemos pernoitar num motel, ao lado de um posto de gasolina. Sabem daqueles que ficam em cima da churrascaria? Percebemos, logo após o banho, que o movimento era contínuo e barulhento e, nesta noite, com certeza, a única coisa que queríamos era dormir(hehehe). Eu mal me mexia na cama, que era forrada com carpete, cheirava a poeira e tinha marcas queimadas de cigarro apagado ali mesmo, na cabeceira da cama! Um horror! Queria ir embora, mas o preguiçoso do meu marido, deitou e caiu no sono mais profundo que já vi. E eu ali, acordada, por horas, pra ver se não entravam baratas por baixo da porta, ou mesmo alguém, para nos assaltar!! Eu rezava pra não roubarem nosso carro. Não fizemos amor, nem sexo, rsrs... mas, eu dormi abraçadinha ao marido, quase toda noite!
  Bem, muitas vezes temos filhos pequenos, que depois crescem e, adolescentes, estão sempre em casa. Assim, o motel (de categoria, é claro!) é uma opção deliciosa para um relaxamento a dois, uma conversa, um retorno ao romance, ou mesmo para colocar um tempero mais apimentado na relação, ou para um agradável café da manhã mais íntimo. E como diz uma amiga que tem 2 filhos bem pequenos: " pode ser uma boa alternativa, até para uma noite inteira de sono, sem criança acordando pedindo chupeta!!" Como eu disse no outro post, é um presente que o casal pode se dar.
   
 Sexo é bom, melhor ainda quando podemos fazê-lo com alguém que a gente gosta de fato, ou está disponível para gostar ainda mais, e confia .. e ainda mais satisfatório quando, no dia seguinte, podemos ainda nos abraçar, achando ótimo ter estado íntimamente com alguém, sem nos preocuparmos com números estatísticos, mas com um gostinho de : " vou querer mais..." ou "quero te conhecer ainda melhor, porque te quero na minha vida"!
  Concordam?

texto: Vera Alvarenga

Clic para compartilhar com...

Compartilhe, mas mantenha minha autoria, não modifique,não uso comercial

 
BlogBlogs.Com.Br
diHITT - Notícias