quarta-feira, 30 de junho de 2010

- "Como escolher o melhor caminho?"....


      A gente faz escolhas, que nem sempre são as melhores.  
      Hoje penso, que talvez,estivesse mais feliz, se tivesse agido de modo diferente em algumas poucas coisas. Sei que tenho responsabilidade sobre as escolhas que fiz. Uso minha energia para viver mais o presente, assim, não me ajuda muito pensar que talvez não tivesse momentos decepcionantes, se tivesse escolhido agir de modo diferente. O importante é não continuar errando, por falta de fé no meu próprio discernimento. Não convém esquecer que não tenho bola de cristal, não sou perfeita e não posso controlar tudo; todos tem direito às suas próprias escolhas. Quando o que tenho a resolver envolve pessoas que amo, ou a família, posso ficar muito tempo em cima do muro, analisando os prós e contras da situação;sei que o tempo vai passando, mas é este meu modo de tentar ver, os dois lados do problema e aprender algo com ele. Ou, simplesmente, é a minha maneira de me perdoar por não ser perfeita e aceitar o meu medo, diante do que efetivamente, me dá medo!

     Sei que a vida não é fácil de se viver, como sugerem aquelas frases prontas que parecem resolver tudo com uma receita. Também não posso aceitar fazer más escolhas sòmente como conseqüência das primeiras, como se eu estivesse sentenciada a me acomodar com uma vida sem significado, ou sem amor, por exemplo. Isto seria deixar-me engolir pela depressão! Às vezes, estou por um triz! E de repente me levanto e continuo lutando, pelo que acredito que vale a pena. Hoje, com quase 60 anos, isto é mais difícil, pois a jovem guerreira que há em mim, se assusta com a imagem da mulher cansada. Não pensem que é fácil! Aquela história de que a vida começa na idade madura, que as rugas são belas marcas de nossa existência, são frases para os jovens ! Meu Deus, a idade nada representa, mas a gente só se conforma com a velhice e as dores, porque não tem outro jeito, e porque tem dignidade! Entretanto, ainda não entreguei o jogo. Além disto, seria um desperdício de vida. E eu sou muito grata por tantos momentos que vivi  para desistir, totalmente; a menos que eu esteja doente e não tenha oportunidade de optar ... Para mim, o melhor a fazer é exatamente “procurar fazer o melhor” ! E,quando estou triste demais, recorro a Deus e peço que Ele ilumine meu caminho,peço um sinal;às vezes, insisto com Ele que use holofotes, pois temo não entender os sinais, pois tudo que flui fácil, leve e bem, me parece bom.
     E como sei o que é o melhor? Não sei. Por isto me assusto; choro raramente, me emociono muito, sinto medo, me envergonho de minhas fraquezas ou de perceber o quanto sou ainda terna e menina dentro de mim, ou quando me sinto dependente ou desejosa do carinho do outro, pois nada disto combina com a mulher madura,calma e serena que gosto de ser. A calma vem de uma visão espiritualista, mas também da impotência frente ao inevitável. Acredito de fato que ninguém vive sem apoios. A diferença, é que algumas pessoas sabem disto e reconhecem; outras sabem, mas fingem que não é verdade.
    Se me dessem de presente, 10 anos a menos e um novo amor para o meu coração, mesmo que fosse o antigo, revitalizado e verdadeiro, eu seria a mulher mais feliz do mundo! Dentro das circunstâncias em que me encontro agora, no presente, que é resultado das escolhas do passado, estão as sementes mães do meu futuro. Me esforço para crer em mim, ao fazer mais uma vez escolhas, que não estarão baseadas na certeza, mas na honestidade, e terão que ser coerentes com a verdade dos meus sentimentos e  valores. Preciso, contudo, aprender a me amar também, antes de tomar minhas próximas decisões, mesmo que, o futuro me surpreenda  mostrando que uma das opções que fiz , foi um erro, terei a certeza de que a fiz, por acreditar que era a mais correta e motivada pelo amor ou desejo de fazer o melhor, pelo menos para mais um, além de mim mesma. 
texto : Vera Alvarenga
foto retirada da internet-pode ter direitos autorais.

sábado, 26 de junho de 2010

- " Saúde, presente de inestimável valor..."

   Outro dia duas amigas contaram que estavam indo a hospitais,porque vão se submeter a cirurgias. Claro que a gente deseja que tudo corra bem e procura levantar o moral com mensagens e um pensamento positivo.
   Contudo, foi difícil deixar passar em brancas nuvens! Não consegui deixar de pensar: -" coitada"... eu bem sei o que é estar no hospital, naqueles longos minutos enquanto aguarda a cirurgia, tentando se fazer de forte, enfrentar o medo e se segurar para não sair correndo, feito louca, corredor e porta afora do hospital. Quem me viu,nestas ocasiões, sabe que consegui controlar o medo e, na hora "H", o que ajudou mesmo, foi aquela conversa íntima com Deus, na qual a gente se entrega nas mãos dele e pensa: "O máximo que poderá acontecer é eu morrer. E aí vou saber se existe algo além desta vida, para o meu espírito e até que ponto ainda serei eu, ou terei lembrança desta vida. Se existir, não tenho com que me preocupar. Se não existir, não adianta me preocupar agora, porque esta droga de vida seria então, muito curta, frágil e sem significado para os humanos, que tem tanta consciência de si. Então, Deus, eu não queria morrer agora, me entrego em suas mãos e ilumina o anestesista e o cirurgião, por favor!"
     Sim, foi meditando assim, que consegui me segurar ali, naquela sala de cirurgia gelada, numa maca estreita, enquanto alguém mascarado me pedia para contar de trás para frente. Foi assim também, que me entreguei, humildemente, nas mãos de outros seres humanos e D´Ele.
     Entretanto, pior que estar ali na sala, é ficar ao lado,acompanhando, sem anestesia, tudo que acontece com um filho ou a pessoa que você ama e vê ser levada para lá. Meu Deus, me lembro quando meu marido foi fazer a cirurgia que resultou em 5 novas "pontes", das quais ele se vangloria, dizendo que com ele, não poderia mesmo ser qualquer coisa menos importante! rsrs.... Claro que é sua maneira de brincar com algo que foi sério. A sensação de impotência que a gente tem, neste momento, por mais que deseje proteger, ajudar, é horrível, mas nos mostra que, nem tudo podemos controlar e que, nestes casos, cada um de nós estará sòzinho, com sua dor e medo, a não ser, pela companhia de Deus. A dor que a gente sente junto, o medo, a consciência de que a vida não pode ser desperdiçada com mesquinharias, é imensa, mas é a nossa dor, e cada um a sente de uma maneira única!
      Depois deste acontecimento, há pessoas que recomeçam a vida de onde pararam, contudo com uma nova visão, um novo olhar para as prioridades. Também aí, os valores diferem, para cada um. Mas ninguém passa por isto, sem um renascer diferente.
     Evidentemente, quando foi minha vez, tudo correu bem, porque estou aqui,agora, aflita por uma amiga que talvez tenha que fazer uma cirurgia no coração. Que Deus a proteja também! E que ela se restabeleça logo, e volte a sentir a vida em toda a sua plenitude e do modo que a faça mais feliz e em paz.

texto: Vera Alvarenga
foto: retirada da internet. pode ter direitos autorais.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

- " Estou aprendendo a gostar e respeitar você..."

- Vera, você tem um minuto?
- Olá amiga.Estou trabalhando,mas podemos falar um pouco.
- Acho que tô apaixonada.
- Ah, que maravilha de notícia!então você tá feliz!
- Hoje não. Tô com saudades. Não falei com ele.
- Por que?
- É horrível estar apaixonada outra vez.
- Eu não acho...
- ..quando só você está, é.
- Xiiii...o que aconteceu? Ele sabe?
- Ele disse, outro dia, que não sabia.
- Bom, mas agora,sabe,não é? E então? Espere um momento..meu celular...preciso atender..
...................................................................
- O que você tava "falando"?
-  Que eu não queria que isto acontecesse, mas, aconteceu. E nem quero que ele faça nada. Só gostaria que não deixasse de fazer...
- O que ? Não entendi.
- Depois que falo com ele, meu dia fica mais alegre, parece que tudo fica mais fácil. Eu, às vezes, me pego sorrindo sòzinha. Coisa pra lá de boba. Ele é especial para mim. É como aquilo tudo que vocês escrevem nos blogs...não só ele, mas, o que sinto...
- Ué! E não é bom ficar assim mais alegre? Será que, para ele você é especial?
- Ele está sempre comigo, me manda uma flor,quase todos os dias ,ultimamente.
- Nossa, que lindo! Não é o que você queria? Mas,qual é o problema,então? Viva o momento!
- É fácil falar! É que...sabe tudo o que você escreveu sôbre ter auto-estima...ir só até o meio do caminho? ele me elogiou, me disse que eu sou especial porque dou carinho e não cobro...
- Xiii..... e daí?
- Acho que não sei receber elogio..não estou acostumada.. Fiquei sem graça, hoje não sou uma mulher tão desprendida assim, acho que estou mesmo uma mulher sem esperança..não gosto quando digam que não cobro nada, como se esperar retribuição fosse errado. Só que, somos só amigos, e tá bom assim.
- Olha só, isto é problema de auto-estima baixa. Gozado isto, né? Alto, auto, baixa...
- Não tô entendendo!
- Desculpa,amiga.Tava aqui só divagando...
- Falei umas coisas, até para elogiá-lo também,sabe, mas não sei se ele entendeu.Falei que até na amizade, a gente só pode ir até o meio do caminho!Lembrei do que você escreveu naquele lindo post! Exatamente porque ele está vindo sempre até o meio do caminho. Você pode achar pouco, mas isto me faz feliz!
- Preciso tomar mais cuidado com o que escrevo! Você só pode falar do que VOCÊ  acredita.
- Eu acredito! Sei que é isto mesmo. Não é só você que é uma mulher madura, né? Mas tenho que tomar cuidado com o que falo.
- Você é jovem,mas te conheço há algum tempo e você toma cuidado com o que fala! Bom, e daí? Tô ficando agoniada!
- Eu também, porque ele,às vezes some. E, é aí que me dá esta saudade toda. Sinto falta do sorriso dele, da flor. Não tô cobrando, mas sinto falta. É horrivel estar carente assim !
- A gente fica tanto tempo sem receber carinho,daquele espontâneo, que quando recebe, fica assim. Dá até raiva desta fragilidade toda. Olha, querida, eu vou te dizer uma coisa.. será que não era mesmo melhor você ver se esta sua amizade vale a pena?
- Nem diga isto! Já não te falei que ele é como você diz, lá no seu blog... o raio de sol da minha manhã? Eu fico mais feliz, fico mais resistente, eu não preciso mesmo muito mais do que isto, sabe? Pode me chamar de tola, de ingênua, sou uma "bundona" mesmo! Não sei se você pode me entender...Você é uma mulher madura, forte, experiente, muito mais velha que eu...
- Vixiii... Calma! Claro que posso te entender. Você nem sabe como posso te entender.
- É um sentimento tão bom. Receber um elogio, incentivo, um sorriso, uma flor dele! Você sabe que isto cura um coração que estava machucado, não é? E você sabe que o meu estava. Eu estou com medo de ficar sem nada disto, apesar de todos acharem que aparentemente, tenho tudo.
- Olha, eu tenho que desligar agora. Não fica triste. Eu não posso te ajudar, mas posso compreender,viu?
Vou colocar umas rosas bem bonitas no meu próximo post, só pra você. E vou torcer pra você se curar logo e poder ser feliz (com ele ou sem,amiga).
- Prefiro com... eu devo cultivar só a amizade...assim, vai poder ser pra sempre...que lindo...É isto mesmo! Como vocês falam lá nos blogs! E, sem dependência! Bem, isto é difícil...
- Hãn..A gente fala, você faz! Você é mesmo romântica! Sabe, eu estou aprendendo a gostar muito de você e te respeitar, viu amiga? Queria ter a sua idade e sua esperança! Tchau, fica bem!
- Vou ficar...mas torce pra ele continuar querendo, de coração, me dar aquelas flores, tá bem? Se forem de alumínio, também não interessa, né? Se esta amizade for pra sempre, acho que vou ficar feliz. Beijos.
- Beijo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

- " Neste inverno estarei em gestação"...

Também a natureza precisa um tempo para se adaptar.Aqui onde moro,no primeiro dia do inverno,dia 21,ainda havia sol que aquecia muito e parecia que o inverno estava com preguiça de chegar. Mas,ontem à noite, depois de falar sôbre livros com um amigo,sentada em frente ao computador,eu o percebi chegar. De repente. E veio de dentro de mim e de fora. A gente pensa em tomar um banho quentinho e ir para a cama mais cedo, se encolher, ou se aconchegar. O inverno pede aconchego, calor do cobertor, luz suave só para leitura ou ainda menos se for para namorar. Chá quentinho, chá com vinho ou só o vinho! Inverno pede companhia, ou introspecção. Refleti sôbre o amor...o amor de Inverno.
O amor de inverno, pede a presença do outro, porque as asas querem se aquietar no ninho quentinho e é hora de descobrir se é real este amor; a gente se encolhe e o outro aconchega, porque está lá; o abraço é macio, a gente pode rir, ou chorar todas as lágrimas, no peito daquele que se faz presente de fato, em nossa vida. E tem o vice-versa, porque sem isto, é só corpo,coberta e frio.
   No inverno, dá até preguiça de tirar a roupa e fazer amor, com o mesmo ímpeto que temos no verão. No inverno é preciso namorar, seduzir,conquistar, brincar de esconder e achar,mas o amor floresce mesmo assim, e também de outras maneiras, tão lindo como o Ipê Rosa ou Amarelo. É bonito de se ver e sentir. E aquece toda a natureza ao redor, só com sua presença verdadeira. Como é bom ter alguém no ninho, com quem possamos fazer este milagre da natureza acontecer!
   O amor de inverno, não precisa do mundo, só de dois...  de livros para se ler e depois comentar, e de compreensão, do chá ou vinho, e do avaliar, da existência de poucos e verdadeiros amigos e do planejar como se vai dividir este amor, com eles. O amor de inverno não precisa do mundo, porque está gestando, em si, o que dois conceberam (ou não), fruto do seu mais íntimo querer, e é ao redor deste querer, que viverão os dois, cúmplices e maravilhados, todas as outras estações do ano, revigorados pela força do que tiveram a coragem de juntos, conceber!
  No inverno, no aconchego da intimidade resguardada de todos os olhares, pode ocorrer o milagre e, um e outro descobrirem, um no outro, sua razão de viver, uma vida mais plena em todo o seu potencial.
  Neste inverno, eu preciso de você ou só restarei eu mesma, para mim. Contudo, sei que estarei em gestação daquele que contará seu segredo e se abrirá para o mundo, porque não poderá mais conter em si, o que é lícito compartilhar! Neste inverno, estarei grávida do nosso amor ou de mim mesma. Queria que fosse de nós.
texto : Vera Alvarenga
Foto : retirada da internet e pode ter seus direitos reservados.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

- " E se a evolução espiritual se der ao contrário ?"

De repente me passou aqui uma idéia maluca e vou brincar com ela. E se fosse o contrário? E se o processo de "evolução" espiritual, caminhasse ao inverso do que costumamos pensar?
Explico: Recebi esta manhã um email da Carol, em que aparecem fotos de lindos cães e em cada uma delas, uma frase, que nos chama a  refletir sôbre nosso comportamento... E eu ia lendo:
- " Se consegues como ele, estar de bom humor,sabendo ignorar os teus males e dores (bem, para algumas delas, eu orgulhosamente pensava que já estou quase lá)...e nunca te queixar (nem uma vez ?)...se consegues acreditar que cuidarão de ti até o fim da vida (bem,é preciso muita confiança no outro,como ele pôde confiar em mim, mas agora, já não sei se posso entregar-me assim)... aceitar todas as críticas sem ..(aí já está ficando difícil) e suportar as grosserias de certas pessoas (claro, pegaram no meu pé, "certas pessoas" são bem aquelas que nos são muito importantes, ou eram) sem as corrigir... ( Pronto, aí já é impossível e falei alto : Neste caso eu já seria certamente um cachorro! ora bolas!)
   Pois foi aí que me apareceu esta idéia estapafúrdia na cabeça, da qual ri, sòzinha aqui comigo e resolvi compartilhar... só para gente sair um pouco das rígidas certezas e brincar com a imaginação... Pois vamos imaginar por um instantinho, que estávamos todos lá no paraíso, criaturas perfeitas criadas por Deus e, após o desejo que nos fez morder a maçã e sonhar em sermos pequenos deuses aqui no universo que criamos...esquecemos de tudo, de como éramos criaturas divinas e um só com ELE... então...porque o paraíso não nos bastou...
   ...Tudo aqui começou a acontecer..coisas lindas que criamos e outras coisas, terríveis. E um dia inventamos que sabíamos como iríamos ter com ELE novamente...e inventamos mil maneiras diferentes, só porque tínhamos esquecido que éramos um só. E inventamos esta coisa toda de evolução espiritual... Quem sabe, será ao contrário? quem sabe nosso orgulho irá diminuindo aos poucos, e seremos como os cãezinhos mesmo, e depois como as pedras, sem orgulho mais nenhum, apenas participantes do todo, da natureza... e depois seremos flores ( para nos encher de toda a beleza do mundo)... e depois cada vez mais uma forma delicada, etérea, dividida, multiplicada, presente em cada ser...o próprio ar,talvez...ou os pontinhos brilhantes que alguns chamam de prana... e seremos livres do ego e seremos novamente, finalmente, um só com ELE... e sorriremos no sorriso Dele, e vamos plasmar em nosso pensamento um mundo novo, de seres angelicais...porque não saberemos, estando Nele, o que é egoísmo e vamos querer criar um novo mundo de PAZ ... e a vida em suas milhões de diferenças, começará novamente...
  Nossa! Em pleno início de semana pensar estas coisas... bem, preciso ir almoçar agora e voltar a trabalhar, antes que perca o rumo e saia latindo por aqui... Mas que os cãezinhos nos dão exemplo de comportamento, ah, isto dão!
  Texto : Vera Alvarenga
 Foto : Vera Alvarenga

sábado, 19 de junho de 2010

- " Minha Caixa de Pandora carrega uma maldição?"

Ontem, pela madrugada, lá fiquei eu novamente, macambúzia. Pronto, reconheço, não consigo aceitar a morte!...de nada,talvez... nem da flor que murcha e cai,porque já penso na que vai brotar amanhã... nem das pessoas que eu tanto amava, pois imagino que seu espírito está agora, ainda mais próximo a mim.
  Apesar de admirar as mulheres fortes que conheci, que tem a coragem de romper com aquele ou aquilo que não lhes dá o que merecem receber, apesar de ter no sangue os genes de uma delas, eu, não consigo romper com nada, ou quase nada. Mesmo que concorde que seria o mais correto, em alguns casos.
  Sabem aquela história que sempre repeti para amigos? - " O vazio assusta, mas é necessário deixar esvaziar o copo, para poder enchê-lo novamente e saborear um vinho melhor!" Eu realmente acredito nisto e, queria que alguém dissesse o mesmo para mim, quando eu precisasse ouvir. Só que, não consigo ver o meu copo vazio! O meu, está sempre meio cheio, ou pelo menos guarda lá um "bouquê"...até que eu possa sentir o aroma do próximo vinho.
   Não consigo perceber quando o jogo terminou...talvez porque queira me iludir, que o jogo nunca termine? Ou porque sou covarde demais para enfrentar o resultado?  Nem deixo de querer saber "como você está", mesmo que você há tempo, não pergunte mais de mim, a menos que eu ache que posso estar incomodando(porque então, me afastarei). E já não sei se isto é uma característica minha, ou uma fraqueza. Pensei esta madrugada sôbre estas coisas, fiquei triste, e logo, ao acordar,  só cheguei à conclusão que, embora não me orgulhe disto, sou assim. Se você quiser que eu me afaste mesmo de você, tem que deixar isto muito claro, tem que me magoar de fato, de tal modo que, no dia seguinte, eu não pense que aquele seu aceno de agora, quer dizer que fui eu que não soube compreendê-lo. Serei assim, porque meus olhos passaram muito tempo vendo uma contradição? Gestos que não pareciam demonstrar amor, de alguém que me dizia que me amava, e era eu que estava enganada ao ver o que via? Crianças podem ser assim manipuladas, ou convencidas. Até quando eu fui criança? Ou será que apenas vi no outro, toda a insensatez e insegurança que o fez não saber amar? Claro que, por vezes sinto tanta raiva que, apesar de ser naturalmente terna, gostaria de agredí-lo com toda a força de meus tapas, porque me sinto pressionada e agredida, por esta estranha estupidez que é o desperdiçar a vida, deixando-a passar ali ao lado, fria e vazia de significado maior. E então, onde estará minha ternura?  
   Porque tudo pode ser interpretado de duas maneiras, alguns diriam que sou positiva, tenho fé, que estou certa em pensar que só para a morte não há jeito (talvez por isto eu a tema, de verdade). Os pessimistas diriam que eu...bem, melhor nem saber!
   Serei de fato uma pessoa terna, que acima de tudo vê o amor porque o tem em si e na sua história de vida, ou serei uma vítima de minha tola incapacidade de ver a realidade da vida, como ela é? Com que critério podemos julgar as pessoas e como elas reagem diante do que mais querem, para sua vida?
   Acho que, esta tal  "Caixa de Pandora" que carrego comigo desde a maturidade,como disse ao criar este meu blog, traz dentro de si algo perigoso, como diz a lenda. A ESPERANÇA, será um presente nobre deixado para a humanidade de cada um, ou será minha maldição?

texto: Vera Alvarenga
Foto : Vera Alvarenga

sexta-feira, 18 de junho de 2010

- " Afinal, quem ganhou esta competição? "

Eu estava na praça, sentada ao lado da banca de livros e de outras pessoas que assistiam o mesmo show...
Um casal chegou e sentou-se nas cadeiras próximas. Logo notei que o homem resmungava alguma coisa a respeito da altura do som,depois, que ela tentava iniciar uma conversação e ele dizia que queria ler seu jornal.Dali a pouco, a mulher se levantou e perguntou:
- "Vou então até ali, ver os livros e caminhar um pouco, quer vir?"
O homem educadamente lhe disse para ir sozinha. Ela pediu licença e foi. Era uma mulher de meia idade, sem nenhum atrativo especial, mas parecia tranquila. Ficou bem próxima a mim, já que minha cadeira estava na ponta daquela fileira. Eu a acompanhei com o olhar e pensei: -" Este deve ser o marido e ela deve gostar de ler e ouvir música. Casal legal!" Ele, parecia tranquilo, ali, lendo seu jornal.
  A mulher, mal começou a folhear os livros, foi interrompida por outro frequentador daquele local agradável, onde passo algumas horas, nas minhas manhãs de domingo. O homem começou a conversar animadamente com a senhora, que mais ouvia do que falava. Ele era bonitão, mudava de assunto a todo o instante, porque na certa tinha muita experiência e o que contar e, quando ela parecia se interessar por um deles, ou fazia um breve comentário, ele já se animava para contar muito mais de si. Para outras pessoas que estivessem mais distante, poderia dar a impressão de que a conversa estava mesmo muito animada, mas a mim, que estava ali ao lado...posso dizer que, não tinha o mesmo interesse para os dois. De repente, a mulher interrompeu o homem e lhe perguntou : _ " De que signo você é?"  ele respondeu algo que não pude ouvir bem e ela disse: - " Ah, o mesmo do meu marido". E continuaram aquela conversa na qual um parecia estar habituado a ser ouvido e o outro, a ouvir... E eu, cá com meus botões, pensei: - " Que engraçado, ambos do mesmo signo. Será que esta mulher atrai o mesmo tipo de pessoa, ou terá outro significado?" Ri, comigo mesma, desta mania de querer compreender as coisas que acho curiosas, desta vida! Então, me interessei mais por acompanhar o que lá se passava. A mulher, de vez em quando, pegava outro livro na tentativa, talvez de escolher algum para levar. Para falar a verdade, comecei até a torcer para que a conversa pudesse ser agradável também para ela, pois o homem que viera consigo, o marido, parecia não ter muita disposição para conversar, e era um pouco resmungão...Parece que, finalmente minha torcida deu certo e vi nascer um interesse dela, pelo assunto!
  O tempo passou. O marido, então, terminou de ler seu jornal e olhou displicentemente para o lado. Ao ver sua mulher naquela "conversa animada", levantou-se de um pulo!
  - " Ai,ai... vejamos o que acontece!", pensei eu.
  Todo simpático, aproximou-se, colocou a mão gentilmente nos ombros daquela para  quem, até a pouco, nem levantara um olhar, e brincou simpaticamente, com o outro:
  - "Bom Dia! então é o senhor que está roubando minha mulher, por este tempo todo!" Gente, mentira! eu sabia que ele só tinha dado pela falta dela, quando terminou seu jornal! E que não lhe dera atenção nas poucas tentativas que ela fizera para falar sôbre a música, as pessoas ou sôbre a praça.
  O outro homem, não se deu por vencido e lhe respondeu que estava tendo uma agradável conversa com aquela que já podia considerar uma amiga e continuou:
 _ " Estávamos falando sôbre...." e o marido logo o interrompeu, dando uma opinião diferente, no assunto. O estranho, comentou rindo, que já sabia que eram do mesmo signo e que, naturalmente não iriam concordar em dar razão um para o outro. E ambos riram. Assim, os dois começaram uma conversa realmente animada, daquelas em que ambos tem o que dizer, daquelas que se tem entre iguais! A mulher, olhava para um, e para outro, ali, a competir para ver quem seria o vencedor. De repente, colocou o livro na banca, balançou a cabeça e virou-se para ir embora. O marido foi interrompido por aquele que, pelo menos demonstrou estar um pouco mais atento à presença dela. E este perguntou:
  - " Já vai embora? Sem ao menos levar um livro? Desculpe se a atrapalhei!"
  E ela, educadamente respondeu :
  - " Claro que não! Gostei de conhecê-lo, mas prefiro voltar outro dia e escolher, com mais calma."
  E eu me perguntei... "Afinal, quem ganhou esta competição maluca?" Os homens se afastaram, sorrindo e arrastando as esporas, feito galinhos de briga, depois de um empate. E ela, parecia menos alegre do que chegou, mas um pouquinho mais sábia, embora ainda tivesse as mãos vazias...

texto : Vera Alvarenga
foto : internet, modificada por Vera Alvarenga

terça-feira, 15 de junho de 2010

- Meme - Música para os amigos"

Minha querida amiga Márcia Canêdo do http://jornalismoantenado.blogspot.com me convidou para esta celebração da amizade virtual e aqui estão meus amigos indicados e as músicas que lhes ofereço. Espero que apreciem.
Este meme que busca unir todos os dihittianos em mais uma nova corrente de grande amizade. Só não sei se vou saber linkar o blog deles....
As regras são simples:
1) Indique apenas quatro Amigos dihittianos, (link a pagina dele em seu blog),
2) A cada um, dedique a música que melhor o identifica, (linkando um vídeo musical de sua escolha)
3) Coloque o "link" do blog de quem o indicou
4) Através do dihitt, não deixe de comentar as postagens dos amigos com referência a este "meme"
5) Envie um recado a seu Amigo reportando sua indicação para que ele também participe

Meus indicados para continuar essa "corrente do bem" são os amigos(as):
1) Um amigo que deixarei anônimo e a Rosana Madjarof - sua música é : "Tears in Heaven"

2) Sérgio Marcondes Soares - sua música é um jazz: "Live"

3) Maria Marçal - sua música é : "A mulher que eu amo"

4) Jackie - sua música é : "O que é o Amor"

Meus queridos amigos virtuais espero que tenham gostado de suas músicas. eu gosto muito delas!...rs).
Com carinho,
Vera Alvarenga







segunda-feira, 14 de junho de 2010

- " A gente é feliz com o que sente...e dá..."

Tenho falado aqui, de quando o amor "perde um pouco seu encanto", e do perdão. E recebi apoio e comentários que tem vindo somar e me ajudar a compreender melhor estas emoções humanas, em mim.   Perdoar! pensamos que sabemos! mas há muito a aprender(pelo menos no meu caso). Quando se percebe que "o amor perdeu um pouco de encanto, dentro do coração"...neste caso,não se trata de  precisar perdoar o outro, mas de perdoar a mim mesma por perceber que isto aconteceu logo comigo, que pensei ser capaz de o amar para sempre, com a mesma intensidade, e de nunca desejar nada além dele, da forma que ele é. Fico falando "dele", esperneando, mas me surpreendi COMIGO mesma, por não saber viver sem ele, mas hoje desejar ter tido a coragem de ter me afastado antes.  E, na maturidade, sentir-se assim, é muito mais sério, é como ver que não há mais tempo para construir o futuro que se acreditava que iria colher agora. Mas, é mesmo na maturidade que colhemos o que plantamos!! Mesmo que no passado a gente estivesse pensando estar agindo da maneira mais correta, insistir em "sustentar" as diferenças, como se elas pudessem ser sublimadas, pode ser um erro. O sentimento, acreditem, faz mais falta por não estar mais dentro do MEU coração, como antes... É deste sentimento dentro de mim, que sinto mais falta, pois há muito eu o estava tentando aceitar como era. Parece ter fugido ao meu controle...mas não, apenas colhemos o que plantamos.
  Descobri que A GENTE É FELIZ COM O QUE SENTE e DÁ - o que recebe pode ser ou não ilusão, mas se acreditamos que é verdadeiro, nos preenche.  Estou aprendendo a me perdoar por sentir raiva ( sentimento raro em mim) de quem eu mais amei na vida(e por mais tempo!). Raiva porque o culpo por ele ter sido tão insistentemente egoísta. E agora, sou eu a egoísta! Há dias que me sinto perdoada e forte, mas há pequenas recaídas. A raiva, está indo rapidamente embora, mas há certa intolerância quando a ferida é aberta. Hoje sei, que estar na presença de amor, significava para mim, confiar, a tranquilidade de sentir que a pessoa que está conosco não nos vê como se a estivéssemos ameaçando, e que isto me faz tanta falta como o ar que respiro, uma vez que competitividade em excesso e grosseria me pressionam como um sapato pisando numa barata ( eu sou a barata). Sei que o mundo não tem que ME fazer feliz, mas a pessoa em quem confio, tem que confiar e se entregar também, ou não aguento o constante atrito! Guerra, não é para se vivenciar na intimidade. Então, às vezes escolho "deixar pra lá", para que tudo fique bem. Contudo, se eu fosse mais jovem, penso que não teria mais este comportamento. Houve um tempo em que pensei que meu amor e tranquilidade fossem levar algum sossego ao coração do meu homem amado, que se sentia tão desafiado pela vida e pelas pessoas. Sinceramente, posso ter sido apenas prepotente, sem o saber, por julgar que tinha algo melhor para dar a ele. Como se eu fosse superior! Acreditem, não me sinto nada superior hoje, ao olhar para o homem honesto, forte, corajoso, que ele é. Ambos somos pessoas boas, que nos desencontramos, no meio do caminho- estou vendo a vida de modo diferente, mas estou tentando conviver com isto.
  Por isto,embora já  não tenha mais meu antigo avatar impessoal, falo disto aqui, porque, me expor é muito pouco perto da pena que sinto pelo que aconteceu... e pode acontecer com qualquer um de nós, mesmo os bens intencionados e amorosos como eu, passarem assim, por uma fase de cansaço e desilusão em face da mudança de seus próprios sentimentos. Falo, porque não quero refletir sozinha  sobre nossa condição de seres humanos que somos, imperfeitos e carentes de amor compartilhado e cúmplice, na medida que satisfaça nosso ego, que quer ser reconhecido, e queiramos ou não ,existe e nos dá a sensação de que existimos como indivíduos. Se somos reconhecidos, nos sentimos vivos e especiais.
  Texto: Vera Alvarenga
  Foto :  Vera  Alvarenga

- " Seria mais fácil, se eu tivesse um avatar..."

Seria mais fácil ter continuado com meu avatar, aquelas flores azuis que representavam o que eu queria dizer...
Hoje, sou eu mesma aqui, com meu nome, sobrenome, família, filhos, história de vida, uma amiga que existe e vem falar de algumas coisas que mexem com o sentimento e a emoção...
Queria falar sôbre alguns preconceitos, exageros, problemas sexuais até, e emocionais que as pessoas podem ter que enfrentar, na maturidade, e seria mais fácil se eu tivesse continuado com meu avatar! Com minha alma de artista, sensível ao problema de outros, às vezes, para agravar a situação, misturo tudo, o que é meu e o que me faz sentir empatia, e escrevo uma poesia mais emocional ainda!
    Se refletirem comigo, verão que, quando um assunto é enfatizado de modo impessoal, qualquer assunto, pode ser incansavelmente discutido, porque é mais fácil falarmos daquilo que afeta o outro, distante de nós...  Quando queremos enfatizar algo e o fazemos de modo pessoal, corremos o risco de ser encarados como "aquela pessoa chata" que "lá vem ela de novo com a saudade da filha que morreu, ou de como se sente deprimido ao pensar no filho que já não está aqui, ou de como se sente assustada por descobrir que não consegue ter em seu coração o mesmo tipo de amor que sentia antes..." E corremos o risco de esquecer o mais importante, que é o perceber que estes sentimentos estão muito próximos a nós...amanhã pode acontecer conosco, como a AIDS... melhor entender talvez como um alerta, o alerta de que, nenhum de nós consegue ser perfeito e isento de erro ou vulnerabilidade.
  Abraço,Vera.
texto: Vera Alvarenga
Foto : Vera Alvarenga

sábado, 12 de junho de 2010

- " Sôbre estar apaixonado e amar..."

 Acabo de ler um texto que fala sôbre a diferença entre o que um homem sente quando ama e quando está apaixonado. Me fez refletir bastante.      
Concordo que quando a gente ama é algo que depende mais do que temos em nós, do que daquilo que o outro nos está oferecendo, no momento. E acho que o amor vem com a maturidade do relacionamento. E é imenso,sim, mas não tão aparente..é mais discreto, do que a paixão!
Só que, estamos falando da CAPACIDADE DE AMAR, de cada um, claro. O apaixonar-se pode nos levar ao amor. E, que maravilha quando isto ocorre e pode ser vivenciado a dois!Porque, quando pensamos no amor entre um casal, e no sentimento que os une, então, este precisa ser alimentado por ambos e cultivado, sim, e até por ser "entre os dois", precisa de ambos,não pode existir só pra um. O texto comenta que "Quem ama, continua a amar, mesmo em presença da traição". Sei disto, quem ama, perdoa.E foi assim que "eu" sabia amar. Contudo, aqui está onde discordo em relação à repetição desta atitude, pois traição pode ocorrer de várias formas.O sentimento de uma pessoa que é traída pela outra, de diferentes formas, não pode perdurar como amor incondicional,pra sempre... O amor existe, mas o sentimento muda e não é mais tão nobre, leve e belo.
  Na minha história de amor, eu sinto que meu sentimento por ele vai perdurar para sempre,de uma forma ou outra, mais do que os 40 anos de nosso relacionamento, mas, o sentimento que nos une, o que caracteriza o relacionamento "entre dois", infelizmente não é tão bonito, altruístico e não conseguiu ser cúmplice. Meu companheiro diz que me ama e acredita nisto...mas, em minha opinião, como o texto tambem afirma, o amor é algo que, quando existe, é, está lá , brota do coração naturalmente, em atitudes nas quais nem se cogita mais em traição no momento de se escolher entre a pessoa amada e outro objeto qualquer de desejo egoístico. E esta é uma decisão intrínseca que traz a tranquilidade de nunca se estar "sacrificando" por amor, pois não é sacrifício fazer uma escolha natural.
  E, neste caso, uma pessoa pode não saber o que fazer com sua capacidade de amar, então pode direcionar este sentimento para outras formas de amor e de se apaixonar, até que encontre a cumplicidade e comprometimento que pode valorizar imensamente a vida. E este sentimento pode ser oferecido a uma pessoa, muitas ou a uma ação, onde o amor possa florescer.
  Quem ama de verdade, quem tem a capacidade de amar, pode ter este sentimento de amor às vezes, ameaçado por uma atitude egoística,oposta e constante do outro. E, quando isto se dá, o sentimento "entre os dois", pode perder sua força, e a pessoa que realmente amava, pode desejar sim, amar outra pessoa, que perceba que este sentimento poderá trazer a cumplicidade e uma vida imensamente mais significativa, para os dois. Então, apaixonar-se pode ser este caminho, na tentativa de realização deste "amor entre dois" que não se realizou da primeira tentativa..
  Porque, penso que o amor, aquele que vive em nosso coração, se não é alimentado pelo outro, só pode perdurar apenas dentro do coração, e não no relacionamento. Amor totalmente incondicional, na minha opinião, é algo que o ser humano só alcança sentir, mas não consegue vivenciar dentro de seu relacionamento com o seu companheiro(a), porque mesmo que não queira, vai desejar ver-se refletido no outro. O amor, em presença do persistente egoísmo se retrai, ou vira em outra direção para poder brilhar e distribuir suas bençãos.

texto: Vera Alvarenga
foto : que tirei da foto lindíssima, que ficou em 2º lugar no Concurso (Re) Tratando o Rio Sorocaba.
 A foto é de Carlos Alberto Muzzili.

sábado, 5 de junho de 2010

Há quem diga que se fechou para o amor...

" Há quem diga que se fechou para o amor".
Eu não!
 Há quem diga: "Se suspeita que não o ama mais, porque ele não soube te amar, por que está com ele? apenas a ternura é suficiente?"
 Mesmo que sinta que já não há mais tempo para mim, por que continuo desejando amar?
 Porque tenho uma linda história de amor, na qual acredito e quero lhes contar.
  Ela era uma jovem menina/mulher. Ele, um homem.
  Ela, inexperiente, nem pensava em tão cedo amar ou sofrer como seus pais que estavam se separando. Ele, experiente, decidido a finalmente conhecer o amor, precisava ser amado e se apaixonou por ela.
  Assim,sem querer, ela se deixou tocar pelo beijo e carinho de um homem apaixonado, que a tomou pela mão e a conduziu. Ela, nada sabia sôbre o amor, mas se deixou levar. Seguiu docemente com ele.
  Depois de algum tempo, foi tocada por eles, pelo homem e pelo anjo do Amor. E se apaixonou perdidamente, por ambos, mas pensava que eram um só. Ao homem, deu seu primeiro beijo,seu corpo e seu coração... ao Anjo, sua alma! Jamais poderia esquecer o gosto daquele beijo...o primeiro e eterno beijo do Amor.
  A vida seguiu seus caminhos, lutaram batalhas, perderam umas, venceram muitas outras, durante mais de 32 anos, juntos, os tres. Os tres?? Ela o traía, então? Não ! Entre eles só havia o anjo... o amor. E ela não o idolatrava, era para o homem que dirigia seu olhar.
  - "Ah! então era o amor romântico. Aquele culpado por todas as decepções! Esperava demais de quem não tinha o que dar?"
  Não ,não era,não! Era apenas o amor, que ela trazia no peito, na forma de viver, de sentir, de se dar, de ser, de compreender... O anjo velava por ambos, ensinava a compartilhar, coexistir em paz, sublimar, ultrapassar limites. Não, não era o amor romântico, não, não era ilusão! Era verdadeiro, foi provado, desafiado, vestiu-se em armadura, lutou batalhas, despiu-se, deitou-se nos leitos, deixou-se experimentar de mil formas, testou seus limites, brindou a cada crise que insistia em renascer vitorioso, como Fênix. Era simplesmente o amor, pois amor não trai, não desmerece, não caçoa, não abandona, compreende diferenças, fortalece o outro e a si, e se reproduz em mil gestos de retribuição e do compartilhar alegremente a vida, com todos ao redor.
   E a vida continuou a seguir seus caminhos... mas ela percebeu que algo havia de errado, pois estava cada vez mais só, digo, não eram mais os tres, apenas ela e o Amor. O homem? Tinha olhos para si mesmo. E perdia-se na imagem do espelho. Talvez o espelho, com sua magia inebriante e ilusórias promessas, tivesse enfim conseguido sair vencedor, enganar seu homem amado. Talvez ele já a estivesse traindo com a imagem, há muito mais tempo! Talvez ela tivesse baixado a guarda. Talvez o próprio Amor, tivesse deixado de os proteger com suas asas...talvez...
E então, ela finalmente percebeu a existência do outro. Percebeu que o estava traindo!
   Meu Deus, após tantos anos, ela o traía!  Ficara tanto tempo sozinha com o tal amor, que o sentia dentro de si, verdadeiro e potente. Foi inevitável. Sem poder escolher entre os dois, hoje, sua alma chora ao olhar o homem e ver que está apaixonada apenas pelo Amor, e este, não pode expressar-se por si. Não tem mais um nome e assim, um tanto frio, flutua num espaço sem gravidade, não podendo ocupar um lugar palpável.  Ao homem, oferece sua ternura, quando pode perdoá-lo por ter se deixado enfeitiçar pela imagem do espelho, tantas e tantas vezes. E neste momento, revive as emoções do melhor papel que interpretou em sua vida, porque era o mais verdadeiro! Ao amor, dirige um olhar de tristeza, pois ele está dentro de si mesma e distante ao mesmo tempo. Não pode mais vivenciar seu papel, em plenitude, com a alegria de outrora, como uma mulher que é amada pelo homem amado e por este amor se sente preenchida, e deste amor transborda para a vida. E o amor, fragmentado, terá que viver em outras personagens -  na fraternidade, na amizade."
   Esta é a história que está tatuada em mim, com todos os seus sinais.
   Por isto, não posso dizer que "me fechei para o amor" - ele está em mim, e jamais poderei esquecer o seu beijo... mesmo que minha pele tenha todos os anos de uma existência, todas as rugas e sinais do tempo... mesmo que a tristeza já me tenha dito que é muito tarde para encontrar alguém, com quem pudesse consumir o verdadeiro ato, da traição e reconciliação com a felicidade, alguém que tivesse podido compreender que o Amor nunca deveria ser o par de um só, mas viver entre os dois, para uní-los!Por isto, vou sempre brindar ao amor e desejar que os jovens amantes nunca se percam no espelho...Por isto, tenho que dizer :
-Que sejas bem-vindo, amor!Quis te afastar de mim,pois és sentimento que também faz sofrer. Não o farei mais. Tu és bem-vindo, pois já estás em mim e não sei viver sem ti. E espero que possa guardar-te para viver-te plenamente em muitos momentos, talvez, um dia novamente. Porque quero amar. Sou apaixonada pelo amor, sentimento que pulsa em mim, corre em minhas veias, vem do meu íntimo ser e me conta que estou viva.
  Contudo, o amor que é dele, que é do homem e ele diz que tem pra mim... se o tem, só o poderei ir buscar, no ponto exato do meio do caminho. Só até aí, eu poderei chegar..
texto: Vera Alvarenga
foto : internet - pode ter direitos autorais

sexta-feira, 4 de junho de 2010

- " Uma segunda chance.." - Parte final

   As perguntas geravam respostas conflitantes. Ela parecia querer testar a validade do que sentia.
   - Até que ponto ele é responsável pelo que sinto? Será que ele sabe como lidar com seus próprios sentimentos? Fui paciente, clara o suficiente,pedi o que precisava receber? Eram perguntas que ela se fazia, como se fosse seu próprio acusador.
   Então sentiu raiva. Tinha vontade de bater nele, esmurrá-lo, sacudir-lhe os ombros, despertar seus sentidos para o mundo ao redor daquele umbigo tão estupidamente egoísta! Ao mesmo tempo, tinha vontade de gritar : - Acorda! me ama! a vida não é fácil; juntos será melhor.
    Então, reconhecia o seu fracasso. Não devia ter caminhado os passos que deviam ter sido dados por ele. Amor era coisa pra dar e receber, não para pedir, insistentemente... ela tinha até que lembrá-lo dos gestos que a faziam feliz! Ele mesmo havia pedido que ela o lembrasse "destas coisas que alimentam o amor", mas ela queria receber gestos espontâneos. Ele não poderia lembrar-se dela, por si mesmo?
   Com o reumatismo e  problemas financeiros,ele tornou-se mais difícil de conviver. E ela desejou assumir de vez o direito a seus sentimentos, até sua raiva, até seu egoísmo.Não lhe parecia egoísmo. Parar de conformar-se com migalhas, só porque achava que a vida era mais importante do que ter seus pequenos desejos satisfeitos! Ele mesmo se gabava de satisfazer o que desejava. Ainda não sabia como, mas precisava separar-se dele. Não se sentia amada por ele, para ficar.
   Então, tudo aconteceu num piscar de olhos. Um dia, uma pressão no peito, ao nadar.Ela, teve intuição de que havia um perigo ali. Por um destes milagres da vida e de Deus, dois meses antes, pensando no reumatismo do marido, ela pedira ao filho mais velho para fazer um convênio saúde de presente para o pai. O filho atendeu prontamente o pedido, mas não haviam contado ainda para ele, que era muito orgulhoso para aceitar receber o presente. Aguardavam o tempo de carência e o cartão para o presente completo.
   Após ficarem por um dia inteiro a espera de consulta e exames, em um hospital estadual, o médico sentenciou: " Internação e cirurgia de emergência!" Durante as horas que ele ficou a espera dos exames, ela andou por lá, encontrou o médico que operou sua mãe dois anos antes, e lhe perguntou como estava o hospital, caso o marido precisasse de alguma cirurgia. O médico conhecido lhe disse : - "se fosse com um parente meu, levaria a outro hospital"! Convenceu o marido a ir para casa,para internar-se só após ter tempo de telefonar aos filhos. Ela estava apavorada, mas, como sempre, disfarçou. Na manhã seguinte, a caminho do hospital, mudou o trajeto e dirigiu-se ao Instituto do Coração, que estava no convênio. Então, contou ao marido sôbre o presente do filho. Ele ficou furioso com a falta de respeito dela, por querer controlar as coisas que eram dele! Quis descer do carro. Ela suplicou-lhe para não fazê-lo.
   Ela se perguntava, até que ponto quem ama pode ficar indiferente ao que acontece ao seu lado, com quem fora o amor de sua vida?! Não participar, não ajudar, deixar o outro sòzinho neste momento é que lhe pareceria falta total de amor, humanidade e intenso comodismo.Como ele podia estar sempre sentindo que as pessoas o desafiavam, quando na verdade isto era um natural comprometimento com o outro? Contudo já entendera que seres humanos sentem diferentemente...
   Ao chegar ao hospital tudo foi muito rápido. Após cateterismo, médicos lhe disseram que ele precisaria de uma cirurgia imediata, mas que não tinham condições de fazê-la devido a carência do convênio e aos remédios que ele precisaria deixar de tomar para evitar hemorragia. O chão lhe fugiu debaixo dos pés,  quase sentiu-se desfalecer, mas não tinha ninguém para apoiá-la e precisava evitar que transferissem o marido para o falido hospital estadual. As coisas foram acontecendo rapidamente. Como visitantes não permanecem nas UTIs, ficou a maior parte do tempo no carro,no telefone público e tomando outras providências, que não sabia que tinha forças para tomar.  Só ia para casa de madrugada, para um banho e a fim de dar insulina para a mãe. Não era corajosa. Precisou buscar forças além de si.
   Durante as noites, enquanto ele estava na UTI,encontrou um modo de entrar sorrateiramente pelas portas dos fundos do hospital e ficava quietinha ali, na sala ao lado da UTI, reservada aos parentes de pacientes graves. Parecia a ela, que se não velasse pelo sono dele, poderia ocorrer o pior e temia ir para casa e transferirem seu marido para outro hospital. Por que não a anestesiavam também? Quando tudo se resolveu, a cirurgia foi feita e os enfermeiros faziam "vistas grossas", deixando-a  ficar - ela não incomodava, estava petrificada! Durante o dia, mal ia ao banheiro, para não ter que passar pela sala de espera na recepção  e assim, evitar que outros acompanhantes criassem problema. Mas uma vez se perguntou, se ela estaria sendo prepotente ou teria ilusão de poder para controlar a vida dele, como ele a acusara. Não, ele é que não sabia reconhecer gestos de comprometimento e amor. Não obteve resposta que a dissuadisse de ficar ali. Para ela, era vital que permanecesse, encontrando doadores de sangue, convencendo o médico a ajudá-la com o convênio, orando, enviando luz em pensamento, pedindo a Deus que lhe tirasse um pouco de sua energia e até seu anjo da guarda, e os enviasse para ele. Não sabia como agir diferentemente. Estava amedrontada.O quarto tinha uma janela que abria para uma grande árvore, onde os passarinhos vinham cantar. Isto, certamente ajudaria na recuperação! Ele poderia vê-los se ela mudasse as camas um pouquinho de lugar. E conseguiu, porque enfermeiros e médicos são humanos...
   Durante aqueles 15 dias e muitos outros após a cirurgia, seu pensamento de uma vida independente dele parecia excessivamente egoísta e sem sentido. Ela o amava. Se Deus queria mostrar-lhe isto, ou como era medrosa, ou como precisava do amor dele, conseguiu!!
   E mesmo pelo tempo de recuperação pós cirúrgica e ainda pelo tempo que lutou para evitar que ele entrasse em depressão, como a haviam avisado que poderia ocorrer, e ainda quando sua mãe morreu, e também sua cachorrinha de 14 anos, durante este período de medo e tantas perdas, ela amorteceu seu desejo de ser tratada com mais respeito; compreendeu que ele a amava mas não sabia como deixar de ser tão egoísta.
   Ela reconheceu que também estava sendo egoísta. E acima de tudo,agradeceu a Deus por ter dado a ambos uma segunda chance, prometeu que faria de tudo para vivenciar o amor e não reclamá-lo, afinal, só para a morte, não havia jeito! E acreditou que podiam sair mais fortes e cúmplices, desta experiência.
   Todas estas coisas vieram como um presente da menopausa, numa Caixa de Pandora, dentro da qual só restou a Esperança!
  texto: Vera Alvarenga
  foto:  retirada da Internet

quarta-feira, 2 de junho de 2010

- " Uma segunda chance..."

Eram um casal comum, com uma história de desafios e batalhas vencidas juntos,como tantos outros.
   Uma vez...entraram em crise. Ela principalmente! Porque, para ele,tudo estava bem,com exceção do fato da companheira estar assim um tanto indelicada,impaciente,reclamando de tudo e contestando suas idéias,o que o desagradava bastante. Ultimamente ele se via obrigado a falar com ela secamente ou deixá-la falando sòzinha. Virar as costas,sair de perto,foi a melhor alternativa para evitar discussões e parece que ela não queria compreender,que ele só estava querendo evitar ouvir a mulher menosprezar a si mesma, na frente dele, como se não tivesse valor. Claro que ela tinha valor para ele! ele a amava! Contudo, ela não queria entender que poderia evitar tudo isto facilmente, voltando a agir como antes. Por que sua mulher teimava em cometer o mesmo erro? Ele fora franco,avisara que não gostava daquele jeito dela perguntar sôbre tudo e colocar em dúvida suas convicções,o que o aborrecia muito...mas,fora isto,tudo estava como sempre, o que significava que estava tudo bem.
   Para ela, não. Os sentimentos estavam à flor da pele. A impaciência surgia disfarçando um outro sentimento,muito mais forte,que ela tinha medo de enfrentar. Até o dia que, para surpresa sua, este sentimento apareceu assim, desnudado - uma visão nua e crua do que se passava dentro de si mesma - o motivo que fazia ferver um caldeirão interno,que ela temia, pudesse transbordar, a qualquer momento. Este sentimento a assustava. Será que esta decepção vinha porque ela é que havia esperado demais, do outro?
   A raiva era algo muito feio para seus padrões de beleza. Não queria encará-la, grudada em seu prórpio rosto e, conviver com ela no dia a dia, nem pensar! Entretando o sentimento já se dera a conhecer, e sem nenhum pudor! Ela já o havia reconhecido ali, escondido por debaixo da indelicadeza nas palavras que brotavam de sua própria boca,cheias de doloridas acusações,sem mesmo que ela pudesse engolí-las, antes de serem proferidas. E logo, estas acusações se transformaram em auto-flagelo, porque ela não se permitia direcionar toda esta raiva para ele, o homem que amara acima de tudo e de todos,acima dos próprios filhos, de certo modo. Todos que os vissem juntos,sempre pensavam que estavam bem, que conversavam, mas ela sabia que isto ocorria quando ela guardava sua espontaneidade para si, e falava principalmente dos assuntos que ele queria ouvir. Então, finalmente, todo aquele impulso que começara a se direcionar a uma atitude decisiva de auto-afirmação, a uma reação enfurecida de auto-preservação,voltava-se contra ela própria.
   Não era certo sentir raiva de um homem trabalhador,responsável,que não gritava com ela,que já sofrera na infância e vencera na vida,exatamente por ser assim corajoso, briguento,dominador,crítico,forte. Mas ele precisava ser isto tudo com ela, que sempre fizera tudo para agradá-lo? Ela devia estar errada...talvez por não ter sofrido o bastante,por não saber como a vida poderia ser dura...era ela que deveria ceder e mostrar-lhe mais uma vez, outra forma de demonstrar amor? Onde estaria sua espiritualidade,tudo que acreditava,se não pudesse compreender e aceitar as diferenças no outro? Assim, sem perceber,começou a acostumar-se ao processo de culpar-se, uma vez que, teve a pretensão de realizar a tarefa que cabia aos dois. Passou a ver-se como a mais vil criatura,cansada,sem forças,covarde,um anjo que perdera as delicadas asas e se transformara num animalzinho rastejante - uma barata. Sua voz e gritos morriam na garganta, mas nem sempre:
  - "Por que você não me respeita? Por que sua atitude provoca em mim este desespero, se você diz que me ama? Por que você só me vê, quando amorteço parte de mim? Por que eu te admirei tanto e te ofereci asas, e você só olha para mim, quando não posso voar? ou quando me transformo naquela gueixa que quero ser, mas não por todo o tempo? Por que, depois de todos estes anos, eu vejo que você é melhor do que era e eu, me vejo feia e aquém do que gostaria de ser como pessoa? Por que não sou capaz de me desvencilhar de você, não sou capaz de me sustentar sòzinha?
   Esta última frase ela não tinha coragem de dizer e, ao pensar nela, sentia-se derrotada.

Parte Final- no próximo post
texto: Vera Alvarenga
imagem da internet - pode ter direitos autorais.

terça-feira, 1 de junho de 2010

- " Sexo com um gostinho de : quero mais"...

  Resolvi voltar a falar sôbre este assunto, porque, tenho achado incrível o movimento "pró-sexo quase toda noite" (que veio da TV americana, para o Brasil..) como se isto fosse o segredo da felicidade e saúde! Pra quem consegue, tudo bem, mas, daqui a pouco estaremos com a marca de "4X por semana" como um ideal a ser alcançado e isto me apavora!! Será mais um motivo para competição e frustração, como aconteceu com o modelo de beleza feminino esquelético, que virou exigência, padrão ideal e motivo para sofrimento de muitas mulheres! Não é mesmo?
 Fazer sexo pode ser  bom, gostoso, saudável...delicioso. Todo mundo sabe disto.
 No meu post anterior, falei de Motel e sugeri esta opção para os casais que entram na rotina, quando esta está prejudicando o casal, porque rotina é uma coisa boa, já que nos dá segurança, contudo pode ser uma ótima idéia variar o ambiente, para colocar mais sabor na brincadeira.
 Quando eu e meu marido vendíamos nossa cerâmica pelas lojas de várias cidades, muitas vezes, dormimos em motéis, alguns melhores e mais econômicos, do que os hotéis que ficavam no centro. A decoração é mais bonita e inspiradora. Tivemos algumas experiências não muito boas, também. Certa vez, tarde da noite, exaustos e sem conhecer a região, resolvemos pernoitar num motel, ao lado de um posto de gasolina. Sabem daqueles que ficam em cima da churrascaria? Percebemos, logo após o banho, que o movimento era contínuo e barulhento e, nesta noite, com certeza, a única coisa que queríamos era dormir(hehehe). Eu mal me mexia na cama, que era forrada com carpete, cheirava a poeira e tinha marcas queimadas de cigarro apagado ali mesmo, na cabeceira da cama! Um horror! Queria ir embora, mas o preguiçoso do meu marido, deitou e caiu no sono mais profundo que já vi. E eu ali, acordada, por horas, pra ver se não entravam baratas por baixo da porta, ou mesmo alguém, para nos assaltar!! Eu rezava pra não roubarem nosso carro. Não fizemos amor, nem sexo, rsrs... mas, eu dormi abraçadinha ao marido, quase toda noite!
  Bem, muitas vezes temos filhos pequenos, que depois crescem e, adolescentes, estão sempre em casa. Assim, o motel (de categoria, é claro!) é uma opção deliciosa para um relaxamento a dois, uma conversa, um retorno ao romance, ou mesmo para colocar um tempero mais apimentado na relação, ou para um agradável café da manhã mais íntimo. E como diz uma amiga que tem 2 filhos bem pequenos: " pode ser uma boa alternativa, até para uma noite inteira de sono, sem criança acordando pedindo chupeta!!" Como eu disse no outro post, é um presente que o casal pode se dar.
   
 Sexo é bom, melhor ainda quando podemos fazê-lo com alguém que a gente gosta de fato, ou está disponível para gostar ainda mais, e confia .. e ainda mais satisfatório quando, no dia seguinte, podemos ainda nos abraçar, achando ótimo ter estado íntimamente com alguém, sem nos preocuparmos com números estatísticos, mas com um gostinho de : " vou querer mais..." ou "quero te conhecer ainda melhor, porque te quero na minha vida"!
  Concordam?

texto: Vera Alvarenga

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