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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O lobo solitário...


Ele tinha a impulsividade e ousadia dos líderes e dos grandes de sua raça, filho que era de um lobo enorme e pesado, porém a natureza o fez pequeno como sua mãe. E como ela, era corajoso. Com seu tamanho, força e poder desta forma restritos, precisava conformar-se, muitas vezes, com limites a ele impostos desde pequeno. Cresceu assim nesta contradição, onde grandeza de impetuosidade e coragem estavam contidas numa pele que não conseguia esticar ao dobro do tamanho, o que lhe seria, por certo, mais conveniente.Talvez por isto, desenvolveu-se nele o desejo de poder nem sempre adequado à sua realidade.Superou os desafios possíveis e acostumou-se a afastar-se daquilo que não podia conseguir, após várias tentativas mal sucedidas.
  Em sua índole havia um quê de docilidade escondida em segredo, herdada ou adquirida não se sabe exatamente de quem,que aparecia algumas vezes, quando seguro na intimidade de sua caverna. Apesar disto, o espírito brincalhão e galhofeiro era a característica mais visível, além da total falta de tato para uma convivência diplomática mais bem sucedida, mesmo entre os que pretenderia liderar. Embora seu espírito livre e individualista combinasse mais com uma vida sem comprometimentos emocionais, encantou-se com uma fêmea de terras distantes e com ela, a partir daí formou sua matilha, na qual ela cuidava para que tivessem como base padrões um pouco diferentes daqueles que ele viveu na infância. Permitia que ela o fizesse porque o resultado parecia-lhe bom. Contudo, se orgulhava mesmo era de ser o provedor dos seus, oferecendo-lhes o conforto, alimento e segurança possíveis.
  Tudo corria normalmente bem, até que começou a ter de enfrentar sério problema - os seus instintos, por vezes incontroláveis. Sua fêmea, alegre, curiosa e dedicada, era também quieta, sensual e demonstrava certa insegurança que, ao mesmo tempo que lhe agradava bastante,  por outro lado, o lembrava da aparência dócil e frágil das ovelhas. Aí estava o problema! Assim, ele vivia com sua loba, tendo que lutar batalhas consigo mesmo, pois seus olhos a confundiam com ovelhas, seu instinto predador acostumado a atacar o que fosse vulnerável precisava ser contido e ele, não gostava disto. Atacar e vencer o fazia sentir-se poderoso ao mesmo tempo que o forçava reconhecer que seu instinto incontrolável lhe trazia problemas - sua fêmea, aquela que ele amava, tinha agora no olhar certa desconfiança e aprendera a atacar, o que a tornava menos singular, mais semelhante aquelas que ele conhecera em sua vida em outras alcatéias. Ele precisava ser seu próprio caçador, precisava controlar seu próprio instinto predador, ou se fecharia em si mesmo, na pele de lobo solitário...
Texto:  Vera Alvarenga
foto: retirada do imagens.com (no Google imagens) 

sábado, 9 de outubro de 2010

" Reflexos da alma ? "...

Li uma vez: " As pessoas à sua volta são "espelhos" que refletem seus pensamentos." (Masaharu Taniguchi.) .Ele comentava então que no mundo " a pessoa vê o reflexo de sua mente, pensando que aquela imagem é o mundo exterior,mas que ao seu redor só estão surgindo consequências de seus próprios pensamentos".

Acho maravilhoso este pensamento. Confesso que tenho dificuldade para aceitá-lo quando penso nas  crianças que nascem em um ambiente carente de amor e paz, no qual não tiveram nenhuma interferência(como as que nascem no meio de uma guerra, por ex. ou em situações em que pouco terão de opção para melhorar seu meio).
   Contudo reconheço que temos sim, capacidade para mudar o meio em que vivemos, ou pelo menos o efeito

que nos causa e podemos nos aproximar mais dos que são iguais a nós. Podemos, sempre que possível, numa escolha madura e consciente, manter ao nosso lado aqueles que atraímos por uma natural seleção; conviver com aqueles que pensam como nós, que tem amor para dar, que querem compreender o mundo como tentamos fazer...então é fundamental mantermos em nós a confiança de que merecemos ser amados e estar disponível para dar e receber amor, é algo de que não devemos desistir.
     Sou grata e serei sempre a todos aqueles que me ajudaram a não desistir de confiar em meus instintos, aos que me apoiaram, aos que me ensinaram e principalmente aos que, de alguma forma, me deram amor, porque  sinceramente  acredito que o ser humano precisa de amor e que é ele o que mais pode construir! Sou grata a Deus, por ter me dado apoios em meu caminho.
   Meu carinho especial aos familiares e aos amigos do coração que estarão sempre marcados em mim.

Texto e fotos : Vera Alvarenga

  

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