sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ainda estás aí?


 Era uma noite silenciosa. Eu me demorava a dormir. Então, o som me envolveu. Não sabia de onde vinha porque até aquele momento o silêncio, o teu silêncio, era de morte. Havia uma ausência tão palpável que se podia até ouvir o pulsar daquelas paredes como se tivessem vida apesar do vazio. E no escuro daquela noite em que não consegui entregar-me ao sono, a respiração curta impedia o ar de preencher todo o espaço que ali havia para ser preenchido.
   E eu respirava como se tivesse preguiça de viver. Aquele espaço vazio e negro me assustou por momentos. Onde eu estava? Meus olhos, tanto quanto eu, estavam fechados. Lentamente os abri, por um segundo. Apenas por um rápido instante. Voltei a sentir o pulsar daquelas paredes. E naquele quarto, convenci a mim mesma que estava segura. Todo vazio assusta, pensei. Nada demais. É preciso apenas coragem para continuar a respirar e crer que tudo vai passar. Porque tudo passa.
   A saudade, a falta, o desejo daquilo que não podia mais ser sentido, culpa da ausência e do tempo,  passariam, não iriam mais atormentar meu sono. E eu recordaria tudo e esta noite, como vaga lembrança de algo que, um dia e por muito tempo, pareceu eterno. Tudo se transforma. Nada permanece como foi um dia. Nem eu! Seria mesmo verdade que tudo passa, mesmo as mais raras e valiosas presenças? Não estariam para sempre marcadas em nós? Ah! estes tesouros a ornamentar nosso aposento mais íntimo. Nem todos igualmente preciosos, mas cada um com inestimável valor. Talvez naquele mesmo aposento em que me encontrava agora, houvesse uma vida escondida dos olhares, e que pulsava, tão eterna quanto posso ser, e enquanto eu for.
   Então, tudo passa... mesmo a mais indispensável de nossas inspirações. Porque um dia, talvez deixemos de crer em nossa capacidade de amar ingenuamente e para sempre.
   Passa sim, pensei, tudo passa, nem que para isto tenhamos de perder a memória que nos faz ser o que somos. Nem que um dia, acordemos no meio de um quarto que não nos diga respeito, onde não possamos nos reconhecer, esquecidos de tudo e assustados, ou por tão esquecidos, talvez sossegados, para sempre ingênuos, eternas crianças.
   Tudo passa também ao olhar consciente mas superficial, embora muito fique escondido, quase silencioso, camuflado em nossa pele. Como de pele era aquele quarto. Aquele em que me encontrei naquela noite, incrivelmente consciente de uma ausência.   
   E ele, que pouco tempo antes tinha voltado a pulsar descompassado, quente, úmido e ansioso diante das promessas da vida, agora, a despeito de mim e do tempo, ainda batia, mais lento porém ritmado. E eu o ouvia, no silêncio da noite. Então, ainda estás aí, no meu peito?! Agora, eu o sabia ainda vivo e calmo, a despeito de tudo e do vazio. Porque o vazio é talvez um espaço necessário ou, por vezes, inevitável.
   De olhos fechados, a languidez foi tomando conta do meu corpo, embalado pelo som que vinha do pulsar daquelas paredes, que jamais foram frias e onde eu sempre podia me resguardar. Eu não sabia mais se estava nele ou ele em mim....
Texto: Vera Alvarenga
Foto retirada do Google
  

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Amor...

      Sou extremamente positiva, porque mesmo no auge dos meus sonhos ou da visão de minhas realidades, ainda que precisasse deixar muita coisa de lado, jamais desisti ou duvidei daquilo em que mais acredito, o que me impele a continuar.... 
   E, embora seja deste modo idealista e firme em alguns princípios,...quando te ausentas assim por tanto tempo que até mesmo duvido que um dia estiveste tão perto, quando demoras para vir, quando não sinto que, de algum modo tu estás comigo por momentos e o que tu representas transborda do meu coração, não posso evitar entristecer porque parece que a luz do mundo se apagou um pouco... de tão forte, extremamente forte que tu és, quando se traduz em sentimento que promove a vida – a minha vida.
   E antes, experimentei o contrário. A luz do sol brilhava em meu dia quando o sentia, quando o sabia perto, quando recebia tuas palavras, porque sem que estivesse isto em minhas mãos ou em meu poder, o amor vibrava então, e por tua presença, também em meu coração. E em presença do sentimento de amor que se esparrama como um rio dourado e fértil, o que se banha nele se torna melhor, e tudo que não é, nos parece por demais grosseiro.
   Sim, sou feliz com tanto que tenho, quando olho ao redor e vejo que tenho mais do que tantos. Tenho diferentes coisas do que já tive. Sou grata. Hoje, a consciência que antes procurava e me fugia, está a impregnar-se em meus momentos, embora ao mesmo tempo me sinta desapegar-me de tudo. Tenho uma tranqüilidade que antes não tinha, e tempo para mim... mas isto não impede que perceba que a inevitabilidade das coisas me faz sentir medo, algo que antes não sentia. A maturidade não impede que sinta falta de tua presença...  amor.
   Meu amor ... néctar, bebida  doce que faz esquecer como somos limitados, nós, os seres humanos, e me permitia relaxar e descansar de meus cuidados em almofadas de cetim...
   Deixa-me sentir teu olhar amoroso de novo e o bater de tuas asas douradas em meu coração de pedra... e serei leve e livre novamente...
foto e texto: Vera Alvarenga. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O que você é, uma mulher ou um rato?

- O que você é... uma mulher ou um rato!?
- Um rato! Um rato e me deixe em paz!
   Há todo tipo de rato...e há todo tipo de mulher, mas certamente eu não seria, de verdade, um rato! Simplesmente porque odeio ratos, tenho horror a eles. Só gostava um pouco do Mickey e daquele outro magrinho que sabe cozinhar.
   - Ta certo, talvez seja covarde em alguns aspectos. Quando fiquei sozinha, por exemplo, quase não saia para encontrar companhia. Não ia em busca de alguém, embora fosse em busca do que acredito. Vai ver que eu queria tranqüilidade mesmo e gostava da minha companhia, e dos poucos amigos daquela época. Mas sim, faltava alguma coisa e aí está minha covardia – faltava o meu homem pra eu amar. A vida não teria a menor graça, sem isto – o amor.
   Engraçado lembrar que nunca fui de ir atrás de alguém. Afinal o que eu acreditava? que Deus enviaria a pessoa certa pra mim? Que o que é do homem o bicho não come? A respeito das pessoas, acho que eu pensava bem assim mesmo. Devo ter me enganado. Talvez, no tempo certo, a gente devesse procurar aquilo que mais nos convém, mais do que ser “encontrada”, “conquistada” e crer que no Universo tudo conspira sempre para nosso bem...rs....
   - Mas, em tudo o mais, eu ia em busca ou tentava agir de acordo com...   
   - huummm...mentira!
   - Ta bem, pelo menos, sou coerente, se quero ser feliz e ter uma vida tranqüila, insisto, faço tudo para cooperar com este objetivo e, se quero ser amada, amo! Mas reconheço, deixei a meio caminho muitas coisas que poderiam ter dado certo... cantar na TV, ser compositora, pintora, talvez algo de sucesso se tivesse no DNA o necessário para conquistar, desbravar, competir, brigar sozinha. 
   E será que era o sucesso que eu queria ou sou tão comodista que evitava ser o centro das atenções? Como saber se o talento me levaria longe? Talento sem briga e muito trabalho...não sei não...dizem que também tem a sorte da pessoa certa te descobrir no momento certo. É de tudo um pouco.
   Um amigo que me conhecia bem, me disse que eu era do tipo que ficava atrás das cenas, e me divertia cooperando... bem possível isto! Sempre tive mesmo uma ponta de certeza de que eu não estava renunciando a nada, de fato. Que em qualquer coisa que  fizesse haveria a possibilidade de me realizar e ser feliz no processo, dependendo do processo. Isto me dava uma tranqüilidade que eu gostava, uma discreta alegria espontânea, como quem conhecia uma liberdade maior do que aparentes limites. Não me importava de ficar atrás das cortinas... desde que, é claro, a alegria também fosse para lá. Na verdade, o melhor pode ocorrer nos bastidores, dependendo das pessoas que se encontram ali, na intimidade e fora das luzes, dispostas a comemorar a vida juntas.
   Então, acho que estou mesmo mais para gato. Um gato que aprecia solidão, mas gosta de se aconchegar com alguém especial. Sim, pensando bem, não sou um rato! QUE ALÍVIO! Sou comodista e mansa como um gato. Sou capaz de me apegar ao dono tanto quanto me apego ao que torna minha existência feliz – a minha casa. E, pra mim, lar é amor, é estar em casa. Onde estiver o amor, estará meu dono... do contrário, estarei em maus lençóis e me confundirei, e pensarei que sou a caça, e... me esconderei num buraquinho escuro, tremendo de medo, com meu rabinho fininho e feio,entre as pernas!
Texto: Vera Alvarenga
Foto retirada do Google, ass. por Fotosearch e vista no post de um site cuja historinha, muito legal, recomendo -  http://abrangelog.blogspot.com.br/2011/03/o-rato-e-o-gato.html

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Nos emails dele...

    Começo de ano. Caixa de correio cheia, emails que ele nem abria mais, há algum tempo. Era o momento certo para deletar tudo - Ano Novo, vida nova.
  E lá estava um e-mail dela. Há meses eles se corresponderam. Tinha sido importante numa fase em que a vida estava difícil com a perda que o abalara tão profundamente. Ela dissera que também sofrera uma perda. Ele lhe incentivara a continuar. Ela lhe emprestara suas asas, bem que ele  reconhecia. Mas vieram outras perdas. A vida, às vezes sabe ser ainda mais dura.Tudo mudara muito. Não tinha mais tempo para amizades virtuais. 
   Parou de escrever-lhe. Por que ela também não fazia o mesmo? O que a movia a escrever-lhe como se tudo continuasse como antes? Ela não sabia que o tempo leva tudo? Seria doida? Uma mulher como tantas outras com sede de afeto, que não sabia viver sua solidão e se apegara a ele como se fosse uma oportunidade de recomeçar sua vida, talvez. Mas e ele? Ela não se importava com o que ele queria?
  Antes, ela confessara, pensou que ele fora um presente de Deus em sua vida, com tantos sinais que de início não compreendera, mas que depois ficaram claros. Como ela podia pensar isto apenas por aquelas pequenas coincidências, e se até mesmo Deus parecia haver esquecido dele?   
   Depois, ela disse que não esperava mais nada dele mas desejava sua amizade. Não, ela não podia estar falando sério. Não podia ser tão crédula e ingênua sendo tão velha! Ou então estava confusa. Era uma artista, romantizava tudo, com uma criatividade absurda misturava ilusão à realidade. E ele, não era homem de confundir as coisas. Ele tinha desejos, mas não tinha planos. Ou pelo menos não, os que pudessem fazer juntos. Por ventura ela acreditava que Deus os havia aproximado porque sabia o que acontecia a ambos? Isto tinha sido uma explicação que respondia às incertezas dela, não as dele. Sem dúvida, era apenas uma mulher simplória demais, que colocou a vida nas mãos de Deus, talvez porque nunca o tivesse feito, de fato, antes. Uma vez ela contou-lhe que fez isto porque estava cansada de tentar fazer tudo dar certo, sozinha. Depois de tantas perdas, ele também estava cansado. Precisava seguir a vida e adaptar-se da melhor forma. E ela não estava nos planos dele.
   Mas quem sabe, para Deus, podia abrir uma exceção. Quem sabe pudesse colocar sua vida nas mãos dele, com a simplicidade de um homem que sabe que necessita fazer a sua parte, mas que uma ajuda divina seria bem vinda para aquele novo ano...
foto retirada do Google imagens. Texto: Vera Alvarenga.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A fugaz felicidade.


Entre os que iam e vinham ocupados com suas próprias distrações, ela estava lá, uma pessoa livre e comum no meio de outras. Adorava isto.
  Estava ali, já há alguns momentos olhando os reflexos no lago. E sentia-se bem. Sabia que a felicidade era feita de momentos...
   Aquela mulher, como tantas, fizera sua escolha. Entre carreira e todas as possibilidades, escolhera amar. Cuidar dos seus e transformar o ambiente ao redor em algo mais bonito e tranqüilo, usando os recursos de que dispunha, era o que decidira fazer com sua vida e criatividade.  
   Aquela mulher, às vezes, esquecia-se de si e do tempo.
   Aqueles momentos em que se dissolvia e penetrava no que estivesse fazendo ou amando, e neles sentia-se parte de algo maior, davam-lhe indescritível sensação de tranqüila felicidade. Mais do que nunca agora, tinha certeza que a perfeição individual não era alcançável, embora fosse de certa forma compreensível o nobre desejo de chegarmos próximo a ela, quando fosse dado a isto o devido valor. Nem mais, nem menos.
   Perdoara-se definitivamente por todas aquelas vezes que, exausta, pensara em desistir ou que simplesmente não fosse agüentar, porque era fato que as fontes secam. Apesar disto, um gesto de amor ou uma boa noite de sono costumavam devolver-lhe a energia.
   A vida tinha lhe mostrado o quanto ela era limitada e como havia sido pretensiosa por ter- se acreditado capaz de fazer tudo dar certo, como se pudesse possuir a felicidade.   
   Apesar de sentir-se penalizada por isto, era o que tinha de ter feito. Hoje ela conhecia o significado da fugaz felicidade. Quando falava de paz, nem sempre a ouviam, porque seu jeito simplório e tranqüilo de argumentar era por demais lento, até ultrapassado, para a vida que segue livre, cabelos ao vento, nas patas de musculosos e elegantes cavalos de corrida.
   Aquela mulher não tinha se dado conta, mas aprendera como parar o tempo.
E, quando parava de correr, ela aprendia a ser feliz.

Foto e texto: Vera Alvarenga

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O pêndulo...

   Uma vez ele lhe perguntou:
- Você existe?
- Claro que sim, respondeu.
E sabia que existia! porque naquele instante começava a pesar-lhe sua existência. Ela, que sempre tivera asas, vergava agora, diante dele e pesava-lhe  sua simplicidade e mais algumas características que a faziam sentir-se mais concreta e deslocada do que nunca.
   Engraçado como quando a gente se sente parte atuante na construção de um sonho, ou quando a gente ama e se sente amado sem que para isto precise renunciar a alegria que pode acompanhar tal experiência, tudo parece encaixar-se, tudo se torna mais leve, inclusive nós. E o contrário, é consequência de vivermos o momento em que descobrimos que estamos vivendo no mundo de dualidades e opostos. E nele, experimentamos os dois lados da moeda, embora alguns tenham a sorte de descobrir um terceiro. Porque o amor pode ser leve, ou pesado, conforme o modo como se ama ou que se é amado. Por vezes é uma escolha.
   Para ela, era impossível duvidar de sua própria existência, porque debatia-se e por isto, sentia cada limite do seu ser. Isto a tornava bastante concreta.
   Uma outra vez, ele lhe disse:
- Com toda certeza posso afirmar-lhe que você é insubstituível para mim.
  Aquelas palavras eram dirigidas a ela e assim, teve certeza de que poderia libertar seu coração. E logo, era ele que se tornava insubstituível para ela. E quando ele lhe falou que, algumas vezes, a sentia junto a si porque ela parecia adivinhar o que acontecia, sorriu. Porque ela o trazia sempre junto a si, em seu coração, e conversava com ele, e todos os dias dizia-lhe bom dia e boa noite.
   Quando já nada mais esperava, ele era como uma doce promessa, que naturalmente se realizaria em breve, algo que seria como colher o fruto que já está maduro - o melhor sabor, o melhor cheiro - a promessa da leveza de poder ser. Então, ela passou a viver entre o sonho e a realidade, entre a esperança e a desistência, alternando sentimentos de impotência e poder, limite e liberdade - o desejo da liberdade de caminhar livremente, não por estar só, ao contrário disto, por sentir-se plenamente reconhecida e capaz de ser. O sonho parecia mais real do que tudo o mais, porque refletia o que estava nela.
 Chegou o dia em que ela viu que nossa vida pendura-se, por vezes, no pêndulo do relógio do Tempo. E o tempo não parou para ela descer, nem recomeçou. No pêndulo, ora estamos de um lado, ora em seu oposto.
  Agora, era ela que perguntava novamente:
- E você, ainda existe?
Mas não ouvia mais nenhuma resposta.
  E, com as pernas penduradas no ar, sentada no grande pêndulo do relógio da vida, observava. Talvez nunca mais descesse de lá e se adaptasse por fim, ao balanço ritmado. Sentiu a brisa no rosto. Seria o vento que leva tudo? Mesmo que antes ela não acreditasse nisto, reconhecia agora, que era possível que ele tudo levasse. Ainda assim, ela procurava o equilíbrio, mesmo sabendo que o pêndulo jamais pararia enquanto ela vivesse... a cada dia ela o cumprimentaria pela manhã e se despediria, com um beijo, à noite...
Foto e texto: Vera Alvarenga
  

domingo, 2 de dezembro de 2012

O refrão daquela música, lembra?

   Coloco o Lap-top de lado. Fecho a página de um texto que não escrevi e que era tão branca como é a saudade que não se preenche de novas palavras. E, talvez porque seja uma tarde de domingo, uma preguiça imensa toma conta de mim. E porque a reconheço, deixo estar, me deixo levar pela calmaria.
   Lembro de você, que me perguntaria - tudo em paz? Digo que sim. Apesar do vazio na brancura do papel, tudo, no momento, está em paz. No fundo das águas calmas sei que há um grito de um animal ferido, uma ave faminta, um riso, o desejo contido de  uma mulher sem idade, um sorriso e gesto gentis que queriam ser para sempre, seus. Arrumo as almofadas no canto do sofá, pego um livro, me deito de modo a olhar para as árvores em frente ao terraço. Visão agradável. Tudo aqui é exatamente como sonhei. O que poderia querer mais? Colho da vida, neste momento, uma paz que dissolve qualquer sinal das lutas e do anterior cansaço. Me vem à lembrança um refrão de música: - " Agora só falta você, ie,iee, agora só falta você!"
   Lembro de como inúmeras palavras me brotavam no pensamento a cada vez que você vinha. E tudo efervescia, mesmo no meu jeito calmo de ser. E me parecia, talvez porque eu sonhasse, que ia haver um futuro. E fui ousada, e quase não tinha medo.
   Porque hoje é domingo, bem que você poderia voltar... eu sei, esta paz então, iria embora, substituída por certa inquietação que me faria vibrar, e muitas coisas talvez tivessem de mudar de lugar e, mesmo assim, ao fim, ainda haveria tranquilidade, se eu pudesse finalmente confiar. Eu teria sem demora, tantas palavras e uma história a continuar a escrever...
  Mas hoje é domingo. "Tá tudo bem", tudo em paz. Me invade apenas a saudade que ainda não sei controlar e uma persistente brancura de papel....
Texto e foto: Vera Alvarenga.
Música do youtube com Maria Rita -

Clic para compartilhar com...

Compartilhe, mas mantenha minha autoria, não modifique,não uso comercial

 
BlogBlogs.Com.Br
diHITT - Notícias