segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

- "Um Poema e Lindas Flores..."

Olá, estou chegando... e pra iniciar a semana,
Um Poema e Lindas Flores pra contar pra vocês, sôbre um de meus amores!


Hoje eu quero o verso e o poema.           


Soneto? Não vale a pena.

Quero a palavra,mas não em prosa.
















Da vida? quero a beleza,

que com certeza,

não vem da Rosa.



Fiz minha escolha. A opção?              


Por certo vem do coração,

segura,sem qualquer risco!



Lhes mostro em várias cores,

Um de meus lindos amores

O nome? Chamem-no : “Hibisco”!

 
 

domingo, 17 de janeiro de 2010

- " No Espelho..."


Ela se olhou ao espelho...
um dia como outro qualquer,mas ela se sentia um pouco cansada!                                                          Trinta anos, agora. Já não era uma menina !
Seus 3 filhos brincavam lá fora.Tantas coisas tinha ainda, para fazer !
Ela se olhou mais uma vez e disse para si mesma :

                 
" Ao te ver assim, no espelho, tão diferente do que sou,
fico perplexa e até desejo desferir-te um golpe mortal,
cuja dor seja tamanha, que possa arrancar-te, de vez, de minhas entranhas.

Menina tola, doce inocente, que teima em viver em mim!
Seria, penso, mais decente, livrar-te desta agonia lenta,
já que tentas sobreviver e não percebes que o tempo te mata aos poucos.

E como os loucos, neste momento
 em que a morte está em meu poder,
sinto divididos o coração e a mente,
que de repente,ficam entre nós duas
 - se sou a mulher, deste lado do espelho,
vejo e ainda amo a menina que fui um dia.
Novamente desisto e me acovardo,
poupo-te a vida, querida, não te livro do fardo,
e talvez por amor, perpetuo em mim, tua agonia." 

autora :Vera Alvarenga.
imagem: foto meu espelho em mosaico

- "É preciso ver, refletir, compreender..."

Este é um vídeo muito comovente e lindo, que vi no blog da Mariana Fulfaro, terapeuta ocupacional.
Vale a pena ver. Vocês vão se emocionar.

       
   Pouco mais de 1 mes antes de ver o vídeo, por perceber que minha memória,que nunca foi lá grande coisa,estava me deixando na mão, fui a um neurologista, que me pediu um exame. O exame era moderno, caro, com um bonito nome e serviria para poder medir o funcionando da minha memória,além de outras coisas : "Ressonância Magnética do Cérebro com Espectropia do Giro do Cíngulo".
   Fico maravilhada com toda tecnologia moderna e grata por estar trabalhando e poder pagar por isto, pois me disseram que este exame, não era coberto por meu seguro saúde.
  Dias depois, na sala de espera, durante mais de uma hora, pude ver pessoas que tinham problemas mais sérios do que o meu - isto, se eu não estivesse com o início de uma doença que apavora a nós todos, que beiramos os 60 anos, e que sabemos agora, pode se instalar mais cedo do que pensávamos antes. Frente ao neurologista, homem sério e solícito, pude ver o quanto eu estava apreensiva pois, assim que  me afirmou que "tudo estava bem" e me certifiquei que não estava com a doença, me levantei e dei por encerrada a consulta .Saí do consultório feliz.
  Ao contar o resultado à norinha, depois ao marido, mais tarde ao filho, fui ficando novamente preocupada, pois me lembrei de algo que o neurologista disse, ao comentar sôbre o número que media exatamente o funcionamento da memória ( o que mais me preocupava), e era mais ou menos assim: ... "e seu resultado aqui é 6.9, e está dentro do normal."  Maravilha,tudo resolvido, pensei ! Contudo, logo depois ele comentou que só começavam a se preocupar, com o resultado acima de 7.0.
 Por que minha memória não "apagou" esta última frase? ela ficou martelando em minha cabeça durante parte da noite e metade da manhã, do dia seguinte, enquanto eu tentava trabalhar. E eu não iria deixar uma minhoquinha virar serpente (como dizia minha avó). Logo me vi tendo a coragem de repetir, pausadamente para o médico, ao telefone : " Então, doutor, o que me separa de ter que ficar preocupada com o mal de Alzeimer é apenas este.... 0.1 ??? " Já me pesava o medo de não poder mais trabalhar, ou manter minha independência para fazer coisas simples, e acima de tudo, de "dar a quem nos ama, mais trabalho do que podem aguentar."  Não é este, o medo de todos nós?
  Gente, vocês tem que convir que, 0.1 de alguma coisa com as consequências de uma doença como esta, não é algo que se possa passar batido, não é? É MUITO POUCO! UM QUASE NADA!
  Como sempre quero ver um lado bom das coisas, brinquei  com meu marido, que ele teria  que finalmente, deixar de se fazer de durão e, todos os dias, tentar me conquistar, dizendo o quanto me amava, ou eu poderia gritar quando ele viesse para a cama à noite ( ou vice e versa). Feito aquele filme, sabem? Romântico, não?! (certamente, ele não teria jeito pra isto!) E sei, pelo que comecei a vivenciar com minha mãe, quando veio morar conosco e começou com os sintomas, e pelo que já li a respeito, que esta fase romântica é logo substituída por outra, na realidade, menos interessante.
  Só me despreocupei quando o médico me esclareceu que, em se tratando desta medição , 0.1 era uma distância "quiloméééétriiiica!" e que eu não deveria me preocupar.

  Fiquei grata por poder contar com esta péssima, mas adorável e saudável memória, que me faz esquecer de certos detalhes, mas não dos sentimentos, de nomes, mas não das impressões que me causam,que é ruim há tanto tempo que já montei minhas rotinas e aprendi a respeitar a organização para ser eficiente , que me faz viver muito mais no presente, do que no passado e me ajudou a desprender-me daquilo que não vale a pena querer segurar. Minha mente sempre foi tão repleta de tantas idéias, sensações, vida e cores, que talvez, esta memória assim deficiente, seja apenas mais uma característica da minha "boa adaptação", ao mundo como ele é, e faça parte até de meu caráter.
  De qualquer modo, ainda estou aqui para os que eu amo e os novos amigos e isto, pra mim, é maravilhoso.
E quero passar para vocês, antes que eu me esqueça, um conselho que o neurologista disse que foi a melhor
descoberta, até hoje (no último congresso), como prevenção. Receita ?
  " LER  UM LIVRO( ou equivalente)  DE 200 PÁGS. POR MES !"  E isto serve para os mais jovens também!

 Quero comentar como é maravilhoso  o trabalho de um terapeuta ocupacional!
Parabéns a ela pelo Blog e obrigada por divulgar um vídeo tão importante p/ conscientizar nossos jovens a cultivar a paciência e o cuidado para com aqueles que, já não tem mais a carinha inocente da criança, mas podem habitar seu mundo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

- "Hoje vou botar pra quebrar!"

 Algumas coisas me distraíram ultimamente - coisas novas, pelas quais estou me apaixonando devagar.
 Então, fui deixando pra lá, para um amanhã, que ia dormir sem presenciar a realização da promessa feita a mim mesma desde há 3 meses atrás. Mas hoje decidi ! VOU BOTAR PRA QUEBRAR !

  ...e botei! Quebrei em cacos, que espalhei sem medo. Deixei minha mente vagar sem rumo, mas de repente, ela voltava para o mesmo ponto, preocupada com a dor de um amigo virtual, que perdeu um filho. Eu imaginava, que a gente é impotente diante destas coisas, me percebia balançando a cabeça e lembrando do que eu digo algumas vezes, para os filhos e noras, quando os vejo meio atrapalhados com o inesperado:
- " a única coisa que não tem jeito, é a morte!"
   Sim, a vida é assim... as vezes a gente se desmancha em cacos, que mais cedo ou mais tarde, tem que catar e transformar em outra vida. Após alguns minutos, olhei para os meus, e os peguei, e os aparei e os juntei novamente.

  Cacos... retratos de momentos esparsos... pedaços sem eira (com beira) ... ai ! alguns machucam com suas beiradas cortantes. Outros perfeitos, sem necessidade de aparar, quase parecem fazer sentido por si só, mas não, não fazem. Sòzinho, cada caco é apenas lembrança, do que já foi . E o que foi, não será jamais igual.
Embora seja importante, sòzinho, cada caco é apenas... um caco!
   Sòzinho, já não tem mais sentido. Tá morto, acabado !
   Hei, mas espere aí ! ( ai,ai,ai, lá vou eu, de novo... é uma mania que tenho...juntar aqui, ali, transformar... porque há em mim um grito de sobrevivência, uma compassividade ou esperança de que, tudo ainda poderá viver, mesmo que de outra forma).

  Então vou juntando, de novo. Antes mesmo da ação, o que me moveu foi a inspiração, a idéia de que é possível, a fé na minha criatividade e na criação. Em minha mente eu planejo, idealizo, vislumbro e os cacos, ao meu olhar já fazem sentido, não estão mais soltos, nem me parecem desconexos. Às vezes, nem fui eu que os quebrei, mas com carinho, eu os cato, junto em meu colo, limpo, recrio, transformo, construo, dou a vida...uma nova vida. Isto eu posso fazer! Recriar. É minha opção me deixar, ou não, ser movida pela fé em minha habilidade de consertar, curar, criar beleza, mesmo que seja só no meu mundinho, porque amo o bom e o belo. O que me move não é apenas vaidade, mas querer "enfeitar" o mundo ao meu redor...porque preciso.

  Por isto gosto dos cacos e do mosaico - ele nos faz lembrar a vida,  a importância que cada um tem no quebra cabeça, no mosaico do trabalho, da existência. Gosto do transformar : o que parece velho com sua textura carcomida pelo tempo, com suas rachaduras e rugas, em algo com novo significado... por isto tenho o vício de procurar o que há de belo, e de juntar os opostos. Uma de minhas primeiras esculturas, premiada em Taubaté, foi feita com um pedaço de pedra, metade de uma máscara e um copo de vinho, que uma amiga quebrou em meu aniversário. Ela e eu, imediatamente corremos para pegar o copo - ela para o jogar no lixo e eu, para salvá-lo, pois estava quebrado de uma forma tão interessante, que logo vi que seria algo belo... e esta escultura chamava-se : " Brindando a Vida!"
  Vou colocar sua foto aqui.

   Bem, e agora, vou voltar para o meu mosaico, que vai demorar alguns dias para ficar pronto. É um espelho e uma pequena penteadeira, para minha netinha.  Quando estiverem prontos, coloco a foto aqui, se eu lembrar!
   Mas, antes de parar, me pergunto... se eu...que sou um nada,nadica mesmo, um caquinho neste mundão, que faço os mosaicos mais simples... sou capaz de sentir assim, uma ternura em minha alma quando estou a criar... imagine só Deus, se existir, ( como eu  necessito ardentemente acreditar), quanto amor deve ter sentido, quando imaginou a idéia e teve fé em sua criação !..... Imagine o quanto de energia amorosa, o quanto de seu próprio espírito, estão lá, no mais íntimo de cada uma de suas obras....



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

- "Certamente ele vai morrer esta noite! "


 Lendo o poema " Entardecer" no blog de uma amiga do diHitt, é inevitável pensar que, a gente deixou vez ou outra, coisas para trás, que poderiam ter sido feitas, mas que foram adiadas para um amanhã qualquer.
  O poema, escrito por Victtoria Rossini, faz pensar.
  Bom seria, que pudessemos lembrar a cada manhã de um novo dia, de o vivermos como que fôssemos quase morrer, ao dormir à noite. Porque, o dia, com certeza, terá acabado para sempre... e ficaremos nós, lembrando as coisas que fizemos, ou não.
  Melhor aproveitar cada dia, não com a ansiedade de pensarmos que será o último de nossa vida, porque então, a gente fica escrava do medo de "perder o tempo" (que na verdade nunca pode ser "nosso"). Contudo, é quase isto!
  Ao nos aproximarmos dos 60 anos de vida, com certeza, mesmo que tudo esteja bem, talvez já tenhamos notado, que o tempo escorre pelos dedos das mãos, se o tentarmos agarrar, e que, ao mesmo tempo, não pode mais ser desperdiçado, pois o amanhã é menos importante do que o hoje e viver cada dia, no ritmo que nos convém, é a melhor coisa a fazer.
  Mesmo tendo tido a tendência a valorizar muito mais o presente, do que o futuro ou passado, pelo menos para mim, a vida passou a ser vivida passo a passo ...  e o dia ? 
   ...bem, tento estar nele  com a consciência que o estou vivendo do melhor modo que escolho viver "este" dia, ou pelo menos as horas em que sou livre para fazer opções. Sou hoje plena e irremediavelmente consciente de que ele será único e que morrerá ao nascer de uma nova manhã!
   Por isto, mais que nunca, estou inteiramente presente nele- no agora !
   Nem sempre a gente pode escolher tudo o que fazer, a cada dia, mas certamente, posso escolher como agir e me sentir, diante da maior parte das coisas, que não puder controlar . Será maravilhoso se pudermos aprender como sentir que não estamos desperdiçando nosso dia, porque o estamos vivendo plenamente e dentro dos padrões de nossas escolhas, sempre que possível, não é?

  Boa semana, meus amigos. Vera.

Obs.: o site onde vi o poema é o da Rose Nakamura.

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Depois do silêncio, as palavras transbordam"...

   Depois de muito silêncio, é impossível evitar escrever demais quando o tema interessa.
   Bem que eu intuia que esta história de blogar ia dar pano pra manga! Confessei,logo no início que estava ficando apaixonada por Sr. Blog e suas possibilidades!
   ... houve um tempo, quando morava em São Paulo, em que não importando  o tamanho da crise eu sentia que, se estivesse apaixonada por uma ideia ou projeto meu, nada poderia me abater, pois ainda estaria apaixonada pela vida. Mesmo um projeto simples, se me apaixonasse por ele, me entregava por inteiro encontrava significados e isto me fazia feliz, apesar de qualquer outra circunstância. Além disto, quando voltei para faculdade, ou quando voltei a trabalhar, fiz amigos com quem vez ou outra podia realmente conversar sobre mim, sobre eles, sobre a vida. Sempre gostei de conversar. Note-se que eu disse que sempre gostei de conversar, o que supõe ouvir e ser ouvida, e não discutir!
   Após uma séria crise financeira e algumas decepções por que passou meu marido, fomos morar em Florianópolis, como já comentei no meu Blog de fotos. Deixamos os amigos, filhos, compadres, e lá fomos nós... e lá ficamos à beira mar, por 10 anos! Cumprimentávamos todos, sorríamos para todos, mas não tínhamos ninguém mais íntimo com quem contar e atolados até o pescoço no trabalho. Não tínhamos tempo, nem saúde para fazer amigos. Foi uma benção poder morar naquele paraíso, enquanto recomeçávamos, mas percebi que era necessário voltar a conversar, encontrar semelhantes.
   Somos muito diferentes, eu e meu marido. Mesmo apesar do amor e batalhas vencidas juntos, nossas conversas, muitas vezes, se transformam em discussões. Nos adoramos, quando estamos abraçados e quietinhos ou quando precisamos lutar batalhas. Eu, sou uma pessoa crédula, mas reservada e cheia de questionamentos, pois preciso acreditar no que tenho que fazer. Ele, é um batalhador corajoso que age por impulso, nada reservado, crítico, mas que também acredita no que faz. No final, meu marido entrou na política (algo que odeio por ser um ambiente cercado de corrupção impune) e eu me vi sendo entrevistada sobre o que faria se fosse a primeira dama! Indo com ele para debates! Então, já não podia falar, nem o que pensava, nem o que via nos bastidores! Fora o fato de que recebemos ameaças anônimas em casa! As ameaças eram resultantes,é claro, da atitude de um "metido e destemido" como ele, que ia aos debates só para falar claramente sobre tudo que estava absurdamente errado ( ele era povo- nunca foi político!).
  Resumindo, antes da eleição, decidi que desta vez, eu iria por um caminho diferente do dele. Meus olhos já viam novamente o trem ir chegando à estação... ou eu entrava nele ou perdia o que restava de mim. Entrei, com destino a uma pequenina cidade do interior de São Paulo, onde meu filho e norinha me chamavam para acabarmos com nossa solidão e saudades "de familia". Ganhei de quebra um netinho que alegrou e curou minha alma e, um ano depois, mais uma neta . Meu marido? Ele veio junto, porque, é claro, não foi eleito! Como o seria? sem comprometer-se com ninguém em troca de patrocínio e sem conhecer o significado da palavra diplomacia...? Na minha opinião, político deveria ser obrigado a fazer um curso de formação e entrar por concurso honesto, e ali permanecer apenas por competência! Bem, pelo menos dele, eu conhecia as honestas e idealísticas intenções !
   Assim, após 13 anos de quase silêncio, em que minhas idéias se expressavam através da arte, cerâmica e do artesanato que nos sustentou nestes 10 anos em Florianópolis, quando descobri que podia criar um Blog para escrever, "conversar" com amigos virtuais, me apaixonei pela ideia. Criei um Blog de fotos, entrei no Flickr, para mostrar o que encanta meu olhar e comecei timidamente a escrever comentários no DiHitt.

  Começo a conhecer pessoas interessantes e animada escrevo. Me emociono com a amizade e palavras dirigidas a mim, pela nova amiga Maria Souza, e pelo elogio recebido do Sérgio. E eu, afastada dos amigos há tanto tempo e habituada mais a críticas e debates, logo desconfio e penso :
 - " Ah meu Deus, fui muito indelicada no site do Sérgio! Meu comentário foi longo demais! E ele, muito educadamente, em poucas palavras, usou um elogio para indicar isto! "
  Logo depois, dou uma risadinha amarela e penso : " Nossa Vera, que lástima! Não consegue receber um elogio? E se não fosse, onde está sua capacidade de transformar as coisas ? Você não disse que aprendeu que não tem que ser perfeita? " Então um novo pensamento me anima. Talvez eu tenha que acreditar no elogio sim, afinal pode haver entre os blogueiros, alguns semelhantes a mim... talvez ele esteja querendo me incentivar e eu deva usar isto para aprender algo. Afinal, como o tema que comentei, estou num período de transição, após mais uma imensa mudança de vida e preciso ser tolerante comigo mesma, como aconselho a outros.
   "Desculpe, Sérgio, fui indelicada. Estou aprendendo. Obrigada pelo incentivo".
   Estarei aprendendo em blogs como os dele, a me comunicar de um modo mais objetivo e com o tempo,  emoções e  mente se acalmarão e as palavras saberão que serão "ouvidas" e eu poderei voltar ao silêncio, sem medo de emudecer pra sempre!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

" Em 2010, não faria mal refletirmos sôbre o Bambu de Jardim"...


Eu o admirava, por sua flexibilidade diante do inevitável ! Muitos já aconselharam seguirmos seu exemplo, sendo  flexíveis, diante dos inesperados temporais da vida...
Sabemos que, quando o tronco é muito duro e inflexível, pode quebrar-se ao meio, afinal, viver não é estar apenas sob o céu a espera de que tudo seja perfeito. Quando o tempo está bom, sol brilhando, temperatura amena, há que se aproveitar, claro, mas não é sempre assim.
A vida também é feita de dias de chuva, temporais, vendavais e até tornados! Quanto aos últimos, não há remédio, a não ser ir pra "toca segura" e proteger-se como puder, pois não adianta nos fazermos de heróis, saindo a campo, de peito aberto! É preciso reconhecer nossos limites.
Contudo, flexibilidade é imprescindível, se não quisermos ficar "escondidos" o tempo todo, e nos será útil, para aguentar as mudanças inesperadas do "clima".
É sôbre uma outra característica do Bambu que quero falar. Li, há alguns meses, que um tipo de Bambu, plantado em semente, não dá sinais externos de vida, por quase 5 anos. O ser humano que o observa, necessita aprender a ter "paciência" para no final deste tempo, ve-lo brotar e crescer até atingir, por vezes, a altura de 25 metros! Nossa, não é pouco! 


E o que ele fazia por todo este tempo? Desenvolvia-se para  realizar o melhor daquilo que é de sua natureza.Para isto,passo a passo formava uma base sólida,maciça e fibrosa. Se a semente fosse "o sonho", diria que ela teve persistência e paciência para fortalecer sua estrutura, a fim de realizar seu intento de subir em direção aos céus!

 No ano de 2010, não faria mal refletirmos sôbre como anda nossa perseverança em relação aos nossos sonhos, nossa paciência em relação ao tempo em que estaremos gestando a realização deles e, sôbre nossa flexibilidade diante dos ventos que fazem parte do movimento da vida, sempre contínuo, sempre mutante... 
  Se é preciso muita fibra para chegar às alturas, convém não esquecer também da humildade para nos curvarmos,quando necessário!!
Pra onde nos levarão nossos sonhos, no próximo ano? Teremos paciência e perseverança para não desistirmos de escolher pra nós, o melhor que pudermos ser ( não "ter") ?  Seremos flexíveis ou humildes o bastante ?  É uma questão de escolha, não acham?
 Um Bom Ano pra todos !

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