segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Igrejas - em Gant - Bélgica

 Clic numa das imagens para vê-las em tamanho maior.
 Gostei muito da oportunidade de fotografar algumas igrejas nesta cidade.


































quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A música......

 
 Ela caminhava lentamente pelo longo corredor e se perguntava porque, ás vezes, era tão difícil deixar a luz entrar e ver as coisas como realmente estavam, sem que seus olhos se ferissem com a claridade e preferissem continuar à meia luz . O tempo havia passado tanto para ela quanto para tudo o mais naquela casa. E de novo, naquele dia, sentia que a vida fora escrita com movimentos, tons e compassos nem sempre harmoniosos, mas que ela procurou acompanhar.
  Sentia-se desanimada. Por mais uma vez sua segurança estar sendo abalada por movimentos concebidos no passado, inspirados por impulso num ritmo desordenado, muitas vezes, diferente do dela. A vida, entretanto, era assim. E ela dançava conforme a música! Contudo, por vezes, sentia-se exaurida de toda a sua força. Como agora. Era assim que se sentia. E andava por aquele corredor que parecia não levar a lugar nenhum. Andava. Simplesmente andava, movida pelo movimento destituído de razão esquecido de si mesmo, como pela inércia que instiga o ir para a frente até encontrar uma barreira.
  Nossa! como ela desejaria poder parar, com um objetivo em mente e um significado no coração a inspirar o próximo passo daquela dança da sua vida! Abrir os olhos realmente e abrir uma nova porta, sem medo de entrar, de olhar e de ser olhada, apesar do tempo que passou.
 ........... E ele estaria lá, sentado na cadeira preferida, com uma gatinha no colo, absorto, ouvindo música e lembrando do cheiro das parreiras. Talvez tomasse vinho. Haveria uma cadeira ao lado da dele, só para ela. Ela teria companhia para ouvir música. Se emocionariam juntos. Talvez...
   Ela tinha vindo pelo corredor a ouvir música. A música a emocionava. Curava-a de muitas coisas. Fazia seu espírito flutuar para um lugar distante daquela incerteza, daquela falta de tranquilidade, daquela ausência de paz e da alegre mansidão que acompanha os que, verdadeiramente, não estão sozinhos quando lhes chega o período do início da velhice.
  Então ela se aproximou dele. Deixou-se envolver pela música que ele ouvia. Tocou delicadamente seu ombro. Seria bem vinda?
  Ele surpreendeu-se mas a recebeu como se a estivesse esperando. Pegou sua mão e a puxou para perto de si. Ela sentiu uma sensação boa tomar conta do corpo todo. Acarinhou o rosto dele, tirou-lhe os óculos e delicadamente beijou-lhe a testa, depois as faces. Ele procurou seus lábios. Beijaram-se num beijo que só não foi mais longo, porque ela não pode conter o riso. Na verdade, foi um sorriso.
  Então, riram juntos. Eles desejavam poder sorrir! Ah! Finalmente ela podia descansar nele. E ele, receber o carinho dela. Eles, embora de nada tivessem esquecido, estavam imaculados, como uma pauta em branco. Este beijo e a música a curavam de tudo, até do tempo e da idade. Ele, poderia aceitar a idéia de curar-se de antigas dores. Ela podia ser feliz, sem receio de que sua felicidade por pequenas coisas fossem incomodá-lo. Havia só aquela nova canção, agora! Para os dois.
  Pediu desculpas por não ter conseguido conter o sorriso. Ele já sabia porém, que ela ria com este jeito bobo, quando adorava o beijo. Ela era assim. Ria quando o beijo era bom demais. E este era, sem dúvida!
   Aqueles livros na estante, o pássaro dourado na janela, a gatinha e tudo o mais testemunhavam um encontro tardio, mas de um verdadeiro e prazeroso amor a ser vivido a partir daquele instante. Não importavam as razões, as motivações, apenas a certeza de que estavam decididos a viver, da vida, os momentos que lhes restavam, numa dança harmoniosa, de quem sabe acompanhar, com passos firmes, o ritmo da música que escolheram ouvir.

foto/texto; vera alvarenga  

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Gante - Bélgica- uma ótima opção!

E o tempo passou tão depressa que já era hora de sairmos de Paris em direção à Gare du Nord. Lá, tomamos o trem rápido para a Bélgica. Desembarcamos em Bruxelas e pouco tempo depois, tomamos outro trem, desta vez o comum que liga as cidades da Bélgica. Fomos para Gante.

   Num instante, de taxi, chegamos ao aptº que aluguei e íamos ficar por uns poucos dias.
  O taxista nos contou que o dia seguinte era especial - festa na cidade por causa do futebol!

  Depois de arrumarmos as coisas no aptº fomos comprar por perto, o básico para o lanche e café da manhã do dia seguinte. Saímos à procura de supermercado. Depois das compras, voltamos para o aptº. Eu precisava lavar e secar algumas roupas( o que foi impossível em Paris). Após o lanche/jantar, revi roteiros e aproveitamos para descansar.
  No dia seguinte, andando à pé, tive certeza de haver feito uma excelente escolha. Não apenas porque o aptº era lindo, agradável e próximo a tudo que precisávamos, mas também porque a cidade, embora pequena, é muito bonita.
  Também há janelas com flores, mas este não é o forte de lá. Há uma praça onde parece que todos se reúnem nas festas, para tomar uma cerveja ou chocolate quente.
   Aliás, encontrei uma loja com chocolates deliciosos, que provei...mas o tal chocolate quente( bebida) que eu li que é fantástico, infelizmente não pude experimentar. Perdi o endereço recomendado e onde fui, serviram-me um chocolate bem comum...rs...




 Apesar de não haver experimentado a tal bebida quente (o chocolate), e de não ter tomado a cerveja que gostaria na tarde da festa, porque meu marido achou que aquela festa poderia acabar em bagunça como acontece aqui no Brasil e quis ir logo de volta ao aptº, gostei demais desta cidade!
O povo estava animado, as famílias reunidas no centro.. muitos jovens e alegria!

Muita gente tomando cerveja e comemorando!

Havia muitas crianças também e senti que o "clima" era bem diferente do que vemos aqui, em se tratando de comemorações onde entram torcidas de futebol. Tudo muito civilizado!
   Ou muito me engano, ou aquela gente toda estava apenas feliz e podíamos ter aproveitado para sentarmos numa mesinha da calçada, perto da praça e observar toda aquela alegria.

 

   Contudo, não insisti porque, afinal, estávamos ali. Isto já era uma vitória! Eu tinha de lembrar que meu marido nem queria vir para esta viagem!
  E, no dia seguinte, iríamos fazer um passeio que eu suspeitava, seria maravilhoso! Era o dia de visitar Bruges.
 






Olha só, que comemoração simpática !

   Andamos, portanto, à pé e sem pressa por Gante, neste dia da festa... fomos a mais um supermercado, estávamos cansados. Vimos o inicio da comemoração e , antes de escurecer, concordei em irmos para o aptº.
  Confesso que achei uma pena não descansarmos sentados numa mesinha da praça, observando as pessoas e conversando. Afinal, eu ainda não tinha tomado uma cervejinha na praça como queria, mas deixei para um outro dia. Para compensar, fiz uma deliciosa massa com um molho pronto muito saboroso e a servi com vinho! Meu marido preferiu o lanchinho dele( é um homem que dificilmente sai de sua rotina).

Rotina é algo que nos dá a sensação de segurança que todos necessitamos.
Contudo, recomendo a quem for viajar, que tente sair dela e se disponibilize para as "novidades".

É claro que, sem grandes exageros, aproveitamos muito melhor uma viagem quando estivermos dispostos a conhecer o diferente, a experimentar o que não é apenas um hábito. E, temos de reconhecer que, só irmos viajar já é um primeiro passo para sairmos da rotina do dia a dia! Portanto, quem tá na chuva é pra se molhar!

E, sempre nos cansamos muito, andando à pé pelas cidades que não conhecemos...então, nada melhor do que sentarmos mais vezes, fazendo um "delicioso intervalo", sempre que possível.
  Estes pequenos intervalos que fazemos por e com prazer, certamente enriquecerão as lembranças e as "boas sensações " de nossas viagens, sejam elas de lazer ou à trabalho!

Com certeza eu, se ainda fizer alguma outra viagem nesta minha vida, sentarei mais vezes em cafés, chocolaterias ou até nos bancos de praças, para observar as pessoas, descansar, saborear alguma gostosura e a própria viagem, pois é destes pequenos momentos que são feitas as alegrias e melhores recordações de nossas vidas.
   As "boas emoções e sentimentos" que nos acompanham quando procuramos aproveitar um bom momento em nossa vida, curtindo-o sem "stress", sempre que possível, não tem preço!
  E recarregam nossas baterias, nos fortalecem para os momentos difíceis onde o stress não poderá ser mantido à distância....






sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Quando não sentirei mais este amor me tocar?

Você!
Você nunca sente saudades?
Nunca sentiu saudades de algo que vislumbrou, e era tudo o que jamais antes pensou que lhe faria tanta falta?
Nunca olhou naquele lago e de repente viu refletido nele tantas coisas que agora, pareciam  sem sentido, diante do que estava a um passo de o tocar?
 Aquilo que você jamais pensou precisar, pois que tudo você acreditava ter e amar, e nada mais queria de sua vida, porque você era uma pessoa doce e simples e pouco era o que precisava para viver...aquilo que você experimentou sentir tão intensamente, mesmo sem compreender como antes estivera escondido. Aquela ausência do que podia ser, nunca o assombrou?
 Não sei que coisa em mim me faz pensar assim! Que tudo o que parece intocável, na verdade está a um palmo de nosso alcance uma vez que tenhamos consciência de onde está. Bastaria estender os braços e o tocar...tomar para si ao mesmo tempo em que todo milagre estaria, finalmente em se dar, inteira e simplesmente, ao verdadeiro amor maior, pelo qual, todos nós ansiamos....
   Ah! que pena...mas não é tão simples assim....

foto/texto:vera alvarenga

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