Incrível como algumas fases se repetem em nossa vida! No ano passado, em novembro estava refletindo sôbre a Justiça, e escrevi no blog sôbre isto.Para quem quiser refletir junto, aqui vai o link : http://mulhernaidademadura.blogspot.com/2009/11/acordei-com-justica-ao-meu-lado.html
Quero pedir aos meus amigos que me conhecem, que por 1 minuto façam uma oração por mim, pois nestas próximas semanas um processo estará sendo decidido e ameaça penhorar minha casa.
JUSTIÇA! Devo confessar que ao refletir sôbre este conceito antigamente, eu o idealizava como algo incorruptível, e dos poderes, achava que era o mais importante, pois a Justiça nos defenderia de tudo que não fosse ela e garantiria nossa segurança diante dos que são oportunistas e aproveitam de sua demora por resolver os processos, para tirar vantagem própria, distorcendo a verdade que ficou camuflada pelas teias do tempo. Ultimamente sinto medo, pois os que tem seu trabalho dedicado a servir à Justiça, também podem ser corrompidos em seu nobre trabalho de representá-la - temos visto isto na TV - advogados espertos se habituam a defender os que querem "tirar proveito" dos que não tem muito dinheiro para contratar o serviço daqueles que saberão lidar com o que há de mais baixo no ser humano... e alguns juizes decidem como se não tivessem tido o trabalho de ler o processo todo, não tem tempo de chamar as pessoas e ouví-las, olhando em seus olhos e confrontando suas respostas com suas próprias contradições e mentiras.
E, neste caso, um processo que chegou a ganhar a atenção devida em 2 instâncias, e tinha tudo para se resolver rapidamente( após 12 anos!), em última instância pode reverter a ponto de colocar quem estava cobrando uma dívida( nós), como o que deve pagá-la!! E tudo aconteceu porque nesta ocasião, nos desligamos do processo por estarmos enfrentando um período em que o artesanato e nossas viagens para vendê-lo foram afetadas pela doença do meu marido por um ano(reumatismo) e depois culminou numa cirurgia do coração ( 5 pontes), e pelo falecimento de minha mãe, após 2 anos de tratamento de um câncer e morando conosco. Neste período, não tivemos dinheiro para um excelente advogado, e nem muita disposição para pensarmos que era preciso mais do que os olhos da própria Justiça, sôbre o processo.Além diato, nunca nos habituamos a contar com o que não fosse nosso próprio trabalho para ganhar nossa vida com decência. Mesmo ganhando por 2 vezes, quisemos fazer acordos, pois só queríamos o que era nosso, e não, enriquecer ilìcitamente. Eles prometeram que fariam acordo na frente do juiz, mas depois sumiram!(neste dia eu fiquei fora da sala de audiência). Tínhamos testemunhas, se não me falha a memória, que nem precisaram falar porque eles disseram que fariam acordos.
Mas, isto não foi suficiente. Quem nos devia , foi conhecer nossa casa em Florianópolis, anos depois, e certamente encantou-se com a energia que havia nela e a localização privilegiada a 50 mts. da praia; conseguiram distorcer a verdade,com uma falsa alegação de má fé (!!) que parece ter sido a única coisa a receber o olhar de quem nesta ocasião, pegou nosso processo em mãos com o poder de dar a última palavra.
Após tudo isto, foi que finalmente entrei em depressão, minhas forças pareciam estar sendo sugadas pela terra e eu precisava do amor do filho, norinha e netinho que nos queriam junto deles. Foi quando viemos para o interior de São Paulo, provisoriamente, para tratamento de saúde e para dar e receber amor, ficando mais perto dos filhos. Nossa casa lá não poderia ser vendida, como precisamos para vivermos com dignidade e independência financeira, contudo, a mantemos lá como fonte de renda para nosso sustento, uma vez que a alugamos na temporada.E recebemos muito amor dos meninos( além do presente de convênios médicos).
Foi neste tempo que estas pessoas mesquinhas e mentirosas aproveitaram para "tirar vantagem", e pedir a penhora de nossa casa, para o pagamento da dívida que nunca tivemos,que é tudo o que temos após 40 anos de lutas e trabalho honesto, e tudo porque nem havíamos entendido que havia sido pedida a penhora! Não contestamos!! Não respondemos, a não ser, oferecendo terrenos em Paraty, que ela não aceitou. Tínhamos entendido que o juiz havia aceitado os terrenos!!
Não, ele decidiu pela penhora e só soubemos disto na audiência (parece de conciliação) desta semana, em São Paulo! Foi um murro no estômago!
Vocês não podem avaliar o que é ver uma pessoa ao seu lado numa audiência, querendo tomar o que foi seu lar e o que te garantiria dignidade e segurança na velhice, como se estivesse a falar de um pirulito, mas com olhos gananciosos e apoiando-se numa única mentira e...infelizmente, no julgamento da última instância(ocasião em que a justiça deveria estar realmente com a venda nos olhos!).
Houve porém um milagre, que mesmo que tudo saia errado para nós, eu preciso contar aqui no meu blog, que é pra mim como um diário, onde escrevo sôbre o que me emociona! Eu tinha sido aconselhada a não abrir a boca, para não dizer besteiras e não complicar as coisas, pois sabemos que em presença da Lei, tudo que dissermos pode ser usado contra nós! quando não entendemos de leis e somos espontâneos!! Assim, eu me sentia como se houvesse ali uma rainha pronta a me cortar e fazer rolar minha cabeça! E que a juiza seria apenas sua executora. Contudo, a mulher que antes nos devia e me ameaçava agora, pediu a palavra e falou seus absurdos! A juiza disse que teria todo o tempo para nos ouvir! Ela certamente não queria cometer uma injustiça. Para mim, este foi o milagre! E agradeço a Deus, porque eu criei coragem e, desobedecendo ordens, pedi para ser ouvida também. Fiz o relato dos fatos. Não foi fácil falar, pois eu tremia muito diante da ameaça injusta e sem fundamento que é apenas causada pela poeira dos quase 15 anos desta espera e por nossa ingenuidade. Nos surpreendemos com a penhora. Meu filho e marido falaram também. E a mulher se traiu a si mesma, entrando em desesperada contradição por 3 vezes.
Por meu marido querer cobrar uma dívida de 10 mil reais, estamos agora sendo ameaçados com uma cobrança de 270 mil!! Este é o risco que estou correndo por estes dias. A decisão vai ser tomada em menos de um mes. E tudo porque não ficamos com uma cópia de um pequenino documento que meu marido entregou ao advogado dela em confiança, porque não tínhamos advogado e meu marido é daqueles homens antigos que acreditam que negócios se fazem na palavra! Ele é um homem honesto.
Eu tenho rezado e peço que meus amigos rezem uma só vez, comigo, para que Deus ilumine a mente desta juíza e dê sossego ao coração da mulher que quer fazer tanto mal com uma mentira e nem se apercebe disto!
Que ela encontre uma outra forma de "tirar vantagem".
Texto Vera Alvarenga
Foto: Catedral da Sé - Vera Alvarenga
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
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Olá Vera!
ResponderExcluirQue situação delicada, minha querida! Infelizmente a justiça dos homens nem sempre faz a interpretação correta dos muitos casos que recebe. A verdade, por si só, deveria bastar, mas são tantas provas (muitas vezes forjadas com o intuito de ludibriar) que a verdade passa a ter outros significados e interesses.
Tenho fé na justiça de Deus. Essa tenho certeza que não falha nunca! E é nela que vou me apegar aqui em orações para que a paz reine em seu lar e esse medo saia de sua vida.
Pode contar com o meu carinho, apoio, amizade e orações. Não apenas hoje, mas sempre!
Grande beijo,
Jackie
Minha amiga Vera:
ResponderExcluirSua história é muito triste. Confesso que fiquei preocupado com você. O seu relato é um pouco truncado, talvez até pela emoção, pelo drama que você está enfrentando, por isso ficou difícil perceber a real situação que você está enfrentando.
Não seria correto emitir opiniões sem conhecer detalhes da discussão, por mais que eu queira ajudar, mas o processo é algo muito técnico, onde vale o que está provado, o que é fato.
Não acredito, apesar de saber que maus profissionais existem em qualquer profissão, que o Juiz que cuida do seu caso vá decidir fora da lei, sem o apoio da prova cuja produção é necessária em cada processo. O que você não podem fazer é achar que o problema se resolverá por si próprio. Não! Não façam isso! Acompanhem cada ato processual e não abram mão de um advogado. Repito: é muito difícil ajudar você à distância, mas se você precisar de um conselho, uma orientação, mande um e-mail para roberto.1949@hotmail.com.
Estou torcendo por você, de coração! Acredite na lei e na justiça!
Um grande abraço...
Vera,eu nunca acreditei naquela venda nos olhos da deusa e nem na libra em equilíbrio, mas vou ficar torcendo por você e atender seu pedido de oração.
ResponderExcluirSorte!
Manoel
Amiga somente posso dizer que tenhas fé! O que é nosso esta guardado. Nao se deixe entregar pelo desespero. Reze e mentalize que sua causa esta ganhada. Mentalize com força e veras..
ResponderExcluirDeus esteja convosco.
Difícil saber o que escrever nessa hora...
ResponderExcluirSabe-se que a lei dos homens sempre foi injusta. Mas, não perca a fé amiga. Torço para que você consiga a melhor solução para esse problema.
Que os anjos iluminem as pessoas que têm o "poder" de decisão e que seja favorável a você.
Meu carinhoso abraço,
Yolanda
Fiquei muito preocupada por vós. Minha amiga
ResponderExcluirque horrível situação. Obviamente que rezo.
Minha amiga desejo MUITO que consigam obter
a decisão a v/favor.
Realmente a vida está cheia de perigos...
Do fundo do meu coração estou convosco.
Beijinho/Irene
Amiga é uma situação, mas se Deus entrar na causa a vitória será certa, pois a justiça humana funciona através de interesses pessoais e capitalista nada mais, porém a de Deus, esta sim é imparcial e os justos sempre saem vencedores, e você saira com a bandeira da vitória.
ResponderExcluirAbraços forte
Vera, que situação! Eu vislumbrava poeticamente a Justiça até que no dia 27 de agosto de 2007 vi que ela é corruptível sim. Eu fui coagida para aceitar uma conciliação sobre a denuncia de violencia domestica. Eu saí dali com tanto nojo que cheguei em casa e joguei no lixo qq coisa referente a Deus. Eu só voltei a deixar Ele entrar na minha vida depois de uns 6 meses e tive que fazer tratamento espiritual para me curar.
ResponderExcluirEu poderia contar aqui tanta coisa, mas tanta coisa absurda que me aconteceu nas varas de familia, sendo a ultima vez o julgamento do fim da guarda alternada, que viraria um enciclopédia.
Não ter um bom advogado faz diferença sim, só que eu aprendi que quando se começa errado, para consertar precisa de muita vontade do profissional.
Beijos