domingo, 31 de janeiro de 2010

-" Eu só queria..."

  Eu queria a festa, de rolar na grama
  de me por descalça, pra correr ao vento,
  arregaçar as calças, para os pés molhar,
  na água do lago, ou à beira mar.
          Eu vivia a festa, de ao deitar na cama
          "assistir" estrelas, pra contar o tempo,
          e como as crianças, eu acreditava
          em feitiçarias feitas ao luar.

  Eu só queria... um olhar atento...
  um olhar atento... pra me reconhecer...
  Você me deu muito, cercou-me de muros
   pra me proteger
   E apertou o laço, como se eu quisesse
   fugir de você !
  E eu só queria... um olhar atento...
  um olhar atento... pra me reconhecer...

          O que você não sabe e nem quis ver,
          é que entre as paredes, da grande cidade,
          tudo pode acontecer e
          há mais liberdade, do que a menina quis...
          pois não há paredes, que possam conter
          o que eu precisava, para ser feliz !

Vera Alvarenga                  1981

sábado, 30 de janeiro de 2010

- " Para quem fica muito tempo sentado!"...

                    O nosso corpo tem três corações!
                                 Dr. Manuel Luciano da Silva, Médico

Temos mais 2 corações. O coração é assistido na circulação total por mais dois corações que são os músculos das nossas coxas e os músculos das nossas pernas! Como é que o sangue sobe para voltar ao coração?
Como é que o nosso sangue consegue subir nas veias das pernas para regressar ao coração?

Os corações das pernas : Quando caminhamos, os nossos músculos contraem-se, apertando as veias profundas entre os músculos,de tal modo que o sangue dentro das veias é como que esguichado para cima. E para que o sangue não volte para trás com a força da gravidade, a Natureza colocou válvulas, que só se abrem num sentido, para cima- o sangue não pode voltar. A contração dos músculos das coxas e das pernas funcionam como se fossem "corações secundários" a impulsionar o sangue para cima, de regresso ao coração e ajudar a circulação total.

Pelas razões acima expostas o melhor exercício para todos nós é o caminhar. O bater do nosso coração está sincronizado com o compasso dos nossos passos.

Quando estamos muito tempo sentados os nossos pés incham. Igualmente quando viajamos de avião. Quando viajo de avião, de trinta em trinta minutos, levanto-me, seguro-me à cadeira da frente e marcho, marco passo, exatamente para "contrair os corações das minhas pernas" e quando chego ao meu destino não tenho os pés inchados.
Caminhar sentado Todos os passageiros num avião deviam fazer o exercício -- Balanço dos Calcanhares.

Sentado numa cadeira faça o seguinte:
  Toda a gente, de 30 em 30 minutos deve fazer, pelo menos dez vezes, o exercício! Em casa a ver televisão, no trabalho ou a um computador, não esquecendo os residentes dos lares de terceira idade. Com o exercício, além de evitarmos que os pés e as pernas fiquem inchados, o nosso sangue oxigena-se muito melhor e evitamos o aparecimento de flebites podendo originar coágulos sanguíneos causando tromboses .

Balanço dos Calcanhares:
(1) Sentar-se numa cadeira
(2) Levantar ambos os calcanhares
(3) Baixar os calcanhares.
(4) Levantar os dedos dos pés, mas manter os calcanhares no chão.
(5) Repetir: levantar os calcanhares, baixá-los, levantar os dedos dos pés, baixá-los. Repetir sucessivamente.

É muito simples e basta criar este habito.
Obrigada. Abraço p/ todos ...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

- " Recebi o Prêmio Dardos e quero dividir com vocês"...

Em janeiro de 2010, Recebi este Prêmio “Dardos” de Sonia, minha amiga do diHITT, cujo link do seu Blog é :  http://artigosecronicas.wordpress.com/2010/01/26/premio-dardos-e-selo-excellent/  

Este é o “Prêmio Dardos” que dá a cada blogueiro reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda e transmissão de conhecimento todos os dias.

Regra
1. Você terá que aceitar e colocar em seu blog, juntamente como nome da pessoa que lhe deu o prêmio e o link do seu blog;

2. Você terá que oferecer o prêmio para 15 blogs que são merecedores deste prêmio. E não se esqueça de avisá-los sobre a indicação.

Estes são os meus 15 Blogs indicados, com carinho:

1) http://kitmell.blogspot.com/
2) http://leilafranca.blogspot.com/
3) http://harmoniatotal.blogspot.com/
4) http://drauziomilagres.blogspot.com/
5) http://www.mensagensdiversificadas.com.br/
6) http://ed-arte.blogspot.com/
7) http://www.atelier-das-ideias.blogspot.com/
8)  http://metendobico.blogspot.com/
9) http://marli.dihitt.com.br/
10)  http://profcoordenadorpira.blogspot.com/
11)  http://iuribr.blogspot.com/
12)  http://www.avozdapoesia.com.br/
13)  http://cucasuperlegal.blogspot.com/
14)  http://marianaterapeutaocupacional.com/
15) http://www.araretamabiojoias.blogspot.com/

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

- " Hoje, fui ao Circo...ou ele veio a mim?"

  Hoje eu fui ao Circo e
  nem pude crer no que vi!
  Tudo estava trocado,
  quase que endoideci!
 
       Sentados no picadeiro,
       em cadeiras de almofadas,
       os palhaços assistiam atentos
       o show nas arquibancadas!

   Um grande coelho branco,
   tirou de sua cartola
   um mágico assustado,
   preso, numa gaiola!

           Mil crianças sorrindo
           e aplaudindo com amor
           um velho e meigo leão,
           que engoliu o domador!

   Um belo trapezista
   aplaudindo de pé,
   o povo que é artista,
   e pensa que não é!

             Hoje eu fui ao circo
             e aos poucos percebi :
             nem tudo estava errado,
             das coisas que vi ali!

      Vera Alvarenga  - 1981

                    

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

- "O homem, herói desnudado..."

Dois homens diferentes... tão diferentes que agiam de modo oposto, em lugares distintos. Inseparáveis há tanto tempo, que Mauro já não sabia mais contar os meses desta “amizade” assim tão estreita, na medida certa, indispensável. E não era coisa de “bicha”, não! Ele nem tinha nada contra quem fazia esta escolha, mas no caso dele, não se tratava disto. Era uma convivência equilibrada, Mauro pensou, pois conseguiam viver independentemente e com total liberdade, cada um dos dois, seus próprios momentos, cada um dos dois com seus pensamentos e mesmo assim, inseparáveis.


Quando se encontravam, as diferenças pareciam não importar.

Há muito tempo que se entendiam bem, por isto, tinham consciência que de todos, de todos aqueles que formavam o seu mundo, eles eram a “dupla” perfeita – o que para um, era inconcebível, para outro era apenas uma questão de idealizar e fazer acontecer. O que para um, era motivo de precaução ou reverência, para outro era apenas agir e seguir em frente. Compreendiam-se, admiravam-se e havia amor entre eles, se é que é possível imaginar o que sentem dois heróis numa guerra, que sabem que colocaram nas mãos um do outro, seu maior tesouro: a própria vida!

E agora, pela primeira vez, eles brigaram. E a coisa tinha sido muito séria. E tudo por causa de uma “mulher” !

Mauro caminhava a esmo. Era noite, não era hábito seu, sair a caminhar pelas ruas, sem rumo, mas não suportaria ficar nem por mais um minuto, preso entre paredes. Era preciso respirar, pensar. Sentia-se pela metade. Incompleto, como se fora rasgado desde a cabeça, de alto a baixo, como folha de papel, com um segredo ali gravado que alguém quer destruir rapidamente.

O golpe fora fatal ! Golpe cruel, sem que se pensasse nas conseqüências, um tendo acusado o outro da pior coisa com que, homens poderiam se acusar : traição! Traição daquelas que mexem com a honra, com o cerne do ser humano. Traição que leva à uma ruptura que não se consegue reparar, jamais.

Com tantos anos e histórias que viveram ou sabiam, juntos, mesmo que estivessem atuando em lugares diferentes, era difícil caminhar agora, assim sozinho. Parecia que andava capenga, o chão balançava, sob seus pés. Sentia-se tonto, em alguns momentos, como se estivesse com o equilíbrio alterado, como se estivesse com o labirinto destruído! Sim, era isto! Sentia um pouco de enjôo, até. Precisava sentar-se, encontrar um lugar quieto, silencioso, onde pudesse sentar, beber e colocar a cabeça, e não só ela, no lugar, para poder pensar no que fazer para sobreviver.

Foram anos de acordos entre ambos. Ora um, ora outro tomava a frente nos negócios, junto à família, ou amigos... afinal, eram sócios em quase tudo. Quase tudo!

Só com esta mulher, esta maravilhosa mulher, que se tornara tão importante para ambos, quase ao mesmo tempo, só com ela não haviam conseguido entrar num acordo.

E tudo porque houve uma traição! Eles eram diferentes. O sentimental, cedeu primeiro aos encantos dela, que era tão terna e forte ao mesmo tempo, o que o encantou. Reconheceu e confessou que estava apaixonado, “caiu de quatro”, escravizou-se por aquele olhar, logo de início, pois apesar de ser “homem”, era sensível e romântico, e carente de uma companhia assim feminina, que fosse cúmplice dele, em suas aventuras pela vida!

O outro? Tentou dissuadi-lo, chamar-lhe à razão :” Não podes entregar-se assim, homem! Ou pelo menos não o demonstre, ou vais sofrer danos.” E ele, que sempre andara um pouco à sombra do outro, não por ser covarde, mas por achar mais conveniente não se expor, cedeu à pelo menos parte do conselho – e tratou de evitar entregar-se por inteiro, diminuiu os elogios, guardou as demonstrações de afeto para ocasiões em que não houvesse risco de pensarem, ela e outros, que era um “fraco”.

Entretanto, o outro,dentro daquela couraça que o protegia, aquele que era dos dois o mais forte aparentemente, tinha um coração de manteiga. Admirava nela uma e outra coisa, até que percebeu que era melhor tomá-la logo pra si, antes que outro o fizesse. E já que não era muito de mandar recado, era um homem de ação, agiu a seu modo, rápido, como cavaleiro heróico, tomou-a nos braços, possuiu sua rainha e prometeu-lhe seu império! Ela se deixou envolver e passou, a partir dali, a viver para satisfazer seu herói. Tudo fazia para agradar-lhe. Ampliou seu jeito terno, perdeu aparentemente sua força e cedeu aos caprichos daquele que arrebatou seus sentimentos. E ele o fez, não por ser semelhante a ela, mas por ter a coragem que ela não tinha e ser tão decidido, que ela lhe entregou, sem pensar, o seu destino.

O outro calou-se de início. Depois, compreendeu que era melhor assim. Tudo se encaixava bem e eles conviviam com ela, no que parecia ser o mais conveniente. ela fazia sexo com os dois. O tempo passou e Mauro percebeu que ela definhava. Ela, que antes perdera sua força, perdia agora um pouco do brilho, perdia também a ternura, lutava, debatia-se para não morrer. Então ele reconheceu nela, as lutas que ele próprio já havia travado, e perdido ou ganhado. O outro a estava matando? Então seria sua 2ª traição e isto ele não podia suportar! Precisava tomar uma atitude. Foi quando ela partiu. Foi embora.

Eles eram muito diferentes, quase opostos. O mundo rodou, abriu-se o chão sob os pés daquele homem, um tanto rude e sarcástico, forte e decidido, crítico e possessivo, que tinha dentro de si, um coração sensível. Ele já não sabia mais como ser inteiro, como juntar suas partes, como demonstrar a ela, que era terno e ainda era o seu homem. Não se acostumara a demonstrar amor !... a não ser, no leito. E, ultimamente, era sempre aquele, o que cedia, que ela preferia para deitar-se com ela, como se quisesse deixar fora do quarto a armadura junto ao rude herói . E ele, lá se entregava, como um menino... e a amava, como um homem pode amar quando vê além de si mesmo. Amava verdadeiramente e tudo valia a pena!

Agora, ele estava com o coração partido. Ela se foi.

Em frente ao copo vazio, na mesa do bar, ele sabia que naquele momento teria que tomar uma decisão. Ele nunca mais demonstraria seu amor novamente a outra mulher, nem a ela !... ou, quem sabe, por ela, ele ainda tentaria unir os dois homens que havia dentro de si – dois homens tão diferentes, ainda unidos pelo coração.

Crônica/pequeno conto - de Vera Alvarenga



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

- "Um Poema e Lindas Flores..."

Olá, estou chegando... e pra iniciar a semana,
Um Poema e Lindas Flores pra contar pra vocês, sôbre um de meus amores!


Hoje eu quero o verso e o poema.           


Soneto? Não vale a pena.

Quero a palavra,mas não em prosa.
















Da vida? quero a beleza,

que com certeza,

não vem da Rosa.



Fiz minha escolha. A opção?              


Por certo vem do coração,

segura,sem qualquer risco!



Lhes mostro em várias cores,

Um de meus lindos amores

O nome? Chamem-no : “Hibisco”!

 
 

domingo, 17 de janeiro de 2010

- " No Espelho..."


Ela se olhou ao espelho...
um dia como outro qualquer,mas ela se sentia um pouco cansada!                                                          Trinta anos, agora. Já não era uma menina !
Seus 3 filhos brincavam lá fora.Tantas coisas tinha ainda, para fazer !
Ela se olhou mais uma vez e disse para si mesma :

                 
" Ao te ver assim, no espelho, tão diferente do que sou,
fico perplexa e até desejo desferir-te um golpe mortal,
cuja dor seja tamanha, que possa arrancar-te, de vez, de minhas entranhas.

Menina tola, doce inocente, que teima em viver em mim!
Seria, penso, mais decente, livrar-te desta agonia lenta,
já que tentas sobreviver e não percebes que o tempo te mata aos poucos.

E como os loucos, neste momento
 em que a morte está em meu poder,
sinto divididos o coração e a mente,
que de repente,ficam entre nós duas
 - se sou a mulher, deste lado do espelho,
vejo e ainda amo a menina que fui um dia.
Novamente desisto e me acovardo,
poupo-te a vida, querida, não te livro do fardo,
e talvez por amor, perpetuo em mim, tua agonia." 

autora :Vera Alvarenga.
imagem: foto meu espelho em mosaico

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