quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ponderações de uma tartaruga...


 -Nunca mais venho aqui!
- Pronto, lá vem a mais emocional de nós...
- Por que não poderemos mais vir?
- Porque não consigo apenas vir, e sair como se tudo estivesse bem, sem nada deixar, mesmo nada tendo encontrado...
- E o que você queria deixar?
- Um abraço, carinho...
- E o que queria encontrar?
- O mesmo!
- E nada encontra?
- Nada...nem a presença... bem, às vezes sim, às vezes não...Bem podia ser só o abraço, então...
- Mas tens uma presença, aquela que sempre esteve lá ( quando queria estar - não ouso te dizer que não quero botar lenha na fogueira!)
- Eu sei. Agora sempre está lá. Nunca a desprezo a despeito de tarde ter percebido o quanto esteve ausente.
- E afinal, o que tu terias para dar, se mais vezes tivesse o que encontrar?
- Bem queria que pudesse ser tudo... tudo do melhor que eu pudesse...e o mesmo receber!
- Ah! Vejo que há sinceridade nesta tua conversa hoje!
- Mas observei que pontes são construídas com certa lentidão, pois há nelas um grande espaço que fica pendurado no ar, sem mesmo ter onde se apoiar, não é mesmo? A própria ponte, imagino eu, acima de tudo, precisa confiar e ter motivação. Ou simplesmente decide não chegar ao outro lado.
- Então se sabes disto, aprende a nada esperar e apenas vem a cada vez que tiveres vontade...ou saudade..Paciência...afinal, pensa bem! você que quer esconder de si mesma os sentimentos e os coloca em historietas, imagina então! Imagina que para alguns de nós, atravessar uma ponte é o mesmo que para... para... olha só aquele bichinho ali! Tá vendo?
- Sim. Uma lesma carregando um caracol em suas costas... e daí?
- E aquele outro ao lado dela?
- Taturana pendurada em vésperas de sua transformação.... e daí?
- Pois é. Alguns de nós estamos assim, numa situação ou noutra... ou ainda em tantas mais. Você mesma está dentro de seu casco e não quer mais sair!

- Não quero mais sair, verdade...Mas parte de mim envelhece, o tempo passa, parte de mim permanece e sofro de uma irremediável saudades, ao passo que fico feliz quando...
- Eu sei.
- A espera foi longa. Já não tenho mais tanto tempo quanto os elefantes.Afinal, na verdade tenho pouco do tanto que ousei desejar ter...A ousadia nos faz descobrir um mundo que por vezes permanece intocável, apenas paralelo.  Eu era antes tão mais paciente e cordata, não é mesmo?
- Apenas lembra que nossa vida não é feita somente dos teus momentos de diáfana felicidade, mas de todos os teus movimentos, mesmo que lentos, e acima de tudo, de tua insistência em crer na própria vida e no que há de bom nela, então...
- Tá. Voltamos amanhã. Quem sabe sairemos daqui com um sorriso na cara! e aquela tola alegria no coração. Vamos então, ouvir música e cuidar do que é nosso.
- Você não se emenda... é tanto terra quanto ar... e ainda me queima neste teu fogo que tua água não consegue totalmente apagar.
- Agora é você, velha rabugenta?! Pára de reclamar e vem... rs...

( como dizer tudo que se sente sem se reportar às fábulas? Como chutar o pau da barraca, se é ela que protege da chuva? e se minha natureza amorosa me faz amar cada palmo deste chão em que construí minha história? Terá sido a paciência e a confiança no outro uma benção ou uma prisão? minha convicção de que minha natureza sensível e amorosa permaneceria a mesma em qualquer tempo e lugar, e de que seria ela a motivação de minha vida, é ao mesmo tempo minha esperança e o que me aprisiona. E minha prisão será agora este desejo que pela primeira vez não pude realizar, porque os anos de uma tartaruga fazem-na ver mais nitidamente algumas coisas? Ou isto será apenas o que me tira da rede em que antes me balançava confortavelmente?! Ah! Por vezes o grito quase sai! Temo que para sempre estarei assim, deste modo, a conviver com meu inconformado desassossego! em busca do amor eterno que ousávamos crer que conhecíamos, sonho que muitos ousamos ter, como naquela música....como, após pensar em tudo que se sente, seria possível viver se não pudéssemos deixar nossa alma voar por alguns segundos, tocar de leve o amor novamente, para então voltar ao solo com a alma mais mansa, a fim de poder ainda dar deste amor?
Como enfrentar com coragem e força aqueles que não compreendem a natureza de uma tartaruga e a história que marcou o que vai em seu coração?) .

Foto e Texto: Vera Alvarenga

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O nó da gravata e o lamento...

Não, não quero falar sobre como uma gravata bem escolhida pode contribuir para a elegância de um homem, mesmo porque, a elegância também está nos gestos
e num conjunto de coisas...
 Nem entrar em considerações de que ela seja considerada um símbolo fálico, ou dizer do prazer que um homem deve sentir ao poder relaxar e desapertar o nó da gravata para em seguida tirá-la...
   Por falar em "nó da gravata", é este exatamente o nome do livro de crônicas de Gióia Júnior que eu peguei emprestado outro dia. E, dele quero falar. Folheando-o resolvi começar a ler uma página que me chamou a atenção logo de cara, pelos inúmeros "ais" com os quais ele começava cada frase desta página. O título da crônica não podia ser outro : - lamento.
  E então ia o autor se lamentando, contudo devo dizer que o fazia com bom humor. E eu ia acompanhando-o em seus lamentos. Em alguns sorria, em outros como os que ele se lamentava por não estar no aparthotel Meliá à hora do café da manhã ou lembrava o azul do mar da Grécia, eu pensava...- pudera! até eu! e substituía alguns pelos meus momentos especiais. Não que eu costumasse me lamentar, mas até que neste tipo de nostalgia bem humorada eu podia embarcar...sorrindo.
  E ele falava da poesia de Neruda, dos canários perto de sua máquina de escrever, dos meninos de Viena cantando a Flauta Mágica de Mozart, e até de Paris. Ah! esta frase, quase a coloco aqui, porque confesso, o invejei quando ele fala de acordar numa cama macia em Paris, ao lado da pessoa amada sabendo que se teria ainda muito tempo para se "curtir", um dia, uma semana, um mes, uma vida! Ah!...ou seria melhor eu dizer também...- Ai !
   Eu seguia com ele, mas imaginava o que ele dizia sem na verdade conhecer de fato a experiência. Contudo no final, o último parágrafo quando ele começava assim: " Por que me machucais lembranças minhas?" Ai! E neste momento me vem uma das raras e fortes saudades que recentemente tenho...do que parecia tão perto e, como ele diz em parágrafo anterior -"distante agora, ausência sem remédio".  No último parágrafo ele de fato colocou aí exatamente o que já experimentei e já escrevi sobre, com alguma diferença pouca nas palavras. O sentido, porém, o sentido não apenas das palavras mas o que foi sentido por mim e por ele foi, acredito, algo muito semelhante! Semelhante demais! Sei o que é. Adorei a crônica! Sorri do bom humor dele, algo que tenho de aprender em relação a esta nostalgia.
   É neste ponto, na alegria, na dor ou em especiais sentimentos que nós, seres humanos, apesar de muito diferentes e de termos cada um uma única digital, um único conjunto de experiências, é aí nestes sentimentos que, apesar de tudo e de toda a diferença, quase nos igualamos... agora, como cada um de nós reage, bem, isto vai depender das nossas digitais...

Foto retirada do Google imagens
Texto: Vera Alvarenga
Inspirado na crônica " Lamento" do livro " O nó da gravata" de Gióia Junior

..."Por que me machucais lembranças minhas? E no entanto eu não saberia viver e nem a vida teria motivação um minuto sequer, sem a vossa presença." !!!!!!
 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

..e por falar em cheiros e músicas de nossa infância...

...e por falar em cheiros e na música que penetrou em nossa alma quando ainda crianças...

Fui buscar naquela caixa fechada desde a última mudança, algumas fitas K7. Coisa antiga estas fitas, mas eu queria lembrar...
Foi há muitos anos atrás quando fui trabalhar em casa de uma amiga de minha mãe e minha, a fim de organizar sua biblioteca. Eu estava atravessando uma baita crise pessoal e financeira, e fui chamada por ela para prestar-lhe este serviço. E adorei, por todos os motivos, inclusive porque, além de tocar em livros, encontrei lá uma coleção de fitas com as orquestras famosas e os clássicos. Eu devo ter ficado encantada e ela, pessoa sensível e delicada, ao notar me emprestou algumas.
Foi então que eu, levando-as para casa, em meio ao um turbilhão de problemas, fui ouvir os clássicos.
  E, ao ouvir, aproveitei para gravar as que mais gostei. E assim, fiz uma seleção, porque nem todas me agradavam, mas algumas me emocionavam.
Naquela ocasião, as que escolhi foram as que relaciono abaixo. A partir de hoje vou ouvi-las de novo. Será que gostarei das mesmas? E agora com os vídeos do youtube, se tiver tempo, vou ouvi-las, aos poucos, numa nova versão. Um dia vou aprender a baixar as músicas e gravá-las em um CD, o que combina mais com o nosso tempo agora que temos tanta tecnologia e inovações como a internet, a nos possibilitar um encontro com coisas do mundo que tínhamos sede de conhecer, mas que sem a internet, não nos seria possível! Que bom.
   Pena que eu tenha tanta sede e tão pouco tempo de vida...kkk... para conhecer tanto quanto gostaria... deveríamos poder ganhar mais 25 anos junto com a aposentadoria, só para curtirmos o bom das coisas e do mundo, em boa companhia, não é mesmo? (falo em companhia porque, sou do tipo de pessoa que me emociono um pouco mais quando posso compartilhar, ou pelo menos comentar...acho que só assim tudo faz mais sentido). Talvez por isto, vendo todo o potencial de beleza no mundo que ia criar, Deus tenha decidido criar também o ser humano, que evoluindo iria compartilhar também com Ele, o que é belo!
- Debussy : Prelúdio à sesta de um fauno
- Camille Saint Saens : O carnaval dos animais - o Cisne
- Ottorino Respighi : Fontes de Roma
- Lizt: Jogos de água
-Maurice Ravel: Jogos de água
- Tchaikovsky: Suite Quebra nozes e Valsa das Flores
- Jacques Offenbach: Os contos de Hoffman
-Bedrich Swetana: O moldava
- Gustav Holst : Os planetas (Marte)
- Dvorák: Sinfonia nº 9 - Do novo mundo e 4º movimento
- Johan Pachelbel - Canon
-Ludwig Beethoven - Sinfonia nº 5( 1ª, 3ª e 4ª parte), Egmont, e 9ª sinfonia
-De Falla: Dança Ritual do fogo
- Edvard Grieg : Peer Gynt - Suite nº 1 - Manhã
- Lizt : Sonho de Amor
- Pietro Mascagni Cavalleria Rusticana
- R. Strauss: Assim falou Zarathustra,
- Johann Strauss Jr.: Valsa do Imperador, Danúbio Azul( porque minha mãe amava esta música)
   contos dos bosques de Viena( meu pai gostava desta música), Marcha Egípcia, Folhas da manhã, Sangue vienense.

E Mozart???? Preciso ouvir, recordar e escolher as minhas preferidas. Além do romântico Chopin,claro!
Sem falar no TESTAMENTO de Beethoven, traduzido por Érico Veríssimo e narração de Paulo Autran. É maravilhoso e triste.

Foto: retirada do Facebook - texto: Vera Alvarenga




 

domingo, 20 de outubro de 2013

Penso que te conheço...

   
  Penso que te conheço, começava assim aquela carta, mas me engano.
    E ficou olhando para fora, olhar distante, procurando em algum lugar, ao longe, encontrar finalmente o que ela procurava, em pensamento. Mas ele parecia não estar mais em lugar algum, a não ser, apenas em seu coração e na lembrança. Ela sabia que era assim que devia ser, uma lembrança de um sonho que ninguém arriscara ver se daria certo. Ninguém?
    Ela sabia, que já nada mais sabia dele.
   O ímpeto, o impulso, se acomodavam agora, nas malhas da realidade, e permaneciam quietos como os leões velhos, feridos e cansados depois da luta pela sobrevivência, e que se acomodam sob a sombra porque precisam dormir. Talvez para sempre...talvez até amanhã....
    Quem és, que somente me prometias dar-te a conhecer e não o fizeste, de fato?  ainda preciso adivinhar-te? Quem és, que te escondes, que silencias, e, de repente, vem me beijar?
    Qual o tempo de tua vida? Sonhas comigo? Desejarias me abraçar, me tomar em teus braços, me conhecer, me tocar e com tuas mãos acordar de novo cada parte do meu corpo, já quase todo adormecido? Tudo porque o desejo era maior do que o sonho e cansara de idealizações! Alguma vez, como eu, acreditaste que tudo era possível, e que serias para mim, o suficiente, o desejo finalmente realizado, para depois, logo depois, duvidares de ti e sentires que este teu sonho não era mais do que simples pretensão?
   Tinhas o mesmo desejo que eu, de novamente pertencer? O mesmo sonho de paz? A mesma canseira e indisposição quanto às coisas que permanecem sempre as mesmas, e se repetem como viciadas, como se não quisessem melhorar, porque não há mais tempo ou porque não querem se dar ao trabalho?
   Alguma vez durante este tempo, durante o tempo nosso, pelo menos uma vez fizeste como eu, quase deixaste tudo que era conhecido, unicamente pelo desejo de conhecer a possibilidade de realizar este teu sonho? Alguma vez te faltou coragem e, mesmo sentindo que parecias perdido, foi a fé em mim e naquele sentimento que te impulsionou a fazer o que, de outro modo não farias? Alguma única vez a saudade parecia doer no peito, e tanto, e de um modo tão incompreensível porque não tinha cheiro, nem cor, nem som, que a única saída era engrossar tua pele e negar os teus sentidos, para esquecer o quanto ainda és sensível?
   Por algum tempo eu permaneci contigo, em teu pensamento, e tantas vezes quantas imaginavas que poderíamos estar rindo e compartilhando algo, que nos faria transcender qualquer das limitações que afastam aqueles que vivem de aparências? Quantas vezes tu imaginaste que poderíamos estar saciados, mesmo no silêncio, de todas as juras, promessas e palavras? Ou que todo dinheiro ou coisas juntadas só teriam significado por estarmos juntos? e que aquele vinho tomado numa noite em Paris ou em qualquer outro lugar teria o sabor do que é conquistado? Alguma vez, ao imaginar estar comigo, sentias que o tempo não passaria para nós e tudo valeria a pena? Por quanto tempo desejastes  partilhar comigo o melhor de ti, e me ver sorrir, e me abraçar se eu sentisse vontade de chorar? E acabar com a nossa solidão, sem culpa?Quando pensaste que eu era insubstituível, desejaste pelo menos tentar descobrir se este sentimento era recíproco e se poderia vir a ser uma vivência real de amor?
   Acho que nada sei de ti, pois teu coração estava fechado para mim. Pois se assim não fora, terias, como eu, atravessado aquela ponte! Eu fui, até um pouco mais da metade do caminho, rompi barreiras e laços, mas voltei, porque tu não estavas lá, porque aquela ponte ainda estava lá, e eu... já não sei mais viver sozinha.

   Quando ela terminou de escrever a carta, olhou novamente pela janela. Já estava escuro. Respirou fundo. Apagou o endereço do email e devagar, apagou tudo o mais que ele continha. E jamais enviou.
    Este era um daqueles dias em que a saudade daquele sonho apertava o coração. E ela ficava assim, quase com raiva, quase muito triste... Mas era um bom sonho, e ela preferia pensar em como ele lhe trazia sorrisos e a inspirava até mesmo para sentir a alegria de estar viva. Levantou-se e foi buscar uma taça de vinho....

Foto retirada do Google
Texto: Vera Alvarenga


   

sábado, 19 de outubro de 2013

Doando livros...e enfrentando a tentação...

 Hoje, antes do almoço estávamos dando umas voltas de carro nas ruazinhas do bairro à procura de um serralheiro e eu estava entediada. Queria voltar logo pra casa, para curtir meu escritório. Então, eis que vejo uma Biblioteca Volante do SESC, estacionada em frente a Casa de Cultura Cora Coralina.
- Olha só! Pára, pára! Vamos ver!
- Vamos doar uns livros aí?
- Claro, vamos. E fomos. E levamos 3 livros que andam agora em nosso carro para doarmos sempre que houver chance. Meu marido perguntou como faríamos para doar, e a resposta me trouxe um problema. Era coisa simples, disse o funcionário gentil, só deixar os três livros ali sobre a mesa redonda logo na entrada, para que as pessoas pudessem levar para casa o que lhes interessasse.Aproximei-me, como mosca sobre um pingo de mel...
  Eu estava com os livros. Difícil demais para mim, apenas deixar os três livros ali.
- Não acredito, olha só, um livro de José Mauro de Vasconcelos! Esse não li! E olha aqui que interessante este de Reinaldo Pimenta - a Casa de mãe Joana.
- Vera. Viemos aqui para doar! Falou meu marido, sério.
Ele tinha razão. Comecei a me afastar da mesa como criança que a mãe ensina a dizer -não, obrigada - quando lhe oferecem uma bandeja de doces na casa de alguém que ainda é estranho. Ao meu lado, um pouco mais à frente, sentou-se no chão, indiferente, uma gata preta. E o funcionário às minhas costas, chamava-a para comer, enquanto ela, indiferente parecia alheia, cega e surda.
Eu a chamei. Ela me olhou com lindos olhos verdes e mostrei a ela, apontando, o seu provável dono que já balançava a vasilha com a ração da bichana. Falei com ela incentivando-a a olhar pra ele - que oferecia algo tentador. Sou boazinha, sempre incentivo outros a aproveitar o que a vida lhes oferece. Ela parece que acordou então, e não resistindo à tentação, foi correndo em direção a ele.
Eu pensei - meu marido diz isto porque não gosta de ler e ao mesmo tempo ouvi o funcionário que dizia:
- Pode pegar! E eu e a gata pegamos.
Ah! como ela, também não resisti à tentação. Corri para a mesa. O marido já saía pela porta mas eu ainda tive tempo de pegar também um de Crônicas! Tentação demais! Tudo acabou sendo apenas como uma troca. Elas por elas....rs...

Claro, passamos por lá na próxima semana e levamos mais 3, assim meu marido ficará contente, afinal estará "realmente" doando. Eu já fiquei contente no ato. E isto me fez pensar que talvez a troca, de um modo ou outro seja mais a minha praia, porque acredito que a gente sempre acaba dando e recebendo, como é na vida, nos gestos, no sexo, independente da intenção, não costumo crer que a gente apenas dê alguma coisa, e saia de mãos vazias. De um jeito ou outro, trocamos fluídos, energia, presentes ou saímos pelo menos com algum aprendizado a cada vez que "doamos" algo de nós.
- Tá bem, tá bom, pode ser até que devolva um deles, depois de ler. ( esta sou eu, respondendo ao meu grilo falante)....rs....
Foto retirada do Google
Texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Levo-te comigo...


A mesma história pode sempre ter mais de uma versão... eu prefiro esta:
- Amor, não posso levar-te....
- Que pena.
- Mas você sabe que te levarei em meu coração.
- Sim, eu sei.
.....................................................
- Ora, amiga, e como sabes que é verdade? O que ele fez neste momento para convencer-te que te leva no coração?
- Nada. Não foi neste momento que me convenceu!

O sentimento quando é sincero é como um cavaleiro nobre, que se fortalece com sua armadura à prova do tempo, e é coerente com o gesto. E não é preciso ficar pedindo, e pedindo.... ou tentando explicar...

Foto e texto: Vera Alvarenga

Leva-me contigo..

Por vezes vivemos esta versão da história...
- Então, vou me arrumar.
- Não , não posso levar-te desta vez.
- Outra vez? ( "Leva-me contigo para onde fores"... pensou ela, quase pedindo).
- Há lugares que você não pode ir. Você não iria gostar. Compreende, não é?
...........................................
- Então, leva-me em teu coração. ( "Só se me levares contigo em teu coração sentirás que tens liberdade pois meu amor não te aprisionará em momento algum. E só se me levares contigo em teu coração posso tocar-te em alguns momentos, e me sentirei livre ainda que fazendo parte de tua vida. E de algum modo o amor não morrerá. Porque amor é livre opção, mas precisa de contato e cabe em qualquer lugar"....
 -pensou ela, sem dizer porque não adiantava explicar).

foto e texto: Vera Alvarenga

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