terça-feira, 6 de setembro de 2011

A música tem magia...

 Quando olhei para a pauta e vi aquela palavra enorme e estranha colocada ali no meio da música, não acreditei que daria certo! Simplesmente não acreditei! Eu nem me lembrava da melodia, mas a palavra parecia não combinar com uma música de Natal. Lá estava ela: "Pro-pi-cia-tó-rio"... Não haverá um erro aqui na tradução? Não, não havia!
Nosso jovem professor, Rogério, começou a nos ensaiar separadamente por vozes. Frase por frase, repetíamos. Primeiro as sopranos, depois contraltos onde me incluo,e logo os tenores e então os baixos.
 Isto me fez lembrar as peças dos meus mosaicos, quando eu as olhava sobre a mesa antes de iniciar  o trabalho, e depois, a maravilhosa sensação de vê-las unidas harmoniosamente, formando com esta união um resultado maravilhoso.
Foi assim que ficou, mesmo neste primeiro ensaio da Cantata de Natal que estamos preparando. É um coral pequeno que está se formando agora, em Votorantim, dentro do projeto cultural. Temos ali desde adolescentes até os mais velhos como eu. Muitos de nós, inseguros e tímidos, mas o professor, sempre elogiando no final de cada parte do ensaio,e nos dizendo animado:
- Perfeito! Está maravilhoso!
E assim, nós vamos seguindo, acreditando que podemos encantar com nossas vozes. Com certeza, encantamos nossa própria alma, derretemos o gelo se havia algum que restava deste inverno, aquecemos nossos corações primeiro e antes de qualquer outro, e o momento se torna mágico. Para todos nós! Nos primeiros ensaios de qualquer música, precisamos ficar muito atentos ao que nosso naipe deve cantar, para não misturarmos as vozes. Se ao cantar, nos distrairmos um pouco para também ouvir o que estamos cantando como um todo, além do prazer de cantar...nos deixamos levar... e nos emocionamos! Foi o que aconteceu comigo, num momento em que me distraí da preocupação da voz das contraltos. Por um segundo pude ouvir o todo junto comigo, as vozes diferentes, e precisei segurar o choro, o som ficou engasgado na minha garganta...estava lindo demais.
Como é mágica a música! Como é bom cantar.
Coloco aqui um vídeo para que os amigos se emocionem comigo. Nosso coral cantará a versão em portugues( e nela, aquela palavra incomum aparece,mas soa lindamente dentro da música). Nosso querido regente sabe como fazer pequenos milagres... rs.....
A emoção que senti, mesmo reconhecendo que somos iniciantes, foi a mesma do que sentimos ao ver este vídeo...
Foto e texto:Vera Alvarenga

sábado, 3 de setembro de 2011

Uvas doces e mudanças...

 Meu quintal está começando a florir...
- Você deve ter sangue cigano nas veias!
 Era o que diria minha mãe, com certeza se estivesse viva e eu lhe contasse que vou me mudar novamente.
Não está viva, mas posso ouví-la. Ouço, mas não compreendo. A menos que ela estivesse a confessar que esteve com um cigano, ao invés de meu pai, o que não seria possível, porque sou a cara dele. Do meu pai, claro!
Então, agora me lembro...era ela! Ela, a minha mãe, é que tinha alma cigana!
- Devo ter sido cigana na outra encarnação" me lembrei de ouví-la comentar. E tudo porque gostava de brincos e colares. eu também. Me sinto nua, sem brincos! Esqueço documentos, celular, mas não os brincos!
E eles tem de ser grandes, mesmo apesar de minha pequena estatura. Com a idade, diminuí alguns centímetros tanto dos brincos, quanto de mim mesma. A estatura não foi uma escolha, e os brincos, foi um caso de bom senso. Então tá, herdei uma alma cigana. Não é só isto, pois sei que vida é movimento, e às vezes mudo de residência porque é ela que me move!
Se uma idéia de mudança se apresentava como necessária ou solução para uma vida melhor, apesar do cansaço que eu sabia que iria enfrentar, não costumava me opor a ela. Sou cheia de esperanças como semente e, a cada mudança levava junto o potencial. Ao contrário de me opor, me perguntava o que eu tinha ali que justificasse não arredar o pé de onde me encontrava. Nada para mim é mais importante do que certa liberdade para sair de uma situação que cristaliza num ponto que mata a criatividade ou o prazer e alegria, e juntamente com isto,nada é mais importante do que algumas poucas pessoas com as quais eu vislumbre que possamos viver uma verdadeira relação de intimidade, amizade e carinho - é isto que me traz bem-estar- e assim, sigo por este caminho, como prioridade absoluta. Se para isto é preciso mudar, então, mudemos!  Ah, mas é preciso coragem, porque dá muito trabalho embalar todas as cerâmicas, tintas e coisas que eu mesma embalo, por ter tido a experiência de não poder confiar nos plásticos bolha das empresas de mudanças..rs.... Deste modo, logo vou me desapegando do que tenho de deixar para trás.
  Contudo, quando a gente vai amadurecendo, acho que a alma cigana vai desejando se aquietar. E há recantos que ficarão em meu coração como lugares encantados. Um deles é a praia dos Ingleses, onde está minha casa e meu filho mais novo com a mulher. Um paraíso do qual saí por necessidade extremíssima! Outro lugar é esta casa onde moro agora e a cidade de Sorocaba. Que cidade maravilhosa esta para se morar!
Estou escrevendo esta crônica, neste momento, no quintal florido onde, em vasos, tenho inúmeras árvores frutíferas, flores, trepadeiras. Novamente vou precisar podá-las para serem transportadas. As flores vão sofrer. As trepadeiras se transformarão em pequenos tocos aparentemente secos, mas guardarão em si, como eu guardo em mim, o milagre da fé na possibilidade.
 Penso que há pessoas e locais que a gente jamais vai esquecer e leva-os no coração, para sempre. Desconfio que, minha alma nômade, deseja encontrar um lugar e nele, companhia para colher com tranquilidade os frutos do quintal, para poder vermos juntos finalmente, a parreira produzir belos cachos de uva. E, para isto , é preciso permanecer...
Texto e fotos: Vera Alvarenga

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Na florada dos Ipês, uma mensagem...

   O inverno está terminando.
   Logo entraremos na Primavera e vou aproveitar para tirar muitas fotos da florada, nesta linda cidade de Sorocaba.
Aqui, quando menina,  passei dias gostosos em casa de minha avó, minha tia...Vínhamos de São Paulo visitar os tios. Nós,crianças, dizíamos que tínhamos de fazer a via sacra...rs...
Após mais de 30 anos sem vir à Sorocaba, ao voltar,tive a alegria de encontrar uma cidade linda, com projetos culturais maravilhosos, avenidas e ruas floridas e bem cuidadas, limpas.
Revi uma prima querida, seus filhos...Conheci pessoas que ainda dão valor e vivem em família.Adorei.Viemos morar aqui.
Prestigiei o Projeto Domingo no Parque, passando maravilhosas manhãs de domingo ao sol, assistindo shows fantásticos.
Até levei as amigas que vieram de outras cidades do Brasil, no meu aniversário, para conhecer o projeto e a praça.
Enfim aproveitei muito o que eu pude aproveitar de bom, inclusive o Tai Chi, com o amável prof. Luiz, na faculdade da 3ª idade na UNISO ( Universidade de Sorocaba).
O rio Sorocaba é lindo e passa por esta cidade e por Votorantim
onde está meu endereço oficial ( moro, como sabem, na divisa das 2 cidades..rs...). Adoro fotografar os recantos deste rio.
E Sorocaba está finalizando um projeto de despoluição do rio.
Votorantim parece que está aderindo. Fico feliz por isto!
  Hoje, aproveitei para fotografar os Ipês Brancos que estão floridos, em Sorocaba.
  São lindos, não são?
  Este final de inverno me traz não apenas a mensagem de uma nova estação, mas de uma  mudança que se aproxima... perto do final do ano iremos nos mudar de residência, de cidade.Não sei ainda qual será a cidade escolhida, ou se voltarei à Florianópolis. Espero poder ficar no interior de São Paulo.  Mudança novamente, cansaço, mas também oportunidades de renovação e sei, muitas coisas boas virão!
  Assim, nesta primavera, vou me despedir da cidade tirando muitas fotos...desta cidade linda em que adorei morar e do lindo rio Sorocaba.
Fotos e texto: Vera Alvarenga

domingo, 28 de agosto de 2011

Basta sentir...

   



Nem tudo a gente precisa entender.

Há muitas coisas que a gente só tem que sentir.

Abrir o coração, deixar entrar e então...sentir.









Existe uma beleza no fazer arte ou estar diante dela..

é a de intuir que basta sentir, sem explicar, sem julgar, apenas deixar existir...


É como descobrir a beleza que existe em fazer sexo
com amor, que não se quer compreender nem é preciso ver, apenas sentir...









Isto acontece com os sentimentos ou momentos fortes que nos arrebatam, apaixonam...



Crônica fotográfica- texto e fotos:
Vera Alvarenga



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reforma em Votorantim prevê solucionar problema de poluição do rio.

Semana passada participei pelo MSN do programa Debate dos Fatos da TV Votorantim, fazendo 1 pergunta que me foi respondida no ar, pelo que agradeço.
Perguntei: - " Se a reforma que a Prefeitura de Votorantim está fazendo na Praça de Eventos onde acontece a Festa Junina, prevê a canalização também da água suja que entra direto no Rio Sorocaba por um cano de esgoto que passa por baixo da avenida ( nem sei se vindo apenas da Festa)."
  Isto me preocupava desde o dia que fui fotografar o rio que adoro, e me surpreendi com a sujeira que vinha deste cano e entrava direto no rio, durante as Festas Juninas de Votorantim. Me surpreendeu porque deveria estar acontecendo há anos e é um problema sério que precisava ser urgentemente resolvido. Sei do esforço da Prefeitura de Sorocaba em seu Projeto de  despoluição do rio, portanto Votorantim, sua cidade irmã e vizinha, deve cooperar. Cheguei a colocar as fotos no meu blog e falar do assunto também por email a jornalistas da TV, pedindo-lhes apoio, porque isto havia me entristecido.
Foi feita reportagem muito boa a  respeito da poluição, convocando a população a se conscientizar da importância da qualidade da água do rio, e cidadãos entrevistados falaram de seu desejo de continuar a pescar no rio, como sempre fizeram. Mas,parece que não tinha sido citado o problema dos canos levando sujeira. Por isto, aproveitei a oportunidade do programa para mais uma vez, tentar saber se na reforma, foi pensada uma solução.
Então, fiquei contente com a resposta da Luciana que apresenta junto com o Werinton o programa de TV que mencionei, dizendo que o Prefeito citou em outra reportagem, que sua intenção com a reforma também é sanar este problema. Que bom!
Então, vamos esperar que tudo se resolva. Que o rio possa continuar a ser o símbolo de um relacionamento de amor e respeito à natureza, por parte da população de suas margens. Assim evitaremos o que ocorre com o rio Tietê por exemplo, que sofre pela irresponsabilidade dos homens.
A Festa Junina é um evento maravilhoso que traz turistas à cidade.
O Rio Sorocaba é lindo, tem recantos que, em Votorantim, poderiam ser transformados em belos locais para a comunidade e turistas poderem usufruir, como já foi feito na cidade de Sorocaba. Espero que assim seja. Que em suas margens possamos ver árvores floridas e que suas águas se mantenham isentas de despejos indesejáveis. Que a vida que ali existe se multiplique. A cidade de Votorantim pode ficar muito bonita e valorizada se este aspecto for cuidado.
 E, evidentemente, isto não se trata só de educação voltada à ecologia, ou de um serviço de valorização ao meio ambiente com o respeito devido à flora e fauna, mas inclui respeito aos cidadãos e moradores da região, que merecem lazer às suas margens... e também precisam responsabilizar-se por mantê-lo limpo. A água é do planeta.
  Que bom, parece que vamos ter uma atitude de coerência e cooperação que trará benefícios a todos, com certeza! Estas 2 cidades bem poderiam servir de exemplo a tantas outras! E eu continuarei feliz a fotografar as belezas deste rio!
Texto e fotos: Vera Alvarenga



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Colcha de Retalhos - a arte imita a vida...

Ah..acho que foi em 1992  na Casa da Cultura de Paraty, numa exposição minha onde Máscaras eram o elemento principal, fiz um quadro que chamei de "Colcha de Retalhos" e com ele aconteceu algo interessante.
Evidentemente ele tem uma história... numa de minhas constantes viagens a Paraty, eu levava minha máquina de fotografia e ia por todos os caminhos, inclusive na mata, com olhos de procurar, sentindo-me atraída por cores,relevos, texturas e pelo Belo, principalmente o belo que aparece onde menos se espera, e mesmo no caos. Sempre fui uma pessoa intuitiva, gosto disto - encontrar o belo é uma solução intuitiva para a sobrevivência.
Uma noite, andando com minha sogra e marido, entramos no Asilo dos Idosos, (hoje diriam Casa dos Idosos). Ela, que viveu em Paraty, disse que gostaria de ir para lá quando estivesse bem velhinha, pois encontraria certamente conhecidos. Isto me surpreendeu, me impressionou. Então, já entrei impressionada, num lugar onde teria de encarar algo não muito fácil - a realidade de que a velhice chega para todos. Ela caminhava e conversava com algumas senhoras, mostrando-se à vontade com a crua realidade. Eu, fazendo de conta que estava bem, me senti uma idiota porque não sabia o que dizer a nenhuma delas. Aliás, quando algo me emociona muito ou mexe comigo, geralmente não sei mesmo o que dizer, pois falar é algo bem racional e eu sou muito menos racional, eu acho. De repente me sentei ao lado de uma senhorinha que estava calada e não parecia ter nenhuma expectativa em relação a alguém conversar com ela. Me senti mais à vontade e fiquei olhando a colcha de retalhos que ela fazia. Quando vi, estávamos conversando. A colcha era linda!
   Foi logo depois, que fiz este quadro. Pelo menos nele, eu tinha o que dizer,sem precisar falar..rs... Geralmente, expresso melhor meus sentimentos através do corpo ou das mãos, de um carinho, um abraço, fazendo arte ou artesanato. Nunca tinha visto alguém fazer um mosaico de fotos cortadas, mas era a minha colcha de retalhos, em homenagem e respeito àquelas senhorinhas lá do asilo. Retalhos da cidade onde tinham vivido a vida toda. Sobre ele coloquei vidro e uma máscara também recortada de cerâmica que fiz do meu próprio rosto. A moldura era antiga, cor sóbria, lembrando o asilo. Bem, estas coisas da criatividade não se explica muito, mas foi o que tive de fazer para uma senhora que veio com a amiga na exposição e fez uma dura crítica ao quadro. Disse que entendia de arte e jamais aquela moldura deveria estar ali,numa obra tão contemporânea,etc,etc. Eu, nunca estudei arte, a não ser escultura,mesmo assim,em cursos práticos,com Calabrone e Reydon. A forma dura como me criticou me deixou sem graça. Quis então contar a ela a história da "minha" colcha de retalhos e, assim que o fiz, seus olhos se encheram de lágrimas e ela saiu. Fiquei passada, sem entender, pois não fui grosseira a ponto de ...
   Então a amiga dela veio em meu socorro, me contou baixinho que, uma noite antes disto,se não me falha a memória, passando pela calçada em frente ao Asilo, viram as senhorinhas dançando com alguém(acho que era um médico ou enfermeiro) que as chamou para participarem também daquele momento e a amiga se emocionou,mas não quis entrar. Foi realmente uma coincidência que ela tenha sido tão dura com algo que representava o que antes, já havia mexido tanto com os medos dela (e meus)! Bem, penso que a velhice, a solidão, o estar numa casa de velhinhos sem familiares por perto é mesmo uma coisa que assusta a muitos de nós...(com exceção de minha sogra! que, por sinal, morava com uma filha carinhosa, antes de morrer -não precisou ir para o asilo).
   O mais, seja em relação a Vida, ao amor ou à Arte, fica por aí mesmo, nem sempre é preciso explicar...

Texto e foto: Vera Alvarenga

sábado, 13 de agosto de 2011

Poder nas mãos de quem não reconhece limites...

Quem tiver oportunidade e tempo, veja a história contada por D. Adelaide, lá no site do Amores no Velho Chico. Aqui está o link: http://www.amoresnovelhochico.com.br/2011/08/11/e-tres-marias-inundou-o-sertao/
Esta comovente história me fez pensar novamente no abuso de poder nas mãos dos que pensam apenas em si e não percebem os seus limites e os de outros. Aqui vão flores simbolizando meus respeitos à D. Adelaide...e meu desabafo.
Na maior parte das vezes, governantes deveriam poder experimentar do próprio remédio para compreender o peso de suas ações.
Sou obrigada a reconhecer que nós, seres humanos somos imperfeitos e
portanto, tudo isto é algo a se esperar, 
mas que é importante darmos voz aos que tem histórias para contar, para que, com alguma esperança possamos crer que isto nos fará desejar evoluir.

Por que quem tem poder sobre as decisões que afetam outros, não consegue perceber seus limites? Para alguns, conseguir o que querem mesmo ao custo de outros é o que importa!

Sempre foi assim, no mundo, entre os governantes, nas comunidades, dentro das casas...Por isto é preciso podermos ouvir histórias como as de D. Adelaide, para lembrar de não nos acostumar com as justificativas e inversão de valores.
Há muitas maneiras de se viver histórias assim. Os detalhes e o número de pessoas atingidas pode ser diferente, mas tem algo em comum. Tudo começa quando alguém, ou uns poucos,não tem consciência do próprio limite e de sua imperfeição e então, não podem também reconhecer os limites do outro e seus direitos.
Então, com o poder nas mãos,seja ele de que forma for, impõe o que decidiram que para si é o melhor. Por levar em conta só o que querem,embora não lhes satisfaça nunca, minam a resistência do(s) outro(s) com diferentes táticas, acabam com sua auto estima, destroem o outro que, quanto mais tiver consciência de si e de princípios humanitários, mais sofrerá e acabará por ser considerado como alguém inapropriado ou incapaz. Que valores são estes que estão tão invertidos? As vítimas que tanto tem que suportar são consideradas como "fracos e loucos"!
E por que estas vítimas se calam? Por que tanta gente deslumbrada hoje pelas palavras fáceis, pensam que as vítimas é que são sempre culpadas pelos abusos que sofrem? Por que tanta gente ainda sonha com a ilusória crença de que a felicidade é algo que a gente sempre pode construir pra si ? A gente pode tentar mas felicidade é também a tranquilidade de sentir-se respeitado. Em parte sim, claro que a gente diante de abusos, ainda tenta transcender!! mas há que se levar em conta que, quando alguém vem e não leva em conta sua opinião e suas necessidades, esta historinha bonita de que tudo depende de nós mesmos, fica meio relativa, não é? Quanta facilidade ao julgar-se que vítimas são sempre vítimas de si mesmas! Nem sempre é assim, nestes termos. Pelo menos não pra mim. E nem sempre ter fé resolve tudo, embora concorde que, ter fé nos ajuda a seguir, a transcender, a tentar nos convencer de que não dependemos apenas de quem abusa do poder, e de que há de ter um destino melhor para nós em algum lugar...então podemos sonhar.
Claro que todos tentamos reagir, dentro de nossos limites, com nossas próprias forças, mas numa competição nunca ganharemos de quem não vê limites porque se julga perfeito e senhor de todas as decisões. Estes serão sempre incapazes de transcender os limites porque não os reconhece,nem as necessidades de outro ser humano comum,nem de si mesmos. Estão perdidos dentro de uma urgência por conseguir possuir mais que tudo, a qualquer preço!
Difícil lutar quando não tivermos as mesmas armas e, por vezes nem queremos tê-las. Então, parabéns a D. Adelaide, que soube esperar e lutar a seu modo, falar, contar, testemunhar, da maneira como pode. Ela sim está transcendendo os limites impostos a ela, tentando reagir na medida de suas forças, mostrando-se vítima sim, chorando suas perdas e nos lembrando que o mundo real e as pessoas reais merecem nosso respeito! e de que vítimas, nem sempre o são porque querem ser.
Parabéns ao blog Amores no velho Chico por dar voz a ela também.
Meu sincero carinho a todos.




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