quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Levo-te comigo...


A mesma história pode sempre ter mais de uma versão... eu prefiro esta:
- Amor, não posso levar-te....
- Que pena.
- Mas você sabe que te levarei em meu coração.
- Sim, eu sei.
.....................................................
- Ora, amiga, e como sabes que é verdade? O que ele fez neste momento para convencer-te que te leva no coração?
- Nada. Não foi neste momento que me convenceu!

O sentimento quando é sincero é como um cavaleiro nobre, que se fortalece com sua armadura à prova do tempo, e é coerente com o gesto. E não é preciso ficar pedindo, e pedindo.... ou tentando explicar...

Foto e texto: Vera Alvarenga

Leva-me contigo..

Por vezes vivemos esta versão da história...
- Então, vou me arrumar.
- Não , não posso levar-te desta vez.
- Outra vez? ( "Leva-me contigo para onde fores"... pensou ela, quase pedindo).
- Há lugares que você não pode ir. Você não iria gostar. Compreende, não é?
...........................................
- Então, leva-me em teu coração. ( "Só se me levares contigo em teu coração sentirás que tens liberdade pois meu amor não te aprisionará em momento algum. E só se me levares contigo em teu coração posso tocar-te em alguns momentos, e me sentirei livre ainda que fazendo parte de tua vida. E de algum modo o amor não morrerá. Porque amor é livre opção, mas precisa de contato e cabe em qualquer lugar"....
 -pensou ela, sem dizer porque não adiantava explicar).

foto e texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos professores, meu carinho.

 Minha irmã falou no Face, sobre a responsabilidade do professor por "despertar e lapidar o talento latente em cada aluno" e junto com os pais, moldar "o ser humano para que ele contribua para uma sociedade melhor". Falou de sua gratidão a eles e do desejo de que continuem a "fazer a diferença a todos que estiverem sob o seu cuidado".
E ela tem razão...é uma nobre missão quando levada com responsabilidade e comprometimento e, neste caso, o sentimento mais apropriado que podemos lhes dedicar é a gratidão.
  Lembrei-me então, imediatamente, dos que fizeram a "diferença" por motivos diferentes. Desde minha professorinha do 3º ano, Maria Lúcia, que tinha o único cabelo crespo que eu achava bonito - ela usava um rabo de cavalo cheio de cachos...rs. Depois dona Zeca, a prof. do 4º ano e admissão ao ginásio. Entrei na sala dela porque não queria ficar na sala da irmã "Ediviges" e esta então me levou até a D. Zeca, me contando pelo caminho que ela costumava jogar borracha e régua nos alunos...Fiquei com medo, mas fui assim mesmo. E esta D. Zeca, hehehe, um dia, quando eu estava no hospital depois de ter meu 1º filho, foi me visitar. Sinal de que nos demos muito bem, o que não ocorreria por certo, com a irmã, aquela outra.      Lembro-me também da irmã Maria Aparecida que me fez detestar o Frances, embora eu gostasse do som deste idioma, mas que me pareceu dificílimo de aprender com as aulas dela.
  Depois, no Ginásio noturno, prof. Zacarias, uma figura! Meio surdo e portanto um pouco desconfiado dos alunos porque sabia que faziam caçoada dele pelas costas. Eu achava isto de extremo mau gosto. Uma vez passou para a classe, 100 exercícios de álgebra. E era muito exigente. Eu tirei 10 !! Nunca fiz questão de seguir a maioria, mas de aprender o que eu decidia que queria saber. E ser boa aluna, pra mim, era melhor escolha do que ser baderneira...isto me dava mais prazer. Neste mesmo ano, o prof. de desenho que, no momento não me lembro o nome, suspendeu uma aula pedindo-me para cantar e tocar violão. Ajudou-me a vencer um pouco meu jeito mais tímido. E profª Ilka Brunilde, prof. de Portugues, que me incentivou a escrever, elogiando minhas redações. A partir daí, minhas redações fluíam facilmente...rs...
  Mais tarde, no colegial, o prof. Cácio Machado, que apesar de ser prof. de contabilidade nos aplicou um teste psicológico, mas a mim disse que o resultado do meu o deixou um pouco confuso, ou que eu estava entre uma coisa e outra...kkk...não me lembro com detalhes. Contudo, ficamos amigos. O prof. Aldo que era de Geografia, um homem que me comovia de alguma forma, que as meninas achavam feio fisicamente e que eu fazia questão de tratar bem. Ele me fez aguentar as aulas de Geografia que antes eram terríveis porque eu não conseguia decorar nomes,  e até gostar delas, pois "decorar" não era uma exigência dele. E a prof. de latim e portugues que me disse uma vez ter planos de me encontrar na Academia Brasileira de Letras, para incentivar-me a fazer Letras e seguir como escritora.
   Infelizmente não segui o conselho dela, porque no Cursinho ( CIOP) desviei do caminho que parecia natural pra mim. Me lembro do prof. de Física Décio, um cara divertidíssimo que me fez compreender para sempre a idéia de "Inércia". O prof. Arnoni, de Literatura por quem eu e minha amiga tínhamos uma "queda". E o prof. Bandeira de Mello, prof. de História, que me fez gostar desta matéria e dava uma aula tão legal que eu decidi colocá-la como 2ª opção para o vestibular da USP. Não porque gostasse da matéria, mas porque eu admirava o fato de haver um modo de ensinar história sem forçar os alunos a decorar ( já contei que tinha dificuldades para isto), e sim, fazendo-os compreender as implicações dos fatos.
Bem, minha primeira opção era Psicologia, claro, porque eu queria compreender emoções, motivações, etc., mas entrei mesmo em História e, logo após 1 ano e meio vi que meu negócio não era mesmo esta matéria, muito menos a política, o poder e seus líderes e o que ocorria com o povo, ou com as minorias - algo que sempre tive dificuldade de compreender como se repete, se repete, algumas vezes com rituais violentos, ou com requintes sádicos, desumanos, que não se justificam. Bem, foi meio triste lembrar disto agora, mas foi legal lembrar destes professores em particular.
  Com minha memória, me surpreendi que eles vieram tão prontamente à lembrança. A eles, e àqueles que permitiram aos meus filhos o direito de fazer perguntas em aula, ou mesmo de duvidarem que somente uma resposta haveria para toda e qualquer pergunta, minha eterna gratidão.
  E digo isto porque há alguns poucos professores que meus filhos e alguns de meus sobrinhos tiveram de encarar na Faculdade que, em não sabendo como direcionar sua curiosidade, ou até suas dúvidas e desejo de aprender ou mesmo contribuir, mostraram-se fechados e incapazes de incentivar os melhores alunos, exatamente aqueles que tem melhor potencial, só porque estes alunos divergiam um pouco da atitude descompromissada que parece nortear a maioria em relação a estudo hoje em dia, ou em nossa sociedade ocidental. O aluno que realmente se interessa, se compromete, interrompe aula para discutir novas possibilidades, evidentemente dá mais trabalho, contudo é o que deveria ser valorizado no ambiente acadêmico, o que nem sempre ocorre. Há alguns poucos professores que colocam sua vaidade acima dos interesses nobres de sua profissão. Mas com certeza, estes jamais serão lembrados com gratidão.
  Parabéns a todos os prof. que reconhecerem que não precisam saber tudo e que mesmo que o quisessem, não saberiam, e que souberem incentivar seus alunos para ser melhores seres humanos.

Sabedoria não é algo de que se possa tomar posse e deixar estagnada...é algo que está em constante movimento, como a própria vida e com ela deve fluir livre para espalhar seus frutos, ou de nada valerá!

Texto e foto: Vera Alvarenga

sábado, 12 de outubro de 2013

Dia das crianças! Que bom, ele lembra!

 Dia das Crianças...
Todo mundo brincando no Face de colocar fotos de criança, ou dos filhos.
  Então fui nos arquivos do computador e peguei algumas. Amigos trocando comentários, foi legal.
Então veio um comentário de um de meus filhos, o Roberto, o menorzinho ( mas que hoje é o mais alto) o que está à minha direita, ou à esquerda na foto...rs... e que está lá longe, na França :
- " Mãe, que linda!!! Que maravilhoso poder crescer com uma visão tão linda como essa... um olhar como este... nos olhando nos olhos... expressando tanto carinho e amor... todos os dias... ao longo de toda uma infância..."

Bem, fiquei emocionada e feliz, porque eu bem me lembro que, mesmo na adolescência de meus filhos, eu gostava de sentar-me perto deles, olhar nos olhos e perguntar : E aí, filho, como você está?


Eu queria demonstrar a eles que estava disponível pra ouvir, mesmo que não soubesse como resolver todos os problemas. Quando eram crianças era fácil, depois que ficaram adolescentes, eu reconhecia que não sabia muito bem o que seria melhor dizer a eles...rs..e isto me deixava meio aflita, às vezes. Eu sabia disto, do meu desejo de demonstrar estar presente, mas e eles, se lembrariam?

Surpresa, vi que sim. Que bom! Porque meu amor foi a melhor coisa e a única que eu tinha segurança real de ser algo bom que eu podia dar a eles. Eu não tinha muita experiência de vida, não sabia muitas respostas, na ocasião desta foto já não trabalhava fora mais, portanto não podia ser a "provedora" de tantas coisas necessárias ( este papel era do meu marido), mas minha atenção e carinho pude dar. Que bom! Sou feliz por ter certeza que proporcionamos uma infância calma e sem grandes traumas para nossos filhos. Isto é bom, compensa por tantas vezes que eu me lembro que desejei ter algo importante e mais interessante pra lhes dizer, mas que não vinha à minha mente!...rs... 


  Texto e foto: Vera Alvarenga

sábado, 5 de outubro de 2013

Gandalf


- Mentira! é mentira!
O que foi Gui?
- Gato não tem sete vidas! o meu morreu!
Como foi isto?
- Ele pulou lá de cima, vó. E a gente tinha colocado tela de segurança!
- É. E ele pulou por cima do vidro, você acredita? Disse a Lalá, chorando.
Sabe, crianças, esta história de que gato tem sete vidas, é só um dito popular. É uma frase que as pessoas repetem, e repetem.
- Por que?
Tem duas histórias. Uma é bem interessante. Uma vez, há muito tempo atrás, algumas pessoas acreditavam que os druidas e algumas mulheres que viviam isolados perto das florestas e rodeados de gatos eram bruxos. Eles faziam chás e remédios caseiros para tentar curar as doenças e também faziam outras coisas que as pessoas achavam que era bruxaria. Naquele tempo começaram a dizer que o gato preto era coisa de bruxa e até quiseram matar todos eles...principalmente os pretos! mas não conseguiram porque as pessoas que amavam gatos,continuaram a criá-los escondido. É claro que a quantidade de gatinhos diminuiu muito, mas como eles sempre reapareciam, então começaram a dizer que tinham 7 vidas. E sabe de uma coisa? Depois que diminuiram os gatos, os ratos negros aumentaram muito de quantidade e a Europa sofreu com a Peste Negra.
- Que é isso?
Foi uma doença causada por uma bactéria que morava na pulga dos ratos. Muita gente morreu, dizem os historiadores que foi porque não havia gato suficiente para comer os ratos...
- Nheca....mas o nosso Gandolf não comia ratos, vó!
Eu sei, os gatos de hoje que moram em apartamentos,não precisam comer ratos.
- Ele era nosso companheiro, vó. E qual era a outra história? perguntou Gui.
Bem, é que, como eles tem uma grande capacidade de escapar com vida de situações perigosas, e podem pular de um muro não muito alto até o chão sem se machucar, o povo começou a dizer que eles tinham 7 vidas.
Queridos, então vamos fazer um enterro simbólico pra ele?
-Como vó?
A gente pega uma caixinha de fósforo vazia, vocês escrevem o nome dele em um papel, a gente coloca ali dentro da caixinha. Depois a gente vai lá em cima e enterra a caixinha em baixo da amoreira, que tal? perto daquelas florzinhas azuis. E a gente fala um pouco sobre ele, sobre como ele era engraçado com aquele jeito de andar... e faz uma homenagem.
- Mas eu queria chorar. Tô com saudades.
Claro que pode chorar também.
- E pode cantar na homenagem?
Pode, é claro. E dizer a ele que ele sempre vai existir na nossa memória, nas fotografias e no coração. Deixa te dar um beijo Lalá! E você também, Gui. Pronto, vamos fazer esta homenagem. Chama o papai e a mamãe.
Eu já sei o que vou dizer sobre ele.
- O que vovó?
Que ele era o gato mais fofo e bonito que conheci!

Texto em homenagem ao gato dos meus netos, o Gandolf (corrigindo...rs...Gandalf).
Informações retiradas do blog :http://www.muitointeressante.com.br/pq/perguntas/como-surgiu-a-historia-de-que-gatos-tem-sete-vidas
Foto e texto: Vera Alvarenga


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Descascando laranjas...


 Ontem escrevi sobre laranjas, com nostalgia de quando eu as chupava na porta da minha cozinha, depois de adulta. Saudades também da Cora, minha cocker esperta, inteligente, alegre e companheira. E chupar laranjas me lembrava a infância e trazia boas sensações.
  Uma amiga minha, a Sissy, comentou sobre como se lembrou, ao ler o que escrevi, do seu pai descascando as laranjas para ela.
  Muitas vezes meu pai descascava-as para mim. E com aquele jeito seu, calmo, paciente, tirava primeiro as cascas, depois toda a parte branca e finalmente, cortava os gomos ao meio e retirava as sementes. Isto, como contei à minha amiga, era como um ritual dele, um ritual de relaxamento, de encontro com a paz. E era bom, tão bom que ficou em mim e quando tive tempo de repetí-lo, a sensação de paz acompanhou-me por aqueles momentos que durava aquele simples ato de descascar e chupar laranjas, olhando para o quintal.Parece que, naquela época, o relógio não andava tão rápido e havia até algum tempo para se conversar alguma coisa, enquanto se chupava laranja, ou melhor, enquanto a gente esperava aquele ritual terminar. Ainda que hoje eu as prefira chupar de tampinha quando estão bem doces e ninguém está por perto, chupar laranjas me leva a um momento de prazer e paz.
   E eu vi meu pai fazer isto muitas vezes. Com mexericas também... e tirava as "pelinhas", os fios,e oferecia à minha mãe e a mim. Pais geralmente fazem isto para as filhas. É uma forma de cuidar. Se fosse com os meninos talvez ele pegasse um canivete e dissesse:
- Vai lá, pega uma laranja que vou te ensinar a descascar.
  E não deixa de ser uma forma de cuidar, preparando aquele garoto que, mais tarde vai descascar laranjas para suas "meninas". De qualquer modo, era um momento de intimidade, porque a TV geralmente não estava ligada a todo volume, nem os jogos de computador e, assim, eram instantes para se ficar lado a lado. Com "filha mulher", como se dizia antigamente, é diferente. Os pais ensinam mas gostam de ser gentis. Aliás, mesmo não tendo filha, eu vi uma vez meu marido em um momento como este. Ele, que costuma dizer que não tem paciência para nada, estava lá, sentado no sofá da sala descascando mexirica e tirando os fios, para uma garotinha pequenina, amiga de meu filho mais novo. Eu ouvi quando ela pediu, toda meiguinha, para o "tio" tirar os fiozinhos...E aquilo se transformou em um momento de ternura, de cuidado.
  Acho que os homens antigos, de um modo geral, esforçavam-se ou gostam naturalmente de "cuidar" das garotinhas, não naquele sentido de atender no cuidado com a saúde, que disto eles se pelam de medo, mas no da gentileza. E as garotinhas e nós mulheres, sempre gostamos destas gentilezas, por que não? Aceitá-las faz parte do processo de criar vínculos, escrever história, proporcionar ao outro a experiência do saber que seu gesto foi bem recebido.
  Tomara que homens e mulheres continuem assim hoje, com a oportunidade de dar e sentir-se aceitos, de receber e sentir gratidão. Seja num simples descascar laranjas ou não. Porque sem dúvida, isto preencherá nossa história e memória de boas sensações. E nós, ficaremos mais mansos.

Foto: retirado Google imagens
texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Chupando laranjas...


Hoje, antes do almoço, bem naquela hora em que dá uma vontade de comer alguma coisa, vi umas laranjas na cesta de frutas. Estão azedas, isto sei pela cor das cascas, de um amarelo esverdeado, sem as pintinhas marrons no laranja forte que eu acho que indica a doçura da fruta. Como prefiro-as doce e estando com pressa, passei rapidamente. Não peguei nenhuma. Contudo, logo ao passar meu pensamento me levou de volta à porta de minha cozinha, lá no quintal, na casa de Florianópolis.
O pensamento é uma coisa mágica. Ao mesmo tempo que meu corpo sentou-se de volta em frente à gaveta do escritório onde procurava uns papéis, meu pensamento levou-me para longe. Por uns momentos parei e apenas me deixei levar junto com a lembrança. Foi bem no tempo em que eu criava o hábito de parar com tudo que estivesse fazendo, logo antes de começar a preparar o almoço, pegava umas 2 laranjas, sentava-me à porta da cozinha, encostava-me na soleira e começava a descascar os frutos. Ali, sentada, aproveitava para relaxar olhando para o quintal da casa. Eram apenas alguns minutos, mas eu tinha decidido não deixar escapar esta oportunidade de curtir duas coisas novas e boas que haviam recentemente entrado em minha vida . Chupar laranjas era uma delas. Apreciar o quintal de uma casa à beira mar, após morar em apartamentos por mais de trinta e tantos anos, era a outra novidade.
Não fazia isto todos os dias porque a situação estava difícil e nem sempre tínhamos laranjas, mas, sempre que o fazia, tinha uma companheirinha ao meu lado, a Cora, minha Cocker cuja cor também era laranja, ou dourada, como preferiam os criadores de cães. Quando meu marido estava em casa, eu descascava uma para ele também. E tinha de ser de tampinha. Aquele jeito de chupar laranja que me lembrava a infância. E tinha de ser mesmo de cara para o quintal, porque não é o jeito mais elegante de chupar laranja e, muitas vezes junto com a careta que fazemos para abocanhar o fruto, tem o barulho e o suco que escorre pelo canto da boca. Nada elegante, mas delicioso de se fazer! Em pouco tempo a vida melhorou e nos acostumamos com este momento, eu e a Cora. Este hábito durou por quase dois anos, enquanto moramos naquela casa que era alugada. Faz tanto tempo isto, quase dezessete anos! Mesmo assim, só de lembrar me deu água na boca.
Hoje, tomo um cafezinho antes do almoço. Sento-me no terracinho do apartamento e olho para as árvores do condomínio, o que também me dá prazer, embora Cora não esteja mais aqui. Contudo, pensando bem, meu marido também deve ter gostado daqueles momentos de partilha, porque hoje, quando temos laranjas ou mexericas, frente à TV, à noite, ele descasca algumas e me oferece. E quando estão doces eu aprecio, mesmo que não seja mais olhando para o quintal.
E ainda gosto de chupá-las de tampinha.

Foto: Google imagens
crônica: Vera Alvarenga

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