domingo, 6 de novembro de 2011

Tempo de delicadeza...

Há o tempo da paixão
e o da delicadeza...
Sob suas águas mornas e calmas,
ainda que aceitasse com ternura
os frios desígnios da natureza
com suas asas de candura,
sob a luz, escondida correnteza
corria nela ainda livre, emoção
que pelo corpo se entranharia
feito pulsante artéria principal,
levando o desejo de vida
e cor, ao que então não morreria.
Assim, como era natural
a quem conhecera o verbo amar,
finalmente permitiu-se sonhar
que num doce e envolvente abraço
ao amor se entregariam.
E o que pele, corpo e alma sabiam,
demorou-se ela a compreender :
- mesmo seu delicado sentimento
jamais se poderia opor
ao que é da natureza do amor,
ao soberano desejo de pertencer.

Foto e poema: Vera Alvarenga
Vídeo you tube









2 comentários:

  1. Vera, amiga com alma adocicada,

    Hummmm fiquei com vontade de receber um abraço do namorado... as vezes a troca de delicadeza diz tanto como muitas palavras.

    BEIJOS

    ResponderExcluir
  2. Ah, é verdade, dá mesmo esta vontade.
    Beijos Sissy e boa semana!

    ResponderExcluir

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